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domingo, 16 de dezembro de 2012
Dez Chaves para a Verdadeira Felicidade
Segue-se uma lista dos dez factores principais. A propósito, os peritos pensam que os genes (o 4.º factor) contam para cerca de 50% da nossa disposição, sendo os restantes 50% da responsabilidade dos outros nove.
1. Saúde
O dinheiro pode comprar uma certa dose de felicidade. Mas desde que haja dinheiro para se comer, vestir e para habitação, o dinheiro extra faz cada vez menos diferença.
Sempre que se debruçam sobre o assunto, os cientistas descobrem que, em geral, quanto mais ricas, mais felizes as pessoas são. Mas a relação entre dinheiro e felicidade é complicada. No último meio século, embora o salário médio tenha disparado em flecha nos países industrializados, os níveis de felicidade permaneceram inalterados. Uma vez satisfeitas as necessidades básicas, o dinheiro apenas parece fomentar a felicidade quando se tem mais do que os amigos, os vizinhos e os colegas.
«O dinheiro compra estatuto social, e o estatuto social faz as pessoas sentirem-se melhor», diz Andrew Oswald, economista da Universidade Warwick, de Coventry, Inglaterra. Isto ajuda a explicar por que razão pessoas que podem procurar estatuto noutras vias — cientistas ou actores, por exemplo — aceitam com facilidade empregos não muito bem remunerados.
2. Desejo
De quanto precisará uma pessoa para se sentir bem? Nos anos de 1980, o cientista político Alex Michalos, professor emérito da Universidade de Northern British Columbia, em Prince George, pediu a 18 000 universitários de 39 países que classificassem a sua felicidade numa escala numérica. Depois, perguntou-lhes a que distância estavam de ter tudo o que desejavam. Descobriu que aqueles cujas aspirações – não apenas de dinheiro, mas também de amigos, família, emprego, saúde, tudo ... – estavam mais longe do que já possuíam tinham tendência para ser menos felizes do que aqueles que se diziam mais perto.
De facto, a dimensão desse fosso permitia avaliar o grau de felicidade cinco vezes mais rigorosamente do que o mero critério do nível de rendimentos. «As medidas desse fosso deitam por terra as medidas absolutas do rendimento», conclui Michalos. Este «fosso em relação às aspirações» poderia explicar porque é que para muitas pessoas a felicidade não aumenta com a subida dos ganhos. Em vez de satisfazerem os desejos, muitas delas apenas querem mais.
Em entrevistas efectuadas pela empresa de sondagens Roper ao longo das duas últimas décadas, perguntou-se aos Norte-Americanos que enumerassem os bens materiais que achavam importantes para «uma vida boa». Os investigadores descobriram que, quanto mais bens as pessoas já possuíam, maior era a lista. A felicidade permanecia sempre fora do alcance.
3. Inteligência
Poucos inquéritos foram dedicados a descobrir se as pessoas inteligentes são mais felizes, mas os que existem indicam que a inteligência não é relevante. À primeira vista, isto parece surpreendente, uma vez que as pessoas mais brilhantes costumam ganhar melhor e as que são ricas tendem a ser mais felizes.
Alguns investigadores especulam que pessoas mais brilhantes podem ter expectativas mais elevadas e sentir-se insatisfeitas se não as realizam. «Ou talvez os bons resultados num teste de coeficiente de inteligência — que implica bons conhecimentos de vocabulário e capacidade de raciocínio — não tenham muito a ver com a habilidade para relacionar-se com os outros», diz Ed Diener, psicólogo na Universidade do Illinois, em Urbana-Champaign. E, prossegue ele, talvez a «inteligência social» possa ser a verdadeira chave para a felicidade.
4. Genética
Poderá nascer-se já feliz ou infeliz? David Lykken, geneticista do comportamento e professor emérito de Psicologia da Universidade do Minnesota, Minneapolis, é da opinião que o nosso sentimento de bem-estar a cada momento é determinado metade pelo que se está a passar nas nossas vidas nesse momento e metade por um «ponto predeterminado» de felicidade que é 90% de origem genética e ao qual acabamos por regressar após acontecimentos dramáticos.
«Embora esse “ponto predeterminado” da nossa felicidade seja largamente determinado pelos genes», diz Lykken, «o facto de o ultrapassarmos ou de nos afundarmos abaixo dele depende do nosso bom senso e da nossa boa educação, ou do bom senso e da boa educação proporcionada pelos nossos pais.»
Lykken descobriu que a carga genética contava 44 a 55% para a diferença de níveis de felicidade. Os rendimentos, o estado civil, a religião ou a educação não contavam mais que 3%.
Depende de nós, porém, vivermos a vida abaixo ou acima do nosso «ponto predeterminado». Numerosos estudos confirmaram que os seres extrovertidos tendem a ser mais felizes que a maioria e muito mais felizes que os introvertidos. E está provado que pôr as pessoas de bom humor as torna mais sociáveis. Michael Cunningham, da Universidade de Louisville, no Kentucky, demonstrou que um indivíduo fica mais falador e aberto depois de ver um filme alegre que depois de ver um filme triste.
Em teoria, mesmo alguém com um baixo «ponto predeterminado» de felicidade pode melhorar a sua visão das coisas.
5. Beleza
Primeiro, as más notícias: as pessoas bonitas são, de facto, mais felizes. Quando Diener pediu a um certo número de pessoas que classificassem a sua própria aparência, registou um «efeito positivo, ainda que ligeiro, da beleza física no bem-estar subjectivo». A explicação talvez seja a de que a vida é mais risonha para as pessoas bonitas. Ou será mais subtil do que isso: os rostos mais atraentes são muito simétricos, e está provado que a simetria reflecte bons genes e um sistema imunitário saudável. Assim, talvez as pessoas mais bonitas sejam mais felizes porque são mais saudáveis.
Mesmo quem não é de uma grande beleza pode contabilizar carga emocional positiva, desde que se esteja contente com o seu próprio aspecto. Infelizmente, vários estudos demonstram que as mulheres tendem a achar-se muito gordas, e os homens, pouco atléticos.
6. Amizade
É difícil imaginar uma existência mais penosa do que a vida nas ruas de Calcutá ou num dos seus bairros de lata, ou então ganhar a vida lá como prostituta. No entanto, apesar da pobreza e sordidez que enfrentam, pessoas que levam estas vidas são muito mais felizes do poderia pensar-se.
Diener entrevistou 83 indivíduos destes três grupos e mediu a sua satisfação de vida usando uma escala na qual um 2 é considerado neutro. A média global foi de 1,93, um resultado não muito bom mas honroso, se comparado com um grupo de controle de estudantes da classe média da cidade que registou 2,43. E os habitantes das barracas, o mais feliz dos três grupos carenciados, registaram 2,23, o que não difere significativamente do registo alcançado pelos estudantes.
«Pensamos que as relações sociais são em parte responsáveis por isto», diz Diener. E acentua que os três grupos de excluídos sociais obtiveram níveis satisfatórios em áreas específicas como família (2,5) e amigos (2,4). Os habitantes dos bairros de lata deram respostas mais positivas porque têm mais probabilidades de capitalizar o apoio social inerente à importância das famílias numerosas na cultura indiana.
7. Casamento
Numa análise de relatórios de 42 países, investigadores norte-americanos descobriram que os casados são realmente mais felizes que os solteiros. O efeito é reduzido, mas ainda assim pede a pergunta: o casamento torna as pessoas mais felizes, ou terão as pessoas felizes simplesmente mais propensão para se casar?
Ambas as respostas podem ser verdadeiras. Num estudo que acompanhou mais de 30 000 alemães ao longo de 15 anos, Diener e os seus colegas descobriram que homens e mulheres felizes têm mais tendência para se casar e permanecer casados. Mas qualquer um pode melhorar a sua disposição casando-se. O efeito começa a sentir-se cerca de um ano antes do «dia feliz» e perdura, pelo menos, até um ano depois.
Na maioria das pessoas, os níveis de satisfação acabam por regressar ao ponto de partida, mas os investigadores dizem que isto dissimula o facto de um bom casamento poder ter um efeito positivo permanente. Além disso, pessoas que são menos felizes de início receberão um maior estímulo do casamento.
A assinatura do papel parece também ter algo de especial: está provado que a simples coabitação não traz tantos benefícios. «Desconfio de que o que falta à união de facto é a segurança de uma aliança de ouro formal, e é por isso que o casal não consegue ser tão feliz», diz Oswald. «Todos os dados conhecidos dizem-nos que a insegurança nunca é boa para os seres humanos.»
8. Fé
Karl Marx andava bastante perto do cerne da questão quando descreveu a religião como o ópio do povo. A grande maioria das dezenas de estudos que se debruçaram sobre a religião e a felicidade descobriu uma relação positiva entre ambas. Acreditar numa vida para além da morte pode dar aos seres humanos um significado e um propósito e reduzir o sentimento de estar só no Mundo, sobretudo à medida que as pessoas envelhecem, diz Harold G. Koenig, do Centro Médico da Duke University, em Durham, na Carolina do Norte. «O efeito revela-se claramente em alturas de tensão. A crença religiosa pode ser uma forma muito poderosa de enfrentar a adversidade.»
A religião também traz interacção e apoio. Mas Koenig crê que não se trata apenas de receber. «Os estudos têm provado que quem dá apoio aos outros se sente melhor consigo próprio. E até vive mais tempo.» Segundo os investigadores, isto transforma o envolvimento religioso numa fonte de maior satisfação do que outras actividades sociais inclusivas, como, por exemplo, os grupos de leitura.
9. Solidariedade
Diversos estudos descobriram uma relação entre a felicidade e o comportamento altruísta. Mas tal como em relação a muitos traços comportamentais, não é claro se o que nos torna felizes é praticar o bem, ou se as pessoas felizes têm mais propensão para serem altruístas.
James Konow, economista da Universidade Loyola Marymount, em Los Angeles, tentou destrinçar a causa e efeito numa experiência de laboratório. Recrutou voluntários para responderem a questionários e no fim da sessão deu 10 dólares a metade deles, e à outra metade, nada. Depois, sugeriu àqueles a quem pagara que partilhassem o dinheiro com os que não tinham sido compensados. Descobriu que, globalmente, quanto mais felizes os estudantes eram, maior propensão tinham para partilhar o dinheiro. No entanto, o facto de estarem de boa disposição no dia do teste não os tornou mais generosos, nem os estudantes que deram dinheiro referiram qualquer aumento imediato de felicidade. De facto, estavam até ligeiramente menos felizes.
Mas os que partilharam o dinheiro foram os que mais evidenciaram sinais de que estavam preocupados com o seu próprio desenvolvimento e crescimento pessoal. Konow pensa que não foi um simples acto de generosidade que tornou os seus protagonistas mais felizes, mas os efeitos cumulativos de serem pessoas generosas.
10. Idade
A velhice pode não ser assim tão má. «Dados todos os problemas do envelhecimento, como podem os idosos sentir-se mais satisfeitos?», pergunta Laura Carstensen, professora de Psicologia na Universidade Stanford, na Califórnia.
Carstensen fez um estudo em que começou por dar um bip a 184 pessoas com idades compreendidas entre os 18 e os 94 anos. Em seguida, enviou-lhes mensagens cinco vezes por dia durante uma semana, pedindo-lhes que preenchessem um questionário emocional. Os idosos revelaram sensivelmente o mesmo número de emoções positivas que os jovens, mas muito menos emoções negativas.
Porque são os idosos mais felizes? Alguns cientistas sugerem que as pessoas mais velhas podem esperar que a vida seja mais difícil e lidar bem com essa ideia, ou então que são mais realistas nos seus objectivos, estabelecendo apenas aqueles que sabem poder alcançar. Mas Carstensen pensa que, com o tempo a esgotar-se, os mais idosos aprenderam a concentrar-se em coisas que os fazem felizes, desligando-se das que os não fazem.
«As pessoas apercebem-se do que têm, mas também de que isso não pode durar para sempre», diz ela. «Um beijo de despedida à mulher aos 85 anos, por exemplo, pode despertar respostas emocionais muito mais complexas do que um beijo semelhante aos 20 anos.»
Fonte:http://www.seleccoes.pt/dez_chaves_para_a_verdadeira_felicidade
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Vida difícil? Ajude um estranho .
Pode parecer ilógico -no mínimo pouco prioritário- ajudar um estranho quando as coisas parecem confusas na nossa vida. Mas eu venho aprendendo que este é um poderoso antídoto para os dias em que tudo parece fora do lugar.
Como assim, pergunta o meu leitor mais cético? E eu explico:
Há duas situações clássicas onde podemos auxiliar uma pessoa que não conhecemos. A primeira é através de doações e gestos similares de caridade. Estes atos são maravilhosos e muito recomendáveis, mas não é deles que quero falar hoje. Escolhi o segundo tipo: aquelas situações randômicas onde temos a oportunidade de fazer a diferença para uma pessoa desconhecida numa emergência qualquer. Na maioria das vezes, pessoas com quem esbarramos em locais públicos, envolvidas em situações que podem ir do estar atrapalhado até o precisar de mãos para apagar um incêndio.
Eu vejo pelo menos seis motivos para ajudar um estranho:
1) Divergir o olhar de nossos próprios problemas
Por um momento, por menor que seja, teremos a chance de esquecer nossas preocupações.
Dedicados a resolver o problema do outro (SEMPRE mais fácil do que os nossos), descansamos nossa mente. Ganhamos energia para o próximo round de nossa própria luta.
Esta pausa pode nos dar novo fôlego ou simplesmente ser um descanso momentâneo.
2) Olhar por um outro ângulo
Vez ou outra, teremos a oportunidade de relativizar nossos próprios problemas á luz do que encontramos nestes momento. Afinal, alguns de nossos problemas não são tão grandes assim...
Uma vez ajudei Teresa, a senhora que vende balas na porta da escola de meu filho. A situação dela era impossível de ser resolvida sozinha, pois precisava “estacionar” o carrinho que havia quebrado no meio de uma rua deserta. Jamais esquecerei o olhar desesperado, a preocupação com o patrimônio em risco, com o dia de by Savings Sidekick">trabalho desperdiçado, com as providências inevitáveis e caras. E jamais me esquecerei do olhar úmido e agradecido, apesar de eu jamais ter comprado nada dela. Nem antes nem depois.
Olhei com distanciamento o problema de Teresa. E fiquei grata por não ter que trabalhar na rua, por ter tantos recursos e by Savings Sidekick">oportunidades. E agradeci por estar lá, naquela hora, na rua de pouco movimento, e poder oferecer meus braços para ela.
3) Não há antes, nem depois ...
Na intricada teia de nossos by Savings Sidekick">relacionamentos, dívidas e depósitos se amontoam. Ajudar um conhecido muitas vezes cria vínculos ou situações complexas. Ás vezes, ele espera retribuir. Outras vezes, esperamos retribuição. Se temos ressentimentos com a pessoa, ajudá-la nem sempre deixa um gosto bom na boca. Se ela tem ressentimentos conosco, fica tudo muito ruim também.
Já com estranhos são simples. É ali, naquela hora. Depois acabou. E não há antes. Que alívio!
(mas não vamos deixar de ajudar os conhecidos dentro de nossas possibilidades, hein?)
4) A gratidão pelo inesperado é deliciosa
Quem se lembra de uma vez em que recebeu uma gentileza inesperada? Não é especial? E nem sempre estamos merecendo, mal-humorados por conta do revés em questão.
Ou quando ajudamos alguém e recebemos aquele olhar espantado e feliz?
Ontem mesmo, eu estava numa fila comum de banco. Um senhor bem velhinho estava atrás de mim. Na hora em que fui chamada, pedi que ele fosse primeiro. “Mas por que, minha filha?”. “Pelos seus cabelos brancos”, respondi. Ele, agradecido, me deu uma balinha de hortelã. Tudo muito singelo, muito fácil de fazer, mas o sentimento foi boooom.
5) Quase sempre, é fácil de fazer.
Uma vez eu fiquei envolvida por uma semana com uma mãe e um bebê que vieram para São Paulo para uma cirurgia e não tinha ninguém para esperar no aeroporto. Levei para um hotel barato, acompanhei por uma semana e tive medo de estar sendo usada, reforçada pelo ceticismo de muitas pessoas ao meu redor. No final, deu tudo certo e a história era verdadeira.
Mas na maioria dos casos, não é preciso tanto risco ou tanto tempo. Uma informação; um abaixar para pegar algo que caiu; uma dica sobre um produto no supermercado. Dar o braço para um cego (nunca pegue a mão dele, deixe que ele pegue o seu braço, aprendi com meu experiente marido). Facílimo, diria o Léo. E vamos combinar, fácil é tudo que precisamos quando o dia está difícil, certo?
6) Amor, meu grande amor
Finalmente, ajudar estranhos evoca o nosso melhor eu. É comum termos sentimentos de inadequação, baixa auto-estima e insatisfação conosco quando estamos sob tempo nublado. E ajudar o outro nos lembra que somos bons e capazes. Ajudar um estranho demonstra desapego, generosidade, empatia pelo próximo. E saber que somos tudo isto quando o coração está cinza... É para olhar com orgulho no espelho, não?
Portanto, se hoje não é o seu dia... Faça o dia de alguém. E se é um dia glorioso... Vai ficar melhor!
Fonte:http://www.vivermaissimples.com/2011/03/vida-dificil-ajude-um-estranho.html
Fonte:http://www.vivermaissimples.com/2011/03/vida-dificil-ajude-um-estranho.html
Karoline Toledo Pinto
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