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sábado, 3 de novembro de 2012

Cotas para negros Cota não é concessão, mas resultado de luta

Para o professor Marcus Orione, adoção de cotas sociais e raciais em institutos e universidades federais pode fazer com que o Brasil periférico passe a ser o centro das preocupações nas instituições de ensino superior
Aline Scarso, da Redação



marcus orione reprodução



O professor da USP Marcus Orione - Foto: Reprodução
Professor da Faculdade de Direito da USP (Universidade de São Paulo), Marcus Orione é um dos maiores defensores da implementação de cotas raciais e sociais nas instituições públicas como forma de corrigir distorções históricas entre brasileiros. Em entrevista ao Brasil de Fato, ele rebate as críticas comumente feitas por aqueles que são contrários à medida, discutindo temas como a ameaça à meritocracia, o possível surgimento de uma nova segregação racial, a impossibilidade de checar a veracidade das informações oferecidas por cotistas e as consequências sociais das cotas. Confira.
Brasil de Fato: Professor, como o senhor avalia as cotas sociais e raciais do ponto de vista da ampliação de direitos de negros, indígenas e pobres no Brasil?
Marcus Orione: A previsão de cotas, para além da aquisição de um direito em si, é um fato decorrente das lutas dos movimentos sociais, que impulsionam o país para uma maior igualdade. Não se trata de uma concessão de quem tem o poder, mas de uma luta da sociedade que consegue, por sua pressão, transformá-la em realidade. A lei que contenha previsão de cotas, além de outras ações afirmativas para estas populações fragilizadas, é aspecto formal de um dado mais relevante: a luta de um país pelo fim das diferenças raciais, étnicas e sociais. Na realidade, não se trata de conquista que cria novos privilégios para estes setores, mas a que desfaz os privilégios, hoje existentes, de uma elite branca brasileira que se esforça, de forma irracional, para manter uma lógica que somente a prestigia.
A política afirmativa de cotas recentemente aprovada democratiza a Universidade e instituições federais públicas?
Considerada a igualdade, as cotas sequer fazem restabelecer uma democracia que em algum lugar ou momento histórico ficou perdida no país. A história do Brasil, para se realizar na sua concretude, somente se consolidará quando os negros, indígenas e toda sorte de pobres passarem de personagens secundários e massacrados para os seus verdadeiros protagonistas. É inadmissível, por exemplo, se ingressar numa Faculdade de Direito, como a do Largo de São Francisco, e quase não se ver negros entre os estudantes e os professores. Os negros presentes naquele espaço são, em geral, funcionários. Isto revela a própria inversão do espaço público, que não traduz, geograficamente, a realidade do país, mas que diz muito sobre a divisão do poder do Brasil.
Professor, há quem fale que as cotas são uma “ameaça” à meritocracia. Há dados e informações que comprovem a diferença entre o desempenho de alunos cotistas em relação aos alunos não-cotistas?
O conceito de mérito é bastante relativo e depende claramente dos valores que determinada sociedade tem como mais importantes. Em tese, defende-se que aquele que mais merece possa acessar a uma vaga nas melhores universidades. Mas o mérito não pode ser vislumbrado apenas da ótica individual do candidato. É preciso superar essa lógica capitalista. O mérito deve visto a partir da potencialidade do candidato para melhor produzir conhecimentos, já que a universidade é, em essência, um polo de geração destes conhecimentos. Portanto, deve-se merecer não porque se é efetivo na perspectiva concorrencial de um vestibular hoje caduco. Deve-se merecer porque é potencial gerador de saberes. Certamente que, quanto mais plural for a universidade, maior a sua potencialidade de gerar tal saber. No entanto, o saber gerado não pode ser apenas o que mantém vantagens para grupos específicos. Isso será sempre reproduzido se a clientela das universidades, em especial nos cursos de maior procura, se mantiver sendo a elite branca, proveniente em especial da classe média. O conhecimento precisa de outras fontes, sob pena de gerar a manutenção do estado das coisas e não impulsionar o crescimento do país, em todos os aspectos. Conhecimento, enquanto poder, não deve ficar concentrado. Não falamos o mesmo quando se trata do poder político e da necessidade de regras que potencializem a rotatividade?
Por outro lado, ainda que sob a perspectiva clássica e mais individualista do mérito, percebe-se atualmente que os alunos negros e outros de segmentos mais pobres da comunidade não apresentam rendimentos menos significativos do que o dos candidatos brancos durante o curso superior, ainda que ingressando por programas de cotas. Estes números estão presentes na experiência norte-americana, mas se encontram também na realidade brasileira, como na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), por exemplo. Em ambos os casos fica demonstrado que, em especial com a existência de programas de apoios com bolsas de estudo e aprendizado específico em áreas como português ou matemática, as diferenças de desempenho são desprezíveis. Esta constatação também aparece no caso da USP, em relação aos admitidos pelos programas de inclusão que são direcionados para os egressos das escolas públicas. Em especial na experiência da UERJ, os cotistas também são os que apresentam menor índice de evasão escolar, o que é extremamente importante pelo custo que cada vaga ociosa representa para os cofres públicos.



cotas ilustra 1



Adoção de cotas pode fazer com que o Brasil periférico passe a ser o
centro das preocupações nas instituições de ensino superior
Os críticos também apontam a lei de cotas como falha, dizendo que não será possível checar a veracidade das informações sobre a renda dos estudantes e daqueles autodeclarados negros e indígenas. Isso pode acontecer?
A UERJ desde o seu primeiro vestibular em 2003, em que destinou vagas para as cotas, sempre utilizou o sistema de autodeclaração. A autodeclaração é a forma mais correta de se tratar a questão, sendo inclusive aquela recomendada por documentos internacionais que tratam da questão racial. A razão é simples: não é dado a ninguém dizer a respeito de uma condição inerente a outro ser humano. Ora, não é razoável que se atribua a terceiros a dicção da identidade alheia. Caso contrário, seria um poder conferido a um terceiro sobre traço característico fundamental de certo grupo, percebido na perspectiva de sua identidade. É poder demais de um homem sobre o outro. No caso da UERJ, por exemplo, em quase dez anos, a questão não suscitou grandes demandas sobre a veracidade das afirmações, sendo que o controle, certamente, existe internamente no dia-a-dia da universidade, onde convivem cotistas e não-cotistas. Registre-se que certo escritório, ligado a movimentos sociais, colocou à disposição peça judicial no seu site, para que qualquer um que se sentisse atingido pela declaração inverídica pudesse ingressar em juízo contra aquele que se utilizou deste artifício. No entanto, a despeito disto tudo, não há uma quantidade significativa de fatos que coloquem em risco o sistema de cotas daquela universidade. Acho, inclusive, que a melhor maneira de controle, se é que ela realmente é necessária, seria a realizada pelos movimentos sociais ligados à questão racial. Se estes entenderem que esteja havendo fraude, eles devem agir em defesa da causa racial. No entanto, acredito que não se deva começar a questão pela presunção de má-fé. A boa-fé se presume. Se alguém agir com má-fé, certamente, demonstrado o fato, há mecanismo jurídicos à disposição de qualquer um, que se sinta prejudicado.
A mudança do perfil social das Universidades deve ter consequências em relação ao tipo de conhecimento científico produzido?
Inicialmente, e já está comprovado, o que reforça a ideia de que o mérito não deve ser vislumbrado sob a perspectiva individual, é que os cotistas, após formados, realizam de forma voluntária maior prestação de serviços às comunidades pobres. Somente por este argumento, não se justifica que sejam mais merecedores do que os demais – considerado o mérito a partir do interesse da sociedade? Assim, nos Estados Unidos, por exemplo, demonstrou-se que médicos provenientes de sistema de cotas atendem duas vezes mais, como voluntários, as comunidades pobres. Esta maior disposição também foi demonstrada em relação aos cotistas da UERJ. A questão me parece clara e nos fornece elementos para a melhor resposta da pergunta: quem é forjado na solidariedade irá, com mais facilidade, gestar soluções solidárias. Este dado é extremamente importante para o incremento das pesquisas e do ensino nas universidades. Hoje, extremamente centrados em óticas desocupadas da realidade social, certamente que, com a modificação do universo de seus discentes, o centro das preocupações seria outro, bem mais próximo de sua própria realidade. O Brasil periférico seria o centro das preocupações, o verdadeiro Brasil passaria a ser analisado nas universidades. O país tem problemas sérios que poderiam ser melhor resolvidos se os cérebros existentes na universidade estivessem efetivamente a seu serviço. No entanto, hoje preocupado essencialmente com o seu futuro profissional, o jovem da elite branca brasileira não pensa mais o país nas universidades, não busca mais as soluções para os problemas nacionais, mas apenas para o seu problema pessoal de como se virar no futuro profissional. É claro que existem exceções, mas que, infelizmente, somente comprovam a regra.
Outra crítica às cotas é de que ela é uma nova forma de segregação racial às avessas uma vez que reafirma a identidade negra como forma de conseguir "vantagens" em relação a brancos, mesmo que estes sejam mais pobres que os primeiros. Como o senhor enxerga essa questão?
Esta é uma afirmação, no mínimo, equivocada. Para ser segregada no nosso país, a raça branca, que se encontra em vantagem histórica de séculos, precisaria de uma força oposta de mais alguns séculos. No entanto, qualquer política de cotas, como é sabido por qualquer um, é transitória. Assim, no instante de equilíbrio das forças, observada a lógica do capitalismo, as cotas não seriam mais necessárias. Além disto, não há que se falar em instauração de uma divisão racial, hoje supostamente inexistente no Brasil. Primeiro, porque a divisão racial já existe, basta ver a guerra travada nos faróis entre as raças. Basta ver a cor dos que são dizimados nas periferias. E assim por diante. O ódio racial, de ambas as partes, já está instaurado, há muito, no país. As cotas irão, isto sim, acabar com a segregação negra, sem que isto importe em uma segregação oposta. Não se cria uma segregação acabando com a outra. Isto remonta a um raciocínio primário e completamente desprovido de qualquer cientificidade.
Professor, os estudantes de escolas públicas, negros e indígenas podem aguardar boas novidades sobre a possível implementação das cotas nas Universidades paulistas?
Falarei especificamente da USP sobre a qual tenho mais dados. A USP tem dois programas de inclusão social, chamados INCLUSP e PASUSP. Ambos são voltados para os alunos egressos da escola pública. No entanto, ambos são, a meu ver, completamente insuficientes, em especial se analisarmos a questão da inclusão racial. Aliás, mesmo para os fins principais a que se destinam, que é a inclusão do aluno de escola pública, me parece que os dados não são tão animadores. Na sua última edição atingiram apenas o índice de 28% de inclusão deste segmento, sendo que a população negra correspondeu a 2,6%. A insuficiência é apontada mesmo em documentos oficiais, que são explícitos no sentido de que os alunos da Rede Pública que se inscreveram para o INCLUSP, por exemplo, diminuíram sensivelmente desde a concepção do programa. Veja-se, ainda, a baixa inclusão, especialmente em cursos de elevada concorrência. No caso do curso de Direito do Largo de São Francisco, conforme dados de março de 2012, a aprovação de candidatos inscritos no INCLUSP não chegou a 9% e, na Medicina, por exemplo, não chegou a totalizar 15%. Veja-se que, aqui, sequer estamos falando em número de aprovados na perspectiva racial, que, segundo fontes oficiosas, chega no curso de Direito do Largo de São Francisco, a 2%. Isso, aliás, é visível para qualquer professor, que, como eu, ministra aulas para classes do diurno e do noturno. Mas alguns poucos avanços, em especial do INCLUSP, devem ser aproveitados em caso de aprovação de um sistema de cotas. Por exemplo, a admissão de que não basta apenas o ingresso, sendo necessárias políticas para a permanência dos alunos negros na Universidade como, por exemplo, os programas de bolsas, que ajudam a evitar a evasão.
Da mesma forma, há dados interessantes que devem ser considerados no discurso da admissão de alunos de segmentos menos favorecidos da sociedade e que já estão demonstrados por ambos os programas. Assim é fato que não é possível falar em baixo rendimento de alunos provenientes destes segmentos em relação aos demais que cursam a Universidade. Este dado, e já existem conclusões em outras experiências no mesmo sentido, deve ser aproveitado para reforçar a política de cotas raciais. Estas questões são importantes para a nossa reflexão a respeito inclusive do que se entende por mérito nas universidades – que passará a ser qualificado pela ideia de diversidade, indispensável ao espírito universitário e que é potencializada no caso das cotas raciais, sociais e para pessoas com deficiência. Infelizmente, no entanto, e apesar destes dados, o Conselho Universitário, em recente reunião, ao invés de tratar o assunto de forma mais contundente, resolveu apenas promover uma série de debates a respeito do tema. Pessoalmente, e vendo a evolução da questão no país, acho que a USP está ficando para trás e isto custará, com o tempo, a perda de sua credibilidade enquanto instituição pública e de qualidade de seu ensino pois não dará o salto necessário para o enfrentamento das grandes questões nacionais.

Fonte:http://www.geledes.org.br/areas-de-atuacao/educacao/cotas-para-negros/16137-cota-nao-e-concessao-mas-resultado-de-luta

ADOÇÃO DE CRIANÇAS NEGRAS





Vários sites disponibilizam informações sobre adoção.
Vários sites trazem as dificuldades que tem enfrentado as famílias brasileiras com relação a espera para a adoção .
Porém são poucos os sites que falam sobre as dificuldades e apontam os índices de crianças negras que estão na fila de espera da adoção.
Em 2011, das 26 mil famílias que aguardavam na fila da adoção, mais de um terço aceitavam apenas crianças brancas. Enquanto isso, as crianças negras (pretas e pardas) eram mais da metade das que estavam aptas para serem adotadas e aguardavam por uma família. Este dado não mudou.
O racismo, que as pessoas jogam fora, guardam, muitas pessoas negam a existência, outras chegam a declarar abominação, podem ser ainda verificado nos comportamentos e nas atitudes das famílias/ ou pessoas pretendentes a adoção .
Muitas famílias ainda traçam um perfil baseado nas relações racialmente constituídas no Brasil.
Onde o belo é branco e o preto é feio. Onde o anjo é branco e o demônio é o preto.
Herança maldita do sistema escravagista.
Herança maldita que tira direitos, não oportuniza e que contribuem para não conscientização das diferenças étnicas/raciais que não são motivos de discriminar ou critério de padrão para escolha de um ser humano.
No contexto geral é necessário que este tipo de preconceito seja dissolvido.
O preconceito racial com relação as crianças negras tem dificultado a diminuir os índices de desigualdades existentes.
Não deveria existir diferenças no universo das relações humanas, principalmente com relação a crianças que não são mercadorias em vitrines e sim pessoas a espera de alguém que os/as ajudem no seu desenvolvimento humano, econômico e social e no seu pertencimento enquanto cidadão e cidadã.
O Brasil conta com o Cadastro Nacional de Adoção, que possibilita a ampliação dos/as cadastrados/as em cada cidade para uma dimensão nacional. Isso significa que todo o País tem acesso à informação, automaticamente, a cada atualização.
Isto possibilita a adoção de uma criança de um determinado Estado por um pretendente de outro Estado .
O Cadastro abranger todo o território nacional não só torna o processo mais rápido e transparente, como aumenta as chances de encontrar uma família para as crianças e adolescentes. O novo sistema tem demonstrado bons resultados também porque facilita o acesso aos dados pelos juízes, já que o Cadastro tem a coordenação do Conselho Nacional de Justiça.
Além disso, a partir da entrada em vigor da Lei 10.421/02, a mãe adotiva, assim como a mãe biológica, passa a ter direito à licença-maternidade. No entanto, ela é proporcional:
• 120 dias no caso de adoção de criança de até 1 ano de idade;
• 60 dias quando a criança adotada tem de 1 a 4 anos;
• 30 dias para o caso de adoção de criança de 4 a 8 anos de idade.
O direito ao salário-maternidade também é estendido à mãe adotiva.





http://www.cnj.jus.br/noticias/cnj/15658:brasil-tem-4856-criancas-para-a-adocao-revela-ultimo-balanco

Fonte:http://monicaaguiarsouza.blogspot.com.br/2012/06/adocao-de-criancas-negras.html










O PADRÃO DE BELEZA IMPOSTO PELA SOCIEDADE.

O padrão de beleza estabelecido pela sociedade consumista gera graves conseqüências à população, pois essa se vê na obrigação de segui-lo tornando-se cada vez mais indiferente aos parâmetros de simplicidade. Cada ser humano é diferente um do outro e cada um é dotado de um gosto diferente. Não é porque uma pessoa gosta de comida italiana que todos os outros são obrigados a gostar, cada um tem liberdade de escolha independente do que o outro quer ou gosta. As pessoas vivenciam muitas coisas que são impostas pelos meios de comunicação em geral, especialmente pela televisão como, por exemplo, em uma novela aparece uma atriz com um corte de cabelo ousado, logo após sua aparição as mulheres lotam os salões para ficarem igual a ela. Outro grande problema gerado pelos padrões de beleza atual é o de doenças como a bulimia e a anorexia, que são distúrbios alimentares. Muitas mulheres desenvolvem esses distúrbios na tentativa de ficar igual a modelos de passarela, que em sua maioria são extremamente magras. Temos sim que buscar um bem-estar físico, olhar no espelho e se sentir bonita (o), porém tendo a consciência de que aquilo não é o mais importante. Desde muito tempo a sociedade impõe padrões daquilo que é certo e errado, do que se pode e do que não se pode fazer, de como se comporta, entre outros, essas imposições tem seu lado positivo e negativo. As pessoas têm que ter consciência de que o importante é o que ela acha e o que pensa, não o que os outros acham e pensam sobre ela. Hoje vivenciamos muito isso, em especial com as mulheres, que se esforçam para agradar o padrão do gosto masculino, isto é, sua aparência deve ser de acordo com o gosto masculino. Você deve se sentir bem com aquilo que te agrada e não com o que satisfaz o outro, pense bem antes de assumir uma postura baseada nos padrões estabelecidos pela sociedade, pois nem sempre é o melhor. O que ocorre é que estes padrões mexem com o psicológico das mulheres, pois fica claro o conflito, não sabem como se valorizar pelos pensamentos e atitudes, pois existe uma influência acirrada que impõe padrões magérrimos fazendo-as acreditar, cada vez mais, que só serão bem aceitas pela sociedade se aproximando dos mesmos. Esses padrões são definidos pelas propagandas na TV e em revistas. Isto é resultante de uma mídia capitalista que bombardeiam tantas informações de forma que a mulher chega até mesmo a esquecer sua individualidade e a natureza da beleza. Os resultados desta forte influência são notórios, como a obsessão pela magreza, as dietas, a malhação, a cirurgia plástica, a moda, os produtos de beleza, todos vendidos pela mídia. Ritiléa Rodrigues

Fonte:http://wwwsantoantonio1.blogspot.com.br/2009/12/o-padrao-de-beleza-imposto-pela.html








sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Atitudes para melhorar o mundo


12 Atitudes



Este ano a Aurora Alimentos em parceria com a Fundação Aury Luiz Bodanese está trabalhando 12 atitudes para mudar o mundo.


Essas 12 atitudes são uma pequena missão para cada um. Uma missão que a Aurora Alimentos e a Fundação Aury Luiz Bodanese se propuseram: pensar em algumas maneiras de mudar o mundo. Pode até parecer pretencioso, mas são algumas propostas, que você pode seguir ou não, só depende da sua consciência. Você também pode criar suas próprias atitudes para mudar o mundo ao seu redor. Pode ser uma palavra de carinho ou um abraço no seu filho. Qualquer coisa que melhore o mundo ou o dia de alguém.



Para ficar bem com o mundo, primeiro você precisa esta de bem com você. Respeite, confie e goste de si.


Pratique esportes. Você alivia o estress, ajuda a manter a saúde em dia, melhora o humor e aumenta a auto-estima. Enfim, torna o seu mundo muito melhor.


Sua atitudes são mais importante do que você imagina. Elas servem de exemplo para todos que gostam e admiram você.



Ser cidadão é exigir os seus direitos. Mas também é saber que você tem deveres.


Precisamos cuidar do futuro das crianças. Toda criança tem direito a: respeito, proteção, saúde, amor, educação e tudo que for necessário para que ela cresca e se desenvolva.


Um mundo melhor começa pela sua consciênca. Faça a sua parte, reflita sempre sobre suas atitudes.



Cuidar da natureza é garantir para nós e para as futuras gerações um mundo melhor.


Promover a paz é fundamental para melhorarmos o nosso mundo. Nenhuma crença religiosa, política ou ideológica justifica a violência.


Relacionar-se com outras pessoas é uma parte fundamental da vida. Por isso, respeite e trate igualmente as pessoas com quem você convive.


Respeite os mais velhos. Pois respeitá-los é cuidar de quem trabalha para melhorar o nosso mundo, muito antes de nós chegarmos nele.


A união é a melhor forma para melhorar o nosso mundo. Seja em casa, no trabalho ou na sua rua.


O voluntário, além de ter consciência dos problemas do mundo, age para diminuí-los. O que você está fazendo para melhorar o mundo em que você vive? 


Fonte:http://www.auroraalimentos.com.br/br/aurora_doze_atitudes.php

10 Passos para adotar uma criança



1. Tomar a decisão

2. Cadastrar-se
Procure o Juizado da Infância e da Juventude mais próximo de sua casa para fazer um Cadastro de Pretendentes para Adoção. Ligue antes para saber quais documentos levar – eles variam entre os juizados. Pessoas solteiras também podem adotar, mas a Justiça ainda não prevê adoção por casais homossexuais.

3. Escolher o perfil da criança
No cadastro, indique o perfil da criança que deseja. Você pode escolher o sexo, a idade (no caso de crianças maiores de 3 anos, é chamada de adoção tardia), o tipo físico e as condições de saúde. Pense com calma e converse com outros pais para saber o que é bacana e o que não é em cada escolha.

4. Passar por uma entrevista
Até dois meses, uma psicóloga do juizado agendará uma entrevista para conhecer seu estilo de vida, renda financeira e estado emocional. Ela também pode achar necessário que uma assistente social visite sua casa para avaliar se a moradia está em condições de receber uma criança. Teoricamente, o poder aquisitivo influencia, mas não é decisório.

5. Conseguir o certificado de habilitação
A partir das informações no seu cadastro e do laudo final da psicóloga, o juiz dará seu parecer. Isso pode demorar mais um mês, dependendo do juizado. Com sua ficha aprovada, você ganhará o Certificado de Habilitação para Adotar, válido por dois anos em território nacional.

6. Mudar caso não consiga o certificado
Sua ficha pode não ser aprovada. O motivo pode ser desde a renda financeira até um estilo de vida incompatível com a criação de uma criança. Se isso acontecer, procure saber as razões. Você poderá fazer as mudanças necessárias e começar o processo novamente.

7. Entrar na fila de adoção
Com o certificado, você entrará automaticamente na fila de adoção do seu estado e aguardará até aparecer uma criança com o perfil desejado. Ou poderá usar o certificado para adotar alguém que conhece. Nesse caso, o processo é diferente: você vai precisar de um advogado para entrar com o pedido no juizado.

8. Aguardar a criança
A espera pela criança varia conforme o perfil escolhido. Meninas recém-nascidas, loiras, com olhos azuis e saúde perfeita – a maioria dos pedidos – podem demorar até cinco anos. A lei não proíbe, mas alguns juízes são contra a separação de irmãos e podem lhe dar a opção de adotar a família toda.

9. Conhecer o futuro filho

Você é chamado para conhecer uma criança. Se quiser, já pode levá-la para casa. Se o relacionamento correr bem, o responsável recebe a guarda provisória, que pode se estender por um ano. Mas se a criança tem menos de 2 anos, você terá sua guarda definitiva. Crianças maiores do que isso passam antes por um estágio de convivência, uma espécie de adaptação, por tempo determinado pelo juiz e avaliado pela assistente social.

10. Tornarem-se pais

Depois de dar a guarda definitiva, o juizado emitirá uma nova certidão de nascimento para a criança, já com o sobrenome da nova família. Você poderá trocar também o primeiro nome dela. E, por fim, lembre-se do mais importante: o vínculo de amor não depende da genética.


Fonte:http://lista10.org/uteis/10-passos-para-adotar-uma-crianca/

100 Dicas para uma vida melhor



1º. aula Descubra seu maior defeito e disponha-se a corrigi-lo.

2º. aula Escolha até três exemplos de vida e determine-se a segui-los.

3º. aula Tenha força e sabedoria para resistir às tentações do mundo.

4º. aula Cultive a força da tolerância de forma a compreender, aceitar, assumir responsabilidades, ter determinação e melhorar as circunstâncias externas. Então, passe a cultivar a tolerância pela vida, a tolerância por todos os fenômenos e a tolerância pelos fenômenos não-surgidos de maneira a transformar o cultivo da tolerância em força e sabedoria.

5º. aula Aprenda a se adaptar à pressão externa e não se deixe afetar por ela.

6º. aula Seja ativo e destemido. Pense antes de agir.

7º. aula Envergonhe-se do que ignora, do que é incapaz, do que o torna impuro e rude.

8º. aula Faça com freqüência algo que toque o coração das pessoas.

9º. aula Sinta-se bem sob qualquer circunstância, siga as condições corretas, esteja sempre livre de aflições e faça tudo com alegria no coração.

10º. aula Ser corajoso e virtuoso é ter a capacidade de admitir os próprios erros.

11º. aula Aprenda a aceitar perdas, falsas acusações, contratempos e humilhações.

12º. aula Não inveje aqueles que praticam boas ações ou dizem boas palavras. Tenha sempre na mente, bondade e beleza.

13º. aula Não empurre os outros para a beira do abismo; ao contrário, dê-lhes espaço para recuar — um dia eles poderão lhe ajudar.

14º. aula Sirva àqueles que desejam fazer o bem, compartilhe um objetivo. Favoreça os outros e respeite seus anseios.

15º. aula Seja amável e humilde ao relacionar-se com as outras pessoas. Expresse bondade em seu semblante e em sua fala.

16º. aula A capacidade de doar traz abundância verdadeira.

17º. aula Importe-se apenas com o que é certo ou errado; não se fixe em perdas e ganhos.

18º. aula Deixe de lado pensamentos egoístas e dedique-se à justiça, à verdade e ao bem comum.

19º. aula Viaje pelo mundo sob o céu estrelado. Vivencie a prática da procissão de mendicância pelo menos uma vez na vida.

20º. aula Abra mão de todas as suas posses ao menos uma ou duas vezes na vida.

21º. aula A cada quatro ou cinco anos, empreenda uma viagem sozinho.

22º. aula Não se deixe cegar pelo amor. Não se traia por dinheiro.

23º. aula Não bata de frente com as coisas – aprenda a arte de ser sutil.

24º. aula Não há êxito sem persistência, diligência e determinação.

25º. aula Desenvolva autoconfiança, expectativas em relação a si mesmo e metas pessoais.

26º. aula Procure ouvir boas palavras e jamais esqueça o que elas significam.

27º. aula Não desperdice o seu tempo. Faça planos e use o tempo com sabedoria.

28º. aula Seja sempre sensato, pois a sensatez é imparcial e igual para com todos.

29º. aula Lembre-se dos erros cometidos. Tenha-os sempre em mente para não repeti-los.

30º. aula Seja qual for a sua função, desempenhe-a bem. Não olhe para os lados.

31º. aula Faça tudo com boa intenção, verdade, sinceridade e beleza.

32º. aula Não se apegue ao passado. Olhe sempre adiante.

33º. aula Lute sempre pelos seus objetivos e vá longe.

34º. aula Planeje sua carreira, use seu dinheiro com sabedoria, purifique seus sentimentos e não se apegue a fama e riqueza.

35º. aula Desenvolva compreensão e visão corretas. Não se deixe levar cegamente pelos outros.

36º. aula Renuncie a apegos insensatos e aceite a verdade com mente humilde.

37º. aula Não faça intrigas nem espalhe rumores. Não se deixe influenciar por eles.

38º. aula Aprenda a desenvolver sua mente, reformar seu caráter, recuar e dar guinadas na vida.

39º. aula Cultive méritos por meio de doações que estejam de acordo com sua capacidade, função, disposição e condição.

40º. aula Creia profundamente na vida e contemple todas as virtudes. Nunca faça o mal; pratique sempre o bem.

41º. aula Não culpe os céus nem os outros por sua infelicidade, pois tudo tem sua causa e seu efeito.

42º. aula Pense no bom e belo ao invés de pensar no que é triste e penoso.

43º. aula Conquiste ao menos três tipos de habilitação ao longo da vida, como, por exemplo, para guiar automóveis, cozinhar, digitar, cuidar de enfermos, exercer a medicina, o magistério, o direito, a arquitetura etc.

44º. aula Aprenda a articular bem a fala e a escrita. Aprenda a ouvir, a apreciar, a pensar, a cantar, a pintar e a desenvolver habilidades. Quanto mais se aprende, melhor. Aprenda, ao menos, metade disso tudo.

45º. aula Leia ao menos um jornal por dia, para se manter em dia com o mundo.

46º. aula Leia pelo menos dois livros por mês.

47º. aula Mantenha uma rotina diária.

48º. aula Cultive hábitos regulares de sono e alimentação.

49º. aula Pratique exercícios físicos.

50º. aula Mantenha-se longe de cigarro, álcool, pornografia e drogas. Administre e controle sua própria vida.

51º. aula Pratique meditação por, pelo menos, dez minutos todos os dias.

52º. aula Passe, pelo menos, metade de um dia sozinho, uma vez por semana.

53º. aula Ao menos uma vez por mês, pratique o vegetarianismo, para nutrir seu coração de compaixão.

54º. aula Ajude os outros e faça o bem sem esperar nada em troca.

55º. aula Compartilhe sua alegria e compaixão com os demais.

56º. aula Mantenha a capacidade de se auto-avaliar sob qualquer circunstância.

57º. aula Reze pelos desafortunados, onde quer que você esteja.

58º. aula Seja preciso em suas observações. Considere todos os ângulos e seja tolerante e compreensivo em relação aos outros.

59º. aula Aprecie a vida, cuide dela e não a maltrate jamais.

60º. aula Use seu dinheiro e suas posses com sabedoria. Não desperdice nem gaste demais.

61º. aula Em tempos de alegria, contenha a sua fala; no infortúnio, não despeje sua raiva sobre os outros.

62º. aula Não enalteça seus próprios méritos nem aponte os erros alheios.

63º. aula Não inveje nem suspeite. Méritos advêm das realizações e da ajuda aos outros.

64º. aula Não seja ganancioso em relação às posses alheias, nem mesquinho em relação às suas.

65º. aula Demonstre coerência entre atitude e pensamento. Não seja iluminado na teoria e ignorante na prática.

66º. aula Não fique sempre pedindo ajuda aos outros. Busque ajuda dentro de si mesmo.

67º. aula Faça de sua própria conduta um bom exemplo. Não espere benevolência dos outros, mas de si mesmo.

68º. aula Cultivar bons hábitos é a melhor maneira de manter uma vida íntegra e saudável.

69º. aula É melhor ser não-inteligente do que não-compassivo.

70º. aula A mente otimista é contemplada com um futuro brilhante.

71º. aula Construa seu próprio destino. Corra atrás das oportunidades ao invés de esperar que elas caiam do céu.

72º. aula Controle suas emoções e seu humor: não se deixe levar por eles.

73º. aula Elogio e ofensa fazem parte da vida. Não se apegue a eles – conserve sempre a paz interior.

74º. aula A doação de órgãos ajuda a prolongar a vida além de propiciar recursos para as vidas de outros seres.

75º. aula Ouça o que os outros têm a dizer e anote a essência do que eles dizem.

76º. aula Olhe para si mesmo antes de acusar os outros. Somente uma avaliação honesta de seus méritos e deméritos lhe dá o direito de julgar os demais.

77º. aula Cumpra suas promessas.

78º. aula Não viole o direito dos outros para beneficiar a si próprio. Favorecer os demais, às vezes, é imperioso.

79º. aula Não sinta prazer em ridicularizar os outros. Ao contrário, aprenda a fazê-los felizes.

80º. aula Não critique, por inveja, a benevolência do outro. Respeite-o e siga seu bom exemplo.

81º. aula Não use de traição para obter vantagens.

82º. aula Os privilégios devem, antes de tudo, ser oferecidos às outras pessoas.

83º. aula Aprenda a aceitar as desvantagens. Saiba que, na verdade, elas são vantagens.

84º. aula Não se apegue a perdas e ganhos. Não faça comparações entre o que você e os outros têm ou deixam de ter.

85º. aula Seja sincero, impetuoso e educado.

86º. aula Harmonia, paz e tranqüilidade são a chave para o relacionamento com as pessoas.

87º. aula Respeito, reverência e tolerância são a tríade para manter boas relações com o mundo.

88º. aula A raiva não resolve problemas. Somente uma mente tranqüila e pacífica pode ajudar você a lidar com a vida.

89º. aula Relacione-se com pessoas virtuosas e bons mestres.

90º. aula Não contamine os outros com sua tristeza, nem leve preocupações para a cama.

91º. aula Busque prazer e alegria em tudo o que faz, e transmita isso a todos.

92º. aula Seja grato aos benevolentes e aos que prestam auxílio. Deixe-se tocar por seus atos virtuosos.

93º. aula Dê um toque de serenidade a tudo o que você fizer na vida.

94º. aula Não existe dificuldade ou facilidade absolutas. O esforço transforma dificuldade em facilidade, enquanto a indolência torna o fácil difícil.

95º. aula Ajude seus vizinhos e sua comunidade e participe dos eventos locais. Assim, você se tornará um voluntário da humanidade.

96º. aula Só a humildade gera o bem. A arrogância não traz nada mais que desvantagem.

97º. aula Aproxime-se de mestres virtuosos. Ouça-os, seja leal e não os desacate.

98º. aula Ajudar os outros é ajudar a si mesmo. Ter consideração pelos outros significa cuidar e amar a si próprio.

99º. aula Dê aos jovens oportunidades e ofereça-lhes orientação sempre que necessário.

100º. aula Cuide de seus pais e seja amoroso com eles.

Minha vida.

Naquele lugar entre a consciência e o sonho, encontrei-me em um quarto.

Nele não havia nada de incomum, exceto por uma parede coberta por um arquivo de fichas.


Era como um daqueles de biblioteca, com várias gavetas que listam títulos por autor ou assunto em ordem alfabética.


Porém estas gavetas, que se estendiam do chão ao teto e aparentavam não ter fim para nenhum dos lados, tinham cabeçalhos um tanto diferente.


Ao me aproximar da parede, o primeiro a chamar minha atenção era um que dizia "Pessoas de quem gostei".


Eu abri a gaveta e comecei a folhear os cartões.

Fechei-a rapidamente, chocado em perceber que reconhecia cada um dos nomes escritos ali.

Então, sem quem ninguém me dissesse nada, soube exatamente onde estava.


O quarto sem vida com suas pequenas gavetas era um perturbador arquivo da minha vida. Nele tinham sido escritos meus atos em cada momento, grandes ou pequenos, em detalhes inalcançáveis à minha memória.


Os títulos iam do banal ao bizarro.


Livros que eu li, Mentiras que eu contei, Consolos que eu dei, Piadas que me fizeram rir.


Alguns eram quase hilários em sua exatidão:


Coisas que eu berrei para meus irmãos.


Outros não tinham tanta graça:


Coisas que eu fiz nos momentos de ira, Murmurações que tive em secreto sobre meus pais.


Eu não parava de me surpreender com o que encontrava.


Quase sempre havia muito mais fichas do que eu esperava. Algumas vezes menos do que gostaria.Fiquei impressionado pelo enorme volume de minha existência.


Seria possível eu ter tido tempo em meus 27 anos para escrever cada um dos milhares ou talvez milhões de fichas?


Mas cada cartão confirmava esta verdade.


Todos estavam escritos com minha letra.


E todos tinham sido assinados por mim.


Quando puxei a gaveta Músicas que eu escutei,concluí que as gavetas tinham o tamanho exato dos seus conteúdos.


As fichas estavam colocadas bem justas, mas mesmo depois de dois ou três metros ainda não tinha conseguido encontrar o final.


Fechei de volta, envergonhado, nem tanto pela qualidade da música, mas mais pela vasta quantidade de tempo que eu sabia
que aquilo representava.

Quando vi a etiqueta que dizia Pensamentos luxuriosos, senti um arrepio atravessar o meu corpo.


Abri a gaveta uns poucos centímetros, sem coragem de descobrir seu tamanho, e puxei uma ficha.


Estremeci ao ler sua descrição detalhada.


Causou-me náusea pensar que momentos assim pudessem ter sido registrados.

Uma cólera quase selvagem se apoderou de mim.


Só um pensamento dominava minha mente:


Ninguém jamais pode ver estas fichas! Ninguém deve encontrar este quarto!


Eu tenho que destruí-los!


Num impulsoinsano arranquei a gaveta.


Seu tamanho já não importava.


Eu tinha que esvaziá-la e queimar os cartões.


Porém, mesmo segurando suas extremidades e balançando com toda a minha força, nenhum saiu de seu lugar.

Em desespero tirei um cartão, apenas para descobrir que ele era forte como aço quando tentei rasgá-lo.


Sentindo-me derrotado retornei a gaveta ao seu lugar.


Encostei a testa na parede e deixei escapar um longo, profundo, suspiro.


Então eu vi.


O título era Pessoas com quem compartilhei o Evangelho.


O puxador brilhava mais do que os outros ao seu redor, era mais novo, quase sem uso.

Puxei-o e uma pequena gaveta com uns quatro dedos de comprimento saiu nas minhas mãos.


Dentro havia tão poucos cartões que nem precisei contar.


Aí as lágrimas vieram. Caí em prantos.


Soluçava tão forte que sentia uma dor que começava no estômago e se expandia pelo corpo todo.


Caí de joelhos e gritei.


Eu gemia de vergonha, da sufocante vergonha de tudo aquilo.


As fileiras de gavetas confundiam-se em meus olhos lacrimejantes.


Ninguém poderia jamais saber deste quarto.


Eu precisava trancá-lo e esconder a chave.Então, enquanto enxugava as lágrimas, eu O vi.


Não. Não. Ele.


Não aqui.


Qualquer um, menos Jesus.


Eu olhava, indefeso, enquanto Ele abria os arquivos e lia os cartões.


Eu não podia suportar ver sua reação.


Nos momentos em que consegui fitar Sua face vi um pesar mais profundo que o meu.


Ele parecia ir intuitivamente para as gavetas mais podres.


Porque Ele tinha que ler cada uma das fichas?


Finalmente Ele se virou e me encarou do outro lado do quarto.


Ele me olhava com pena em Seus olhos.


Mas era uma pena que não me zangava.


Abaixei minha cabeça, cobri minha face com as mãos e tornei a chorar.


Ele se aproximou e me abraçou.


Ele poderia ter dito tantas coisas.


Porém nenhuma palavra saiu de sua boca.


Ele apenas chorou comigo.


Depois se levantou e se dirigiu à parede de arquivos.


Começando de uma extremidade Ele puxou uma gaveta, e, um a um, assinava Seu nome sobre o meu nos cartões.


Eu gritei, correndo até Ele.


Tudo o que eu conseguia balbuciar era Não, não!


Enquanto tirava a ficha de Suas mãos.


Seu nome não poderia estar nos cartões.


Mas lá estava, escrito com um vermelho tão intenso, tão escuro, tão vivo.


O nome de Jesus cobria o meu.


Estava escrito com Seu sangue.


Ele delicadamente tomou de volta o cartão.


Ele sorriu, com tristeza, e continuou assinando.


Acho que jamais entenderei como Ele pôde fazê-lo tão rápido, pois no momento seguinte eu o vi fechando a última gaveta e tornando à minha direção.


Colocou Sua mão no meu ombro e disse:


Está consumado.


Logo Ele me levou para fora do quarto.


Não havia trancas na porta.


Ainda existiam cartões a serem escritos.




Autor: Desconhecido

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Vida difícil? Ajude um estranho .

Pode parecer ilógico -no mínimo pouco prioritário- ajudar um estranho quando as coisas parecem confusas na nossa vida. Mas eu venho aprendendo que este é um poderoso antídoto para os dias em que tudo parece fora do lugar.

Como assim, pergunta o meu leitor mais cético? E eu explico:
Há duas situações clássicas onde podemos auxiliar uma pessoa que não conhecemos. A primeira é através de doações e gestos similares de caridade. Estes atos são maravilhosos e muito recomendáveis, mas não é deles que quero falar hoje.


Escolhi o segundo tipo: aquelas situações randômicas onde temos a oportunidade de fazer a diferença para uma pessoa desconhecida numa emergência qualquer. Na maioria das vezes, pessoas com quem esbarramos em locais públicos, envolvidas em situações que podem ir do estar atrapalhado até o precisar de mãos para apagar um incêndio.

E o que nós, imersos nas nossas próprias mazelas, distraídos por preocupações sem fim amontoadas no nosso tempo escasso, enfim, assoberbados como sempre... O que nós temos a ver com este ser humano que pode ser bom ou mau, pior, pode sequer apreciar ou reconhecer nosso esforço?


Eu vejo pelo menos seis motivos para ajudar um estranho:


1) Divergir o olhar de nossos próprios problemas
Por um momento, por menor que seja, teremos a chance de esquecer nossas preocupações.
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Uma vez ajudei Teresa, a senhora que vende balas na porta da escola de meu filho. A situação dela era impossível de ser resolvida sozinha, pois precisava “estacionar” o carrinho que havia quebrado no meio de uma rua deserta. Jamais esquecerei o olhar desesperado, a preocupação com o patrimônio em risco, com o dia de by Savings Sidekick">trabalho desperdiçado, com as providências inevitáveis e caras. E jamais me esquecerei do olhar úmido e agradecido, apesar de eu jamais ter comprado nada dela. Nem antes nem depois.
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Na intricada teia de nossos by Savings Sidekick">relacionamentos, dívidas e depósitos se amontoam. Ajudar um conhecido muitas vezes cria vínculos ou situações complexas. Ás vezes, ele espera retribuir. Outras vezes, esperamos retribuição. Se temos ressentimentos com a pessoa, ajudá-la nem sempre deixa um gosto bom na boca. Se ela tem ressentimentos conosco, fica tudo muito ruim também.
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Fonte:http://www.vivermaissimples.com/2011/03/vida-dificil-ajude-um-estranho.html

Karoline Toledo Pinto

Karoline Toledo Pinto
Karoline Agente Penitenciária a quase 10 anos , bacharelada no curso de Psicologia em uma das melhores Instituição de Ensino Superior do País , publica um importante ARTIGO SOBRE AS DOENÇAS QUE OS AGENTES PENITENCIÁRIOS DESENVOLVEM NO EXERCÍCIO DE SUAS FUNÇÕES . Aguardem em breve aqui será publicado .APESAR DAS PERSEGUIÇÕES INFUNDADAS DAS AMEAÇAS ELA VENCEU PARABÉNS KAROL SE LIBERTOU DO NOSSO MAIOR MEDO A IGNORÂNCIA CONTE COMIGO.. OBRIGADO CLAUDIO VITORINO

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