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domingo, 2 de dezembro de 2012
Veja dicas para vencer a insegurança e construir uma autoimagem positiva
Relacionamentos na infância, com pais ou cuidadores, são fundamentais no desenvolvimento da autoimagem
Há algumas pessoas que parecem estar permanentemente andando na corda bamba, tal a insegurança que permeia seus passos no dia a dia. O ruim é que, muitas vezes, tal sentimento não só gera um desconforto diário como atrasa, inviabiliza ou impede muitas realizações. Então, se você já se sentiu assim, ‘prejudicado’ por sua falta de confiança, está na hora de pensar sobre o assunto para mudar. E adivinha por onde começar? Sim, pelo início de tudo, os primeiros anos de vida.
“A capacidade do indivíduo de acreditar ou não em si mesmo depende de sua história. Os relacionamentos na infância com os pais ou cuidadores são fundamentais no desenvolvimento do self – o eu, a autoimagem”, explica Cristina Moraes Pertusi, doutora em Psicologia do Desenvolvimento Humano pela Universidade de São Paulo (USP), que atua em psicoterapia de família e casal, aconselhamento de carreira e coaching.
Pergunta básica: eu gosto de mim?
A construção de uma autoimagem positiva depende, então, da maneira como experimentamos nossas relações afetivas e, também, de fatores sociais e relacionais que o meio externo propicia para a qualidade dessas vivências. “A maior ou menor insegurança tem a ver com o autoconceito: o que a pessoa acha que é, seja consciente ou inconscientemente. Isso envolve características físicas e psicológicas, pontos positivos e negativos, autoestima. Em resumo, a percepção de seu próprio valor”, diz a psicóloga.
A insegurança traz, a reboque, uma série de situações e sentimentos negativos. O sujeito, por exemplo, paralisa quando tem que tomar uma decisão, encontra dificuldade de saber qual o melhor caminho a seguir, acredita que está sempre sendo julgado e criticado. “Enfim, não há confiança em si mesmo e, a partir daí, surgem vários ‘medos’: alguns específicos, como o de dirigir, e outros gerais, como o de enfrentar opiniões contrárias a sua”, salienta Leonard F. Verea, médico psiquiatra formado pela Faculdade de Medicina e Cirurgia de Milão (Itália), especializado em Medicina Psicossomática e Hipnose Dinâmica.
Autossabotagem
É possível, também, que a insegurança leve o indivíduo a não se considerar merecedor de ser feliz ou alcançar seus objetivos e sonhos. “Ele acaba desenvolvendo crenças e valores que limitam seu olhar sobre si mesmo e a vida. Daí para se autossabotar, ou seja, criar situações que bloqueiam sua felicidade, é um pulo”, diz o psiquiatra. Além da influência dos primeiros anos de vida – conceitos que lhe foram transmitidos verbalmente ou por atitudes –, o quadro é agravado pelas condições da sociedade moderna. “Há muita competição e exigência de que cada um seja perfeito em todas as áreas da vida. Como se isso fosse possível, e fazendo com que sejamos cobrados além de nossa capacidade.”
A falta de autoconfiança é, no mínimo, limitante. O inseguro perde a oportunidade de conhecer e experimentar o novo – seja uma pessoa, um lugar, um desafio. Por não valorizar seu potencial e não identificar suas habilidades, ele se fecha em si mesmo. “Nessa, deixa passar possíveis parceiros interessantes, não enxerga uma boa chance de emprego, não se lança em estudos e viagens, não investe em projetos pessoais e profissionais – e assim por diante”, considera Leonard Verea, acrescentando que tudo isso faz com que a pessoa se sinta infeliz, não fazendo o que gosta e não buscando prazeres.
Aprovação alheia
Há outro aspecto que ronda a insegurança: a dependência excessiva de pessoas e situações. “A opinião alheia influencia e direciona as ações. Existe uma real dificuldade de construir a vida com independência afetiva e até financeira. Dessa forma, fica travado o crescimento psicológico e social”, destaca Cristiane Moraes Pertusi. E tem outro lado: como não confia em si mesmo, alguns inseguros também não acreditam no outro. “E, aí, se tornam perfeccionistas ou controladores, pois esta é a única forma de se sentirem mais seguros.”
A boa notícia é que tal sentimento é passível de modificação. Uma criança insegura pode se tornar um adulto seguro. “O caminho é se valorizar mais, acreditar no seu potencial, ir atrás do autoconhecimento”, recomenda Verea. “Como o desenvolvimento psicológico e social é contínuo durante a vida, dá para melhorar o autoconceito e a autoestima. As relações experimentadas são como o oxigênio ou o ar que respiramos: se ele for bom e puro, construiremos nosso self positivo; se for poluído, trará distorções e prejuízos”, completa Pertusi. Veja, a seguir, dicas de ambos os terapeutas para ter mais segurança:
Dicas para se tornar uma pessoa mais segura
Cultive o pensamento positivo. “Avalie os bons aspectos da sua vida, valorizando-os. Ao mesmo tempo, considere o que você poderia aprimorar ou modificar para se fortalecer em todos os sentidos”, aconselha Cristiane Moraes Pertusi
Confie em si mesmo. Isso, claro, requer autorreflexão e autoconhecimento. “Caso esteja se sentindo vacilante em seus relacionamentos e sua carreira, busque auxílio de um psicoterapeuta ou coaching”
Corra atrás do autoconhecimento, recomenda Leonard Verea. “Observe quais sentimentos e pensamentos o levam à insegurança. E, ao descobrir, tente se lembrar quando foi a primeira vez que se viu assim. Talvez você perceba que é possível olhar para o fato de forma diferente”
Não tenha medo de mudanças. E vá além: analise se alguma área está precisando de uma virada radical. Em caso positivo, liste ações que ajudarão a melhorar seu desempenho
Faça uma lista de suas qualidades e seus pontos fortes. “Trata-se de um ótimo exercício para encher o copo da autoestima”, avalia Pertusi. Pense no que o faz ser único e especial, escreva e, se possível, fixe em um lugar visível para conferir sempre. “Identifique suas habilidades e as coloque em prática”, completa Verea
Converse com pessoas que são importantes para você. Peça um feedback de seus pontos fortes. “Só depois solicite que falem dos aspectos que precisaria desenvolver”, diz a psicóloga
Invista em relações afetivas positivas – amorosas ou de amizade –, que lhe façam bem e onde você é admirado
Valorize sua opinião frente a fatos e situações
Seja paciente e flexível consigo próprio e pare de se criticar por qualquer coisa. Não exija tanto de você, e tenha tolerância e positividade em relação a seus pensamentos, não se martirizando à toa. “Não se menospreze ou se rebaixe. Em vez disso, modifique o que acredita não ser legal em você”, sugere Leonard Verea
Não se leve tão a sério. “Você pode aprender com seus erros e reformular suas atitudes sempre que necessário”, salienta Pertusi
Se necessário, procure apoio com psicoterapia e aconselhamento psicológico
Fonte:http://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/redacao/2012/12/01/inseguranca-razoes-aparecem-ja-na-infancia-mas-e-possivel-mudar-isso.htm
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Vida difícil? Ajude um estranho .
Pode parecer ilógico -no mínimo pouco prioritário- ajudar um estranho quando as coisas parecem confusas na nossa vida. Mas eu venho aprendendo que este é um poderoso antídoto para os dias em que tudo parece fora do lugar.
Como assim, pergunta o meu leitor mais cético? E eu explico:
Há duas situações clássicas onde podemos auxiliar uma pessoa que não conhecemos. A primeira é através de doações e gestos similares de caridade. Estes atos são maravilhosos e muito recomendáveis, mas não é deles que quero falar hoje. Escolhi o segundo tipo: aquelas situações randômicas onde temos a oportunidade de fazer a diferença para uma pessoa desconhecida numa emergência qualquer. Na maioria das vezes, pessoas com quem esbarramos em locais públicos, envolvidas em situações que podem ir do estar atrapalhado até o precisar de mãos para apagar um incêndio.
Eu vejo pelo menos seis motivos para ajudar um estranho:
1) Divergir o olhar de nossos próprios problemas
Por um momento, por menor que seja, teremos a chance de esquecer nossas preocupações.
Dedicados a resolver o problema do outro (SEMPRE mais fácil do que os nossos), descansamos nossa mente. Ganhamos energia para o próximo round de nossa própria luta.
Esta pausa pode nos dar novo fôlego ou simplesmente ser um descanso momentâneo.
2) Olhar por um outro ângulo
Vez ou outra, teremos a oportunidade de relativizar nossos próprios problemas á luz do que encontramos nestes momento. Afinal, alguns de nossos problemas não são tão grandes assim...
Uma vez ajudei Teresa, a senhora que vende balas na porta da escola de meu filho. A situação dela era impossível de ser resolvida sozinha, pois precisava “estacionar” o carrinho que havia quebrado no meio de uma rua deserta. Jamais esquecerei o olhar desesperado, a preocupação com o patrimônio em risco, com o dia de by Savings Sidekick">trabalho desperdiçado, com as providências inevitáveis e caras. E jamais me esquecerei do olhar úmido e agradecido, apesar de eu jamais ter comprado nada dela. Nem antes nem depois.
Olhei com distanciamento o problema de Teresa. E fiquei grata por não ter que trabalhar na rua, por ter tantos recursos e by Savings Sidekick">oportunidades. E agradeci por estar lá, naquela hora, na rua de pouco movimento, e poder oferecer meus braços para ela.
3) Não há antes, nem depois ...
Na intricada teia de nossos by Savings Sidekick">relacionamentos, dívidas e depósitos se amontoam. Ajudar um conhecido muitas vezes cria vínculos ou situações complexas. Ás vezes, ele espera retribuir. Outras vezes, esperamos retribuição. Se temos ressentimentos com a pessoa, ajudá-la nem sempre deixa um gosto bom na boca. Se ela tem ressentimentos conosco, fica tudo muito ruim também.
Já com estranhos são simples. É ali, naquela hora. Depois acabou. E não há antes. Que alívio!
(mas não vamos deixar de ajudar os conhecidos dentro de nossas possibilidades, hein?)
4) A gratidão pelo inesperado é deliciosa
Quem se lembra de uma vez em que recebeu uma gentileza inesperada? Não é especial? E nem sempre estamos merecendo, mal-humorados por conta do revés em questão.
Ou quando ajudamos alguém e recebemos aquele olhar espantado e feliz?
Ontem mesmo, eu estava numa fila comum de banco. Um senhor bem velhinho estava atrás de mim. Na hora em que fui chamada, pedi que ele fosse primeiro. “Mas por que, minha filha?”. “Pelos seus cabelos brancos”, respondi. Ele, agradecido, me deu uma balinha de hortelã. Tudo muito singelo, muito fácil de fazer, mas o sentimento foi boooom.
5) Quase sempre, é fácil de fazer.
Uma vez eu fiquei envolvida por uma semana com uma mãe e um bebê que vieram para São Paulo para uma cirurgia e não tinha ninguém para esperar no aeroporto. Levei para um hotel barato, acompanhei por uma semana e tive medo de estar sendo usada, reforçada pelo ceticismo de muitas pessoas ao meu redor. No final, deu tudo certo e a história era verdadeira.
Mas na maioria dos casos, não é preciso tanto risco ou tanto tempo. Uma informação; um abaixar para pegar algo que caiu; uma dica sobre um produto no supermercado. Dar o braço para um cego (nunca pegue a mão dele, deixe que ele pegue o seu braço, aprendi com meu experiente marido). Facílimo, diria o Léo. E vamos combinar, fácil é tudo que precisamos quando o dia está difícil, certo?
6) Amor, meu grande amor
Finalmente, ajudar estranhos evoca o nosso melhor eu. É comum termos sentimentos de inadequação, baixa auto-estima e insatisfação conosco quando estamos sob tempo nublado. E ajudar o outro nos lembra que somos bons e capazes. Ajudar um estranho demonstra desapego, generosidade, empatia pelo próximo. E saber que somos tudo isto quando o coração está cinza... É para olhar com orgulho no espelho, não?
Portanto, se hoje não é o seu dia... Faça o dia de alguém. E se é um dia glorioso... Vai ficar melhor!
Fonte:http://www.vivermaissimples.com/2011/03/vida-dificil-ajude-um-estranho.html
Fonte:http://www.vivermaissimples.com/2011/03/vida-dificil-ajude-um-estranho.html
Karoline Toledo Pinto
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