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segunda-feira, 7 de janeiro de 2013
Rios voadores da Amazônia transportam água para América do Sul
Nuvens se refletem nas águas do Rio Negro, perto da cidade de Tumbira, na Amazônia brasileira
Goiania - Enquanto a seca causa estragos no mundo e cresce a inquietação com colheitas e reservas hídricas, o piloto e aventureiro anglo-suíço naturalizado brasileiro Gérard Moss mostra os "rios voadores" da Amazônia, cursos d´água atmosféricos que têm origem na floresta e alimentam as chuvas no Brasil e na América do Sul.
"As mudanças climáticas estão cobrando seu preço, os Estados Unidos vivem a pior seca em meio século, a Rússia sofre com a seca, na Índia há anos as monções não são regulares, e no Brasil parece que somos menos afetados porque temos a maior floresta tropical do mundo, que ajuda a regular o clima", explica Moss, enquanto pilota seu monomotor com destino a Goiânia (centro).
Durante o voo, Moss observa um indicador que mede a umidade do ar sobre o cerrado. Ele usa o medidor para localizar os "rios voadores", nome dado às massas de vapor d´água que a Amazônia lança na atmosfera.
"Pouca gente sabe que na Amazônia uma única árvore pode colocar na atmosfera mais de 1.000 litros d´água em um dia, e que a selva amazônica consegue colocar mais água na atmosfera em um dia do que a transportada pelo rio mais caudaloso do mundo, o Amazonas", explica.
Em expedições em avião e balão, Moss leva cinco anos demonstrando que a floresta amazônica não só limpa o ar do planeta, como garante umidade e chuvas para o Brasil e parte da América do Sul, uma região enorme produtora e exportadora de alimentos.
Os rios voadores, conta, partem da Amazônia até os Andes, que agem como barreira natural, e redirecionam as gigantescas massas de vapor principalmente rumo ao centro-oeste, o sudeste e o sul do Brasil, mas também para o norte de Argentina, Uruguai, Paraguai, Colômbia, e ainda para Venezuela, Guiana, Guiana Francesa e Suriname.
"O Peru recebe um pouco desta água, mas se não houvesse a cordilheira, certamente receberia tudo", explica Moss.
Nascido na Inglaterra e criado na Suíça, entre Montreux e Vevey, o apaixonado piloto de 57 anos chegou ao Brasil nos anos 1980 para trabalhar na exportação de soja, e uma década depois mudou radicalmente de trabalho para se dedicar ao meio ambiente, ao lado da esposa Margi Moss, fotógrafa nascida no Quênia.
Ele ganhou fama em 2001, quando fez a primeira volta ao mundo em planador motorizado, uma aventura que durou 100 dias, durante os quais fazia transmissões ao vivo, todos os domingos, para a televisão brasileira.
Em 2003, o casal embarcou em um pequeno hidroavião com o qual coletou durante um ano mais de mil amostras dos rios e lagos mais remotos do país, que possui 12% das reservas de água doce do planeta.
"Constatamos que 85% das águas são limpas, o que demonstra que o Brasil tem uma grande riqueza, mas também que nas regiões habitadas a qualidade é péssima, não se investe para preservar esta riqueza", lamenta Moss.
De Belém a São Paulo sobre um rio voador - A aventura aérea e ambiental prosseguiu em 2006, com o projeto Rios Voadores, no qual embarcaram importantes cientistas que já tinham advertido para o fenômeno e agora utilizam os dados para confirmá-lo.
Eles criaram equipamentos adaptados ao monomotor e a um balão aeroestático, com o qual Moss percorreu o país para condensar e analisar gotas do vapor atmosférico originadas na Amazônia.
O piloto chegou a viajar oito dias na trajetória de um rio voador, da cidde amazônica de Belém ao Pantanal (centro-oeste) e a São Paulo (sudeste). "Era uma massa enorme de vapor d´água, equivalente ao que São Paulo consome em 115 dias, foi muito bom para divulgar os nossos resultados", explica.
Com estes estudos, o respeitado Instituto de Pesquisas Espaciais (INPE) traça diariamente trajetórias das correntes de umidade amazônica por todo o Brasil, enquanto o projeto se concentra agora em divulgar os resultados para alcançar seu objetivo: ajudar a salvar a Amazônia.
"Nosso objetivo é que uma criança em São Paulo ou um produtor do sul saibam que sua agricultura e sua energia dependem muito da água que chega da Amazônia", diz Moss.
Os cientistas calculam que quase 20% da Amazônia já tenha sido destruída e alguns indicam que se a destruição chegar a 35% ou 40%, atingirá um ponto sem volta frente ao avanço do cerrado.
O Brasil alcançou um pico de desmatamento em 2004, com 27.000 km2. Conseguiu reverter a tendência a mínimos históricos, mas ainda perde 6.400 km2 de selva amazônica por ano.
Fonte:http://info.abril.com.br/noticias/tecnologias-verdes/rios-voadores-da-amazonia-transportam-agua-para-america-do-sul-14092012-25.shl
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Claudio Vitorino em ação..
Aquele que acredita que o interesse coletivo está acima do interesse individual , que acredita que tudo e possível desde que tenha fé em Deus e coragem para superar os desafios...
Vida difícil? Ajude um estranho .
Pode parecer ilógico -no mínimo pouco prioritário- ajudar um estranho quando as coisas parecem confusas na nossa vida. Mas eu venho aprendendo que este é um poderoso antídoto para os dias em que tudo parece fora do lugar.
Como assim, pergunta o meu leitor mais cético? E eu explico:
Há duas situações clássicas onde podemos auxiliar uma pessoa que não conhecemos. A primeira é através de doações e gestos similares de caridade. Estes atos são maravilhosos e muito recomendáveis, mas não é deles que quero falar hoje. Escolhi o segundo tipo: aquelas situações randômicas onde temos a oportunidade de fazer a diferença para uma pessoa desconhecida numa emergência qualquer. Na maioria das vezes, pessoas com quem esbarramos em locais públicos, envolvidas em situações que podem ir do estar atrapalhado até o precisar de mãos para apagar um incêndio.
Eu vejo pelo menos seis motivos para ajudar um estranho:
1) Divergir o olhar de nossos próprios problemas
Por um momento, por menor que seja, teremos a chance de esquecer nossas preocupações.
Dedicados a resolver o problema do outro (SEMPRE mais fácil do que os nossos), descansamos nossa mente. Ganhamos energia para o próximo round de nossa própria luta.
Esta pausa pode nos dar novo fôlego ou simplesmente ser um descanso momentâneo.
2) Olhar por um outro ângulo
Vez ou outra, teremos a oportunidade de relativizar nossos próprios problemas á luz do que encontramos nestes momento. Afinal, alguns de nossos problemas não são tão grandes assim...
Uma vez ajudei Teresa, a senhora que vende balas na porta da escola de meu filho. A situação dela era impossível de ser resolvida sozinha, pois precisava “estacionar” o carrinho que havia quebrado no meio de uma rua deserta. Jamais esquecerei o olhar desesperado, a preocupação com o patrimônio em risco, com o dia de by Savings Sidekick">trabalho desperdiçado, com as providências inevitáveis e caras. E jamais me esquecerei do olhar úmido e agradecido, apesar de eu jamais ter comprado nada dela. Nem antes nem depois.
Olhei com distanciamento o problema de Teresa. E fiquei grata por não ter que trabalhar na rua, por ter tantos recursos e by Savings Sidekick">oportunidades. E agradeci por estar lá, naquela hora, na rua de pouco movimento, e poder oferecer meus braços para ela.
3) Não há antes, nem depois ...
Na intricada teia de nossos by Savings Sidekick">relacionamentos, dívidas e depósitos se amontoam. Ajudar um conhecido muitas vezes cria vínculos ou situações complexas. Ás vezes, ele espera retribuir. Outras vezes, esperamos retribuição. Se temos ressentimentos com a pessoa, ajudá-la nem sempre deixa um gosto bom na boca. Se ela tem ressentimentos conosco, fica tudo muito ruim também.
Já com estranhos são simples. É ali, naquela hora. Depois acabou. E não há antes. Que alívio!
(mas não vamos deixar de ajudar os conhecidos dentro de nossas possibilidades, hein?)
4) A gratidão pelo inesperado é deliciosa
Quem se lembra de uma vez em que recebeu uma gentileza inesperada? Não é especial? E nem sempre estamos merecendo, mal-humorados por conta do revés em questão.
Ou quando ajudamos alguém e recebemos aquele olhar espantado e feliz?
Ontem mesmo, eu estava numa fila comum de banco. Um senhor bem velhinho estava atrás de mim. Na hora em que fui chamada, pedi que ele fosse primeiro. “Mas por que, minha filha?”. “Pelos seus cabelos brancos”, respondi. Ele, agradecido, me deu uma balinha de hortelã. Tudo muito singelo, muito fácil de fazer, mas o sentimento foi boooom.
5) Quase sempre, é fácil de fazer.
Uma vez eu fiquei envolvida por uma semana com uma mãe e um bebê que vieram para São Paulo para uma cirurgia e não tinha ninguém para esperar no aeroporto. Levei para um hotel barato, acompanhei por uma semana e tive medo de estar sendo usada, reforçada pelo ceticismo de muitas pessoas ao meu redor. No final, deu tudo certo e a história era verdadeira.
Mas na maioria dos casos, não é preciso tanto risco ou tanto tempo. Uma informação; um abaixar para pegar algo que caiu; uma dica sobre um produto no supermercado. Dar o braço para um cego (nunca pegue a mão dele, deixe que ele pegue o seu braço, aprendi com meu experiente marido). Facílimo, diria o Léo. E vamos combinar, fácil é tudo que precisamos quando o dia está difícil, certo?
6) Amor, meu grande amor
Finalmente, ajudar estranhos evoca o nosso melhor eu. É comum termos sentimentos de inadequação, baixa auto-estima e insatisfação conosco quando estamos sob tempo nublado. E ajudar o outro nos lembra que somos bons e capazes. Ajudar um estranho demonstra desapego, generosidade, empatia pelo próximo. E saber que somos tudo isto quando o coração está cinza... É para olhar com orgulho no espelho, não?
Portanto, se hoje não é o seu dia... Faça o dia de alguém. E se é um dia glorioso... Vai ficar melhor!
Fonte:http://www.vivermaissimples.com/2011/03/vida-dificil-ajude-um-estranho.html
Fonte:http://www.vivermaissimples.com/2011/03/vida-dificil-ajude-um-estranho.html
Karoline Toledo Pinto
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