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sábado, 22 de junho de 2013
Hostilizados nos protestos, partidos agora recorrem à bandeira da ética
As bandeiras queimadas e as agressões a militantes nos protestos que tomaram várias cidades brasileiras nesta semana levaram os partidos a se debruçarem em análises e diagnósticos da nova cena política nacional. Sob o argumento de que precisam recuperar a condição de instrumentos de mobilização social, várias legendas decidiram resgatar o discurso da “limpeza ética”, enquanto tentam definir os passos de uma estratégia concreta para dissipar o desgaste.
“Há um impacto muito forte da imagem dos partidos, por um único motivo: há uma despreocupação completa dessas instâncias em relação aos anseios da população e à questão ética”, afirma o senador Pedro Simon (PMDB-RS). A crise, segundo o senador peemedebista, está no fato de os jovens brasileiros terem crescido sem que os partidos lhes apresentassem um motivo real para se identificarem com essas estruturas. Nem mesmo instituições como a União Nacional dos Estudantes (UNE) e as centrais sindicais, segundo o senador, encontram respaldo na sociedade neste momento.
Empenhado em compreender os fatos que marcaram esta semana, o PT da presidente Dilma Rousseff e do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, passou esta sexta-feira fechado em reuniões. Enquanto a presidente recebia ministros no Palácio do Planalto, para definir a linha de um pronunciamento que faria à noite sobre as manifestações, a direção nacional da legenda sentava-se à mesa em sua sede, em São Paulo.
Após as agressões a militantes protestos de quinta-feira, restou à direção petista lamentar a iniciativa de pedir aos filiados que fossem às ruas vestindo vermelho. Ainda assim, o partido entende que a essência da estratégia, que era mostrar que o PT é e sempre foi favorável a ter “o povo na rua”, tem de ser mantida. A legenda diz enxergar uma “tentativa de setores conservadores” de se apropriar das manifestações. Por isso, manterá o discurso de que a classe média brasileira – a mesma que comandou os protestos dos últimos dias – só cresceu e se fortaleceu graças aos avanços do governo petista.
“O PT nasceu dos movimentos sociais. E esta classe média que está aí hoje cresceu em boa parte graças aos avanços do nosso governo”, disse ao iG o presidente do PT, Rui Falcão, na última quarta-feira, um dia antes dos protestos que terminaram com agressões a militantes.
O discurso ético também se firmou entre possíveis adversários do PT na disputa presidencial do ano que vem. Nesta sexta-feira, o presidente nacional do PSDB e pré-candidato ao Planalto, Aécio Neves (MG), declarou que agentes políticos devem ter “a humildade para reconhecer e compreender a insatisfação existente hoje no Brasil”. Na nota, Aécio disse haver um “evidente e justo clamor que une a sociedade” por uma mudança estrutural na gestão pública, que passa por “uma crítica aguda à corrupção”.
Ex-presidente do PSDB e um dos articuladores da pré-campanha presidencial de Aécio, o deputado Sérgio Guerra (PSDB-PE) reforça a tese ao declarar que a sociedade teve todos os motivos para rejeitar, não só os partidos, mas a política brasileira como um todo. “A rejeição não é aos partidos, é à política. O que estamos vendo é que a população brasileira está rejeitando a política, e tem toda a razão”, diz o tucano. “Hoje, o que vale é a impunidade e as vontades do povo simplesmente não são respeitadas”, acrescenta.
No PSB, que tenta criar as bases para uma candidatura de seu presidente nacional, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, a avaliação é de que o melhor agora é observar os desdobramentos das manifestações e detectar exatamente o que quer essa parcela da sociedade. O partido diz nunca ter cogitado aderir abertamente aos protestos na rua. Em vez disso, começa a mapear temas que podem pautar a ação de seus integrantes, por exemplo, no Congresso Nacional.
“Tudo o que está ocorrendo precisa ser observado. Podemos estar pagando o preço de um legado e um dos alvos é a classe política”, diz o deputado Júlio Delgado (PSB-MG), um dos articuladores da candidatura presidencial do governador pernambucano. O próprio Campos, ao comentar o tema, vem investindo na mesma receita usada desde que começou a desenhar seu projeto presidencial: destaca os avanços alcançados pelo Brasil nos últimos anos, ressaltando que a população brasileira quer mais. “A população quer um serviço público 2.0, de qualidade. Há um descontentamento geral e a política atual está descolada das demandas atuais”, afirmou Campos, por meio de assessores.
Manifestantes criticam Pelé após declaração polêmica: "Eu calaria" . Foto: Carol Martins
1/27Discurso homogêneo
Ao recorrerem à bandeira da ética, até mesmo siglas que hoje se encontram em campos opostos no espectro partidário acabaram com o discurso perfeitamente alinhado diante dos protestos. Assim como o PSTU diz enxergar uma reação à corrupção que tomou conta do sistema político nacional, o DEM afirma que os partidos precisam guardar como “lição” os acontecimentos das últimas semanas.
“O que a população vê dos partidos em questão é só bandalheira, corrupção, estelionato eleitoral”, afirma o presidente do PSTU, José Maria de Almeida. “O que nós defendemos há anos, que é a redução de impostos e a diminuição do custo de vida no País, esses movimentos conseguiram fazer em alguns dias”, diz o presidente do DEM, José Agripino Maia (RN). “Esses jovens não se sentem representados pelos partidos políticos e têm motivos para isso. Esperamos que isso sirva de lição para todas as legendas, inclusive as de oposição”, completa.
Para o PSOL, no entanto, o momento agora deveria ser o de estabelecer uma separação clara entre esses campos. Presidente nacional da legenda, o deputado Ivan Valente (SP) afirma que “partidos de esquerda” devem agir para impedir que a “direita” se aproprie dos movimentos que tomaram as ruas nos últimos dias. E sem aceitar que os partidos políticos sejam vistos como inimigos do processo deflagrado com as manifestações. “Os setores que estão condenando partidos e outras bandeiras carregam a intolerância, não têm noção de democracia”, diz ele.
Fonte:http://ultimosegundo.ig.com.br/politica/2013-06-22/hostilizados-nos-protestos-partidos-agora-recorrem-a-bandeira-da-etica.html
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Claudio Vitorino em ação..
Aquele que acredita que o interesse coletivo está acima do interesse individual , que acredita que tudo e possível desde que tenha fé em Deus e coragem para superar os desafios...
Vida difícil? Ajude um estranho .
Pode parecer ilógico -no mínimo pouco prioritário- ajudar um estranho quando as coisas parecem confusas na nossa vida. Mas eu venho aprendendo que este é um poderoso antídoto para os dias em que tudo parece fora do lugar.
Como assim, pergunta o meu leitor mais cético? E eu explico:
Há duas situações clássicas onde podemos auxiliar uma pessoa que não conhecemos. A primeira é através de doações e gestos similares de caridade. Estes atos são maravilhosos e muito recomendáveis, mas não é deles que quero falar hoje. Escolhi o segundo tipo: aquelas situações randômicas onde temos a oportunidade de fazer a diferença para uma pessoa desconhecida numa emergência qualquer. Na maioria das vezes, pessoas com quem esbarramos em locais públicos, envolvidas em situações que podem ir do estar atrapalhado até o precisar de mãos para apagar um incêndio.
Eu vejo pelo menos seis motivos para ajudar um estranho:
1) Divergir o olhar de nossos próprios problemas
Por um momento, por menor que seja, teremos a chance de esquecer nossas preocupações.
Dedicados a resolver o problema do outro (SEMPRE mais fácil do que os nossos), descansamos nossa mente. Ganhamos energia para o próximo round de nossa própria luta.
Esta pausa pode nos dar novo fôlego ou simplesmente ser um descanso momentâneo.
2) Olhar por um outro ângulo
Vez ou outra, teremos a oportunidade de relativizar nossos próprios problemas á luz do que encontramos nestes momento. Afinal, alguns de nossos problemas não são tão grandes assim...
Uma vez ajudei Teresa, a senhora que vende balas na porta da escola de meu filho. A situação dela era impossível de ser resolvida sozinha, pois precisava “estacionar” o carrinho que havia quebrado no meio de uma rua deserta. Jamais esquecerei o olhar desesperado, a preocupação com o patrimônio em risco, com o dia de by Savings Sidekick">trabalho desperdiçado, com as providências inevitáveis e caras. E jamais me esquecerei do olhar úmido e agradecido, apesar de eu jamais ter comprado nada dela. Nem antes nem depois.
Olhei com distanciamento o problema de Teresa. E fiquei grata por não ter que trabalhar na rua, por ter tantos recursos e by Savings Sidekick">oportunidades. E agradeci por estar lá, naquela hora, na rua de pouco movimento, e poder oferecer meus braços para ela.
3) Não há antes, nem depois ...
Na intricada teia de nossos by Savings Sidekick">relacionamentos, dívidas e depósitos se amontoam. Ajudar um conhecido muitas vezes cria vínculos ou situações complexas. Ás vezes, ele espera retribuir. Outras vezes, esperamos retribuição. Se temos ressentimentos com a pessoa, ajudá-la nem sempre deixa um gosto bom na boca. Se ela tem ressentimentos conosco, fica tudo muito ruim também.
Já com estranhos são simples. É ali, naquela hora. Depois acabou. E não há antes. Que alívio!
(mas não vamos deixar de ajudar os conhecidos dentro de nossas possibilidades, hein?)
4) A gratidão pelo inesperado é deliciosa
Quem se lembra de uma vez em que recebeu uma gentileza inesperada? Não é especial? E nem sempre estamos merecendo, mal-humorados por conta do revés em questão.
Ou quando ajudamos alguém e recebemos aquele olhar espantado e feliz?
Ontem mesmo, eu estava numa fila comum de banco. Um senhor bem velhinho estava atrás de mim. Na hora em que fui chamada, pedi que ele fosse primeiro. “Mas por que, minha filha?”. “Pelos seus cabelos brancos”, respondi. Ele, agradecido, me deu uma balinha de hortelã. Tudo muito singelo, muito fácil de fazer, mas o sentimento foi boooom.
5) Quase sempre, é fácil de fazer.
Uma vez eu fiquei envolvida por uma semana com uma mãe e um bebê que vieram para São Paulo para uma cirurgia e não tinha ninguém para esperar no aeroporto. Levei para um hotel barato, acompanhei por uma semana e tive medo de estar sendo usada, reforçada pelo ceticismo de muitas pessoas ao meu redor. No final, deu tudo certo e a história era verdadeira.
Mas na maioria dos casos, não é preciso tanto risco ou tanto tempo. Uma informação; um abaixar para pegar algo que caiu; uma dica sobre um produto no supermercado. Dar o braço para um cego (nunca pegue a mão dele, deixe que ele pegue o seu braço, aprendi com meu experiente marido). Facílimo, diria o Léo. E vamos combinar, fácil é tudo que precisamos quando o dia está difícil, certo?
6) Amor, meu grande amor
Finalmente, ajudar estranhos evoca o nosso melhor eu. É comum termos sentimentos de inadequação, baixa auto-estima e insatisfação conosco quando estamos sob tempo nublado. E ajudar o outro nos lembra que somos bons e capazes. Ajudar um estranho demonstra desapego, generosidade, empatia pelo próximo. E saber que somos tudo isto quando o coração está cinza... É para olhar com orgulho no espelho, não?
Portanto, se hoje não é o seu dia... Faça o dia de alguém. E se é um dia glorioso... Vai ficar melhor!
Fonte:http://www.vivermaissimples.com/2011/03/vida-dificil-ajude-um-estranho.html
Fonte:http://www.vivermaissimples.com/2011/03/vida-dificil-ajude-um-estranho.html
Karoline Toledo Pinto
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