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quarta-feira, 1 de maio de 2013
Preconceito contra negros no trabalho ainda é realidade
“É preciso se identificar como negro e buscar colocar na mente que somos iguais a todo mundo”, diz o cientista social George de Souza
O preconceito contra os negros, uma herança oriunda do período da escravidão, ainda hoje é presente nos núcleos sociais, mesmo que alguns defendam que isso é coisa do passado. E, no contexto de inserção no mercado de trabalho, a desigualdade entre negros e pessoas de outras raças é comprovada, ocasionando outro eixo de discussão sobre o tema.
Na Região Metropolitana do Recife, por exemplo, uma pesquisa mostrou que ainda há diferença entre os salários e jornada de trabalho entre negros e não negros. De acordo com o estudo realizado pela Condepe/Fidem, é fato que foi registrada uma redução na desigualdade no mercado de trabalho nas últimas décadas, entretanto, apesar de a População Economicamente Ativa (PEA) negra representar 69,4%, enquanto os não negros apontam 30,6%, as condições de trabalho dos negros são caracterizadas por ocupações mais precárias, com ausência de proteção social, jornadas de trabalho mais extensas e menores salários.
Entre os desempregados, os negros são 14,4% e os não negros apresentam o percentual de 11,2%. Para as mulheres negras, a situação é ainda pior, uma vez que a taxa de desemprego corresponde a duas vezes a taxa dos homens que não são negros. Esse último dado é oriundo do boletim da Pesquisa Emprego e Desemprego (PED), sobre a inserção dos negros no mercado de trabalho na RMR, em 2011.
A visão de quem é negro
Conseguir uma oportunidade emprego para George de Souza, de 34 anos, de início, foi uma tarefa difícil. De acordo com o cientista social e músico, para ter destaque no mercado, mesmo em meio ao preconceito, ele precisou assumir a sua condição. “É preciso se identificar como negro e buscar colocar na mente que somos iguais a todo mundo”.
O cientista social afirma que a discriminação fere não somente a honra das pessoas, mas também, as atrapalham na condição de busca por emprego. “O dano moral pode ser subjetivo, mas, você acaba enfraquecido. Já conheci pessoas que entraram em depressão”, comenta.
Após passar por uma pastoral religiosa que discutia a realidade dos jovens, George ganhou destaque no mercado de trabalho após ingressar em um órgão público e assumir um cargo de gestão. Segundo o músico, ainda assim muita gente o discriminava, com um tipo de preconceito que ele classifica como racismo institucional. “É como se houvesse uma cobrança maior pelo fato de eu ser negro e estar naquela função de liderança. Eles me questionavam para saber se eu tinha capacidade de estar ali”, conta. Atualmente, o cientista social é um dos responsáveis pelo Centro de Referência Afro Indígena (Akotimene - foto ao lado), localizado na Casa da Cultura, área central do Recife. O espaço oferece produções culturais diversas, de origem nacional de internacional, tais como roupas, adereços, livros, instrumentos musicais, quadros, entre outros.
O ridículo se tornou o bonito
Por muito tempo trabalhando como recepcionista em um grupo religioso, Cintia Almeida, 27, tinha vontade de disseminar um trabalho de origem afro. De pele negra e com vontade de usar roupas e acessórios de seu gosto, a moça conta que não utilizava os adereços com medo de que alguém a recriminasse.
“Sofri preconceito. Mas, pouco a pouco foi usando as minhas roupas de origem afro e algumas pessoas diziam que aquilo era ridículo. Porém, depois de um tempo, o ridículo se tornou o mais bonito”, falou Cintia. Essa última referência corresponde a um projeto que, depois de muita insistência, ela conseguiu realizar no próprio grupo religioso.
Cintia criou um grupo de dança ligada à representações negras, como o maracatu, lundum, maculelê, entre outros. Mesmo com opiniões opostas, o trabalho foi ganhando participantes e o respeito dos integrantes do grupo religioso. “Deixe de ser recepcionista e comecei a trabalhar com cultura, que é o que eu gosto”, diz.
Vanessa Marinho, 30, também revela que foi discriminada, acreditando ela por causa da cor. “Em 2004, trabalhei em uma livraria e percebi que era tratada diferente das outras funcionárias. Notei discriminação também em relação ao número de funcionários, em que dos 20, apenas duas pessoas eram negras”, conta.
Atualmente, Vanessa, que é professora, está desempregada. “Talvez, o fato de ser negra pode ser uma das causas da minha condição de desemprego. O meu currículo é bom, e disso, tenho certeza. Faço questão de entregá-lo pessoalmente, mas, até agora, não surgiu nenhuma oportunidade”, explica.
Fonte:http://www.leiaja.com/carreiras/2013/preconceito-contra-negros-no-trabalho-ainda-e-realidade
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Claudio Vitorino em ação..
Aquele que acredita que o interesse coletivo está acima do interesse individual , que acredita que tudo e possível desde que tenha fé em Deus e coragem para superar os desafios...
Vida difícil? Ajude um estranho .
Pode parecer ilógico -no mínimo pouco prioritário- ajudar um estranho quando as coisas parecem confusas na nossa vida. Mas eu venho aprendendo que este é um poderoso antídoto para os dias em que tudo parece fora do lugar.
Como assim, pergunta o meu leitor mais cético? E eu explico:
Há duas situações clássicas onde podemos auxiliar uma pessoa que não conhecemos. A primeira é através de doações e gestos similares de caridade. Estes atos são maravilhosos e muito recomendáveis, mas não é deles que quero falar hoje. Escolhi o segundo tipo: aquelas situações randômicas onde temos a oportunidade de fazer a diferença para uma pessoa desconhecida numa emergência qualquer. Na maioria das vezes, pessoas com quem esbarramos em locais públicos, envolvidas em situações que podem ir do estar atrapalhado até o precisar de mãos para apagar um incêndio.
Eu vejo pelo menos seis motivos para ajudar um estranho:
1) Divergir o olhar de nossos próprios problemas
Por um momento, por menor que seja, teremos a chance de esquecer nossas preocupações.
Dedicados a resolver o problema do outro (SEMPRE mais fácil do que os nossos), descansamos nossa mente. Ganhamos energia para o próximo round de nossa própria luta.
Esta pausa pode nos dar novo fôlego ou simplesmente ser um descanso momentâneo.
2) Olhar por um outro ângulo
Vez ou outra, teremos a oportunidade de relativizar nossos próprios problemas á luz do que encontramos nestes momento. Afinal, alguns de nossos problemas não são tão grandes assim...
Uma vez ajudei Teresa, a senhora que vende balas na porta da escola de meu filho. A situação dela era impossível de ser resolvida sozinha, pois precisava “estacionar” o carrinho que havia quebrado no meio de uma rua deserta. Jamais esquecerei o olhar desesperado, a preocupação com o patrimônio em risco, com o dia de by Savings Sidekick">trabalho desperdiçado, com as providências inevitáveis e caras. E jamais me esquecerei do olhar úmido e agradecido, apesar de eu jamais ter comprado nada dela. Nem antes nem depois.
Olhei com distanciamento o problema de Teresa. E fiquei grata por não ter que trabalhar na rua, por ter tantos recursos e by Savings Sidekick">oportunidades. E agradeci por estar lá, naquela hora, na rua de pouco movimento, e poder oferecer meus braços para ela.
3) Não há antes, nem depois ...
Na intricada teia de nossos by Savings Sidekick">relacionamentos, dívidas e depósitos se amontoam. Ajudar um conhecido muitas vezes cria vínculos ou situações complexas. Ás vezes, ele espera retribuir. Outras vezes, esperamos retribuição. Se temos ressentimentos com a pessoa, ajudá-la nem sempre deixa um gosto bom na boca. Se ela tem ressentimentos conosco, fica tudo muito ruim também.
Já com estranhos são simples. É ali, naquela hora. Depois acabou. E não há antes. Que alívio!
(mas não vamos deixar de ajudar os conhecidos dentro de nossas possibilidades, hein?)
4) A gratidão pelo inesperado é deliciosa
Quem se lembra de uma vez em que recebeu uma gentileza inesperada? Não é especial? E nem sempre estamos merecendo, mal-humorados por conta do revés em questão.
Ou quando ajudamos alguém e recebemos aquele olhar espantado e feliz?
Ontem mesmo, eu estava numa fila comum de banco. Um senhor bem velhinho estava atrás de mim. Na hora em que fui chamada, pedi que ele fosse primeiro. “Mas por que, minha filha?”. “Pelos seus cabelos brancos”, respondi. Ele, agradecido, me deu uma balinha de hortelã. Tudo muito singelo, muito fácil de fazer, mas o sentimento foi boooom.
5) Quase sempre, é fácil de fazer.
Uma vez eu fiquei envolvida por uma semana com uma mãe e um bebê que vieram para São Paulo para uma cirurgia e não tinha ninguém para esperar no aeroporto. Levei para um hotel barato, acompanhei por uma semana e tive medo de estar sendo usada, reforçada pelo ceticismo de muitas pessoas ao meu redor. No final, deu tudo certo e a história era verdadeira.
Mas na maioria dos casos, não é preciso tanto risco ou tanto tempo. Uma informação; um abaixar para pegar algo que caiu; uma dica sobre um produto no supermercado. Dar o braço para um cego (nunca pegue a mão dele, deixe que ele pegue o seu braço, aprendi com meu experiente marido). Facílimo, diria o Léo. E vamos combinar, fácil é tudo que precisamos quando o dia está difícil, certo?
6) Amor, meu grande amor
Finalmente, ajudar estranhos evoca o nosso melhor eu. É comum termos sentimentos de inadequação, baixa auto-estima e insatisfação conosco quando estamos sob tempo nublado. E ajudar o outro nos lembra que somos bons e capazes. Ajudar um estranho demonstra desapego, generosidade, empatia pelo próximo. E saber que somos tudo isto quando o coração está cinza... É para olhar com orgulho no espelho, não?
Portanto, se hoje não é o seu dia... Faça o dia de alguém. E se é um dia glorioso... Vai ficar melhor!
Fonte:http://www.vivermaissimples.com/2011/03/vida-dificil-ajude-um-estranho.html
Fonte:http://www.vivermaissimples.com/2011/03/vida-dificil-ajude-um-estranho.html
Karoline Toledo Pinto
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