Todos nós sonhamos com uma vida melhor em uma sociedade melhor. No entanto, é difícil passar um dia inteiro sem que fiquemos desiludidos, desapontados ou esgotados por pessoas maldosas e egoístas que nos rodeiam. Há muitas pessoas que parecem interessadas apenas em vantagens pessoais. Tornaram-se rudes, arrogantes, críticas e insensíveis. Suas atitudes não apenas nos deixam mal, mas também nos dão a sensação de que não há nada a fazer para mudar isso, de que somente as pessoas que detêm o poder são capazes de mudar alguma coisa.
Mas se aceitarmos a missão de nos tornarmos os seres iluminados de nosso planeta, podemos começar a mudar o mundo. Na prática, creio que as mudanças vão acontecer devagar, à medida que começarmos a praticar atos de bondade todos os dias, fazendo pequenas coisas para tornar os outros mais felizes. Talvez a resposta esteja nos serviços voluntários de atendimento aos menos afortunados. Ou talvez seja algo tão simples como ser gentil com alguém, fazer um gesto de bondade sem pedir nem esperar nada em troca.
Durante anos, Oprah Winfrey, atriz e apresentadora de televisão norte-americana, vem defendendo esses atos simples e diários de bondade. Não precisa ser nada caro nem complicado. Pode ser apenas um sorriso simpático, um cumprimento espontâneo, um pequeno auxílio. Ou talvez uma palavra amável, um gesto carinhoso, uma atitude gentil, uma alegria compartilhada, uma mão amiga. Aos pouquinhos, passo a passo, uma grande transformação em nossa sociedade pode começar. As pessoas sentirão um novo alento com a gentileza das outras. Atitudes agressivas e defensivas vão começar a se dissipar no calor da bondade.
Pessoas que não se conhecem devem se aproximar com essas atitudes benevolentes. A bondade e o carinho não podem ser reservados somente para a família e os amigos, caso contrário a sociedade jamais irá mudar. Precisamos estender esses gestos a todos os outros, e não apenas àqueles que são como nós.
Se conseguirmos que cada pessoa faça pelo menos alguns atos de bondade todo dia, poderemos mudar o mundo. Seria, no mínimo, um bom começo.
Os nossos dias seriam mais doces, mais estimulantes, nos trariam mais esperança para o futuro. Esse modelo de comportamento gentil e bondoso para com os outros seres humanos deveria ser o principal produto de exportação de cada país, em vez de práticas de negócios baseadas na ambição, tendo apenas o dinheiro como objetivo final, e uma competição cruel, implacável, como principal meio para atingir esse fim.
Deveríamos também servir de exemplo para nossas crianças. Elas aprenderiam o poder e a importância da bondade. Aprenderiam que não importa o número de pessoas atingidas por seus gestos simples de bondade. Os gestos, em si, são o que mais importa.
Desde o início dos tempos, os verdadeiros mestres da humanidade nos falam de amor e compaixão em nossos relacionamentos e nossas comunidades. Eles não perderam tempo nos ensinando a acumular riquezas excessivas à custa dos outros. Não nos ensinaram a ser impiedosos, egoístas, rudes ou arrogantes.
Um mestre, professor ou guru verdadeiro irá apontar o caminho, mostrando o que contribui ou não para a nossa evolução espiritual e o que pode ser um empecilho ou obstáculo.
Nossa missão é praticar seus ensinamentos em nossa vida diária. Devemos ser carinhosos, praticar a bondade e os atos de amor.
Não existe um prazo para mudar o mundo. A única coisa realmente importante é começar. Se for verdade que uma longa jornada começa com um simples passo, então o primeiro passo é abandonar o medo e o isolamento e começar a praticar atos de bondade, aleatórios ou planejados, grandes ou pequenos, e fazer isso todo dia. Se a maioria de nós começar a agir assim, não vamos mais precisar de gurus, pois já estaremos fazendo o que eles teriam a nos ensinar
Mudar o estado atual do mundo - de violência, competição e ódio - não vai acontecer por meio dos esforços de uns poucos indivíduos iluminados, mesmo que eles fossem poderosos líderes mundiais. Em vez disso, são as atitudes diárias de bondade e compaixão, compartilhadas entre duas pessoas ou pequenos grupos, que podem fazer do mundo um lugar mais amistoso.
Nós devemos entender que somos todos iguais, da mesma espécie, todos lutando por um pouco de paz, felicidade e segurança em nossa vida diária. Não podemos continuar lutando e matando uns aos outros.
Fonte:http://www.esextante.com.br/publique/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=320&sid=5