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terça-feira, 23 de outubro de 2012
A verdade sobre os `traumas´ de infância
A verdade sobre os `traumas´ de infância
As carências da vida adulta se devem a razões bem mais complexas que a falta de amor dos pais.
Não é minha intenção subestimar a importância das vivências infantis dolorosas na formação de sintomas chamados de neuróticos na vida adulta. Não gostaria, porém, de continuar a superestimá-los, como têm feito algumas das mais importantes correntes da psicologia contemporânea. A importância da infância na formação de nossas estruturas psíquicas é óbvia. Além de ser dependente, de ter o cérebro pronto para operar e receber informações do meio que a cerca, a criança possui uma intuição sofisticada, fruto da evolução incompleta da sua razão lógica - a razão, após estabelecer-se completamente, funciona como "camisa-de-força" para as operações psíquicas sensoriais.
O que me preocupa é a forma dedutiva de como muitos raciocinam sobre o tema. Observam, por exemplo, um adulto incapaz de ficar só e que busca com urgência qualquer tipo de vínculo afetivo. Ficam sabendo que ele teve uma mãe que lhe deu pouco carinho, pois vinha de uma família em que não era usual a manifestação física do afeto. Correlacionam os dois fatos e deduzem que, "lógico", esse adulto carente de afeto é produto de uma criança que teve menos amor que precisava.
Pode ser que seja "lógico", mas nem tudo que é lógico é verdadeiro. O que define a veracidade de uma afirmação é sua comprovação prática. Minha experiência clínica mostra que todos nós, adultos, somos carentes, inseguros e com grande dificuldade para estarmos sós, mesmo quando tivemos uma mãe amorosa.
Alguns de nós crescemos carentes porque tivemos pouco amor na infância e ansiamos por preencher essa lacuna. Outros porque tivemos muito, acostumamo-nos a isso e não conseguimos viver com menos. As carências da vida adulta não dependem apenas de nossa mãe e das peculiaridades que marcaram a nossa infância. Atribuo essa sensação de incompletude a um acontecimento geral, próprio de toda a espécie humana: a dramática vivência do nascimento, quando nos desgrudamos da mãe e passamos a sentir toda a sorte de inseguranças, desconfortos e desamparo.
O nascer é um "trauma" infantil, que nos marca a todos. Com o passar dos anos, um outro ingrediente entra em cena: o modo como funciona nossa razão. Já pelos 2-3 anos de idade observamos grandes diferenças na reação de crianças expostas ao mesmo fato externo. Diante da morte de um animal de estimação, por exemplo, algumas sofrerão mais que outras. Algumas tolerarão melhor frustrações, contrariedades e dores de todo o tipo; outras reagirão com violência sempre que contrariadas. Algumas serão facilmente conduzidas pelos argumentos; outras serão guiadas mais pela vontade que pela razão. Não há como negar que algumas dessas diferenças dependem de variáveis inatas e não relacionadas com o ambiente ou às vivências que cada criatura tenha tido de enfrentar.
Não desprezo a possibilidade de certas experiências dolorosas terem forte influência sobre a formação da personalidade de algumas pessoas. Isso, em virtude de terem sido expostas a dores muito graves (estupro, pai que se matou, queimaduras sérias etc.) ou por terem um espírito muito delicado (filhos que se tornam tímidos ou gagos em razão da agressividade dos pais, rapazes que evoluem na direção homossexual por serem objeto de humilhação, pessoas que se tornam obsessivas porque não tiveram espaço para a expressão de suas raivas).
O que não me parece correto é generalizarmos esse tipo de reflexão apenas porque nos parece "lógico". E, o que é mais grave, para explicar condições gerais dos setores humanos: inseguranças, carências afetivas e tantos outros conflitos que todos temos. Esse raciocínio equivocado sobre os "traumas" de infância tem acovardado muitos pais, tornando-os incapazes de agir com rigor e determinação na educação dos filhos.
Fonte:http://somostodosum.ig.com.br/conteudo/conteudo.asp?id=05704
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Claudio Vitorino em ação..
Aquele que acredita que o interesse coletivo está acima do interesse individual , que acredita que tudo e possível desde que tenha fé em Deus e coragem para superar os desafios...
Vida difícil? Ajude um estranho .
Pode parecer ilógico -no mínimo pouco prioritário- ajudar um estranho quando as coisas parecem confusas na nossa vida. Mas eu venho aprendendo que este é um poderoso antídoto para os dias em que tudo parece fora do lugar.
Como assim, pergunta o meu leitor mais cético? E eu explico:
Há duas situações clássicas onde podemos auxiliar uma pessoa que não conhecemos. A primeira é através de doações e gestos similares de caridade. Estes atos são maravilhosos e muito recomendáveis, mas não é deles que quero falar hoje. Escolhi o segundo tipo: aquelas situações randômicas onde temos a oportunidade de fazer a diferença para uma pessoa desconhecida numa emergência qualquer. Na maioria das vezes, pessoas com quem esbarramos em locais públicos, envolvidas em situações que podem ir do estar atrapalhado até o precisar de mãos para apagar um incêndio.
Eu vejo pelo menos seis motivos para ajudar um estranho:
1) Divergir o olhar de nossos próprios problemas
Por um momento, por menor que seja, teremos a chance de esquecer nossas preocupações.
Dedicados a resolver o problema do outro (SEMPRE mais fácil do que os nossos), descansamos nossa mente. Ganhamos energia para o próximo round de nossa própria luta.
Esta pausa pode nos dar novo fôlego ou simplesmente ser um descanso momentâneo.
2) Olhar por um outro ângulo
Vez ou outra, teremos a oportunidade de relativizar nossos próprios problemas á luz do que encontramos nestes momento. Afinal, alguns de nossos problemas não são tão grandes assim...
Uma vez ajudei Teresa, a senhora que vende balas na porta da escola de meu filho. A situação dela era impossível de ser resolvida sozinha, pois precisava “estacionar” o carrinho que havia quebrado no meio de uma rua deserta. Jamais esquecerei o olhar desesperado, a preocupação com o patrimônio em risco, com o dia de by Savings Sidekick">trabalho desperdiçado, com as providências inevitáveis e caras. E jamais me esquecerei do olhar úmido e agradecido, apesar de eu jamais ter comprado nada dela. Nem antes nem depois.
Olhei com distanciamento o problema de Teresa. E fiquei grata por não ter que trabalhar na rua, por ter tantos recursos e by Savings Sidekick">oportunidades. E agradeci por estar lá, naquela hora, na rua de pouco movimento, e poder oferecer meus braços para ela.
3) Não há antes, nem depois ...
Na intricada teia de nossos by Savings Sidekick">relacionamentos, dívidas e depósitos se amontoam. Ajudar um conhecido muitas vezes cria vínculos ou situações complexas. Ás vezes, ele espera retribuir. Outras vezes, esperamos retribuição. Se temos ressentimentos com a pessoa, ajudá-la nem sempre deixa um gosto bom na boca. Se ela tem ressentimentos conosco, fica tudo muito ruim também.
Já com estranhos são simples. É ali, naquela hora. Depois acabou. E não há antes. Que alívio!
(mas não vamos deixar de ajudar os conhecidos dentro de nossas possibilidades, hein?)
4) A gratidão pelo inesperado é deliciosa
Quem se lembra de uma vez em que recebeu uma gentileza inesperada? Não é especial? E nem sempre estamos merecendo, mal-humorados por conta do revés em questão.
Ou quando ajudamos alguém e recebemos aquele olhar espantado e feliz?
Ontem mesmo, eu estava numa fila comum de banco. Um senhor bem velhinho estava atrás de mim. Na hora em que fui chamada, pedi que ele fosse primeiro. “Mas por que, minha filha?”. “Pelos seus cabelos brancos”, respondi. Ele, agradecido, me deu uma balinha de hortelã. Tudo muito singelo, muito fácil de fazer, mas o sentimento foi boooom.
5) Quase sempre, é fácil de fazer.
Uma vez eu fiquei envolvida por uma semana com uma mãe e um bebê que vieram para São Paulo para uma cirurgia e não tinha ninguém para esperar no aeroporto. Levei para um hotel barato, acompanhei por uma semana e tive medo de estar sendo usada, reforçada pelo ceticismo de muitas pessoas ao meu redor. No final, deu tudo certo e a história era verdadeira.
Mas na maioria dos casos, não é preciso tanto risco ou tanto tempo. Uma informação; um abaixar para pegar algo que caiu; uma dica sobre um produto no supermercado. Dar o braço para um cego (nunca pegue a mão dele, deixe que ele pegue o seu braço, aprendi com meu experiente marido). Facílimo, diria o Léo. E vamos combinar, fácil é tudo que precisamos quando o dia está difícil, certo?
6) Amor, meu grande amor
Finalmente, ajudar estranhos evoca o nosso melhor eu. É comum termos sentimentos de inadequação, baixa auto-estima e insatisfação conosco quando estamos sob tempo nublado. E ajudar o outro nos lembra que somos bons e capazes. Ajudar um estranho demonstra desapego, generosidade, empatia pelo próximo. E saber que somos tudo isto quando o coração está cinza... É para olhar com orgulho no espelho, não?
Portanto, se hoje não é o seu dia... Faça o dia de alguém. E se é um dia glorioso... Vai ficar melhor!
Fonte:http://www.vivermaissimples.com/2011/03/vida-dificil-ajude-um-estranho.html
Fonte:http://www.vivermaissimples.com/2011/03/vida-dificil-ajude-um-estranho.html
Karoline Toledo Pinto
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