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sexta-feira, 5 de outubro de 2012

URGENTE: PCC deu ordem para matar e diz estar em guerra com a PM em São Paulo

Major da PM vê risco de novos 'esquadrões da morte' em SP
Fala Almança - Se o Governo não tomar a atitude que se espera, os policiais vão tomar.







Documentos em poder da polícia e do Ministério Público de São Paulo revelam que chefes da facção criminosa PCC deram ordens expressas para a matança de policiais e que desde 2011 se estruturam para esses ataques.


Um desses documentos, que funciona como espécie de ordem permanente para todos os integrantes, diz que policiais deverão ser assassinados toda vez que um criminoso for morto pela polícia.


"Se alguma vida for tirada pelos nossos inimigos, os integrantes do comando que estiverem cadastrados na quebrada do ocorrido deverão se unir e dar o mesmo tratamento. Vida se paga com vida, e sangue se paga com sangue."


Essa ordem, que integra um processo na Justiça, foi apreendida em dezembro de 2011 na casa do suspeito de ser um dos principais chefes do bando na Baixada Santistas. Cópias foram apreendidas em outras regiões de SP.


Só neste ano ao menos 75 policiais militares foram mortos --de janeiro a setembro do ano passado, foram 38. A suspeita é a de que parte desses crimes foi cometida por ordem da facção.


Conforme a Folha revelou nesta semana, com base em cerca de 400 documentos apreendidos pela polícia e Promotoria, a facção tem 1.343 integrantes cadastrados em 123 cidades de SP.


O governo paulista diz que as informações são uma "lenda" e que o número de criminosos da facção não passa de 40, quase todos traficantes e presos há tempos (leia texto nesta página).


GUERRA


Nesses mesmos papéis há comunicados produzidos entre setembro e outubro de 2011 em que os criminosos discutem o que fazer com policiais civis de São Paulo.


Um membro da cúpula do PCC diz: "Não é hora de entrar em guerra com a [polícia] Civil, pois já estamos numa guerra com a militar, onde nós estamos perdendo vários malandros na covardia."


E segue: "Vamos nos fortalecer, organizar nossa família, no setor financeiro, progresso [droga], depois a sintonia das quebradas. Quando estivermos prontos para reação, aí iremos para ação, com inteligência, sem chance de defesa pra eles."


Nesses documentos aos quais a Folha teve acesso, os criminosos relatam uma série de baixas sofridas pela facção, várias atribuídas à Rota, a tropa de elite da PM.


"Estamos passando a pior fase. Tá a maior covardia dos vermes da 'R' [Rota]. Tão tirando a vida de vários malandros da hora. Tão chegando muito rápido e não estamos conseguindo descolar de onde estão vindo", diz trecho de relatório assinado com Érick.


A Promotoria acredita tratar-se de Érick Machado Santos, o Rick, considerado um dos principais chefes da facção criminosa em liberdade.




Major da PM vê risco de novos 'esquadrões da morte' em SP






O deputado estadual Major Olímpio Gomes (PDT), major da reserva da Polícia Militar de SP, diz que o governo não pode mais, por medo de desgaste político, dizer que é "lenda" o poderio da facção criminosa PCC e a ligação do bando com as mortes de PM.


A palavra "lenda" foi usada recentemente pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) e pelo secretário da Segurança Pública, Antônio Ferreira Pinto, ao comentar o a ação da facção criminosa.


Para o major, cresce um perigoso sentimento nas polícias de que as leis já não conseguem inibir a criminalidade e que os policiais podem querer "fazer justiça com as próprias mãos". "Se nenhuma providência for tomada urgente, o medo é policial fazer justiça no caixa dois", diz. (ROGÉRIO PAGNAN)


*
Folha - Documentos mostram que há uma ordem dada pelo PCC para matar policiais. Já são 75 PMs mortos este ano...


Olímpio Gomes (PDT) - Está mais que clara a premeditação e a execução de policiais. Será que esse novo documento do PCC é mais uma lenda, como dizem certas autoridades? Só que as lendas vêm se confirmando a cada dia.
Não adianta querer tapar o sol com a peneira, dizer que é lenda, que é coisa de promotor mal intencionado, jornalismo tendencioso: são 75 PMs mortos. Mais um indicativo de que estão cumprindo o salve [ordem do PCC].



Como o senhor recebe essa notícia de mais uma morte?



Eu tenho muita responsabilidade em falar isso, mas é preocupante quando surge o sentimento de duvidar que o Estado democrático de direito e as leis conseguem impedir o crime e surgem pessoas com vontade de fazer justiça com as próprias mãos.


Eu tenho ido a velórios, falado com coronéis, delegados. É o mesmo sentimento: se nenhuma providência for tomada urgente, o medo é policial fazer justiça no caixa dois". E alguns comandantes dizem pensar em adotar um "dane-se".


Deixar que os policiais façam isso e até incentivar. "Caixa dois" no jargão é um policial fora de serviço sair matando marginais.


Se o coronel, se o delegado de classe especial tem esse sentimento no momento de dor e de angústia, imagine o soldado e o investigador, que se sentem abandonados?



Os policiais acham que as leis não funcionam mais?



No dia 15, vamos fazer uma audiência na Assembleia para iniciar a coleta de assinaturas e apresentar proposta de uma lei de iniciativa popular para tornar hediondos crimes praticados contra agentes da lei e aumentar as penas.


Isso existe em muito países e muitos Estados norte-americanos. Precisamos mudar a lei para que seja um impeditivo aos marginais. O sentimento é o de que as leis não protegem o cidadão de bem. E os homens da lei são os alvos preferenciais dos bandidos.


FONTE - FOLHA





FALA ALMANÇA - Lamentável é pouco. É falta de vergonha, de caráter do governo de São Paulo não reconhecer o que está acontecendo unicamente com receio do desgaste político. Dizer que este embate, esta guerra impetrada pelo PCC contra a PM é lenda, é brincar com a vida dos policiais. O Estado precisa reconhecer que há esta guerra e tomar medidas para impedir isso, endurecendo com a bandidagem e implementar um tolerância zero. É preciso varrer esse PCC da face da terra. Não pode haver meio termo.


Sem apoio do Governo e do Comando, os policiais infelizmente terão que tomar suas próprias decisões e atitudes no intuito de preservar suas vidas. Não defendendo o "justiça com as próprias mãos", nem o "caixa dois" mas o que está em jogo é a vida de policiais. E entre a vida de policiais, chefes de família e de marginais, que destroem famílias, eu opto pela dos policiais.


O momento é grave e merece atenção de todos policiais brasileiros. Agora vejam a falta que uma bancada federal da polícia faz. Era hora de termos representante em Brasília para cobrar uma atitude do Governo Federal e do Governo Estadual.


Peço aos amigos policiais de São Paulo que redobrem a atenção no serviço, no deslocamento de casa ao trabalho e principalmente nos horários de folga.


Gostaria de perguntar onde está a Associação de Cabos e Soldados, Associação de Oficiais e outras de classe, que não vão pra imprensa cobrar uma atitude do Governador e do Comando da PM.


Policiais estão morrendo covardemente. Vamos assistir impassíveis?

Infelizmente, se o Governo não tomar a atitude que se espera, os policiais vão tomar.


quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Golpe do "novo amor" ou parceiro perfeito Badoo Twoo etc estão na lista cuidado ..







Este golpe tem muitas variantes e sobretudo existe na versão “masculina” e na versão “feminina”. Pelas minhas estatísticas, até o momento, é um pouco mais freqüente na versão “masculina” (ou seja onde o golpista é homem e as vítimas são mulheres). Existem ainda casos bastante freqüentes de golpes deste tipo aos danos de homossexuais.

O conceito é muito simples. O golpista (homem ou mulher) seleciona uma ou mais vítimas (vi casos onde um único homem estava aplicando o golpe em 5 mulheres ao mesmo tempo) que, normalmente, devem ter as seguintes características:
Estar bastante carentes de um ponto de vista afetivo.
Morar sozinhas e/ou ter independência.
Possuir certo patrimônio em dinheiro, imóveis, bens ou renda (inclusive por trabalho).
Vítimas com caráter pouco forte são preferidas assim como pessoas com algum tipo de problema (inclusive de ordem psicológica) que limite suas capacidades de tipo social.

O objetivo é fazer a vítima se apaixonar pelo golpista, o qual também deixará acreditar estar muito envolvido emocionalmente. Ele será sempre bonito ou sensual, carinhoso, gentil, atencioso, disponível etc ... De forma geral, por se tratar de um golpista, terá capacidade de moldar seu perfil para melhor atender as expectativas e desejos da vítima. Eventualmente o golpista passará a morar junto com a vítima, em tempo integral ou parcialmente com alguma desculpa (mãe doente, trabalho etc...). Pode até propor ou vislumbrar a possibilidade de um casamento. Se alguém da família ou dos amigos da vítima suspeitar ou ficar contra ele, fará de tudo para desmoralizar esta pessoa e afastar a vítima dela.
Uma vez construído e consolidado o envolvimento emocional iniciarão a aparecer os verdadeiros objetivos, ou seja tentar desviar patrimônio e dinheiro com as mais variadas modalidades e desculpas. Aparecerão histórias sobre doenças dele ou de familiares queridos, problemas com esposas ou filhos de relacionamentos anteriores, dívidas e/ou agiotas cobrando de forma radical, novos negócios (furados) nos quais quer envolver a/o “amada/o” etc...
Para tanto proporá a venda de apartamentos ou outros bens, o saque de poupanças, a tomada de financiamentos em nome da vítima etc... poderá chegar até a se aproveitar do acesso à casa da vítima para roubar jóias e outros valores.

Uma vez conseguidos os objetivos, ou seja tomar tudo o possível, o/a golpista arrumará uma desculpa para se afastar ou simplesmente desaparecerá.

Já foram registrados casos deste tipo com epílogos violentos ou até fatais.

Os lugares onde estes golpistas “caçam” suas vítimas, são bastante variados; sistemas tipo Orkut e Facebook e salas de “Bate-Papo” na internet, boates e bailes e, quem diria, até igrejas.

Fonte:http://sementesdepaz.blogs.sapo.pt/41769.html

O QUE PODEMOS FAZER PARA MUDAR O MUNDO





Comece mudando a si mesmo. Ninguém muda o mundo se não consegue mudar a si mesmo...

Cuide da Saúde do Planeta. Não desperdice água, não jogue lixo no lugar errado, não maltrate os animais ou desmate as árvores. Por mais que você não queira, se nascemos no mesmo planeta, compartilhamos com ele os mesmos efeitos e consequências de sua exploração...

Seja responsável: não culpe os outros pelos seus problemas, não seja oportunista, não seja vingativo. Quem tem um pouquinho de bom senso percebe que podemos viver em harmonia, respeitando direitos e deveres...

Acredite em um mundo melhor. Coragem, Honestidade, Sinceridade, Fé, Esperança são virtudes gratuitas que dependem de seu esforço e comprometimento com sua Honra e Carácter. Não espere recompensas por estas virtudes, tenha-as por consciência de seu papel neste processo...

Tenha Humildade, faça o Bem, trabalhe. Não tenha medo de errar, com humildade se aprende, fazer o bem atrairá o bem para você mesmo e trabalhando valorizarás o suor de teu esforço para alcançar seus objectivos ...

Busque a Verdade, a Perfeição, uma posição realista frente aos obstáculos, uma atitude positiva diante da vida...

Defenda, participe, integre-se à luta pacífica pela Justiça, Paz eAmor. Um mundo justo é pacífico, e onde há paz pode-se estar preparado para viver um grande Amor

Agentes penitenciários sofrem com condições de trabalho





Estudo do Instituto de Psicologia (IP) da USP revela que as péssimas condições de infraestrutura das penitenciárias brasileiras, a extensa jornada de trabalho e o estresse laboral são os fatores responsáveis pela baixa expectativa de vida dos Agentes de Segurança Penitenciária (ASPÂÂÂÂÂ’s). Segundo o psicólogo Arlindo da Silva Lourenço, autor de um estudo de doutorado sobre o tema, "o trabalho em locais insalubres como as prisões, e as condições de trabalho bastante precarizadas do agente são estressantes, desorganizadoras e afetam sua saúde física e psicológica".

Lourenço trabalha como psicólogo em penitenciárias masculinas do Estado de São Paulo e, entre 2000 e 2002, foi um dos responsáveis, na Escola de Administração Penitenciária (EAP), pela implementação de uma Política de Saúde dos Trabalhadores, que acompanhou os trabalhadores penitenciários vitimados em rebeliões. De acordo com o pesquisador, muitos agentes sofrem pressões e ameaças constantes que prejudicam sua saúde psicológica. "Cerca de 10% dos agentes penitenciários se afastam de suas funções por motivos de saúde, geralmente, desordens psicológicas e psiquiátricas", afirma.

Espectativa de vida

Outro dado preocupante é a média de anos de vida, destes agentes. "Muitos deles morrem novos, em média entre 40 e 45 anos (alguns muito mais novos), devido à uma série de problemas de saúde contraídos durante o exercício da profissão, como diabetes, hipertensão, ganho de peso, estresse e depressão", declara Lourenço. Segundo o estudo, estes índices são reflexo da alta jornada de trabalho dos agentes carcerários (12 horas de trabalho e 36 horas de repouso), das más condições de trabalho das penitenciárias do País e do ressentimento dos agentes em relação a dificuldade de modificar o ambiente laboral.

Condições de trabalho

A realidade precária e carente de equipamentos materiais básicos do sistema prisional brasileiro foi apontada como fator de desorganização psicológica dos trabalhadores. "As penitenciárias são repletas de ambientes úmidos e de iluminação insuficiente, de cadeiras sem encosto ou assento, e janelas de banheiros quebradas, elementos que comprometem o bem-estar e a privacidade de agentes e de sentenciados." Com isso, o `improvisadoÂÂÂÂÂ’, que é algo corriqueiro entre os detentos, é assimilado pelos agentes: "O cafezinho de muitos agentes é preparado em latas de sardinha equipadas com resistências de chuveiro que funcionam como um fogão elétrico ", exemplifica.

Para o psicólogo, essas condições deterioram e empobrecem a pessoa, além de influenciar na capacidade de ressocialização do detento. "Como dizer para o detento que a vida pode ser diferente, o aprisionando em um ambiente insalubre, empobrecido, de miséria e desgraça?", questiona Loureço. Além disso, "os recursos atuais não permitem a execução do trabalho do agente penitenciário com decência, o que implica em um não reconhecimento de sentido na profissão e, por consequência, em um não reconhecimento de sua função social e de sua existência" afirma.

A resolução dos detalhes estruturais das instalações, tornando-as adequadas para o convívio, trabalho e permanência humana, já representaria uma grande diferença na qualidade de trabalho dos agentes e na reabilitação dos detentos, segundo o pesquisador. Contudo, essa situação pouco se modificará enquanto os agentes não perceberem a influência destes fatores em sua qualidade de vida.

"A situação tende a permanecer como está, pois os trabalhadores penitenciários lutam e reivindicam, principalmente, melhorias salariais; ao mesmo tempo, as penitenciárias estão longe de ser uma política pública prioritária para o Estado, como pudemos ver nas manchetes recentes que mostraram presos cumprindo penas em containers, no Estado do Espírito Santo, e na rebelião ocorrida há alguns dias no Maranhão, em que dezoito presos foram mortos. O motivo do motim: a superlotação da unidade penal", conclui.

Minas Gerais tem um defensor público para cada 250 presos

Cada defensor da Vara de Execuções Penais da Defensoria Pública de Minas Gerais, que tem 120 profissionais, precisa atender a 250 detentos. Como um preso pode ter mais de um processo, cada servidor atende a cerca de 2.000 processos por mês. A proporção, considerada alta por especialistas e pela própria defensoria, faz com que muitos presos não tenham progressão e lotem os presídios.

O principal problema é a falta de verbas para contratar novos defensores. A reportagem de O TEMPO mostrou na edição de ontem que o orçamento da Defensoria Pública em 2011 (R$ 162 milhões) equivale a apenas 2% do valor repassado pelo Estado para a segurança pública no ano passado (R$7,5 bilhões). O defensor da Vara de Execuções Penais Guilherme Tinti confirma que o acúmulo de processos por defensor atrasa a progressão dos presos. "Se o orçamento da Defensoria Pública fosse maior, o trabalho certamente seria agilizado, e mais pessoas poderiam ser beneficiadas".

O presidente da Comissão de Assuntos Penitenciários da Ordem dos Advogados do Brasil em Minas Gerais (OAB-MG), Adilson Rocha, disse que o ideal seria que cada defensor atendesse no máximo 200 presos, 50 a menos do que é atendido hoje. "É isso que causa as superlotações nos presídios, os defensores não dão conta", disse Rocha.

Injustiça. Este foi o caso do ajudante de cozinheiro Alexandre Barbosa, 33, que cumpriu três anos de pena sem necessidade porque não conseguia um defensor público para ajudá-lo a sair da prisão. "Tive muita dificuldade para conseguir um defensor e ele cuidava do meu processo e do de outro presos. Isso atrasou a minha liberdade", contou Barbosa.

Atualmente com 599 defensores, a defensoria mineira apresenta déficit de 601 defensores, segundo o próprio órgão. Mas, de acordo com Tinti não é somente a falta de defensores que atrasa os processos. Segundo ele, faltam recursos também para estruturar o trabalho dos defensores e da Justiça, que então demora a dar vazão aos processos. "A carência não é apenas de defensores públicos. A instituição necessita de estruturar a área e os equipamentos".

Outro lado. Procurada pela reportagem, a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) não retornou os contatos.

JUDICIALIZAÇÃO DA POLÍTICA







No Estado Democrático de Direito "todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição" (Constituição brasileira de 1988, artigo 1.º, parágrafo único).

A Revolução Francesa (1789) fortaleceu o denominado "sistema representativo", o qual substituiu o direito divino dos reis pela soberania popular. Entre a impossibilidade da democracia direta e o horror ao absolutismo monárquico, os revolucionários pretenderam criar um governo livre e natural (Darcy Azambuja, Introdução à Ciência Política, 4.ª edição, páginas 242-243).

No Brasil atual, presidente da República, governadores e prefeitos são eleitos para governar. Senadores, deputados federais, deputados estaduais e vereadores são eleitos para legislar. Magistrados prestam concurso ou são nomeados para julgar conflitos de interesses, à luz da Constituição federal e dos demais textos legais. Simples assim, parece. Mas não é.

O Poder Judiciário, no desempenho da jurisdição, exerce uma parcela do poder político. Conforme o magistrado francês Antoine Garapon, o controle crescente da Justiça sobre a vida coletiva é um dos maiores fatos políticos contemporâneos. Os juízes são chamados a se manifestar em número cada vez mais extenso de setores da vida social (O Juiz e a Democracia: o Guardião das Promessas, tradução brasileira, 1999, página 24).

O fenômeno "judicialização", pois, consiste na decisão pelo Judiciário de questões relevantes do ponto de vista político, social ou moral. "Trata-se, como intuitivo, de uma transferência de poder das instâncias tradicionais, que são o Executivo e o Legislativo, para juízes e tribunais" (Luís Roberto Barroso, Direito e Política: a Tênue Fronteira, 2012).

Em nosso país, a "judicialização" da vida social foi incrementada em ritmo assustador após a redemocratização e a promulgação da Constituição de 1988. Tornamo-nos incapazes de solucionar, sem recorrer ao Poder Judiciário, conflitos de toda natureza, públicos ou privados.

Nesse contexto, as eleições somente são resolvidas depois do chamado "terceiro turno" perante a Justiça Eleitoral. Raro é o pleito que não seja impugnado, muitas vezes sem nenhum fundamento. Espetáculo deplorável.

Pior: tudo definido e empossados os políticos, personagens não eleitas intentam governar os destinos da coletividade. Arvoram-se em "guardiães da ética" para impor aos políticos legitimamente sufragados modos de agir e governar.

Utilizam amplamente meios de comunicação no intuito de propagar unilateralmente seu discurso "ético" e arregimentar hostes de desinformados insatisfeitos. Ajuízam uma miríade de ações coletivas em defesa da decantada "moralidade administrativa". Parte da imprensa e cidadãos passam a interpelar magistrados, em busca de opiniões sobre a política "judicializada". Um aberrante desconforto, não verificado em nações desenvolvidas, como os Estados Unidos e potências europeias.

Em nome do princípio democrático do acesso à Justiça, busca-se impor a governantes, legisladores, empresários e cidadãos, de modo unilateral e autoritário, obrigações de fazer ou não fazer. Muitas vezes sem sopesar os ônus decorrentes para os cofres públicos e privados.

É sempre oportuno assinalar que o Direito Administrativo contemporâneo consagra a relação dialógica entre administração pública e administrados. Em outras palavras, almeja-se a parceria entre público e privado, para substituir a administração pública dos atos unilaterais, autoritária, verticalizada e hierarquizada (Maria Sylvia Di Pietro, Parcerias na Administração Pública, 1997, páginas 11-12).

Algumas práticas não dialógicas de imposição de políticas públicas por agentes não eleitos são os chamados Termos de Ajustamento de Conduta, previstos pelo parágrafo 6.º do artigo 5.º da Lei n.º 7.347/85 (Lei da Ação Civil Pública): "Os órgãos públicos legitimados poderão tomar dos interessados compromisso de ajustamento de sua conduta às exigências legais, mediante cominações, que terá eficácia de título executivo extrajudicial".

Trata-se de um mecanismo de solução extrajudicial de conflitos promovida por órgãos públicos - inclusive pelo Ministério Público - para ajustar determinadas condutas de agentes, públicos ou privados, que lesem o patrimônio público, o meio ambiente, as relações de consumo, os direitos sociais, etc. No entanto, muitos Termos de Ajustamento de Conduta têm sido arbitrariamente impostos a governos ou entes privados para lhes impingir obrigações onerosas e, não raro, despropositadas.

É importante assinalar que o Superior Tribunal de Justiça decidiu recentemente que a adesão aos Termos de Ajustamento de Conduta não pode ser imposta unilateralmente aos agentes públicos ou privados: "(...) O compromisso de ajustamento de conduta é um acordo semelhante ao instituto da conciliação e, como tal, depende da convergência de vontades entre as partes" (Recurso Especial n.º 596.764-MG, ministro Antonio Carlos Ferreira, Diário da Justiça Eletrônico (DJE) de 23/5/2012).

Nesse contexto, exige-se do magistrado extrema cautela no exame das questões relacionadas à "judicialização da política". O povo elege o governante e o governante governa. Se governa mal, o povo, em eleições democráticas periódicas, removerá (ou não) o governante que lhe desagrade.

Aos magistrados apenas se reserva, quando provocados, o papel de fazer cumprir a Constituição e as leis, respeitando os postulados da governança democrática, e, se for o caso, aplicar sanções aos que violarem os princípios da boa administração pública. O Poder Judiciário não pode servir de trampolim para o exercício arbitrário e ilegítimo do poder político por quem não foi eleito.


* DOUTOR PELA UFMG, PROFESSOR UNIVERSITÁRIO, É DESEMBARGADOR DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE MINAS GERAIS


terça-feira, 2 de outubro de 2012

Marcos Valério se envolve em acidente na região Centro-Sul de BH








O publicitário Marcos Valério se envolveu em um acidente na manhã desta terça-feira (2) no bairro Santa Lúcia, na região Centro-Sul de Belo Horizonte. O empresário, que é um dos principais envolvidos no esquema do mensalão, colidiu o Mitsubishi Outlander prata que dirigia em outro veículo.

O acidente, que ocorreu perto da rua na rua Professor José Renault, não foi registrado pela Polícia Militar ou pela BHTrans. Marcos Valério foi reconhecido e denunciado por testemunhas.

O carro do empresário ficou com o lado esquerdo amassado.

Nenhum dos condutores ficou ferido.





Fonte:http://www.otempo.com.br/noticias/ultimas/?IdNoticia=363124

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Claudio Vitorino em ação..

Aquele que acredita que o interesse coletivo está acima do interesse individual , que acredita que tudo e possível desde que tenha fé em Deus e coragem para superar os desafios...

Vida difícil? Ajude um estranho .

Pode parecer ilógico -no mínimo pouco prioritário- ajudar um estranho quando as coisas parecem confusas na nossa vida. Mas eu venho aprendendo que este é um poderoso antídoto para os dias em que tudo parece fora do lugar.

Como assim, pergunta o meu leitor mais cético? E eu explico:
Há duas situações clássicas onde podemos auxiliar uma pessoa que não conhecemos. A primeira é através de doações e gestos similares de caridade. Estes atos são maravilhosos e muito recomendáveis, mas não é deles que quero falar hoje.


Escolhi o segundo tipo: aquelas situações randômicas onde temos a oportunidade de fazer a diferença para uma pessoa desconhecida numa emergência qualquer. Na maioria das vezes, pessoas com quem esbarramos em locais públicos, envolvidas em situações que podem ir do estar atrapalhado até o precisar de mãos para apagar um incêndio.

E o que nós, imersos nas nossas próprias mazelas, distraídos por preocupações sem fim amontoadas no nosso tempo escasso, enfim, assoberbados como sempre... O que nós temos a ver com este ser humano que pode ser bom ou mau, pior, pode sequer apreciar ou reconhecer nosso esforço?


Eu vejo pelo menos seis motivos para ajudar um estranho:


1) Divergir o olhar de nossos próprios problemas
Por um momento, por menor que seja, teremos a chance de esquecer nossas preocupações.
Dedicados a resolver o problema do outro (SEMPRE mais fácil do que os nossos), descansamos nossa mente. Ganhamos energia para o próximo round de nossa própria luta.
Esta pausa pode nos dar novo fôlego ou simplesmente ser um descanso momentâneo.


2) Olhar por um outro ângulo
Vez ou outra, teremos a oportunidade de relativizar nossos próprios problemas á luz do que encontramos nestes momento. Afinal, alguns de nossos problemas não são tão grandes assim...
Uma vez ajudei Teresa, a senhora que vende balas na porta da escola de meu filho. A situação dela era impossível de ser resolvida sozinha, pois precisava “estacionar” o carrinho que havia quebrado no meio de uma rua deserta. Jamais esquecerei o olhar desesperado, a preocupação com o patrimônio em risco, com o dia de by Savings Sidekick">trabalho desperdiçado, com as providências inevitáveis e caras. E jamais me esquecerei do olhar úmido e agradecido, apesar de eu jamais ter comprado nada dela. Nem antes nem depois.
Olhei com distanciamento o problema de Teresa. E fiquei grata por não ter que trabalhar na rua, por ter tantos recursos e by Savings Sidekick">oportunidades. E agradeci por estar lá, naquela hora, na rua de pouco movimento, e poder oferecer meus braços para ela.


3) Não há antes, nem depois ...
Na intricada teia de nossos by Savings Sidekick">relacionamentos, dívidas e depósitos se amontoam. Ajudar um conhecido muitas vezes cria vínculos ou situações complexas. Ás vezes, ele espera retribuir. Outras vezes, esperamos retribuição. Se temos ressentimentos com a pessoa, ajudá-la nem sempre deixa um gosto bom na boca. Se ela tem ressentimentos conosco, fica tudo muito ruim também.
Já com estranhos são simples. É ali, naquela hora. Depois acabou. E não há antes. Que alívio!
(mas não vamos deixar de ajudar os conhecidos dentro de nossas possibilidades, hein?)


4) A gratidão pelo inesperado é deliciosa
Quem se lembra de uma vez em que recebeu uma gentileza inesperada? Não é especial? E nem sempre estamos merecendo, mal-humorados por conta do revés em questão.
Ou quando ajudamos alguém e recebemos aquele olhar espantado e feliz?
Ontem mesmo, eu estava numa fila comum de banco. Um senhor bem velhinho estava atrás de mim. Na hora em que fui chamada, pedi que ele fosse primeiro. “Mas por que, minha filha?”. “Pelos seus cabelos brancos”, respondi. Ele, agradecido, me deu uma balinha de hortelã. Tudo muito singelo, muito fácil de fazer, mas o sentimento foi boooom.


5) Quase sempre, é fácil de fazer.
Uma vez eu fiquei envolvida por uma semana com uma mãe e um bebê que vieram para São Paulo para uma cirurgia e não tinha ninguém para esperar no aeroporto. Levei para um hotel barato, acompanhei por uma semana e tive medo de estar sendo usada, reforçada pelo ceticismo de muitas pessoas ao meu redor. No final, deu tudo certo e a história era verdadeira.
Mas na maioria dos casos, não é preciso tanto risco ou tanto tempo. Uma informação; um abaixar para pegar algo que caiu; uma dica sobre um produto no supermercado. Dar o braço para um cego (nunca pegue a mão dele, deixe que ele pegue o seu braço, aprendi com meu experiente marido). Facílimo, diria o Léo. E vamos combinar, fácil é tudo que precisamos quando o dia está difícil, certo?

6) Amor, meu grande amor
Finalmente, ajudar estranhos evoca o nosso melhor eu. É comum termos sentimentos de inadequação, baixa auto-estima e insatisfação conosco quando estamos sob tempo nublado. E ajudar o outro nos lembra que somos bons e capazes. Ajudar um estranho demonstra desapego, generosidade, empatia pelo próximo. E saber que somos tudo isto quando o coração está cinza... É para olhar com orgulho no espelho, não?

Portanto, se hoje não é o seu dia... Faça o dia de alguém. E se é um dia glorioso... Vai ficar melhor!

Fonte:http://www.vivermaissimples.com/2011/03/vida-dificil-ajude-um-estranho.html

Karoline Toledo Pinto

Karoline Toledo Pinto
Karoline Agente Penitenciária a quase 10 anos , bacharelada no curso de Psicologia em uma das melhores Instituição de Ensino Superior do País , publica um importante ARTIGO SOBRE AS DOENÇAS QUE OS AGENTES PENITENCIÁRIOS DESENVOLVEM NO EXERCÍCIO DE SUAS FUNÇÕES . Aguardem em breve aqui será publicado .APESAR DAS PERSEGUIÇÕES INFUNDADAS DAS AMEAÇAS ELA VENCEU PARABÉNS KAROL SE LIBERTOU DO NOSSO MAIOR MEDO A IGNORÂNCIA CONTE COMIGO.. OBRIGADO CLAUDIO VITORINO

Filmes que mudarão sua vida..

  • A cor púrpora
  • A espera de um milagre
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