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segunda-feira, 3 de junho de 2013
ÁFRICA DO SUL ENTRE O SONHO E A REALIDADE
Terminou mais uma Copa do Mundo.
A África do Sul viveu 40 dias de sonho. Agora é voltar à realidade e reencontrar-se com o cotidiano. Cerca 3,5 milhões de trabalhadores certamente ficaram sem trabalho ou voltaram a ficar sem trabalho. As diferenças sociais gigantescas entre ricos brancos e pobres negros continuarão como dantes. Cinco estádios gigantes e maravilhosos ficarão semi- abandonados. Cerca de 3,2 bilhões de dólares foram gasto só na construção e/ou reforma dos estádios.O problema de transportes coletivos não foi resolvido, nem de longe. Houve apenas uma grande preocupação com o transporte e acomodação de turistas. Para a população local quase nada mudou.
Um ano depois, a África do Sul sustenta manutenção de seus 'elefantes brancos'. E mesmo assim pensa em Olimpíada...
O país gastou cerca de 27 bilhões de reais no evento e deve torrar 23 milhões por ano, só para manter estádios, que em boa parte dos casos, não têm mais uso.O estádio Moses Mabhida, em Durban: mais turistas do que torcedores.
O problema não chega a ser uma surpresa - o risco de transformação dos estádios milionários em elefantes brancos era comentado desde muito antes do começo da Copa.
Há exatamente um ano, o goleiro Iker Casillas, capitão da campeã Espanha, subiu às tribunas do Estádio Soccer City, em Johannesburgo, e levantou a taça Fifa, encerrando a festa da primeira Copa do Mundo sediada na África. Nesta segunda-feira, 365 dias depois, o clima é bem menos festivo entre os sul-africanos - pelo menos entre os responsáveis por administrar os estádios construídos ou reformados para a competição. Dos dez locais que receberam partidas do Mundial, pelo menos quatro transformaram-se em representantes de uma nova espécie dentro da variada fauna africana: o elefante branco. Nesses quatro estádios – entre eles o mais caro de toda a Copa -, o fim do Mundial decretou também o início de um período de longa inatividade. Sem eventos esportivos e culturais capazes de encher as arquibancadas, eles só dão prejuízo. Calcula-se que a África do Sul tenha investido cerca de 27 bilhões de reais para realizar todas as obras ligadas à Copa do Mundo. O valor estimado para a manutenção dos estádios é equivalente a 23 milhões de reais por ano. O único caso de sucesso indiscutível entre os estádios da Copa é justamente o Soccer City, palco da abertura e do encerramento.
Jamil Chade/ GENEBRA, CORRESPONDENTE - O Estado de S.Paulo
ESTADIO SOCCER CITY
GENEBRA - Quase dois anos depois da Copa da África do Sul, cinco dos dez estádios construídos para a competição são hoje mantidos integralmente graças ao dinheiro público, não conseguem atrair eventos suficientes nem sequer para cobrir seus custos de manutenção e já se calcula que, em alguns casos, custaria menos demoli-los do que pagar por sua manutenção na próxima década.
Divulgação
Estádio na Cidade do Cabo só dá prejuízo Os dados foram coletados pelo sul-africano Eddie Cottle, especialista que por meses estudou a situação dos estádios do país e, com dados oficiais dos governos das províncias, revela que o contribuinte ainda paga pela manutenção desses elefantes brancos.
"Esse é o legado da Copa que ninguém ousa falar'', declarou Cottle ao Estado. Segundo ele, entre 2003 e 2010, o orçamento público previsto pelo governo para o Mundial aumentou em 1.709%, para um total de US$ 4,8 bilhões (cerca de R$ 8,8 bilhões) apenas para as obras dos estádios e infraestrutura.
"Mas o que ninguém se deu conta é que, mesmo depois da Copa terminada, os gastos continuaram''declarou”.
Para ele, essa conta também precisará ser feita no Brasil.
Quando os sons das vuvuzelas cessaram, vieram à tona, dia após dia, debates sobre como utilizar toda a estrutura construída para o evento. Com um investimento de US$ 8 bilhões, a África do Sul levantou cinco estádios e realizou a infraestrutura necessária para receber as delegações e turistas de todo o mundo. No total, nove cidades foram qualificadas para sediarem o evento: Durban, Cape Town, Joanesburgo, Porto Elizabeth, Pretória, Rustemburgo, Polokwane, Nelspruit, Bloemfontein,
19/01/2013 às 03h16min, por [Ubiratan Leal ]
Os elefantes brancos originais, o que criou a lenda, a expressão usada no ocidente, vieram do Sudeste Asiático. Mas quem for à África do Sul ver a Copa Africana de Nações, perceberá que já há uma espécie africana. É só olhar o que aconteceu com os estádios utilizados na Copa do Mundo de 2010. Apenas metade será aproveitada no torneio continental de 2013. E desses, apenas o Soccer City é sustentado no dia a dia por atividades ligadas ao futebol.
O estádio que recebeu a abertura e a final do Mundial de 2010 receberá três partidas da CAN. No dia a dia, é casa do Kaizer Chiefs, um dos dois grandes clubes sul-africanos, e da seleção do país. Além disso, recebeu alguns jogos importantes de rúgbi e shows. Ainda é um estádio superdimensionado para os padrões locais, mas é o suficiente para que se pense antes de dar a ele o rótulo de “elefante branco”.
No entanto, os outros estádios… Dos cinco outros estádios da CAN, três vivem do rúgbi – esporte de menor popularidade que o futebol no país, mas com presença de público muito maior nos estádios, e com equipes fortes em várias cidades diferentes – e um do críquete – outro esporte muito forte na África do Sul. Das cinco arenas da Copa que ficaram de fora da CAN, quatro também vivem basicamente do rúgbi. E o Green Point está virtualmente abandonado.
O estádio da Cidade do Cabo virou o maior exemplo da invasão de elefantes brancos no sul do continente africano. Foi a instalação esportiva mais cara construída para o Mundial, e a ideia era sustentá-la com os Stormers (time de rúgbi) e o Ajax Cape Town. No entanto, o primeiro preferiu seguir em seu estádio (Newslands) de 51.900 lugares e o segundo não tem torcida para bancar toda a estrutura. Nem a realização de alguns shows e jogos da seleção sul-africana de futebol foram suficientes, e a degradação já é visível no Green Point.
Como resultado, a arena mais cara da Copa de 2010 não terá condições de receber a Copa Africana, deixando a segunda maior cidade da África do Sul sem o evento.
Cliquem no link http://www.youtube.com/watch?v=kuCYJ-zIF90&feature=youtu.be e verão como foi e está sendo na África até hoje.
E no Brasil? Será que não vai haver super faturamento e que nenhuma verba será desviada?
A música "CIDADÃO" do grande Zé Ramalho, lembra alguma coisa? "Está vendo aquele Estádio moço? Eu também já trabalhei lá, fiz a massa, coloquei tijolos, ajudei a levantar, hoje o ingresso é muito caro e pobre não pode entrar."
Fonte:http://www.umavozdebetim.com.br/2013/04/africa-do-sul-entre-o-sonho-e-realidade_18.html
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Aquele que acredita que o interesse coletivo está acima do interesse individual , que acredita que tudo e possível desde que tenha fé em Deus e coragem para superar os desafios...
Vida difícil? Ajude um estranho .
Pode parecer ilógico -no mínimo pouco prioritário- ajudar um estranho quando as coisas parecem confusas na nossa vida. Mas eu venho aprendendo que este é um poderoso antídoto para os dias em que tudo parece fora do lugar.
Como assim, pergunta o meu leitor mais cético? E eu explico:
Há duas situações clássicas onde podemos auxiliar uma pessoa que não conhecemos. A primeira é através de doações e gestos similares de caridade. Estes atos são maravilhosos e muito recomendáveis, mas não é deles que quero falar hoje. Escolhi o segundo tipo: aquelas situações randômicas onde temos a oportunidade de fazer a diferença para uma pessoa desconhecida numa emergência qualquer. Na maioria das vezes, pessoas com quem esbarramos em locais públicos, envolvidas em situações que podem ir do estar atrapalhado até o precisar de mãos para apagar um incêndio.
Eu vejo pelo menos seis motivos para ajudar um estranho:
1) Divergir o olhar de nossos próprios problemas
Por um momento, por menor que seja, teremos a chance de esquecer nossas preocupações.
Dedicados a resolver o problema do outro (SEMPRE mais fácil do que os nossos), descansamos nossa mente. Ganhamos energia para o próximo round de nossa própria luta.
Esta pausa pode nos dar novo fôlego ou simplesmente ser um descanso momentâneo.
2) Olhar por um outro ângulo
Vez ou outra, teremos a oportunidade de relativizar nossos próprios problemas á luz do que encontramos nestes momento. Afinal, alguns de nossos problemas não são tão grandes assim...
Uma vez ajudei Teresa, a senhora que vende balas na porta da escola de meu filho. A situação dela era impossível de ser resolvida sozinha, pois precisava “estacionar” o carrinho que havia quebrado no meio de uma rua deserta. Jamais esquecerei o olhar desesperado, a preocupação com o patrimônio em risco, com o dia de by Savings Sidekick">trabalho desperdiçado, com as providências inevitáveis e caras. E jamais me esquecerei do olhar úmido e agradecido, apesar de eu jamais ter comprado nada dela. Nem antes nem depois.
Olhei com distanciamento o problema de Teresa. E fiquei grata por não ter que trabalhar na rua, por ter tantos recursos e by Savings Sidekick">oportunidades. E agradeci por estar lá, naquela hora, na rua de pouco movimento, e poder oferecer meus braços para ela.
3) Não há antes, nem depois ...
Na intricada teia de nossos by Savings Sidekick">relacionamentos, dívidas e depósitos se amontoam. Ajudar um conhecido muitas vezes cria vínculos ou situações complexas. Ás vezes, ele espera retribuir. Outras vezes, esperamos retribuição. Se temos ressentimentos com a pessoa, ajudá-la nem sempre deixa um gosto bom na boca. Se ela tem ressentimentos conosco, fica tudo muito ruim também.
Já com estranhos são simples. É ali, naquela hora. Depois acabou. E não há antes. Que alívio!
(mas não vamos deixar de ajudar os conhecidos dentro de nossas possibilidades, hein?)
4) A gratidão pelo inesperado é deliciosa
Quem se lembra de uma vez em que recebeu uma gentileza inesperada? Não é especial? E nem sempre estamos merecendo, mal-humorados por conta do revés em questão.
Ou quando ajudamos alguém e recebemos aquele olhar espantado e feliz?
Ontem mesmo, eu estava numa fila comum de banco. Um senhor bem velhinho estava atrás de mim. Na hora em que fui chamada, pedi que ele fosse primeiro. “Mas por que, minha filha?”. “Pelos seus cabelos brancos”, respondi. Ele, agradecido, me deu uma balinha de hortelã. Tudo muito singelo, muito fácil de fazer, mas o sentimento foi boooom.
5) Quase sempre, é fácil de fazer.
Uma vez eu fiquei envolvida por uma semana com uma mãe e um bebê que vieram para São Paulo para uma cirurgia e não tinha ninguém para esperar no aeroporto. Levei para um hotel barato, acompanhei por uma semana e tive medo de estar sendo usada, reforçada pelo ceticismo de muitas pessoas ao meu redor. No final, deu tudo certo e a história era verdadeira.
Mas na maioria dos casos, não é preciso tanto risco ou tanto tempo. Uma informação; um abaixar para pegar algo que caiu; uma dica sobre um produto no supermercado. Dar o braço para um cego (nunca pegue a mão dele, deixe que ele pegue o seu braço, aprendi com meu experiente marido). Facílimo, diria o Léo. E vamos combinar, fácil é tudo que precisamos quando o dia está difícil, certo?
6) Amor, meu grande amor
Finalmente, ajudar estranhos evoca o nosso melhor eu. É comum termos sentimentos de inadequação, baixa auto-estima e insatisfação conosco quando estamos sob tempo nublado. E ajudar o outro nos lembra que somos bons e capazes. Ajudar um estranho demonstra desapego, generosidade, empatia pelo próximo. E saber que somos tudo isto quando o coração está cinza... É para olhar com orgulho no espelho, não?
Portanto, se hoje não é o seu dia... Faça o dia de alguém. E se é um dia glorioso... Vai ficar melhor!
Fonte:http://www.vivermaissimples.com/2011/03/vida-dificil-ajude-um-estranho.html
Fonte:http://www.vivermaissimples.com/2011/03/vida-dificil-ajude-um-estranho.html
Karoline Toledo Pinto
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