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quarta-feira, 14 de agosto de 2013

19.06.2013 - PL 4.471 propõe mais rigor na investigação de mortes resultantes de ação policial



Pesquisas mostram que abordagens violentas baseadas em estigmas e estereótipos atingem mais a população negra da periferia dos grandes centros urbanos.



A discriminação racial é um fator determinante nas ocorrências em que há morte ou lesão grave resultante da ação policial no Brasil. Estudos mostram que a população negra aparece com grande destaque nestes casos. A pesquisa de opinião pública Violência contra a juventude negra no Brasil, realizada em 2012 pelo DataSenado em parceria com a SEPPIR, revelou que para 55,8% da população é verdadeira a afirmação de que “a morte violenta de um jovem negro choca menos a sociedade do que a morte violenta de um jovem branco”.

Uma dissertação de mestrado do professor (e capitão da Polícia Militar) Geová da Silva Barros, feita entre policiais militares pernambucanos, mostrou que 65,05% daqueles profissionais percebem que os pretos e pardos são priorizados nas abordagens, dados confirmados a partir da aplicação de questionários e da análise de boletins de ocorrências de unidades da Polícia Militar de Pernambuco. Para o trabalho, intitulado Racismo institucional: a cor da pele como principal fator de suspeição, o capitão Barros analisou questionários respondidos por 823 PMs, dentre aspirantes e profissionais, e analisou um banco de dados contendo 1.538 boletins de ocorrência.

Em alguns casos, o racismo fica ainda mais evidente, chegando a ser documentado. Em janeiro deste ano causou indignação e protestos a Ordem de Serviço (OS) nº 8 BPMI 822/20/12, da 2ª Companhia da Polícia Militar de Campinas (SP), orientando que, nas ações de patrulhamento na região do bairro Taquaral, fosse focada a abordagem “especialmente em indivíduos de cor parda e negra, com idade entre 18 e 25 anos em grupos de três a cinco indivíduos”. A PM alegou que a ordem fora dada em função de retratos falados fornecidos por moradores, que posteriormente negaram a informação.

“Nós entramos com denúncia administrativa com base na lei estadual 14.187/2010, que pune a discriminação racial. Além disso, o Núcleo de Situação Carcerária da Defensoria Pública de São Paulo ingressou com uma representação ao procurador-geral do Ministério Público de São Paulo pedindo instauração de inquérito policial para apuração do crime de racismo. Estamos aguardando o recebimento desta denúncia administrativa na Secretaria de Justiça. Já a representação penal foi encaminhada pelo procurador-geral para o MP de Campinas”, explica a defensora pública Vanessa Alves Vieira, coordenadora do Núcleo Especializado de Combate à Discriminação, Racismo e Preconceito da Defensoria Pública de São Paulo.

Pronto para votação

Em tramitação na Câmara dos Deputados, o Projeto de Lei 4.471 tem como objetivo criar mecanismos específicos para investigação de mortes resultantes da ação policial e já foi aprovado na Comissão de Segurança Pública e na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara. Ele está pronto para ser votado em plenário e já chegou a ser inserido na pauta de votação da Câmara. O deputado Paulo Teixeira (PT/SP), um dos autores da proposta, e o deputado Luiz Alberto (PT/BA) estão trabalhando pela coleta de assinaturas dos líderes dos partidos para que o PL seja votado em regime de urgência.

“Efetivamente o elemento racial é um dos componentes subjetivos na construção do imaginário do elemento suspeito no Brasil, portanto, é a discriminação racial um fator determinante nas ocorrências em que da ação policial resulta morte ou lesão grave. O PL 4.471 não trata do que poderíamos chamar de uma medida clássica de combate ao racismo, mas, ao propor mais rigor nessas apurações, ele beneficia a população que está mais vulnerável a estas abordagens violentas baseadas em estigmas e estereótipos”, afirma Felipe Freitas, coordenador pela SEPPIR do Plano de prevenção à violência contra jovens negros, o Juventude Viva.

Com a aprovação da Lei, os governos estaduais, através das suas Secretarias de Segurança Pública, serão obrigados a orientar as Polícias Civis e Militares a adotarem procedimentos ainda mais transparentes no processo de investigação das mortes resultantes de ação policial o que implicará em maior elucidação das ocorrências e maior possibilidade de intervenção do Ministério Público, da Defensoria Pública e dos próprios familiares das vítimas e da sociedade como um todo que poderá exigir mais rigor no estado no controle da atividade dos seus próprios agendas.

“Nesse sentido, as mudanças contidas no PL 4.471 são mais do que sugestão de novos procedimentos, mas representam novas obrigações no sentido que o Estado brasileiro crie mecanismos eficazes para acompanhar, monitorar, fiscalizar e qualificar as ações dos seus próprios agentes”, explica Freitas. A defensora pública Vanessa Vieira, de São Paulo, acrescenta: “A violência praticada por agentes estatais, encoberta pelos “autos de resistência”, infelizmente, é uma realidade. Muitas vezes, essa violência é expressão do racismo arraigado nas corporações policiais, que etiquetam pessoas negras como criminosos. A aprovação do PL 4.471, certamente, contribuirá para desestimular essas práticas discriminatórias e a violência institucional”.





Fonte:http://www.juventude.gov.br/juventudeviva/noticias/19-06-2013-pl-4-471-propoe-mais-rigor-na-investigacao-de-mortes-resultantes-de-acao-policial

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Um espaço verdadeiramente democrático , não limitamos e restringimos qualquer tipo de expressão , não toleramos racismo preconceito ou qualquer outro tipo de discriminação..Obrigado Claudio Vitorino

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Claudio Vitorino em ação..

Aquele que acredita que o interesse coletivo está acima do interesse individual , que acredita que tudo e possível desde que tenha fé em Deus e coragem para superar os desafios...

Vida difícil? Ajude um estranho .

Pode parecer ilógico -no mínimo pouco prioritário- ajudar um estranho quando as coisas parecem confusas na nossa vida. Mas eu venho aprendendo que este é um poderoso antídoto para os dias em que tudo parece fora do lugar.

Como assim, pergunta o meu leitor mais cético? E eu explico:
Há duas situações clássicas onde podemos auxiliar uma pessoa que não conhecemos. A primeira é através de doações e gestos similares de caridade. Estes atos são maravilhosos e muito recomendáveis, mas não é deles que quero falar hoje.


Escolhi o segundo tipo: aquelas situações randômicas onde temos a oportunidade de fazer a diferença para uma pessoa desconhecida numa emergência qualquer. Na maioria das vezes, pessoas com quem esbarramos em locais públicos, envolvidas em situações que podem ir do estar atrapalhado até o precisar de mãos para apagar um incêndio.

E o que nós, imersos nas nossas próprias mazelas, distraídos por preocupações sem fim amontoadas no nosso tempo escasso, enfim, assoberbados como sempre... O que nós temos a ver com este ser humano que pode ser bom ou mau, pior, pode sequer apreciar ou reconhecer nosso esforço?


Eu vejo pelo menos seis motivos para ajudar um estranho:


1) Divergir o olhar de nossos próprios problemas
Por um momento, por menor que seja, teremos a chance de esquecer nossas preocupações.
Dedicados a resolver o problema do outro (SEMPRE mais fácil do que os nossos), descansamos nossa mente. Ganhamos energia para o próximo round de nossa própria luta.
Esta pausa pode nos dar novo fôlego ou simplesmente ser um descanso momentâneo.


2) Olhar por um outro ângulo
Vez ou outra, teremos a oportunidade de relativizar nossos próprios problemas á luz do que encontramos nestes momento. Afinal, alguns de nossos problemas não são tão grandes assim...
Uma vez ajudei Teresa, a senhora que vende balas na porta da escola de meu filho. A situação dela era impossível de ser resolvida sozinha, pois precisava “estacionar” o carrinho que havia quebrado no meio de uma rua deserta. Jamais esquecerei o olhar desesperado, a preocupação com o patrimônio em risco, com o dia de by Savings Sidekick">trabalho desperdiçado, com as providências inevitáveis e caras. E jamais me esquecerei do olhar úmido e agradecido, apesar de eu jamais ter comprado nada dela. Nem antes nem depois.
Olhei com distanciamento o problema de Teresa. E fiquei grata por não ter que trabalhar na rua, por ter tantos recursos e by Savings Sidekick">oportunidades. E agradeci por estar lá, naquela hora, na rua de pouco movimento, e poder oferecer meus braços para ela.


3) Não há antes, nem depois ...
Na intricada teia de nossos by Savings Sidekick">relacionamentos, dívidas e depósitos se amontoam. Ajudar um conhecido muitas vezes cria vínculos ou situações complexas. Ás vezes, ele espera retribuir. Outras vezes, esperamos retribuição. Se temos ressentimentos com a pessoa, ajudá-la nem sempre deixa um gosto bom na boca. Se ela tem ressentimentos conosco, fica tudo muito ruim também.
Já com estranhos são simples. É ali, naquela hora. Depois acabou. E não há antes. Que alívio!
(mas não vamos deixar de ajudar os conhecidos dentro de nossas possibilidades, hein?)


4) A gratidão pelo inesperado é deliciosa
Quem se lembra de uma vez em que recebeu uma gentileza inesperada? Não é especial? E nem sempre estamos merecendo, mal-humorados por conta do revés em questão.
Ou quando ajudamos alguém e recebemos aquele olhar espantado e feliz?
Ontem mesmo, eu estava numa fila comum de banco. Um senhor bem velhinho estava atrás de mim. Na hora em que fui chamada, pedi que ele fosse primeiro. “Mas por que, minha filha?”. “Pelos seus cabelos brancos”, respondi. Ele, agradecido, me deu uma balinha de hortelã. Tudo muito singelo, muito fácil de fazer, mas o sentimento foi boooom.


5) Quase sempre, é fácil de fazer.
Uma vez eu fiquei envolvida por uma semana com uma mãe e um bebê que vieram para São Paulo para uma cirurgia e não tinha ninguém para esperar no aeroporto. Levei para um hotel barato, acompanhei por uma semana e tive medo de estar sendo usada, reforçada pelo ceticismo de muitas pessoas ao meu redor. No final, deu tudo certo e a história era verdadeira.
Mas na maioria dos casos, não é preciso tanto risco ou tanto tempo. Uma informação; um abaixar para pegar algo que caiu; uma dica sobre um produto no supermercado. Dar o braço para um cego (nunca pegue a mão dele, deixe que ele pegue o seu braço, aprendi com meu experiente marido). Facílimo, diria o Léo. E vamos combinar, fácil é tudo que precisamos quando o dia está difícil, certo?

6) Amor, meu grande amor
Finalmente, ajudar estranhos evoca o nosso melhor eu. É comum termos sentimentos de inadequação, baixa auto-estima e insatisfação conosco quando estamos sob tempo nublado. E ajudar o outro nos lembra que somos bons e capazes. Ajudar um estranho demonstra desapego, generosidade, empatia pelo próximo. E saber que somos tudo isto quando o coração está cinza... É para olhar com orgulho no espelho, não?

Portanto, se hoje não é o seu dia... Faça o dia de alguém. E se é um dia glorioso... Vai ficar melhor!

Fonte:http://www.vivermaissimples.com/2011/03/vida-dificil-ajude-um-estranho.html

Karoline Toledo Pinto

Karoline Toledo Pinto
Karoline Agente Penitenciária a quase 10 anos , bacharelada no curso de Psicologia em uma das melhores Instituição de Ensino Superior do País , publica um importante ARTIGO SOBRE AS DOENÇAS QUE OS AGENTES PENITENCIÁRIOS DESENVOLVEM NO EXERCÍCIO DE SUAS FUNÇÕES . Aguardem em breve aqui será publicado .APESAR DAS PERSEGUIÇÕES INFUNDADAS DAS AMEAÇAS ELA VENCEU PARABÉNS KAROL SE LIBERTOU DO NOSSO MAIOR MEDO A IGNORÂNCIA CONTE COMIGO.. OBRIGADO CLAUDIO VITORINO

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