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segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013
CARNAVAL = FESTA POPULAR OU APARTHEID E ALIENAÇÃO SOCIAL?
O conhecimento nos traz criticidade, e cada vez se torna mais difícil “engolir” certas coisas que ouvimos ou presenciamos. Nem em pleno carnaval deixo de observar as contradições humanas. Fico indignada com os milhões de reais gastos em todo País, induzindo e estimulando o consumismo de bebida alcóolica, à exacerbação sexuall, ao mercantilismo corporal. Se investissem tudo é foi gasto no carnaval no Brasil em Educação quantos poderiam aprender a ler, a escrever, a se tornar sujeito críticos?
E o quanto se gasta com a distribuição de preservativos, pílulas do Dia Seguinte, e testes de Aids? Lamentável! Temos que dissociar a ideia que Carnaval com sexo, álcool, drogas, promiscuidade. A verdadeira alegria é consciente!
Imagem quantos milhões o governo gasta no carnaval? E que nesta época são disponibilizadas equipes distribuindo preservativos e testes de HIV, policiamento, enfermeiros, ambulâncias, para atender os casos de embriaguez, violência e acidentes causados por alcoolismo e drogas.
Enquanto isso, milhares de crianças morrem por desnutrição, vivem em condições desumanas, sem educação, sem dignidade. Importante lembrar a crítica feita ao nosso Ministro da Cultura Gilberto Gil, por Temos que lutar especialmente contra o claro apartheid social, que vivenciamos cotidianamente, em todos os locais, como o que assistimos em pleno carnaval: os camarotes vips, os trios elétricos, sempre destinados a elite, e o povo sempre separado por cordas, se tornando uma massa, sempre inferiorizada.
A elite sempre acima do povo, se esquecendo que este povo é quem paga o salário deles, é quem paga a maior parte da festa, pois milhões e milhões do cofre público são investidos ali. E estes merecem ter o mesmo espaço e respeito. Fiquei pensando que um milésimo desse dinheiro que o governo gasta no carnaval fosse destinado a um projeto educativo como que o que utopicamente visualizo. Desde tempos imemoriais, é possível constatar a distância entre a classe dominante e o povo. Parece contraditório falar de igualdade na sociedade da omissão, do descaso, das políticas assistencialistas, do mascaramento, do aparteid social visível.
Conviver no meio político me fez ver de perto e sentir na pele, que erros humanos, politicamente são desumanos, são mascarados, preparados minuciosamente, estrategicamente planejados, ideologicamente traçados, para contemplar o poder. O que dói mais, é assistir tudo isso e ter muitas vezes, as mãos atadas, ter que engolir, mesmo sabendo que não será possível digerir, tanta indiferença, tanta injustiça, tanta podridão.
A classe política é lamentavelmente, em sua grande maioria, a classe da troca constante de favores, de cargos, de interesses pessoais, de privilégios à elite e aos seus, dos falsos méritos. A sociedade dos apadrinhamentos, onde leva vantagem aquele que tem ou contatos políticos, ou troca favores eleitorais.
Competência? Quem dera todos os cargos políticos fossem contemplados por esse mérito. Muitas vezes, assistimos estarrecidos o fascínio humano pelo poder e as mórbidas "necessidades" dele decorrentes. Por hora, meu alento está naqueles que como eu ainda ousam o sonho, a militância, a luta, que conseguem emergir esperanças e forças em meio a toda essa corrupção infindável.
Isso me faz crer que precisamos mais do que nunca mesmo ocupar nosso espaço, lutar pelas causas que acreditamos, “doa a quem doer”, e temos sim, que nos envolver politicamente, pleitear cargos políticos, mostrar que não somos só mais um qualquer na multidão. É hora de olhar a fundo, mostrar que não somos mais “bobos da corte”, que o reinado deles está no fim, que eles não são os soberanos, que a sociedade feudal e o absolutismo acabou há muito tempo. Não podemos mais é nos omitirmos, “porque quando os justos se omitem, os corruptos comandam”.
É claro, que o povo precisa de lazer, de diversão, de alegria, mas vejamos que falsa essa alegria carnavalesca. Acaba o carnaval e a realidade rompe com toda esta ilusória festa, bruscamente. E pergunto o que mudou socialmente? Nada!!! Nos deram um anestésico momentâneo, que nos fez esquecer a dor por alguns dias, mas depois, quando nos damos conta, a ferida social, se tornou ainda maior.
Profa. Dra Cláudia Bonfim
Artigo publicado no Jornal Correio Popular de Cornélio Procópio-Paraná na edição de fevereiro de 2006. (Estamos em 2011 e pouca coisa mudou)
Fonte:http://educacaoesexualidadeprofclaudiabonfim.blogspot.com.br/2011/02/carnaval-e-sexualidade-uma-reflexao.html
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Claudio Vitorino em ação..
Aquele que acredita que o interesse coletivo está acima do interesse individual , que acredita que tudo e possível desde que tenha fé em Deus e coragem para superar os desafios...
Vida difícil? Ajude um estranho .
Pode parecer ilógico -no mínimo pouco prioritário- ajudar um estranho quando as coisas parecem confusas na nossa vida. Mas eu venho aprendendo que este é um poderoso antídoto para os dias em que tudo parece fora do lugar.
Como assim, pergunta o meu leitor mais cético? E eu explico:
Há duas situações clássicas onde podemos auxiliar uma pessoa que não conhecemos. A primeira é através de doações e gestos similares de caridade. Estes atos são maravilhosos e muito recomendáveis, mas não é deles que quero falar hoje. Escolhi o segundo tipo: aquelas situações randômicas onde temos a oportunidade de fazer a diferença para uma pessoa desconhecida numa emergência qualquer. Na maioria das vezes, pessoas com quem esbarramos em locais públicos, envolvidas em situações que podem ir do estar atrapalhado até o precisar de mãos para apagar um incêndio.
Eu vejo pelo menos seis motivos para ajudar um estranho:
1) Divergir o olhar de nossos próprios problemas
Por um momento, por menor que seja, teremos a chance de esquecer nossas preocupações.
Dedicados a resolver o problema do outro (SEMPRE mais fácil do que os nossos), descansamos nossa mente. Ganhamos energia para o próximo round de nossa própria luta.
Esta pausa pode nos dar novo fôlego ou simplesmente ser um descanso momentâneo.
2) Olhar por um outro ângulo
Vez ou outra, teremos a oportunidade de relativizar nossos próprios problemas á luz do que encontramos nestes momento. Afinal, alguns de nossos problemas não são tão grandes assim...
Uma vez ajudei Teresa, a senhora que vende balas na porta da escola de meu filho. A situação dela era impossível de ser resolvida sozinha, pois precisava “estacionar” o carrinho que havia quebrado no meio de uma rua deserta. Jamais esquecerei o olhar desesperado, a preocupação com o patrimônio em risco, com o dia de by Savings Sidekick">trabalho desperdiçado, com as providências inevitáveis e caras. E jamais me esquecerei do olhar úmido e agradecido, apesar de eu jamais ter comprado nada dela. Nem antes nem depois.
Olhei com distanciamento o problema de Teresa. E fiquei grata por não ter que trabalhar na rua, por ter tantos recursos e by Savings Sidekick">oportunidades. E agradeci por estar lá, naquela hora, na rua de pouco movimento, e poder oferecer meus braços para ela.
3) Não há antes, nem depois ...
Na intricada teia de nossos by Savings Sidekick">relacionamentos, dívidas e depósitos se amontoam. Ajudar um conhecido muitas vezes cria vínculos ou situações complexas. Ás vezes, ele espera retribuir. Outras vezes, esperamos retribuição. Se temos ressentimentos com a pessoa, ajudá-la nem sempre deixa um gosto bom na boca. Se ela tem ressentimentos conosco, fica tudo muito ruim também.
Já com estranhos são simples. É ali, naquela hora. Depois acabou. E não há antes. Que alívio!
(mas não vamos deixar de ajudar os conhecidos dentro de nossas possibilidades, hein?)
4) A gratidão pelo inesperado é deliciosa
Quem se lembra de uma vez em que recebeu uma gentileza inesperada? Não é especial? E nem sempre estamos merecendo, mal-humorados por conta do revés em questão.
Ou quando ajudamos alguém e recebemos aquele olhar espantado e feliz?
Ontem mesmo, eu estava numa fila comum de banco. Um senhor bem velhinho estava atrás de mim. Na hora em que fui chamada, pedi que ele fosse primeiro. “Mas por que, minha filha?”. “Pelos seus cabelos brancos”, respondi. Ele, agradecido, me deu uma balinha de hortelã. Tudo muito singelo, muito fácil de fazer, mas o sentimento foi boooom.
5) Quase sempre, é fácil de fazer.
Uma vez eu fiquei envolvida por uma semana com uma mãe e um bebê que vieram para São Paulo para uma cirurgia e não tinha ninguém para esperar no aeroporto. Levei para um hotel barato, acompanhei por uma semana e tive medo de estar sendo usada, reforçada pelo ceticismo de muitas pessoas ao meu redor. No final, deu tudo certo e a história era verdadeira.
Mas na maioria dos casos, não é preciso tanto risco ou tanto tempo. Uma informação; um abaixar para pegar algo que caiu; uma dica sobre um produto no supermercado. Dar o braço para um cego (nunca pegue a mão dele, deixe que ele pegue o seu braço, aprendi com meu experiente marido). Facílimo, diria o Léo. E vamos combinar, fácil é tudo que precisamos quando o dia está difícil, certo?
6) Amor, meu grande amor
Finalmente, ajudar estranhos evoca o nosso melhor eu. É comum termos sentimentos de inadequação, baixa auto-estima e insatisfação conosco quando estamos sob tempo nublado. E ajudar o outro nos lembra que somos bons e capazes. Ajudar um estranho demonstra desapego, generosidade, empatia pelo próximo. E saber que somos tudo isto quando o coração está cinza... É para olhar com orgulho no espelho, não?
Portanto, se hoje não é o seu dia... Faça o dia de alguém. E se é um dia glorioso... Vai ficar melhor!
Fonte:http://www.vivermaissimples.com/2011/03/vida-dificil-ajude-um-estranho.html
Fonte:http://www.vivermaissimples.com/2011/03/vida-dificil-ajude-um-estranho.html
Karoline Toledo Pinto
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