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quarta-feira, 31 de outubro de 2012
Adoção de crianças negras
Vários sites disponibilizam informações sobre adoção.
Vários sites trazem as dificuldades que tem enfrentado as famílias brasileiras com relação a espera para a adoção .
Porém são poucos os sites que falam sobre as dificuldades e apontam os índices de crianças negras que estão na fila de espera da adoção.
Em 2011, das 26 mil famílias que aguardavam na fila da adoção, mais de um terço aceitavam apenas crianças brancas. Enquanto isso, as crianças negras (pretas e pardas) eram mais da metade das que estavam aptas para serem adotadas e aguardavam por uma família. Este dado não mudou.
O racismo, que as pessoas jogam fora, guardam, muitas pessoas negam a existência, outras chegam a declarar abominação, podem ser ainda verificado nos comportamentos e nas atitudes das famílias/ ou pessoas pretendentes a adoção .
Muitas famílias ainda traçam um perfil baseado nas relações racialmente constituídas no Brasil.
Onde o belo é branco e o preto é feio. Onde o anjo é branco e o demônio é o preto.
Herança maldita do sistema escravagista.
Herança maldita que tira direitos, não oportuniza e que contribuem para não conscientização das diferenças étnicas/raciais que não são motivos de discriminar ou critério de padrão para escolha de um ser humano.
No contexto geral é necessário que este tipo de preconceito seja dissolvido.
O preconceito racial com relação as crianças negras tem dificultado a diminuir os índices de desigualdades existentes.
Não deveria existir diferenças no universo das relações humanas, principalmente com relação a crianças que não são mercadorias em vitrines e sim pessoas a espera de alguém que os/as ajudem no seu desenvolvimento humano, econômico e social e no seu pertencimento enquanto cidadão e cidadã.
O Brasil conta com o Cadastro Nacional de Adoção, que possibilita a ampliação dos/as cadastrados/as em cada cidade para uma dimensão nacional. Isso significa que todo o País tem acesso à informação, automaticamente, a cada atualização.
Isto possibilita a adoção de uma criança de um determinado Estado por um pretendente de outro Estado .
O Cadastro abranger todo o território nacional não só torna o processo mais rápido e transparente, como aumenta as chances de encontrar uma família para as crianças e adolescentes. O novo sistema tem demonstrado bons resultados também porque facilita o acesso aos dados pelos juízes, já que o Cadastro tem a coordenação do Conselho Nacional de Justiça.
Além disso, a partir da entrada em vigor da Lei 10.421/02, a mãe adotiva, assim como a mãe biológica, passa a ter direito à licença-maternidade. No entanto, ela é proporcional:
• 120 dias no caso de adoção de criança de até 1 ano de idade;
• 60 dias quando a criança adotada tem de 1 a 4 anos;
• 30 dias para o caso de adoção de criança de 4 a 8 anos de idade.
O direito ao salário-maternidade também é estendido à mãe adotiva.
Brasil tem 4.856 crianças à espera de adoção
O número de crianças aptas a serem adotadas chega a 4.856 em todo o Brasil. É o que mostra o último balanço do Cadastro Nacional de Adoção (CNA) – do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O cadastro foi criado pelo Conselho em abril de 2008 para concentrar informações de todos os tribunais de justiça do país referentes ao número de pretendentes e crianças disponíveis para encontrar uma nova família, bem como acompanhar este tipo de procedimento judicial nas varas da infância e juventude espalhadas pelo Brasil. As informações, dessa forma, auxiliam os juízes na condução dos procedimentos de adoção.
Os dados são da última quarta-feira (31/08) e mostram um leve crescimento na quantidade de crianças que precisam de um novo lar, já que levantamento de julho apontou 4.760 crianças disponíveis para a adoção naquele mês. O número de pretendentes também apresentou leve aumento, segundo o cadastro: passou de 27.264 cadastrados em julho para 27.478 em agosto.
Política pública - Para a corregedora nacional de Justiça, ministra Eliana Calmon, o cadastro é importante porque contribui para o desenvolvimento de uma política pública "inigualável", que permite a adoção. De acordo ainda com os dados das crianças e adolescentes aptas para adoção, 2.133 são do sexo feminino e 2.723 pertencem ao sexo masculino. O Estado que mais concentra crianças e jovens é São Paulo, com 1.288 do total. Na sequência, estão o Rio Grande do Sul (792), Minas Gerais (573), Paraná (501) e Rio de Janeiro (369).
Das crianças e adolescentes inscritas no CNA, 3.749 têm irmãos. Desses, 112 têm irmão gêmeo. Quanto à raça, a maioria é parda (2.230). Em seguida, estão as crianças e adolescentes da cor branca (1.656), negra (907), amarela (35) e indígena (28). Para o juiz auxiliar da Corregedoria, Nicolau Lupianhes Neto, o CNA representa ótima ferramenta para os operadores da área do Direito da Infância e Juventude. "Contribui para que os melhores interesses das crianças e adolescentes sejam efetivados e garantidos. O aumento do número de crianças e de pretendentes vem mostrar que o cadastro está se fortalecendo dia a dia e sendo utilizado, como sempre deve ser, com mais frequência pelos Juízes e demais operadores na área", afirma o juiz auxiliar.
Pretendentes - Conforme as informações do cadastro do CNJ, o perfil exigido pelos pretendentes continua a ser o grande entrave para a adoção dessas crianças. Dos interessados em adotar, apenas 585 declararam aceitar somente crianças da raça negra. Afirmaram aceitar somente crianças brancas 10.173 dos adotantes; e somente crianças da raça parda, 1.537. Aqueles que se manifestaram indiferentes à raça somam apenas 9.137. Os pretendentes também deixaram claro o desinteresse em adotar crianças com irmãos. "Trata-se de preferência que temos que trabalhar para mostrar aos pretendentes que tal perfil não significa maior efetividade do vínculo que se irá estabelecer com a adoção. Já sentimos melhora, mas muito ainda deverá ser feito por todos que devem garantir os direitos das crianças e adolescentes", declara o juiz Lupianhes Neto.
De acordo com o CNA, 22.702 inscritos manifestaram o desejo por apenas uma criança. O número de interessados em adotar até duas crianças cai para 4.461. Quanto ao perfil dos pretendentes, 6.704 têm filhos biológicos e outros 2.702 possuem filhos adotivos. A maior parte tem entre 41 a 51 anos de idade (10.654 do total). Também, de acordo com o CNA, a maior parte dos interessados tem renda de três a cinco salários mínimos (6.583).
Fonte:http://www.geledes.org.br/racismo-preconceito/racismo-no-brasil/14592-adocao-de-criancas-negras
'Racismo é uma doença dos ignorantes', dispara holandês Gullit
O ex-craque holandês Ruud Gullit compareceu nesta segunda-feira ao Terra para divulgar uma nova rede social. Durante sua visita, o ídolo do Milan discutiu sobre o momento atual do futebol europeu. Um aspecto abordado foi os casos recentes de racismo ocorridos contra jogadores negros no continente.
"Racismo é uma doença dos ignorantes. Quando a economia não está bem, a pessoa busca a culpa em outra pessoa. Na Europa nesse momento a economia não está bem, e o racismo ainda existe", explicou Gullit.
Na Inglaterra foi possível observar jogadores reclamando de ofensas preconceituosas, como as proferidas pelo atacante Luís Suárez e o zagueiro John Terry. Ataques contra jogadores negros também vêm ocorrendo a partir de torcidas no Leste Europeu.
Gullit falou também sobre o momento econômico ruim de alguns centros tradicionais da Europa, como seu próprio futebol holandês. O país conta com times com muita história em torneios internacionais, mas há anos não consegue resultados de expressão. Para o ex-jogador, o motivo é simples.
"Porque não temos dinheiro. Não se pode comprar jogadores de 30 milhões de euros. Não é questão de talento, os mais novos vão para o exterior. Os olheiros vêm e tiram os mais novos. Há holandeses que nunca jogaram na Holanda", apontou Gullit, que no caso da derrocada do futebol italiano vê outra razão.
"Não é só dinheiro, o problema da Itália também são os estádios. Um bom exemplo é a Juventus, que jogava em um estádio pequeno, e hoje em um estádio de oitenta mil. Tem um novo estádio, com facilidades, camarotes. Agora tem estádio cheio em todas as partidas. A equipe tem dinheiro e visão", considerou o holandês.
Fonte:http://www.geledes.org.br/racismo-preconceito/racismo-no-mundo/16096-racismo-e-uma-doenca-dos-ignorantes-dispara-holandes-gullit
Blogueiro é condenado por mensagens racistas e machistas
A Justiça Federal de Goiás condenou nesta sexta-feira Rubens Pinheiro Bulad, 31 anos, a dois anos e quatro meses de reclusão por prática de racismo na internet. A ação foi movida pelo Ministério Público Federal no Estado. De sua residência em Goiânia, o sentenciado postou mensagens em seu blog de cunho preconceituoso contra judeus e mulheres brasileiras.
A condenação teve como base a Lei n° 7.716/89, que tipifica a conduta de praticar, induzir ou incitar a discriminação de preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional. Em caso de o crime ser cometido com o uso de meios de comunicação social (como a internet, por exemplo), a pena é ainda mais severa.
No entanto, por ser réu primário e o crime ter sido cometido sem violência ou grave ameaça à pessoa, a reclusão foi substituída por duas penas restritivas de direitos. Com isso, Bulad precisará pagar um salário-mínimo a uma entidade assistencial ou hospital, além de, na proporção de uma hora para cada dia de condenação, prestar serviços à comunidade em escolas, orfanatos ou creches.
Fonte: Terra
Médicos veem relação entre vida urbana e distúrbios mentais
Barulho, trânsito, lixo, pessoas apressadas e se empurrando por todos os lados – a vida nas grandes cidades é estressante. Mas as perspectivas de um emprego melhor, um salário mais alto e de um estilo de vida urbano atraem cada vez mais pessoas às cidades. Se há 60 anos menos de um terço da população mundial vivia em cidades, hoje mais da metade mora em centros urbanos. Até 2050, a estimativa é que essa cota atinja 70%.
“Com o aumento das populações urbanas, o número de distúrbios psíquicos também tem aumentado em todo o mundo”, alerta Andreas Meyer-Lindenberg, diretor do Instituto Central de Saúde Mental de Mannheim. “Somente a depressão custa aos cidadãos europeus 120 bilhões de euros por ano. O custo de todas as doenças psíquicas juntas, incluindo demência, ansiedade e psicose, ultrapassa o orçamento do fundo de resgate do euro. A frequência e a gravidade dessas doenças costumam ser subestimadas”, afirma.
Somente a depressão custa aos cidadãos europeus 120 bilhões de euros por ano. Foto: Adamina/Flickr
Em 2003, psiquiatras britânicos publicaram um estudo sobre o estado psicológico dos moradores do bairro londrino de Camberwell, uma área que teve um grande crescimento desde meados da década de 1960. Entre 1965 e 1997, o número de pacientes com esquizofrenia quase dobrou – um aumento acima do crescimento da população.
Na Alemanha, o número de dias de licença médica no trabalho relacionada a distúrbios mentais dobrou entre 2000 e 2010. Na América do Norte, recentes estimativas apontam que 40% dos casos de licença estão ligados à depressão.
“Nas cidades pode acontecer de as pessoas não conhecerem seus vizinhos, não conseguirem construir uma rede de apoio social como nas vilas e pequenas cidades. Elas se sentem sozinhas e socialmente excluídas, sem uma espécie de rede social de segurança”, observa Andreas Heinz, diretor da Clínica de Psiquiatria e Psicoterapia no hospital Charité, em Berlim.
Quase não existem estudos consistentes sobre a influência do meio urbano no cérebro humano. Mas pesquisas com animais mostram que o isolamento social altera o sistema neurotransmissor do cérebro. “Acredita-se que a serotonina é um neurotransmissor importante para amortecer situações de risco. Quando animais são isolados socialmente desde cedo, o nível de serotonina diminui drasticamente. Isso significa que as regiões que respondem a estímulos ameaçadores são desinibidas e reagem de maneira mais forte, o que pode contribuir para que o indivíduo desenvolva mais facilmente distúrbios de ansiedade ou depressões”, diz Heinz.
Um dos primeiros estudos feitos com seres humanos parece confirmar essa suposição. Com ajuda de um aparelho de ressonância magnética, a equipe do psiquiatra Andreas Meyer-Lindenberg analisou o cérebro de pessoas que cresceram na cidade e de pessoas que se mudaram para a cidade já adultos.
Enquanto os voluntários resolviam pequenas tarefas de cálculo, os pesquisadores os colocavam sob pressão, por exemplo criticando que eles eram muito lentos, cometiam erros ou que eram piores que seus antecessores.
“Olhamos especificamente para as áreas do cérebro que são ativadas quando se está estressado – e que também têm um desenvolvimento distinto, dependendo da experiência urbana que a pessoa teve. Especialmente as amídalas cerebelosas reagiram ao estresse social, e de maneira mais intensa quando o voluntário vinha de um ambiente urbano. Essa região do cérebro está sempre ativa quando percebemos algo como sendo uma ameaça. Elas podem desencadear reações agressivas que podem gerar transtornos de ansiedade”, explica Meyer-Lindenberg.
Além disso, quem cresceu na cidade grande apresentava, sob estresse, em regiões específicas do cérebro, uma atividade semelhante à apresentada por pessoas com predisposição genética para a esquizofrenia.
Pesquisa melhora planejamento urbano
Em todo o mundo, as cidades estão crescendo muito e se transformando. “Mas não existem ainda dados significativos de como uma cidade ideal deve ser quando se leva em consideração a saúde mental de seus habitantes”, observa Meyer-Lindenberg.
Por isso, o especialista desenvolveu, em colaboração com geólogos da Universidade de Heidelberg e físicos do Instituto de Tecnologia de Karlsruhe, um dispositivo móvel que pode testar voluntários em diversos pontos de uma cidade. Assim, os pesquisadores podem testar o funcionamento do cérebro em lugares e situações diferentes, como num cruzamento ou num parque.
Juntamente com posteriores análises do cérebro dos voluntários, os pesquisadores esperam obter dados mais concretos de como o cérebro processa os diferentes aspectos da vida cotidiana nas cidades.
Os resultados dessa pesquisa poderão ser de grande valor para a arquitetura e o planejamento urbano, afirma Richard Burdett, professor de estudos urbanos da London School of Economics. Para ele, o neuro-urbanismo, uma nova área do conhecimento que estuda a relação entre o estresse e as doenças psíquicas, pode ajudar a evitar a propagação de doenças psíquicas nas cidades.
“Planejadores urbanos precisam ter em mente que devem encontrar o equilíbrio entre a necessidade de organizar muitas pessoas em pouco espaço e a necessidade de se criar espaços abertos”, acrescenta.
“As pessoas precisam ter acesso a salas de cinema, encontrar-se com amigos e passear nas margens dos rios. Hoje esses aspectos são, muitas vezes, ignorados quando novas cidades são planejadas na China ou na Indonésia. Os arquitetos se preocupam com as proporções e as formas, e os urbanistas, com a eficiência do transporte público. Mas muitas vezes não temos ideia do que isso faz com as pessoas.”
Fonte:http://www.cartacapital.com.br/saude/medicos-veem-relacao-entre-vida-urbana-e-disturbios-mentais/
domingo, 28 de outubro de 2012
" A Perfeição " Por: Francisca Selma Fernandes
Não sou perfeita ,mas já tentei muito ser .Hoje tento fazer o que posso .O que me cabe . O que serve . Sei que deixo muitas coisas a desejarem , mas é que tenho me focado somente no HOJE .E , afinal o que é perfeição , não é mesmo ? Pois que hoje me será permitido se eu deixar , a possibilidade de me expressar , a intensidade do AMAR , e a totalidade de não ser perfeita , mas se FELIZ !!!!!
Por: Francisca Selma Fernandes
Brasil busca passo decisivo em vacina contra Aids
Com tecnologia própria, o Brasil pode em breve dar uma contribuição significativa no combate à Aids no planeta. Desde 2002, um grupo de pesquisadores da Faculdade de Medicina da USP tem obtido resultados concretos com experimentos em animais para finalmente desenvolver uma vacina contra a doença – a chamada HIVBr18. A fase final das pesquisas, que depende de testes em macacos e humanos, no entanto, ainda depende de vultosos recursos financeiros.
A solução para este impasse financeiro pode estar em um edital do Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepid) da Fapesp. Em breve, o órgão de fomento à pesquisa no estado de São Paulo decidirá se aprovará um financiamento de 4 milhões de reais por ano, durante 11 anos de pesquisa, quantia suficiente para fazer a pesquisa deslanchar.
Jovem fica dentro de uma bolha, na Praça dos Três Poderes, para chamar a atenção sobre a exclusão vivida pelos portadores do vírus HIV. Foto: Antonio Cruz/ABr
Enquanto isso, a equipe já mantém um acordo firmado com o Instituto Butantã para realizar um teste piloto da vacina na colônia de macacos Rhesus do Instituto. O teste com os animais deve começar até o final de 2012, com os recursos que a equipe já recebe do Instituto para Investigação em Imunologia, um dos Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCT). “Antes de fazermos teste com os macacos Rhesus, ninguém presta muita atenção. Mas se conseguirmos completar esta etapa, as chances de financiamento podem aumentar”, prevê com otimismo o professor Edecio Cunha Neto, um dos coordenadores do grupo.
No ritmo atual de investimento, os primeiros testes-piloto com macacos devem acabar até o final de 2013. Cunha Neto explica que a escassez de investimento privado está relacionada à dificuldade em se criar uma vacina que para um vírus que sofre um alto número de mutações. “O risco de se fazer um investimento milionário em vacinas contra Aids que acabam se mostrando ineficazes é enorme. Por isso, nenhuma empresa se arrisca e ficamos dependentes do apoio das agências de fomento públicas”, argumenta.
Leia também:
Mais de 34 milhões de pessoas vivem com HIV no mundo
A AIDS, contudo, não é a única doença em que a prevenção através de medicamentos é negligenciada pelos laboratórios privados. Muitas doenças que acometem os brasileiros, como a malária, a esquistossomose e a doença de chagas não são consideradas economicamente interessantes para os laboratórios, já que atingem regiões pobres do planeta.
Nesse sentido, caso a linha de crédito do programa Cepid-Fapesp seja aprovada, o grupo de pesquisa a que Cunha Neto pertence trabalhará no desenvolvimento de vacinas inexistentes por meio da criação do Centro de Novas Vacinas (CeNOVA).
“Muito além de procurar a vacina para a Aids, o projeto CeNOVA significa a capacidade do Brasil de fazer parte do pool dos poucos países que possuem a estrutura para desenvolver novas vacinas inovadoras”, conta Edecio. Com essa estrutura permanente, o professor defende que o País terá o potencial para estudar e combater uma eventual nova epidemia e “sem depender de ninguém”. As vacinas desenvolvidas pelo grupo combaterão oito doenças – HIV, Tuberculose, Dengue, malária, HPV, Febre Reumática, Leptospirose e a bactéria Pneumococo.
Segundo a OMS, atualmente, existem 34,2 milhões de pessoas com o HIV em todo o mundo. Foto: tonrulkens/Flickr
Segundo a OMS, atualmente, existem 34,2 milhões de pessoas com o HIV em todo o mundo, sendo que somente no ano passado cerca 2,5 milhões de pessoas foram infectadas.
Funcionamento da vacina
A prevenção do vírus HIV é de extrema complexidade devido ao alto número de mutações que o vírus constantemente sofre. É por essa razão que o próprio sistema imunológico humano não encontra formas de combater o vírus. A partir disso, a equipe identificou regiões do vírus que são conservadas e comuns a todos os tipos e mutações do vírus, para, assim, permitir a criação da vacina. “Sabe-se que o vírus do HIV possui de 20 a 35% de diferença entre um vírus e outro. Após determinarmos as regiões comuns, trabalhamos em ter respostas imunes dirigidas a muitas regiões conservadas do vírus. Assim, conseguimos assegurar que a vacina gere repostas imunes eficazes contra a grande maioria dos vírus que uma pessoa possa se expor”, diz Cunha Neto.
Em um grupo estudado pela equipe da FMUSP formado pessoas que jamais tomaram a vacina, foram detectados 18 tipos de fragmentos de DNA conservados do HIV (que não mudam). O grupo constatou que o sistema imunológico de 90% dos pacientes infectados pelo vírus já respondiam a esses fragmentos naturalmente (ou seja, detectavam os fragmentos e os combatiam); os outros 10%, no entanto, já se encontravam com o sistema imune debilitado demais para reagir.
Nos testes com animais feitos até agora, a HIVBr18 já foi capaz de induzir uma potente resposta imune, com características parecidas com as outras vacinas eficazes contra outros vírus. No entanto, como os testes só foram realizados em camundongos, normais ou geneticamente modificados, os dados ainda são considerados insuficientes.
“Nossa vacina foi capaz de combinar e potencializar a ação de duas células do sistema imunológico humano: a CD8 – que destrói as células infectadas pelo HIV – e a CD4 – que fortalece o sistema imune através da produção de anticorpos e potencializa o efeito das células CD8”, conta Edecio. “Isso é um avanço muito importante.”
Segundo ele, no estágio atual, a pesquisa não trabalha para a eliminação do vírus, mas sim para que o infectado pelo HIV não evolua para os sintomas da Aids. “Trabalhamos para que a pessoa não desenvolva a imunodeficiência e para que o vírus fique em taxas baixas no organismo, o que impede a sua transmissão”, explica.
De acordo com o professor, isso é possível porque a vacina HIVBr18, além de reforçar as células que combatem o vírus, também pode ser capaz de melhorar a resposta de “anticorpos neutralizantes”. Ou seja, anticorpos que recobrem as proteínas que permitem que o HIV penetre nas células, formando, dessa forma, uma espécie de barreira que impede o vírus de contaminar as células. Atualmente, esta etapa da pesquisa é desenvolvida em parceria com a médica Daniela Santoro Rosa, da Unifesp.
Próximos passos
Após os testes em macacos, ainda será necessário testar o medicamento em humanos, o que, se levado até as últimas etapas, custará algo em torno de 100 milhões de dólares. O risco é alto. “O último exemplo foi da vacina das Indústrias Merck, que fracassou no teste em humanos. Por isso, é preciso ter dados muito consistentes no estudo em animais para atrair o interesse de empresas que invistam nas etapas mais onerosas do desenvolvimento”, diz Cunha Neto.
Nos dez anos de pesquisas do grupo, já foi gasto cerca de 1 milhão de reais. A tecnologia obtida até o momento com o desenvolvimento da vacina já foi patenteada no Brasil e nos Estados Unidos e tem como co-inventores o professor Jorge Kalil e a doutora Simone Fonseca, além do próprio professor Edecio Cunha Neto, todos da FMUSP.
Fonte:http://www.cartacapital.com.br/saude/brasil-busca-passo-decisivo-em-vacina-contra-aids/
Crianças encarceradas
Uma pesquisa divulgada pela Secretaria de Opinião Pública do Senado na terça-feira 23 revela: 89% dos brasileiros defendem a diminuição da maioridade penal no País. A pesquisa entrevistou 1.232 pessoas em 119 municípios e apontou divergências sobre a idade para a maioridade penal: 16% entendem que deva começar aos 12 anos; 18%, aos 14 anos, e 35%, aos 16.
Uma parcela de 20% acredita que indivíduos de qualquer idade podem ser presos. Apenas 7% concordam com a fixação dos 18 anos, vigente atualmente, como idade-limite para a maioridade penal.
O resultado aponta ainda que 50% da população crê que o tempo máximo de prisão, atualmente em 30 anos, deveria aumentar. Apenas 17% entendem que esse é o tempo correto.
Outras duas conclusões: 89% da população é favorável à edição de uma lei que proíba alguém de produzir ou guardar drogas para consumo próprio (somente 9% concordam) e 82% se dizem contrários à permissão do aborto por opção da mulher.
Fonte:http://www.cartacapital.com.br/sociedade/criancas-encarceradas/
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Vida difícil? Ajude um estranho .
Pode parecer ilógico -no mínimo pouco prioritário- ajudar um estranho quando as coisas parecem confusas na nossa vida. Mas eu venho aprendendo que este é um poderoso antídoto para os dias em que tudo parece fora do lugar.
Como assim, pergunta o meu leitor mais cético? E eu explico:
Há duas situações clássicas onde podemos auxiliar uma pessoa que não conhecemos. A primeira é através de doações e gestos similares de caridade. Estes atos são maravilhosos e muito recomendáveis, mas não é deles que quero falar hoje. Escolhi o segundo tipo: aquelas situações randômicas onde temos a oportunidade de fazer a diferença para uma pessoa desconhecida numa emergência qualquer. Na maioria das vezes, pessoas com quem esbarramos em locais públicos, envolvidas em situações que podem ir do estar atrapalhado até o precisar de mãos para apagar um incêndio.
Eu vejo pelo menos seis motivos para ajudar um estranho:
1) Divergir o olhar de nossos próprios problemas
Por um momento, por menor que seja, teremos a chance de esquecer nossas preocupações.
Dedicados a resolver o problema do outro (SEMPRE mais fácil do que os nossos), descansamos nossa mente. Ganhamos energia para o próximo round de nossa própria luta.
Esta pausa pode nos dar novo fôlego ou simplesmente ser um descanso momentâneo.
2) Olhar por um outro ângulo
Vez ou outra, teremos a oportunidade de relativizar nossos próprios problemas á luz do que encontramos nestes momento. Afinal, alguns de nossos problemas não são tão grandes assim...
Uma vez ajudei Teresa, a senhora que vende balas na porta da escola de meu filho. A situação dela era impossível de ser resolvida sozinha, pois precisava “estacionar” o carrinho que havia quebrado no meio de uma rua deserta. Jamais esquecerei o olhar desesperado, a preocupação com o patrimônio em risco, com o dia de by Savings Sidekick">trabalho desperdiçado, com as providências inevitáveis e caras. E jamais me esquecerei do olhar úmido e agradecido, apesar de eu jamais ter comprado nada dela. Nem antes nem depois.
Olhei com distanciamento o problema de Teresa. E fiquei grata por não ter que trabalhar na rua, por ter tantos recursos e by Savings Sidekick">oportunidades. E agradeci por estar lá, naquela hora, na rua de pouco movimento, e poder oferecer meus braços para ela.
3) Não há antes, nem depois ...
Na intricada teia de nossos by Savings Sidekick">relacionamentos, dívidas e depósitos se amontoam. Ajudar um conhecido muitas vezes cria vínculos ou situações complexas. Ás vezes, ele espera retribuir. Outras vezes, esperamos retribuição. Se temos ressentimentos com a pessoa, ajudá-la nem sempre deixa um gosto bom na boca. Se ela tem ressentimentos conosco, fica tudo muito ruim também.
Já com estranhos são simples. É ali, naquela hora. Depois acabou. E não há antes. Que alívio!
(mas não vamos deixar de ajudar os conhecidos dentro de nossas possibilidades, hein?)
4) A gratidão pelo inesperado é deliciosa
Quem se lembra de uma vez em que recebeu uma gentileza inesperada? Não é especial? E nem sempre estamos merecendo, mal-humorados por conta do revés em questão.
Ou quando ajudamos alguém e recebemos aquele olhar espantado e feliz?
Ontem mesmo, eu estava numa fila comum de banco. Um senhor bem velhinho estava atrás de mim. Na hora em que fui chamada, pedi que ele fosse primeiro. “Mas por que, minha filha?”. “Pelos seus cabelos brancos”, respondi. Ele, agradecido, me deu uma balinha de hortelã. Tudo muito singelo, muito fácil de fazer, mas o sentimento foi boooom.
5) Quase sempre, é fácil de fazer.
Uma vez eu fiquei envolvida por uma semana com uma mãe e um bebê que vieram para São Paulo para uma cirurgia e não tinha ninguém para esperar no aeroporto. Levei para um hotel barato, acompanhei por uma semana e tive medo de estar sendo usada, reforçada pelo ceticismo de muitas pessoas ao meu redor. No final, deu tudo certo e a história era verdadeira.
Mas na maioria dos casos, não é preciso tanto risco ou tanto tempo. Uma informação; um abaixar para pegar algo que caiu; uma dica sobre um produto no supermercado. Dar o braço para um cego (nunca pegue a mão dele, deixe que ele pegue o seu braço, aprendi com meu experiente marido). Facílimo, diria o Léo. E vamos combinar, fácil é tudo que precisamos quando o dia está difícil, certo?
6) Amor, meu grande amor
Finalmente, ajudar estranhos evoca o nosso melhor eu. É comum termos sentimentos de inadequação, baixa auto-estima e insatisfação conosco quando estamos sob tempo nublado. E ajudar o outro nos lembra que somos bons e capazes. Ajudar um estranho demonstra desapego, generosidade, empatia pelo próximo. E saber que somos tudo isto quando o coração está cinza... É para olhar com orgulho no espelho, não?
Portanto, se hoje não é o seu dia... Faça o dia de alguém. E se é um dia glorioso... Vai ficar melhor!
Fonte:http://www.vivermaissimples.com/2011/03/vida-dificil-ajude-um-estranho.html
Fonte:http://www.vivermaissimples.com/2011/03/vida-dificil-ajude-um-estranho.html
Karoline Toledo Pinto
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