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segunda-feira, 24 de setembro de 2012

TST defere periculosidade a empregado público de presídio



Um empregado público que pretendia receber adicional de periculosidade por exercer suas atividades em estabelecimento penitenciário de São Paulo (SP) teve recurso provido pela Subseção 1 Especializada em Dissídios Individuais (SDI-1) do Tribunal Superior do Trabalho. Os ministros adotaram entendimento recorrente no TST, no sentido de que tanto servidores estatutárioscomo empregados celetistas são abrangidos pela Lei Complementar Estadual (Lei nº 315/83) que garante o adicional àqueles que exercem suas atividades em penitenciárias de forma permanente.

O empregado prestava serviços à Fundação Professor Doutor Manoel Pedro Pimentel (Funap), entidade pública vinculada à Secretaria de Estado da Administração Penitenciária e que tem por missão contribuir para a inclusão social de presos e egressos.

Ele ajuizou ação trabalhista para receber adicional de periculosidade, por considerar estar abrangido pelo artigo 1º da Lei Estadual n° 315/83, que concede o benefício aos funcionários públicos e servidores da Administração Centralizada do Estado que atuam em estabelecimento penitenciário.

A sentença acolheu o pedido do empregado, mas a Funap recorreu, alegando que a lei abrange apenas os servidores da Administração Centralizada do Estado de São Paulo, o que não é o caso da instituição. Também afirmou que seria necessário exame pericial para fundamentar o direito ao adicional.

O Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (SP) rejeitou o recurso da Fundação e manteve a decisão de 1º grau. Os desembargadores explicaram que o termo ‘servidor público' é gênero de que são espécies funcionário e empregado público, ambos abrangidos pela Lei Estadual n° 315/83. Destacaram, também, ser desnecessária perícia para a constatação da atividade periculosa do empregado, já que sua pretensão foi formulada com base na referida lei.

O recurso de revista da Funap foi apreciado pela Quinta Turma do TST que acolheu as alegações e excluiu da condenação o pagamento do adicional de periculosidade. Para a Turma, o titular do direito deve ser funcionário ou servidor público da administração centralizada do Estado de São Paulo. No caso, o trabalhador é funcionário público da administração descentralizada, assim, "a Lei Complementar n° 315/83, no que concerne ao adicional de periculosidade, não se aplica a ele".

SDI-1

Inconformado, o empregado interpôs recurso de embargos, que foi admitido pela SDI-1 por divergência entredecisões de Turmas do TST quanto ao tema.

O relator, ministro Renato de Lacerda Paiva, acolheu a pretensão do trabalhador, pois adotou entendimento que vem sendo firmado no TST, no sentido de que o artigo 1º da Lei Complementar Estadual n° 315/83, que trata do adicional de periculosidade, estende-se aos servidores públicos, independentemente do regime jurídico que os rege. Portanto, referida norma "se aplica também aos empregados públicos da administração descentralizada do estado de São Paulo", concluiu.

A decisão foi unânime para restabelecer a condenação da Funap ao pagamento do adicional de periculosidade ao empregado.

Processo: RR-10800-34.2005.5.02.0066 – Fase Atual: E

(Letícia Tunholi/RA)

SBDI-1

A Subseção I Especializada em Dissídios Individuais, composta por quatorze ministros, é o órgão revisor das decisões das Turmas e unificador da jurisprudência do TST. O quorum mínimo é de oito ministros para o julgamento de agravos, agravos regimentais e recursos de embargos contra decisões divergentes das Turmas ou destas que divirjam de entendimento da Seção de Dissídios Individuais, de Orientação Jurisprudencial ou de Súmula.

domingo, 23 de setembro de 2012

Revista inglesa critica prisões da América Latina



Com o título "Uma Jornada para o Inferno", a revista inglesa The Economist diz em reportagem de sua última edição que as prisões na América Latina estão longe de ser um lugar seguro para reabilitação. Ao contrário, são incubadoras violentas do crime. Mas há alguns sinais de mudança. Alguns países estão reduzindo as taxas de reincidência de presos libertados, com a reforma de seus sistemas prisionais. A revista diz que examinou presídios em São Paulo, Cidade do México, Caracas e Santiago do Chile.

A reportagem conta que, em 28 de agosto, seis membros do Conselho de Direitos Humanos da Paraíba fizeram uma visita ao presídio Romeu Gonçalves de Abrantes, em João Pessoa, onde encontraram celas imundas, superlotadas, com prisioneiros doentes e com sede, alguns deles com ferimentos não tratados. Os carcereiros se recusaram a abrir a porta da ala das celas de disciplina, que cheirava a vômito e fezes. Uma câmera passada por uma entrada de ventilação, voltou com imagens de prisioneiros nus, amontoados em celas escuras. Por causa disso, os conselheiros foramdetidos e só libertados depois de seis horas.

Tais condições estão mais perto da regra do que da exceção nas prisões da América Latina, diz a reportagem. Comparada com outras partes do mundo, a região mantém encarcerada uma percentagem maior de sua população, perdendo apenas para os Estados Unidos. "Poucas prisões na América Latina cumprem as funções básicas de punir e reabilitar criminosos. Os presos são frequentemente sujeitos a tratamento brutal, em condições de superlotação e sordidez extraordinária. E muitas prisões são controladas por gangues de criminosos", afirma a revista.

Como consequência, a reportagem aponta um surto de massacres em prisões e incêndios provocados deliberadamente. Em Honduras, um incêndio matou mais de 350 detentos, em uma cadeia no centro de Comayagua, em fevereiro. No mesmo mês, no México, três dúzias de membros da Zetas, uma gangue de traficantes, matou 44 presos em uma cadeia de Apodaca, próxima a Monterrey, antes de escaparem. Em julho, pelo menos 26 prisioneiros morreram em uma guerra de gangues na prisão de Yare, na Venezuela. Mais tarde, as autoridades confiscaram um pequeno arsenal em posse dos prisioneiros, que incluíam rifles de assalto, rifles de franco-atiradores, uma metralhadora, duas granadas e dois morteiros. Uma quantidade semelhante de presos morreu em uma revolta na prisão de Rodeo, também na Venezuela, no ano passado.

Um fogo, que começou durante uma briga de prisioneiros na prisão de San Miguel, em Santiago, no Chile, em dezembro de 2010, terminou com 81 prisioneiros mortos e 15 feridos. Todas as vítimas serviam sentenças inferiores a cinco anos, por crimes como pirataria de DVD e roubos. Na Venezuela, 400 presos são mortos por ano, em média. Fazendo a comparação entre o número de pessoas mortas fora da prisão, a probabilidade de alguém ser morto na cadeia é 20 vezes maior do que de ser morto nas ruas. No México, o número de mortos nas prisões foi de 71 em 2011. Mas morreram 80 só nos primeiros três meses deste ano.

Terreiro de gangues
A principal razão de tantas mortes, diz a The Economist, é que muitos presídios são controlados por gangues, que os usam como refúgio para organizar o crime nas ruas. Muitas mortes resultam de guerras entre gangues rivais, por causa do negócio lucrativo da extorsão de dinheiro de detentos, tráfego de drogas e contrabando de armas para dentro das prisões. "Um prisioneiro paga por tudo dentro da cadeia, desde um lugar para dormir ao direito de viver", diz a revista. Em El Salvador, chips de telefone celular mudam de mãos por cerca de US$ 250, diz Miguel Ángel Rogel Montenegro, militante de direitos humanos.

Na Venezuela, as únicas funções cumpridas pelos guardas da prisão são a de fazer a segurança do perímetro da instituição, a contagem diária dos presos, levá-los para o tribunal e traficar itens para dentro da cadeia. No México, os prisioneiros fazem o que querem dentro da prisão, diz a revista. Uma batida policial dentro da prisão de Acapulco encontrou 100 galos de briga, 19 prostitutas e dois pavões dentro das instalações. Na prisão de Sonora, as autoridades pegaram os prisioneiros fazendo uma rifa de uma cela de luxo, que haviam equipado com ar condicionado e um DVD player. Uma investigação na prisão de Durango revelou que os carcereiros liberavam prisioneiros à noite para trabalhar como assassinos de aluguel.

Fugas de cadeia se tornaram comuns o México, diz a revista. Em 17 de setembro, mais de 130 detentos fizeram um túnel para escapara da prisão de Piedras Negras, próxima à fronteira com os Estados Unidos. No início de agosto, um líder de gangue desapareceu da prisão de Tocorón, na Venezuela, onde 100 prisioneiros escaparam de cadeias nos últimos meses.

Peculiaridade brasileira
Uma peculiaridade brasileira, diz a revista, é que uma das mais poderosas gangues do país, o Primeiro Comando da Capital (PCC) nasceu dentro do sistema prisional. O PCC foi fundado no presídio de Taubaté, em São Paulo, em 1993. O objetivo inicial da organização era lutar pelos direitos dos prisioneiros e vingar o massacre, no ano anterior, de presos do Carandiru, em São Paulo. Mas a organização se transformou em uma gangue que opera extorsões, tráfico de drogas, prostituição e assassinatos. A reportagem lembra que, em 2006, a organização paralisou São Paulo, quando o governo ordenou a caça a seus líderes, e coordenou revoltas em 73 das 144 prisões do estado, além de ordenar roubos de banco e incêndio de ônibus.

Segundo a reportagem, o PCC controla, hoje, a maioria das prisões de São Paulo (e outros estados têm gangues semelhantes). A organização proíbe comunicação com os carcereiros, que chamam de "alemães" (significando "nazistas"). A reportagem cita declarações do advogado Marcos Fuchs, do grupo de direitos humanos Conectas, segundo as quais ele não consegue falar com um cliente, sem que um chefe de gangue esteja na escuta. De outra forma, há riscos de retribuição, como derramar garganta abaixo do preso um "Gatorade" (jargão para uma mistura de cocaína, Viagra e água) – em certa quantidade, essa mistura induz à parada cardíaca.

Além do controle das prisões por gangues, outra falha sistêmica das cadeias e presídios da América Latina é a superpopulação, que resulta em péssimas condições humanas. As prisões brasileiras, por exemplo, mantinham 515 mil detentos no ano passado – a quarta maior população carcerária do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, China e Rússia, e três vezes mais do que sua capacidade. Em 1990, haviam apenas 90 mil prisioneiros. Fuchs disse à revista que já viu celas construídas para oito presos com 48, casos de gangrena e tuberculose não tratados e prisioneiros mantidos em contêineres de metal sob o sol quente.

Gente amontoada
El Salvador têm as prisões mais superlotadas da região, depois do Haiti (no Caribe), com uma quantidade de prisioneiros três vezes maior do que a capacidade do sistema. Na Venezuela, apenas uma prisão foi construída nos últimos 13 anos e uma foi expandida. Honduras tem cerca de 12 mil prisioneiros em um sistema projetado para 8,3 mil. Em Santiago, a prisão de São Miguel, que foi projetada para 1,3 mil prisioneiros, tinha 1,9 mil na época do incêndio.

Os orçamentos para operar as prisões são deficitários. Em Honduras, 97% do orçamento do sistema prisional vai para o pagamento de carcereiros e para a compra de comida para os presos. Não sobra quase nada para manter os presídios e suas condições sanitárias e de segurança. Mesmo assim, o governo só gasta 13 lempiras (US$ 0,66) por prisioneiro, por dia, em alimentação, e os carcereiros são muito mal pagos.

Críticos do sistema, na Venezuela, dizem que 70% dos detentos ainda não foram julgados e podem esperar anos antes de irem a um tribunal. Segundo a The Economist, metade dos detentos no Brasil e em Honduras estão nas mesmas condições: prisioneiros podem passar anos na cadeia sem julgamento. "É por isso que as prisões são chamadas de escolas de bandidos", disse à revista Migdonia Ayestas, do Observatório Nacional da Violência, uma ONG de Honduras.

Algumas prisões no Brasil são caóticas porque os detentos não são liberados quando as sentença deles vencem, diz a revista. Outros prisioneiros, como Marcos Mariano da Silva, um mecânico preso por assassinato em 1976, são vítimas de troca de identidade. Ele passou seis anos em uma cadeia em Pernambuco, antes que o verdadeiro culpado foi preso – e ele foi solto. Mas, três anos mais tarde, ele foi parado por um guarda de trânsito, que o prendeu como se fosse fugitivo. Ele passou mais 13 anos na cadeia, onde contraiu tuberculose, e morreu horas depois que uma audiência, em que o governo do estado perdeu um recurso, sendo condenado a pagar compensações a ele.

A segunda razão para a superpopulação dos presídios é a atitude pública e oficial contra o crime. Em El Salvador, o apoio público à mano dura lotou as cadeias e presídios, principalmente com membros de gangues juvenis, cujo único crime é ostentar uma tatuagem. Agora, mesmo as células para presos temporários, que não dispõem de orçamento para comida, estão lotadas. No Brasil, diz a revista, os juízes mandam para a cadeia, de forma rotineira, pessoas acusadas de transgressões na área de drogas e o número está explodindo. Em 2005, um décimo dos presos eram pessoas envolvidas com drogas. Hoje, é um quarto.

Apesar da evidência de que as prisões brasileiras são infernais e trancafiam muitas pessoas erradamente, há pouca simpatia por aqueles atrás das grades, diz a reportagem. Em uma pesquisa de opinião de 2008, 73% dos entrevistados declararam que as condições das cadeias deveriam ser ainda mais duras. Os brasileiros pobres e negros são tão linhas-duras, segundo o The Economist, quanto os brancos ricos, embora eles estejam mais sujeitos a acabar em uma prisão. No Brasil, a população prisional tem um nível escolar extremamente baixo (dois terços não terminaram o primeiro grau) e são pobres (95%). A população negra das prisões é duas vezes maior que a branca (os habitantes de raça negra representam dois terços da população carcerária e apenas metade da população do país). Enquanto isso, funcionários públicos, políticos, juízes, padres ou qualquer um com formação universitária não vão para uma prisão comum, enquanto aguardam julgamento. Essa é uma razão porque a reforma do sistema prisional não vai para a frente, diz a revista.

Novos modelos de prisões
Há indícios de mudanças na América Latina. Elas têm acontecido principalmente na República Dominicana, que iniciou uma reforma das prisões em 2003. Quase a metade de suas 35 cadeias agora são operadas sob novas regras. Uma delas é recrutar pessoal civil, que não tem qualquer ligação com a polícia ou com os militares, para operar as prisões. Os civis recrutados passam por um treinamento de um ano em uma faculdade que funciona em uma vila extravagante, que uma vez pertenceu a Rafael Trujillo, ex-ditador do país. Os diretores de prisão ganham até US$ 1,5 mil por mês e os carcereiros cerca de US$ 400 – três ou quatro vezes os salários anteriores.

As prisões devem ser transformadas em escola para proporcionar uma formação educacional aos presos, disse à revista Roberto Santana, ex-reitor de universidade, que era diretor do novo sistema prisional até o julho deste ano. Ele decretou a obrigatoriedade de os prisioneiros aprenderem a ler, sob pena de perder seus privilégios, como visitas conjugais e telefonemas. Na prisão de mulheres de Najayo, onde paredes e estantes exibem o artesanato das presas e troféus ganhos em torneios de dominó, 36 das 268 prisioneiras estão frequentando faculdades de Direito e de Psicologia. As prisioneiras ficam fora das celas de 7h30 às 10h30. As que preferem não estudar podem trabalhar na confeitaria. Depois de libertadas, o sistema as ajuda a encontrar trabalho.

Roberto Santana impediu que as prisões ficassem superlotadas ao se recusar, polemicamente, a aceitar novos presos quando não havia espaço para eles. Ele disse à revista que isso dissuadiu os juízes e promotores a mandar pessoas para a cadeia, sem uma boa razão. As autoridades prisionais fazem um grande esforço para manter os detentos em contato com suas famílias. As prisioneiras de Najayo produzem itens para presente, como velas e joias, que são vendidas nos mercados locais. Os lucros são divididos entre a prisão, a detenta e sua família.

O custo de cada prisioneiro, por dia, aumentou para US$ 12, praticamente o dobro do anterior. Muita gente não aprova o dispêndio desse dinheiro com criminosos, mas Roberto Santana insiste que é "um investimento que retorna grandes economias para a sociedade". Dentro do novo sistema, a taxa de reincidência, em três anos, caiu para 3%. No sistema anterior, essa taxa era de 50%.

A República Dominicana se tornou um modelo para outros países. Honduras e Panamá foram ao país estudar o sistema. El Salvador também fez alguns progressos. Construiu algumas prisões novas, que são consideradas as melhores da região, segundo Amado de Andrés, do departamento de Drogas e Crimes da ONU. Em 1998, El Salvador mudou o sistema judicial de escrito para oral, o que acelerou os julgamentos e reduziu o número de presos temporários. O México está adotando um sistema similar. Em Honduras, o sistema está mudando seu foco para se tornar menos repressivo e mais preventivo, com maior ênfase em educação, saúde e busca de trabalho. Novas prisões estão sendo construídas, parcialmente com dinheiro confiscado de traficantes.

No Chile, depois do fogo de San Miguel, o governo apresentou um plano radical de reforma do sistema, para melhorar suas condições, construir quatro novas prisões (a um custo de US$ 410 milhões), recrutar 5 mil carcereiros, segregar prisioneiros pela gravidade de seus crimes e reduzir condenações à prisão, substituindo-as por serviços comunitários. O objetivo é cortar o índice de extrapolação da capacidade prisional de 60% para 15% até 2014. O Chile tentou privatizar prisões. Mas as novas cadeias ficarão sob controle estatal.

Sementes de esperança
No Brasil, há algumas "pequenas sementes de esperança", disse à revista o padre João Bosco do Nascimento, da Paraíba. "Alguns juízes iluminados estão usando seu poder para condenar réus a prestar serviços comunitários, em vez de mandá-los para a prisão", ele declarou. O Conselho Nacional de Justiça examinou os casos de 300 mil prisioneiros, nos últimos dois anos, libertando 22,6 mil que não deviam estar na prisão. "O governo federal pode fazer pouca coisa para melhorar as condições das prisões, porque são os juízes que condenam as pessoas à prisão e os estados que operam os presídios", disse à revista Augusto Rossini, do Ministério da Justiça.

As quatro unidades federais de alta segurança, construídas desde 2004 para abrigar líderes de gangues, têm ajudado os estados a administrar suas prisões e cortar o número de rebeliões em 70%, disse Rossini. Uma quinta unidade está sendo construída. Nos próximos dois anos, o governo vai aplicar R$ 1 bilhão em tratamento de saúde nas prisões e está trabalhando na digitalização dos registros prisionais. No ano passado, um decreto federal baniu detenções pré-julgamento para criminosos primários, acusados de pequenos crimes. O Congresso aprovou uma lei que corta um dia da sentença de cada prisioneiro, para cada 12 horas que passam estudando ou trabalhando.

A reportagem ressalta que um retorno dos membros do Conselho de Direitos Humanos da Paraíba ao presídio Romeu Gonçalves de Abrantes, oito dias depois de serem detidos, mostrou que a prisão estava mais limpa e os detentos estavam decentemente vestidos e com acesso a banheiros. Para a revista, o sucesso virá tanto de pequenas vitórias como de grandes reformas. Tão logo a população se dê conta de que prisões decentes reduzem a criminalidade – em vez de premiá-la – será melhor para os prisioneiros e para todos os latino-americanos.


Fonte:http://www.conjur.com.br/2012-set-23/the-economist-faz-duras-criticas-sistema-prisional-america-latina

Irmãos gêmeos terão doação de órgãos das irmãs no Paraná




A família mora em Maringá e, segundo Fabiano, que trabalha como auxiliar administrativo, houve muita comoção dentro de casa.


Paraná - A reversão de uma insuficiência renal crônica diagnosticada há dois anos pelos irmãos gêmeos Fábio Gomes da Silva e Fabiano Gomes da Silva, ambos com 35 anos, poderá ser realizada com uma solução dentro de casa.

As suas irmãs, as gêmeas, Luciana de São José e Silvana Minatel, ambas com 42 anos, se colocaram à disposição, realizaram os exames necessários e foram consideradas compatíveis com a dupla. Com isso, elas se transformaram em doadoras de rins para os irmãos, que em breve iriam começar a fazer hemodiálise, caso não conseguissem os órgãos. O primeiro transplante, de Luciane para Fábio, está previsto para acontecer dia 20 deste mês, na Santa de Casa de Maringá.

A família mora em Maringá (Noroeste do Paraná) e, segundo Fabiano, que trabalha como auxiliar administrativo, houve muita comoção dentro de casa. "Quando soubemos dessa possibilidade foi uma emoção muito grande, pois estávamos com a doença adiantada, já tínhamos inclusive todo material para hemodiálise, mas graças a Deus tivemos essa surpresa, foi uma coisa muito positiva", disse.

Fabiano soube que tinha o mesmo problema do irmão algumas semanas depois. "Não sentíamos nada, não havia algum tipo de sinal, tanto que ao descobrir já estava com mais de 70% dos rins comprometidos. Primeiro foi o Fábio, que descobriu e em seguida eu também resolvi fazer alguns exames que me apontaram o mesmo problema", afirmou.

Seguindo uma rígida dieta alimentar - sem carnes vermelhas e com alimentos que mantenham regulares os níveis de potássio - a cirurgia de Fabiano deve acontecer alguns dias depois do irmão. Segundo ele, a escolha das doadoras levou em conta o histórico de brincadeiras da família, quando as irmãs "adotavam" os dois irmãos e brincavam como mães.

A síndrome de burnout.



A síndrome de burnout, ou síndrome do esgotamento profissional, é um distúrbio psíquico descrito em 1974 por Freudenberger, um médico americano. O transtorno está registrado no Grupo V da CID-10 (Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde).

Sua principal característica é o estado de tensão emocional e estresse crônicos provocado por condições de trabalho físicas, emocionais e psicológicas desgastantes. A síndrome se manifesta especialmente em pessoas cuja profissão exige envolvimento interpessoal direto e intenso.

Profissionais das áreas de educação, saúde, assistência social, recursos humanos, agentes penitenciários, bombeiros, policiais e mulheres que enfrentam dupla jornada correm risco maior de desenvolver o transtorno.
Sintomas

O sintoma típico da síndrome de burnout é a sensação de esgotamento físico e emocional que se reflete em atitudes negativas, como ausências no trabalho, agressividade, isolamento, mudanças bruscas de humor, irritabilidade, dificuldade de concentração, lapsos de memória, ansiedade, depressão, pessimismo, baixa autoestima.

Dor de cabeça, enxaqueca, cansaço, sudorese, palpitação, pressão alta, dores musculares, insônia, crises de asma, distúrbios gastrintestinais são manifestações

físicas que podem estar associadas à síndrome.
Diagnóstico

O diagnóstico leva em conta o levantamento da história do paciente e seu envolvimento e realização pessoal no trabalho. Respostas psicométricas a questionário baseado na Escala Likert também ajudam a estabelecer o diagnóstico.
Tratamento

O tratamento inclui o uso de antidepressivos e psicoterapia. Atividade física regular e exercícios de relaxamento também ajudam a controlar os sintomas.

Recomendações


Não use a falta de tempo como desculpa para não praticar exercícios físicos e não desfrutar momentos de descontração e lazer. Mudanças no estilo de vida podem ser a melhor forma de prevenir ou tratar a síndrome de burnout;

Conscientize-se de que o consumo de álcool e de outras drogas para afastar as crises de ansiedade e depressão não é um bom remédio para resolver o problema;

Avalie quanto as condições de trabalho estão interferindo em sua qualidade de vida e prejudicando sua saúde física e mental. Avalie também a possibilidade de propor nova dinâmica para as atividades diárias e objetivos profissionais.

Fonte: www.drauziovarella.com.br

Existe democracia no Brasil?



Segundo a Wikipédia, democracia é um regime de governo onde o poder de tomar importantes decisões políticas está com os cidadãos, direta ou indiretamente, por meio de representantes eleitos.

Como um país sem ideal “democrático”, escolhemos os nossos representantes a cada quatro anos. A cada “nova temporada”, os mesmos políticos aparecem em vários meios de comunicação com propostas para resolver todos os “velhos” problemas da nação…

Agora lhe pergunto:

Você acha que estamos realmente sendo representados nesse sistema democrático? Aparecer na mídia e em palanques pelo Brasil não é muito barato e todo político que se preze, tem um financiador por detrás de sua imagem. Alguém que está investindo muito dinheiro em sua campanha para que ele chegue ao poder. Lembre-se, em um sistema capitalista como o nosso ninguém dá dinheiro à toa sem receber nada em troca. Começa ai o problema democrático do Brasil.

Elegemos pessoas que já entram comprometidas na política. Após isso, começa o chamado jogo político. Você concede daqui para ganhar de lá, entra em conchavos, vota de acordo com um grupo e faz da vida do povo um jogo de interesse que já quase nada o representa.

A verdade é que não precisamos de políticos. Eles não resolvem nada e fazem da nossa vida um jogo. Precisamos de técnicos. Problemas de transportes, de segurança, de moradia, não são resolvidos por um político… Estes problemas são resolvidos por técnicos, são resolvidos por engenheiros e especialistas com instrução na área.

A maioria dos nossos problemas persistem porque a classe política que por décadas está no poder quer se perpetuar, mantendo o povo no cabresto. Veja o próprio Sarney, foi até presidente da república e o seu estado continua como um dos mais miseráveis da nação.
E ainda temos que assistir aos senadores e deputados choramingando porque perderam a mamata de levar outras pessoas em vôos pagos pelo governo. É essa a democracia que você quer?

Isso me fez lembrar uma história que circula pela Internet de que a roqueira Rita Lee, que sempre debochou da classe política, está sugerindo um confinamento do tipo Big Brother Brasil, com todos os pré-candidatos à presidência da República:

Tecnologia do Google leva internautas a “passeio” por Uberlândia




Praticamente todo o território de Uberlândia está mapeado pelo Google Street View, ferramenta do Google que permite ao internauta explorar cidades e lugares no planeta, por meio de imagens digitalizadas feitas em ângulos de 360º, na horizontal, e 290º, na vertical. Ao acessar o site do Street View (leia nesta página), o internauta consegue percorrer ruas, bairros, locais históricos e parques naturais das principais cidades do mundo. Em Uberlândia, são poucas as vias que ainda não foram fotografadas pelo Google.

O veículo utilizado pelo Street View fotografou o Parque do Sabiá e inseriu as imagens na web em maio deste ano. As pistas de caminhada e corrida, além do bosque do Parque, foram os pontos percorridos e fotografados pela empresa de tecnologia. Na mesma época, foram fotografadas as cidades de Uberaba, Patos de Minas, Centralina, Ituiutaba e Araxá.

De acordo com os textos explicativos do site do Street View, as imagens disponibilizadas na internet mostram o que os veículos da empresa conseguiram fotografar em determinados dias. O Google diz que as fotos podem ter sido feitas há meses ou anos. O veículo que percorre as cidades usa 15 lentes para tirar fotos em 360º.

O Google frisa em seu site que a tecnologia usada no Street View borra os rostos e placas de carro, em todas as imagens do programa. Isso, segundo o Google, para que as pessoas ou os veículos não sejam identificados.
Recurso supera mapas comuns

O analista de sistemas Eduardo Stuart Vasconcelos diz que, no início deste ano, percebeu a presença do carro do Google registrando imagens de Uberlândia. Eduardo Stuart diz que navega pelo site da Google para visualizar lugares históricos e famosos mundo afora. “Também quando preciso viajar e ficar em algum hotel, eu consulto o Street View, para conhecer o local onde vou ficar e qual caminho seguir. O programa é uma ferramenta muito mais eficiente do que um mapa comum”, disse.

No site do Street View, o Google orienta os internautas a solicitar que imagens sejam borradas, caso aconteça a exposição indevida de uma pessoa, do carro ou da casa. De acordo com a empresa, os usuários também podem pedir a remoção de fotos que tenham conteúdo inadequado, como, por exemplo, nudez e violência.
Google Street View em Uberlândia

1 – Acesse o endereço do Google Maps
2 – Na barra de espaço, procure por Uberlândia – Minas Gerais
3 – A busca pode ser específica; exemplo: Praça Clarimundo Carneiro, Uberlândia – Minas Gerais
4 – Com o botão esquerdo do mouse, clique na letra A que aparece no mapa e clique novamente no link “mais”
5 – Selecione a opção Street View e inicie a navegação
Para questionar uma imagem

1 – Localize a foto no programa Street View
2 – Clique em “Informar um problema”, no canto inferior esquerdo da janela da foto
3 – Preencha o formulário e clique em “Enviar”

Criança de 9 anos é apreendida com crack no Celebridade



Uma criança de nove anos foi apreendida e três adultos presos, enquanto embrulhavam pedras de crack para comercialização, na noite de sábado (22), na rua 4, no bairro Celebridade, na região leste de Uberlândia. Segundo o relato dos policiais, foi a primeira vez que a PM flagrou uma criança com essa idade a serviço do tráfico de drogas. No quarto usado para o preparo da droga, foram encontradas uma balança de precisão, 40 pedras de crack desembrulhadas e 380 pedras prontas para a venda.

O menor conduziu os policiais até sua casa, na rua do Povo, também no Celebridade, mas seus pais não foram encontrados. Em seguida, o menor foi levado até a residência de uma tia, que assumiu sua custódia. De acordo com a PM, os moradores da rua 4 não quiseram prestar depoimentos como testemunhas, porque temem a ação de represália de traficantes do Celebridade.

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Claudio Vitorino em ação..

Aquele que acredita que o interesse coletivo está acima do interesse individual , que acredita que tudo e possível desde que tenha fé em Deus e coragem para superar os desafios...

Vida difícil? Ajude um estranho .

Pode parecer ilógico -no mínimo pouco prioritário- ajudar um estranho quando as coisas parecem confusas na nossa vida. Mas eu venho aprendendo que este é um poderoso antídoto para os dias em que tudo parece fora do lugar.

Como assim, pergunta o meu leitor mais cético? E eu explico:
Há duas situações clássicas onde podemos auxiliar uma pessoa que não conhecemos. A primeira é através de doações e gestos similares de caridade. Estes atos são maravilhosos e muito recomendáveis, mas não é deles que quero falar hoje.


Escolhi o segundo tipo: aquelas situações randômicas onde temos a oportunidade de fazer a diferença para uma pessoa desconhecida numa emergência qualquer. Na maioria das vezes, pessoas com quem esbarramos em locais públicos, envolvidas em situações que podem ir do estar atrapalhado até o precisar de mãos para apagar um incêndio.

E o que nós, imersos nas nossas próprias mazelas, distraídos por preocupações sem fim amontoadas no nosso tempo escasso, enfim, assoberbados como sempre... O que nós temos a ver com este ser humano que pode ser bom ou mau, pior, pode sequer apreciar ou reconhecer nosso esforço?


Eu vejo pelo menos seis motivos para ajudar um estranho:


1) Divergir o olhar de nossos próprios problemas
Por um momento, por menor que seja, teremos a chance de esquecer nossas preocupações.
Dedicados a resolver o problema do outro (SEMPRE mais fácil do que os nossos), descansamos nossa mente. Ganhamos energia para o próximo round de nossa própria luta.
Esta pausa pode nos dar novo fôlego ou simplesmente ser um descanso momentâneo.


2) Olhar por um outro ângulo
Vez ou outra, teremos a oportunidade de relativizar nossos próprios problemas á luz do que encontramos nestes momento. Afinal, alguns de nossos problemas não são tão grandes assim...
Uma vez ajudei Teresa, a senhora que vende balas na porta da escola de meu filho. A situação dela era impossível de ser resolvida sozinha, pois precisava “estacionar” o carrinho que havia quebrado no meio de uma rua deserta. Jamais esquecerei o olhar desesperado, a preocupação com o patrimônio em risco, com o dia de by Savings Sidekick">trabalho desperdiçado, com as providências inevitáveis e caras. E jamais me esquecerei do olhar úmido e agradecido, apesar de eu jamais ter comprado nada dela. Nem antes nem depois.
Olhei com distanciamento o problema de Teresa. E fiquei grata por não ter que trabalhar na rua, por ter tantos recursos e by Savings Sidekick">oportunidades. E agradeci por estar lá, naquela hora, na rua de pouco movimento, e poder oferecer meus braços para ela.


3) Não há antes, nem depois ...
Na intricada teia de nossos by Savings Sidekick">relacionamentos, dívidas e depósitos se amontoam. Ajudar um conhecido muitas vezes cria vínculos ou situações complexas. Ás vezes, ele espera retribuir. Outras vezes, esperamos retribuição. Se temos ressentimentos com a pessoa, ajudá-la nem sempre deixa um gosto bom na boca. Se ela tem ressentimentos conosco, fica tudo muito ruim também.
Já com estranhos são simples. É ali, naquela hora. Depois acabou. E não há antes. Que alívio!
(mas não vamos deixar de ajudar os conhecidos dentro de nossas possibilidades, hein?)


4) A gratidão pelo inesperado é deliciosa
Quem se lembra de uma vez em que recebeu uma gentileza inesperada? Não é especial? E nem sempre estamos merecendo, mal-humorados por conta do revés em questão.
Ou quando ajudamos alguém e recebemos aquele olhar espantado e feliz?
Ontem mesmo, eu estava numa fila comum de banco. Um senhor bem velhinho estava atrás de mim. Na hora em que fui chamada, pedi que ele fosse primeiro. “Mas por que, minha filha?”. “Pelos seus cabelos brancos”, respondi. Ele, agradecido, me deu uma balinha de hortelã. Tudo muito singelo, muito fácil de fazer, mas o sentimento foi boooom.


5) Quase sempre, é fácil de fazer.
Uma vez eu fiquei envolvida por uma semana com uma mãe e um bebê que vieram para São Paulo para uma cirurgia e não tinha ninguém para esperar no aeroporto. Levei para um hotel barato, acompanhei por uma semana e tive medo de estar sendo usada, reforçada pelo ceticismo de muitas pessoas ao meu redor. No final, deu tudo certo e a história era verdadeira.
Mas na maioria dos casos, não é preciso tanto risco ou tanto tempo. Uma informação; um abaixar para pegar algo que caiu; uma dica sobre um produto no supermercado. Dar o braço para um cego (nunca pegue a mão dele, deixe que ele pegue o seu braço, aprendi com meu experiente marido). Facílimo, diria o Léo. E vamos combinar, fácil é tudo que precisamos quando o dia está difícil, certo?

6) Amor, meu grande amor
Finalmente, ajudar estranhos evoca o nosso melhor eu. É comum termos sentimentos de inadequação, baixa auto-estima e insatisfação conosco quando estamos sob tempo nublado. E ajudar o outro nos lembra que somos bons e capazes. Ajudar um estranho demonstra desapego, generosidade, empatia pelo próximo. E saber que somos tudo isto quando o coração está cinza... É para olhar com orgulho no espelho, não?

Portanto, se hoje não é o seu dia... Faça o dia de alguém. E se é um dia glorioso... Vai ficar melhor!

Fonte:http://www.vivermaissimples.com/2011/03/vida-dificil-ajude-um-estranho.html

Karoline Toledo Pinto

Karoline Toledo Pinto
Karoline Agente Penitenciária a quase 10 anos , bacharelada no curso de Psicologia em uma das melhores Instituição de Ensino Superior do País , publica um importante ARTIGO SOBRE AS DOENÇAS QUE OS AGENTES PENITENCIÁRIOS DESENVOLVEM NO EXERCÍCIO DE SUAS FUNÇÕES . Aguardem em breve aqui será publicado .APESAR DAS PERSEGUIÇÕES INFUNDADAS DAS AMEAÇAS ELA VENCEU PARABÉNS KAROL SE LIBERTOU DO NOSSO MAIOR MEDO A IGNORÂNCIA CONTE COMIGO.. OBRIGADO CLAUDIO VITORINO

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  • A procura da felicidade
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