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quarta-feira, 1 de maio de 2013
Desfazendo mitos e preconceitos sobre as cotas
“Nenhuma das justificativas das pessoas contrárias às cotas se mostrou verdadeira.” [Ricardo Vieira Alves de Castro, reitor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)]
As cotas deram certo. Uma década depois, a política de inclusão de negros nas universidades brasileiras explode em resultados surpreendentes. É o que asseguram, num trabalho jornalístico de grande fôlego e do melhor quilate, estampado na IstoÉ de 10 de abril, os jornalistas Amauri Segalla, Mariana Brugger e Rodrigo Cardoso. A reportagem mostra que os cotistas vêm conseguindo notas mais elevadas que a média dos alunos. Nos vestibulares, têm-se saído tão bem quanto os não cotistas. No que lhes toca, os índices de evasão são baixos e a maioria já sai da escola com emprego garantido. Tem mais: graças às cotas, a qualidade do ensino brasileiro melhorou. E a vida de milhares e milhares de brasileiros se transformou.
As considerações alinhadas desmontam mitos e preconceitos, ainda hoje utilizados nos argumentos dos que, equivocadamente, se contrapõem à sábia política de inclusão social perseguida com o regime de cotas. É bastante sugestivo anotar os mitos e as verdades levantados no substancioso estudo. Um mito surrado é o de que as cotas estimulariam o ódio racial. A verdade apurada em pesquisa nas universidades federais é de que 90% dos educadores entrevistados são de parecer que as cotas não estimulam jeito maneira o racismo.
Outro mito derrubado: o de que os cotistas largariam a universidade no meio do caminho. Os fatos demonstram que a evasão entre cotistas e não cotistas se equivale. O exemplo do curso de Medicina da UERJ elucida bem a coisa. Em 2004, 94 candidatos a médicos passaram no vestibular, 43 deles cotistas. Da turma, 86 chegaram à colação de grau em 2010. Dos oito desistentes, quatro eram cotistas e quatro não cotistas.
Transformações substanciais
Outro mito, inspirado em rançoso preconceito, que também não sobreviveu à realidade dos fatos: as cotas viriam comprometer o nível de ensino, degradando o currículo das Universidades. A análise de especialistas revelou que o desempenho de cotistas e não cotistas é parecido. Em não poucos casos, a performance dos cotistas mostra-se até superior. Na UERJ, a comparação, ao longo de cinco anos, assinalou nota média de 6,41 para os cotistas e nota 6,37 (ligeiramente pior, está visto) para os não cotistas. Na Unicamp, segundo palavras textuais dos autores do trabalho “os alunos que ingressaram na Universidade por meio de um programa parecido como de cotas (e que estimulou a inclusão de negros) superaram seus colegas que não tiveram esse beneficio em 33 dos 64 cursos”.
Mais um mito jogado estrepitosamente por terra: com as cotas o vestibular teria discrepâncias. “A pontuação dos alunos aprovados como cotistas seria muito menor que a pontuação dos candidatos aprovados pelo sistema tradicional. Pior: ficariam de fora candidatos que tiveram notas muito mais altas do que os cotistas.” O que despontou foi algo bem diferente. De acordo com dados do Sisu (Sistema de Seleção Unificada), as cotas favoreceram, em 2013, 36 mil estudantes. Na disciplina mais concorrida, a nota de corte dos cotistas foi de 761.67. A dos não cotistas foi de 787,56. Diferença de apenas 25,9 pontos, ou seja, 3%.
Os repórteres vaticinam que as próximas gerações vão experimentar transformações ainda mais substanciais graças à aprovação recente pelo Senado Federal do projeto que regulamenta o sistema de cotas e que prevê que, até 2016, 25% do total de vagas nas Universidades federais contemplem estudantes negros. Esse é um dos caminhos, queira Deus indesviáveis, que o Brasil vem percorrendo na invasão do futuro.
Fonte:http://www.observatoriodaimprensa.com.br/news/view/_ed743_desfazendo_mitos_e_preconceitos_sobre_as_cotas
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Claudio Vitorino em ação..
Aquele que acredita que o interesse coletivo está acima do interesse individual , que acredita que tudo e possível desde que tenha fé em Deus e coragem para superar os desafios...
Vida difícil? Ajude um estranho .
Pode parecer ilógico -no mínimo pouco prioritário- ajudar um estranho quando as coisas parecem confusas na nossa vida. Mas eu venho aprendendo que este é um poderoso antídoto para os dias em que tudo parece fora do lugar.
Como assim, pergunta o meu leitor mais cético? E eu explico:
Há duas situações clássicas onde podemos auxiliar uma pessoa que não conhecemos. A primeira é através de doações e gestos similares de caridade. Estes atos são maravilhosos e muito recomendáveis, mas não é deles que quero falar hoje. Escolhi o segundo tipo: aquelas situações randômicas onde temos a oportunidade de fazer a diferença para uma pessoa desconhecida numa emergência qualquer. Na maioria das vezes, pessoas com quem esbarramos em locais públicos, envolvidas em situações que podem ir do estar atrapalhado até o precisar de mãos para apagar um incêndio.
Eu vejo pelo menos seis motivos para ajudar um estranho:
1) Divergir o olhar de nossos próprios problemas
Por um momento, por menor que seja, teremos a chance de esquecer nossas preocupações.
Dedicados a resolver o problema do outro (SEMPRE mais fácil do que os nossos), descansamos nossa mente. Ganhamos energia para o próximo round de nossa própria luta.
Esta pausa pode nos dar novo fôlego ou simplesmente ser um descanso momentâneo.
2) Olhar por um outro ângulo
Vez ou outra, teremos a oportunidade de relativizar nossos próprios problemas á luz do que encontramos nestes momento. Afinal, alguns de nossos problemas não são tão grandes assim...
Uma vez ajudei Teresa, a senhora que vende balas na porta da escola de meu filho. A situação dela era impossível de ser resolvida sozinha, pois precisava “estacionar” o carrinho que havia quebrado no meio de uma rua deserta. Jamais esquecerei o olhar desesperado, a preocupação com o patrimônio em risco, com o dia de by Savings Sidekick">trabalho desperdiçado, com as providências inevitáveis e caras. E jamais me esquecerei do olhar úmido e agradecido, apesar de eu jamais ter comprado nada dela. Nem antes nem depois.
Olhei com distanciamento o problema de Teresa. E fiquei grata por não ter que trabalhar na rua, por ter tantos recursos e by Savings Sidekick">oportunidades. E agradeci por estar lá, naquela hora, na rua de pouco movimento, e poder oferecer meus braços para ela.
3) Não há antes, nem depois ...
Na intricada teia de nossos by Savings Sidekick">relacionamentos, dívidas e depósitos se amontoam. Ajudar um conhecido muitas vezes cria vínculos ou situações complexas. Ás vezes, ele espera retribuir. Outras vezes, esperamos retribuição. Se temos ressentimentos com a pessoa, ajudá-la nem sempre deixa um gosto bom na boca. Se ela tem ressentimentos conosco, fica tudo muito ruim também.
Já com estranhos são simples. É ali, naquela hora. Depois acabou. E não há antes. Que alívio!
(mas não vamos deixar de ajudar os conhecidos dentro de nossas possibilidades, hein?)
4) A gratidão pelo inesperado é deliciosa
Quem se lembra de uma vez em que recebeu uma gentileza inesperada? Não é especial? E nem sempre estamos merecendo, mal-humorados por conta do revés em questão.
Ou quando ajudamos alguém e recebemos aquele olhar espantado e feliz?
Ontem mesmo, eu estava numa fila comum de banco. Um senhor bem velhinho estava atrás de mim. Na hora em que fui chamada, pedi que ele fosse primeiro. “Mas por que, minha filha?”. “Pelos seus cabelos brancos”, respondi. Ele, agradecido, me deu uma balinha de hortelã. Tudo muito singelo, muito fácil de fazer, mas o sentimento foi boooom.
5) Quase sempre, é fácil de fazer.
Uma vez eu fiquei envolvida por uma semana com uma mãe e um bebê que vieram para São Paulo para uma cirurgia e não tinha ninguém para esperar no aeroporto. Levei para um hotel barato, acompanhei por uma semana e tive medo de estar sendo usada, reforçada pelo ceticismo de muitas pessoas ao meu redor. No final, deu tudo certo e a história era verdadeira.
Mas na maioria dos casos, não é preciso tanto risco ou tanto tempo. Uma informação; um abaixar para pegar algo que caiu; uma dica sobre um produto no supermercado. Dar o braço para um cego (nunca pegue a mão dele, deixe que ele pegue o seu braço, aprendi com meu experiente marido). Facílimo, diria o Léo. E vamos combinar, fácil é tudo que precisamos quando o dia está difícil, certo?
6) Amor, meu grande amor
Finalmente, ajudar estranhos evoca o nosso melhor eu. É comum termos sentimentos de inadequação, baixa auto-estima e insatisfação conosco quando estamos sob tempo nublado. E ajudar o outro nos lembra que somos bons e capazes. Ajudar um estranho demonstra desapego, generosidade, empatia pelo próximo. E saber que somos tudo isto quando o coração está cinza... É para olhar com orgulho no espelho, não?
Portanto, se hoje não é o seu dia... Faça o dia de alguém. E se é um dia glorioso... Vai ficar melhor!
Fonte:http://www.vivermaissimples.com/2011/03/vida-dificil-ajude-um-estranho.html
Fonte:http://www.vivermaissimples.com/2011/03/vida-dificil-ajude-um-estranho.html
Karoline Toledo Pinto
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