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sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Defesa estuda pedir suspensão de júri dos réus do caso do Carandiru



A defesa dos policiais militares, réus no processo do caso do massacre do Carandiru, informou nesta sexta-feira (28) que estuda pedir à Justiça a suspensão do julgamento dos acusados de matar os presos da Casa de Detenção marcado para 28 de janeiro de 2013. De acordo com a advogada Ieda Ribeiro de Souza, ela recebeu com “perplexidade” a decisão do juiz José Augusto Nardy Marzagão em designar a data do júri popular somente para 28 dos 79 réus que ela defende no processo de homicídio. No total, 111 detentos foram mortos no dia 2 de outubro de 1992, quando a Polícia Militar entrou no complexo para conter uma rebelião.

A advogada Ieda de Souza analisa a possibilidade de impetrar dois recursos no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) pedindo para os desembargadores suspenderem o júri popular enquanto o juiz do caso não marcar as datas dos julgamentos dos demais acusados.

“Não discordo que o júri ocorra no ano que vem. Discordo da forma como foi marcado, sem avisar as partes. Soube da data do júri pela imprensa. E discordo da maneira como será feito. O processo é uno e tinha de colocar todos a júri. Concordo com a sugestão do juiz em fazer a cisão do julgamento devido à quantidade de réus, mas discordo dele só ter designado a data para 28 acusados. É preciso marcar também a data do julgamento dos demais réus para que a defesa possa se preparar”, disse Ieda o G1.
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Recursos
A advogada estuda a possibilidade de ingressar com uma petição de juízo, para pedir para o TJ avaliar a conduta do juiz, e um habeas corpus, requerendo a suspensão do júri de janeiro de 2013 até que o magistrado marque a data do julgamento dos demais réus. "Só irei avaliar se farei isso depois de receber a resposta do próprio juiz. Vou fazer uma petição pedindo esclarecimentos para ele. Dependendo da resposta, darei entrada com os recursos no TJ", afirmou Ieda.

Para a defesa dos réus, o juiz se precipitou em definir a data do júri sem consultar as partes envolvidas, advogados e Ministério Público. “Foi uma decisão precipitada feita apenas para dar uma resposta para a sociedade por conta da demora dos 20 anos para se julgar os demais réus”, afirmou Ieda.

A informação sobre o júri do ano que vem foi divulgada na noite de quinta-feira (27) no site do TJ-SP. Apesar de 111 presos terem sido mortos na incursão da Polícia Militar à Casa de Detenção, na Zona Norte da capital paulista, os 28 policiais deverão responder pelo assassinato de 15 detentos. O critério do juiz do caso para determinar a cisão do julgamento leva em conta a incursão dos policiais em cada um dos cinco andares do prédio.

Em janeiro, deverão ser julgados os PMs que invadiram o segundo pavimento do Carandiru. Apesar do juiz Marzagão trabalhar no Fórum de Santana, o júri foi designado para o Fórum da Barra Funda, na Zona Oeste da capital.

Serão julgados: Ronaldo Ribeiro dos Santos, Aércio Dornellas Santos, Wlandekis Antônio Cândido Silva, Roberto Alberto da Silva, Joel Cantílio Dias, Antonio Luiz Aparecido Marangoni, Valter Ribeiro da Silva, Pedro Paulo de Oliveira Marques, Gervásio Pereira dos Santos Filho, Marcos Antônio de Medeiros, Haroldo Wilson de Mello, Luciano Wukschitz Bonani, Paulo Estevão de Melo, Roberto Yoshio Yoshicado, Salvador Sarnelli, Fernando Trindade, Antônio Mauro Scarpa, Argemiro Cândido, Elder Taraboni, Sidnei Serafim dos Anjos, Marcelo José de Lira, Roberto do Carmo Filho, Zaqueu Teixeira, Osvaldo Papa, Marcos Ricardo Polinato, Reinaldo Henrique de Oliveira, Eduardo Espósito e Maurício Marchese Rodrigues.

De acordo com a defesa dos réus, alguns acusados citados acima não participaram da ação no segundo pavimento. Todos os acusados respondem ao processo em liberdade. Segundo Ieda, seus clientes alegam ser inocentes da acusação de homicídio. “Eles atiraram para se defender. Não houve execução”, disse a advogada.

Ministério Público
Procurado nesta sexta para comentar o assunto, o promotor Fernando Pereira da Silva, representante do Ministério Público, responsável pela acusação contra os réus, afirmou nesta sexta que irá tomar ciência da decisão da Justiça para depois dar seu posicionamento. “É louvável a preocupação do judiciário em designar uma data, mas num julgamento dessa magnitude, todas as formalidades têm de ser observadas. A Promotoria quer que o júri aconteça, mas as garantias da acusação e defesa sejam atendidas, como, por exemplo, a perícia que pedimos para serem feitas nas armas. Por isso, vou analisar se tudo foi cumprido para depois me posicionar”, afirmou Fernando da Silva.

Na decisão que marcou o julgamento, o magistrado disse que a realização da perícia de confronto balístico, que estava pendente no processo, está prejudicada. “Logo, não se mostra razoável insistir numa perícia fadada ao insucesso”, alegou o juiz Martagão em seu despacho.

Em laudo encaminhado ao juiz em junho deste ano, uma perita relatou as dificuldades em realizar o exame por causa do “lapso de tempo”, que provoca uma maior possibilidade de oxidação nas peças metálicas. E também diz que, para garantir a qualidade da perícia, seriam necessários mais projéteis do que os apreendidos. Segundo o juiz, no mínimo 2.352 projéteis, sendo que foram recolhidos cerca de 160 projéteis e fragmentos.

O G1 encaminhou e-mail para a assessoria de imprensa do TJ-SP questionando o juiz sobre as indagações feitas pela defesa dos réus. Até a publicação desta matéria, o magistrado não havia respondido.

Ubiratan
Até agora, somente o tenente-coronel Ubiratan Guimarães chegou a ser julgado. Em junho de 2001, o comandante da invasão ao Carandiru havia sido condenado a 632 anos de prisão por 102 das 111 mortes. Como nove vítimas fatais foram esfaqueadas, o entendimento da acusação é que essas mortes foram provocadas pelos próprios presidiários.

O oficial da Polícia Militar nem chegou a ser preso. Como tinha sido eleito deputado, passou a ter foro privilegiado. O Órgão Especial do Tribunal de Justiça de SP anulou o júri e absolveu Ubiratan por considerar que a ação foi estritamente legítima. Ele foi assassinado no apartamento em que morava, nos Jardins, em 2006.

Manifesto
Um grupo de entidades sociais, reunido sob o nome “Rede 02 de outubro”, divulgou nesta sexta-feira (28) um manifesto pelo fim dos massacres e contra a “reprodução e aprofundamento das desigualdades que demarcam nossa sociedade”. O manifesto marca o dia 2 de outubro como "dia pelo fim dos massacres" e cobra, do governo do estado e do governo federal, o cumprimento das recomendações feitas pela Corte Interamericana de Direitos Humanos, além de exigir a abolição dos registros de "resistência seguida de morte" e "auto de resistência".

Entre os grupos que compõem a rede estão a Pastoral Carcerária e o Mães de Maio. Segundo o Padre Valdir Silveira, coordenador nacional da Pastoral, o estado fortaleceu e destacou os envolvidos no massacre. “Não adianta pôr no presídio quem matou outros presos. A primeira coisa seria afastá-los dos cargos, depois dar reparação às famílias”, disse ele.

Um sobrevivente do massacre, presente no evento de divulgação do manifesto, disse não acreditar na Justiça. “Os massacres continuarão acontecendo enquanto quem ocupa os cargos competentes não assumirem seus papéis. [...] o Estado foi omisso”, disse Sidney Sales. O ex-presidiário hoje tem um centro de reabilitação e desintoxicação de jovens, em Jundiaí.

Na terça-feira, dia que marca os 20 anos do massacre, o grupo prepara um ato na Catedral e na Praça da Sé.

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Um espaço verdadeiramente democrático , não limitamos e restringimos qualquer tipo de expressão , não toleramos racismo preconceito ou qualquer outro tipo de discriminação..Obrigado Claudio Vitorino

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Claudio Vitorino em ação..

Aquele que acredita que o interesse coletivo está acima do interesse individual , que acredita que tudo e possível desde que tenha fé em Deus e coragem para superar os desafios...

Vida difícil? Ajude um estranho .

Pode parecer ilógico -no mínimo pouco prioritário- ajudar um estranho quando as coisas parecem confusas na nossa vida. Mas eu venho aprendendo que este é um poderoso antídoto para os dias em que tudo parece fora do lugar.

Como assim, pergunta o meu leitor mais cético? E eu explico:
Há duas situações clássicas onde podemos auxiliar uma pessoa que não conhecemos. A primeira é através de doações e gestos similares de caridade. Estes atos são maravilhosos e muito recomendáveis, mas não é deles que quero falar hoje.


Escolhi o segundo tipo: aquelas situações randômicas onde temos a oportunidade de fazer a diferença para uma pessoa desconhecida numa emergência qualquer. Na maioria das vezes, pessoas com quem esbarramos em locais públicos, envolvidas em situações que podem ir do estar atrapalhado até o precisar de mãos para apagar um incêndio.

E o que nós, imersos nas nossas próprias mazelas, distraídos por preocupações sem fim amontoadas no nosso tempo escasso, enfim, assoberbados como sempre... O que nós temos a ver com este ser humano que pode ser bom ou mau, pior, pode sequer apreciar ou reconhecer nosso esforço?


Eu vejo pelo menos seis motivos para ajudar um estranho:


1) Divergir o olhar de nossos próprios problemas
Por um momento, por menor que seja, teremos a chance de esquecer nossas preocupações.
Dedicados a resolver o problema do outro (SEMPRE mais fácil do que os nossos), descansamos nossa mente. Ganhamos energia para o próximo round de nossa própria luta.
Esta pausa pode nos dar novo fôlego ou simplesmente ser um descanso momentâneo.


2) Olhar por um outro ângulo
Vez ou outra, teremos a oportunidade de relativizar nossos próprios problemas á luz do que encontramos nestes momento. Afinal, alguns de nossos problemas não são tão grandes assim...
Uma vez ajudei Teresa, a senhora que vende balas na porta da escola de meu filho. A situação dela era impossível de ser resolvida sozinha, pois precisava “estacionar” o carrinho que havia quebrado no meio de uma rua deserta. Jamais esquecerei o olhar desesperado, a preocupação com o patrimônio em risco, com o dia de by Savings Sidekick">trabalho desperdiçado, com as providências inevitáveis e caras. E jamais me esquecerei do olhar úmido e agradecido, apesar de eu jamais ter comprado nada dela. Nem antes nem depois.
Olhei com distanciamento o problema de Teresa. E fiquei grata por não ter que trabalhar na rua, por ter tantos recursos e by Savings Sidekick">oportunidades. E agradeci por estar lá, naquela hora, na rua de pouco movimento, e poder oferecer meus braços para ela.


3) Não há antes, nem depois ...
Na intricada teia de nossos by Savings Sidekick">relacionamentos, dívidas e depósitos se amontoam. Ajudar um conhecido muitas vezes cria vínculos ou situações complexas. Ás vezes, ele espera retribuir. Outras vezes, esperamos retribuição. Se temos ressentimentos com a pessoa, ajudá-la nem sempre deixa um gosto bom na boca. Se ela tem ressentimentos conosco, fica tudo muito ruim também.
Já com estranhos são simples. É ali, naquela hora. Depois acabou. E não há antes. Que alívio!
(mas não vamos deixar de ajudar os conhecidos dentro de nossas possibilidades, hein?)


4) A gratidão pelo inesperado é deliciosa
Quem se lembra de uma vez em que recebeu uma gentileza inesperada? Não é especial? E nem sempre estamos merecendo, mal-humorados por conta do revés em questão.
Ou quando ajudamos alguém e recebemos aquele olhar espantado e feliz?
Ontem mesmo, eu estava numa fila comum de banco. Um senhor bem velhinho estava atrás de mim. Na hora em que fui chamada, pedi que ele fosse primeiro. “Mas por que, minha filha?”. “Pelos seus cabelos brancos”, respondi. Ele, agradecido, me deu uma balinha de hortelã. Tudo muito singelo, muito fácil de fazer, mas o sentimento foi boooom.


5) Quase sempre, é fácil de fazer.
Uma vez eu fiquei envolvida por uma semana com uma mãe e um bebê que vieram para São Paulo para uma cirurgia e não tinha ninguém para esperar no aeroporto. Levei para um hotel barato, acompanhei por uma semana e tive medo de estar sendo usada, reforçada pelo ceticismo de muitas pessoas ao meu redor. No final, deu tudo certo e a história era verdadeira.
Mas na maioria dos casos, não é preciso tanto risco ou tanto tempo. Uma informação; um abaixar para pegar algo que caiu; uma dica sobre um produto no supermercado. Dar o braço para um cego (nunca pegue a mão dele, deixe que ele pegue o seu braço, aprendi com meu experiente marido). Facílimo, diria o Léo. E vamos combinar, fácil é tudo que precisamos quando o dia está difícil, certo?

6) Amor, meu grande amor
Finalmente, ajudar estranhos evoca o nosso melhor eu. É comum termos sentimentos de inadequação, baixa auto-estima e insatisfação conosco quando estamos sob tempo nublado. E ajudar o outro nos lembra que somos bons e capazes. Ajudar um estranho demonstra desapego, generosidade, empatia pelo próximo. E saber que somos tudo isto quando o coração está cinza... É para olhar com orgulho no espelho, não?

Portanto, se hoje não é o seu dia... Faça o dia de alguém. E se é um dia glorioso... Vai ficar melhor!

Fonte:http://www.vivermaissimples.com/2011/03/vida-dificil-ajude-um-estranho.html

Karoline Toledo Pinto

Karoline Toledo Pinto
Karoline Agente Penitenciária a quase 10 anos , bacharelada no curso de Psicologia em uma das melhores Instituição de Ensino Superior do País , publica um importante ARTIGO SOBRE AS DOENÇAS QUE OS AGENTES PENITENCIÁRIOS DESENVOLVEM NO EXERCÍCIO DE SUAS FUNÇÕES . Aguardem em breve aqui será publicado .APESAR DAS PERSEGUIÇÕES INFUNDADAS DAS AMEAÇAS ELA VENCEU PARABÉNS KAROL SE LIBERTOU DO NOSSO MAIOR MEDO A IGNORÂNCIA CONTE COMIGO.. OBRIGADO CLAUDIO VITORINO

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