O dado divulgado pela campanha petista também foi questionado, nesta segunda-feira (17), pelo prefeito de Uberlândia, Odelmo Leão (PP), em entrevista coletiva, concedida na sala de reuniões da Prefeitura de Uberlândia. Ao apresentar um relatório chamado “dossiê 8 bilhões”, o prefeito Odelmo Leão afirmou que o dado é inverídico e que estaria havendo um “estelionato eleitoral” em Uberlândia.
Na interpretação da administração municipal, os dados divulgados pela candidatura do PT incluiriam recursos para custeio da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), como pagamentos de salários. “Não posso aceitar que o nosso povo seja enganado”, afirmou o prefeito, explicando a razão de ter convocado a coletiva de imprensa. O detalhamento do recurso financeiro do governo federal aplicado em Uberlândia foi revelado pela própria coligação majoritária petista, que entrou com uma representação eleitoral, pedindo direito de resposta dentro do programa do candidato Luiz Humberto Carneiro (PSDB).
No dia 12 de setembro, o programa da coligação tucana exibiu um vídeo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmando que teria trazido investimento de R$ 2,7 bilhões para a região. O pedido de direito de resposta da coligação petista, negado nesta segunda-feira (17) pelo juiz eleitoral Rander José Funaro, alegava que as declarações do ex-presidente Lula teriam sido manipuladas. Além de questionar a legitimidade da edição do programa tucano, a coligação do PT informou os detalhes de onde, como e quando foram aplicados os recursos do governo federal em Uberlândia.
Pedido de resposta é negado
A assessoria jurídica da candidatura de Gilmar Machado entrou nesta segunda-feira (17) com recurso no Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG) para tentar obter o direito de resposta dentro do programa eleitoral de Luiz Humberto Carneiro, que foi negado pelo juiz eleitoral em primeira instância.
A assessoria de comunicação da candidatura de Gilmar Machado informou que inseriu na relação de R$ 8 bilhões todos os recursos aplicados, entre 2004 e 2012, pelo governo federal em Uberlândia e que esses recursos poderiam incluir pagamento de salários e custeio. A maioria dos recursos foi colocada em Uberlândia, mas há menções de repasses de verbas para cidades da região, quando a rubrica envolvia especificamente a Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e obras de infraestrutura, como rodovias.
“Dossiê” aponta divisão de valores
O “dossiê 8 bilhões”, divulgado segunda-feira pelo prefeito de Uberlândia, Odelmo Leão, indica que os recursos que teriam sido aplicados pelo governo federal em Uberlândia, entre 2004 e 2012, seriam divididos e cerca de R$ 4,6 bilhões teriam ficado para a Universidade Federal de Uberlândia (UFU).
Ainda de acordo com o “dossiê”, seria, também, aproximadamente R$ 1,8 bilhão de transferências voluntárias (constitucionais), cerca de R$ 1,6 bilhão provenientes do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e por volta de R$ 1 bilhão para obras, que totalizariam R$ 9 bilhões e não R$ 8 bilhões.
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