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segunda-feira, 26 de novembro de 2012
ARTIGO: A DIFICULDADE DE CRIANÇAS NEGRAS SE DESENVOLVEREM NUMA SOCIEDADE RACISTA
RESUMO
Este artigo mostra a dificuldade de crianças negras se desenvolverem, enfocando os preconceitos sofridos em vários âmbitos sociais tais como escola, áreas de lazer e comércio, que criam um problema quanto à formação de identidade desta criança que na maioria das vezes cresce reprimida, daí a necessidade de desconstruir as visões preconceituosas e estereotipas da cultura negra priorizando a necessidade de fazer com que a criança tenha a oportunidade de desde o nascimento não vivenciar nenhum fato que a faça se sentir “diferente”.
A idealização do fim do preconceito pode até ser algo abstrato, o que não torna impossível trabalhar para que as crianças se desenvolvam com desejo de superar todos paradigmas relacionados ao preconceito racial. Utilizando ações que focalizem a diversidade cultural e a diversidade humana.
INTRODUÇÃO
O presente artigo foi construído para explanar o preconceito racial em uma das fases mais decisivas da vida de um indivíduo que é a infância, pois toda criança sofre alguma forma de preconceito relacionado às diferenças e, mais precisamente, à diferença racial.
Portanto o enfoque desse artigo é relatar a realidade e as dificuldades enfrentadas por crianças negras vitimas da construção de modelos étnicos criado por grupos sociais que se auto intitulam superiores a pessoas afro descendentes.
Sobretudo vale ressaltar que tais crianças fazem parte de uma seqüência histórica familiar, marcada pelo medo de reivindicar e lutar por visibilidade, valorização, justiça e espaço político. Dificultando que essa criança construa um caráter autônomo, capaz de impor seu valor e exigir reconhecimento.
A DIFICULDADE DE CRIANÇAS NEGRAS SE DESENVOLVEREM NUMA SOCIEDADE RACISTA
Toda sociedade é atuante no racismo seja como oprimida ou como opressora, assim como toda criança também, contudo crianças negras são marcadas de forma desumana, tendo sua infância ou até mesmo sua vida marcada por discriminação, constrangimento e violência em todos os âmbitos de convivência social. Essas crianças negras sentem ainda mais dificuldade no que diz respeito a não ter estrutura familiar para orientá-las a superar esses problemas, pois sua família também oprimida pelo racismo não consegue identificar formas de driblar a opressão racial.
Daí segue um emaranhado de dificuldades a enfrentar a começar pela convivência na escola com outras crianças que as tratam como “diferentes”, tais crianças são agentes opressoras do racismo, que segundo Seyfenth é a condenação da mestiçagem, acreditando na pureza racial:
O darwinismo social, a eugenia, as teses lombrosianas do criminoso nato etc. condenaram a mestiçagem, usaram e abusaram da idéia de pureza racial. Resumindo, os pressupostos da inferioridade das raças não-brancas, da natureza racial das diferenças de classes (que inferioriza as raças mesmo de fenótipo branco) e da atribuição da degeneração racial à mestiçagem, tornam-se os principais dogmas do racismo cientifico. (SEYFENTH, 2002, p. 27)
Nesse momento inicia-se um teste de fogo, pois devido ao constrangimento de ver os colegas comentando e criticando sua cor a criança passa a se privar e rejeitar certas atividades tais como brincadeiras e jogos coletivos, tornando a aprendizagem e a vivencia escolar algo ruim, maçante, doloroso e nem um pouco prazeroso, resultando em notas baixas e conseqüentemente abaixa a alto estima, pois será mais um motivo para ele ser alvo de criticas desconstrutivas. E na maioria das vezes a escola não oferece estrutura pedagógica capaz de orientar e impedir toda escola ou até mesmo a sociedade de agir de tal maneira, sendo que a comunidade escolar deve se constitui e se relaciona entre si, com a sociedade mais ampla construindo novos conceitos e discussões em torno das diferenças sócio-raciais. Sem duvida toda criança negra sofre quando é rejeitada por outra criança ao tentar se aproximar em áreas de lazer, mas a ação preconceituosa maior vem dos pais de crianças brancas que não permitem que seus filhos brinquem ou interajam com tais crianças. Criando assim dois conceitos um na cabeça da criança negra que mais uma vez se sente inferior, desencadeando problemas psíquicos muitas vezes ocultos aos olhos leigos, mas que prejudica e muito o desenvolvimento dessa criança. E outro na cabeça da criança branca que começa desde já a idealizar superioridade se considerando diferente, entendendo que a inter-relação é algo maléfico ou vergonhoso. Isso é menos complexo quando a criança negra é de classe media, mas quando são na maioria das vezes carentes tornam-se mais vulneráveis a sofrer também violência física, afetando ainda mais seu desenvolvimento e aumentando seu medo de se expor e ariscar a destacar-se na sociedade.
É fácil notar a maneira com que crianças negras são tratadas em estabelecimentos comerciais, sempre que ficam isoladas passam a ser observadas por funcionários e clientes ambos com medo de serem roubadas, porem seu medo só se expressa com tais crianças. E na maioria das vezes tentam intervir na sua entrada, ou então fazem de tudo para retirá-las do local se já houver adentrado, e não medem ações, são diretos e desumanos, tratando-as mais uma vez como diferentes e desprovidos de direitos.
Ressaltando a importância de se construir uma identidade, entendida como:
Individuo totalmente centrado, unificado, dotado das capacidades de razão, de consciência e de ação, cujo centro consiste num núcleo interior, que emergia pela primeira vez quando o sujeito nascia e com ele se desenvolvia [...] formado na relação com “outras pessoas importantes para ele”, que mediavam para o sujeito os valores, sentidos e símbolos – a cultura – dos mundos que ele/ ela habitava. (HALL, 2005. p.p. 10-11)
Toda essa realidade interfere e dificulta a formação de identidade dessa criança, gerando assim o que chamaríamos de crise de identidade:
Assim chamada “crise de identidade” é vista como parte de um processo mais amplo de mudança, que está deslocando as estruturas e processos centrais das sociedades modernas e abalando os quadros de referencia que davam aos indivíduos uma ancoragem estável no mundo social. (HALL, 2005, p.10)
Portanto o fato de existir ainda pessoas praticantes do racismo dificulta e muito o bom desempenho de crianças negras nas diversas atividades sociais. Sabendo que o maior prejudicado é o próprio individuo que sofre diretamente as ações e manifestando traumas maiores, mas também a sociedade em si perde com isso pois devido a um ridículo egoísmo pois interfere no desenvolvimento sócio- cultural do meio que tem como agente principal o ser humano e se formos separar, classificar e excluir os indivíduos perderemos assim soldados na luta pelo desenvolvimento.
CONCLUSÃO
A identidade negra faz parte de um processo de ruptura com uma história de negação dessa identidade que foi, historicamente, inferiorizada e subjugada diante de um ideal estético-cultural eurocêntrico. O reconhecimento das raízes africanas como potenciais na sociedade podem possibilitar a afirmação e valorização da identidade negra e nosso papel como educadores(as) é fundamental nesse sentido. Apesar do processo de construção da identidade étnico-racial na sociedade revela-se bastante complexo. Porem vale promover uma educação igualitária para todos sem distinção de raça/cor, etnia, gênero, orientação sexual, classe social, deficiência, ou qualquer diferença que seu usuário apresente, e que esses se conheçam, se respeitem, se preservem, dialoguem, se mesclem, se hibridizem, sem, contudo, deixarem de ser eles mesmos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
HALL, Stuart. A identidade cultural na pos-modernidade/ Stuart Hall: tradução Tomaz da Silva, Guaracira Lopes Louro – 10 ed. – Rio de Janeiro: DP&A, 2005. (A identidade em questão)
SEYFENTH, Giraldd Et Alii. Racismo no Brasil. Petrópolis: ABONG, 2002. (O beneplácito da desigualdade: breve digressão sobre racismo)
Fontehttp://valmerces.blogspot.com.br/2009/01/artigo-dificuldade-de-criancas-negras.html
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Vida difícil? Ajude um estranho .
Pode parecer ilógico -no mínimo pouco prioritário- ajudar um estranho quando as coisas parecem confusas na nossa vida. Mas eu venho aprendendo que este é um poderoso antídoto para os dias em que tudo parece fora do lugar.
Como assim, pergunta o meu leitor mais cético? E eu explico:
Há duas situações clássicas onde podemos auxiliar uma pessoa que não conhecemos. A primeira é através de doações e gestos similares de caridade. Estes atos são maravilhosos e muito recomendáveis, mas não é deles que quero falar hoje. Escolhi o segundo tipo: aquelas situações randômicas onde temos a oportunidade de fazer a diferença para uma pessoa desconhecida numa emergência qualquer. Na maioria das vezes, pessoas com quem esbarramos em locais públicos, envolvidas em situações que podem ir do estar atrapalhado até o precisar de mãos para apagar um incêndio.
Eu vejo pelo menos seis motivos para ajudar um estranho:
1) Divergir o olhar de nossos próprios problemas
Por um momento, por menor que seja, teremos a chance de esquecer nossas preocupações.
Dedicados a resolver o problema do outro (SEMPRE mais fácil do que os nossos), descansamos nossa mente. Ganhamos energia para o próximo round de nossa própria luta.
Esta pausa pode nos dar novo fôlego ou simplesmente ser um descanso momentâneo.
2) Olhar por um outro ângulo
Vez ou outra, teremos a oportunidade de relativizar nossos próprios problemas á luz do que encontramos nestes momento. Afinal, alguns de nossos problemas não são tão grandes assim...
Uma vez ajudei Teresa, a senhora que vende balas na porta da escola de meu filho. A situação dela era impossível de ser resolvida sozinha, pois precisava “estacionar” o carrinho que havia quebrado no meio de uma rua deserta. Jamais esquecerei o olhar desesperado, a preocupação com o patrimônio em risco, com o dia de by Savings Sidekick">trabalho desperdiçado, com as providências inevitáveis e caras. E jamais me esquecerei do olhar úmido e agradecido, apesar de eu jamais ter comprado nada dela. Nem antes nem depois.
Olhei com distanciamento o problema de Teresa. E fiquei grata por não ter que trabalhar na rua, por ter tantos recursos e by Savings Sidekick">oportunidades. E agradeci por estar lá, naquela hora, na rua de pouco movimento, e poder oferecer meus braços para ela.
3) Não há antes, nem depois ...
Na intricada teia de nossos by Savings Sidekick">relacionamentos, dívidas e depósitos se amontoam. Ajudar um conhecido muitas vezes cria vínculos ou situações complexas. Ás vezes, ele espera retribuir. Outras vezes, esperamos retribuição. Se temos ressentimentos com a pessoa, ajudá-la nem sempre deixa um gosto bom na boca. Se ela tem ressentimentos conosco, fica tudo muito ruim também.
Já com estranhos são simples. É ali, naquela hora. Depois acabou. E não há antes. Que alívio!
(mas não vamos deixar de ajudar os conhecidos dentro de nossas possibilidades, hein?)
4) A gratidão pelo inesperado é deliciosa
Quem se lembra de uma vez em que recebeu uma gentileza inesperada? Não é especial? E nem sempre estamos merecendo, mal-humorados por conta do revés em questão.
Ou quando ajudamos alguém e recebemos aquele olhar espantado e feliz?
Ontem mesmo, eu estava numa fila comum de banco. Um senhor bem velhinho estava atrás de mim. Na hora em que fui chamada, pedi que ele fosse primeiro. “Mas por que, minha filha?”. “Pelos seus cabelos brancos”, respondi. Ele, agradecido, me deu uma balinha de hortelã. Tudo muito singelo, muito fácil de fazer, mas o sentimento foi boooom.
5) Quase sempre, é fácil de fazer.
Uma vez eu fiquei envolvida por uma semana com uma mãe e um bebê que vieram para São Paulo para uma cirurgia e não tinha ninguém para esperar no aeroporto. Levei para um hotel barato, acompanhei por uma semana e tive medo de estar sendo usada, reforçada pelo ceticismo de muitas pessoas ao meu redor. No final, deu tudo certo e a história era verdadeira.
Mas na maioria dos casos, não é preciso tanto risco ou tanto tempo. Uma informação; um abaixar para pegar algo que caiu; uma dica sobre um produto no supermercado. Dar o braço para um cego (nunca pegue a mão dele, deixe que ele pegue o seu braço, aprendi com meu experiente marido). Facílimo, diria o Léo. E vamos combinar, fácil é tudo que precisamos quando o dia está difícil, certo?
6) Amor, meu grande amor
Finalmente, ajudar estranhos evoca o nosso melhor eu. É comum termos sentimentos de inadequação, baixa auto-estima e insatisfação conosco quando estamos sob tempo nublado. E ajudar o outro nos lembra que somos bons e capazes. Ajudar um estranho demonstra desapego, generosidade, empatia pelo próximo. E saber que somos tudo isto quando o coração está cinza... É para olhar com orgulho no espelho, não?
Portanto, se hoje não é o seu dia... Faça o dia de alguém. E se é um dia glorioso... Vai ficar melhor!
Fonte:http://www.vivermaissimples.com/2011/03/vida-dificil-ajude-um-estranho.html
Fonte:http://www.vivermaissimples.com/2011/03/vida-dificil-ajude-um-estranho.html
Karoline Toledo Pinto
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Um espaço verdadeiramente democrático , não limitamos e restringimos qualquer tipo de expressão , não toleramos racismo preconceito ou qualquer outro tipo de discriminação..Obrigado Claudio Vitorino