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terça-feira, 25 de junho de 2013

PEC 37 ganha as ruas, mas poucos sabem o que é


O protesto deste sábado em São Paulo deu de graça aos procuradores da República e promotores a vitória na primeira batalha da guerra em torno da PEC 37, a proposta de emenda constitucional que reforça o poder da polícia como titular exclusivo de investigações penais. “O Congresso tem de rejeitar. Só depois poderemos negociar o que fazer”, disse o promotor Felipe Locke, presidente da Associação Paulista do Ministério Público.

Durante as quatro horas em que marcharam da Paulista até o centro da cidade, dezenas de milhares de manifestantes entoaram palavras de ordem, exibiram centenas de cartazes e faixas contra a PEC, mas pouca gente sabia exatamente de que se tratava.

“É contra a corrupção e contra a impunidade”, cravou o estudante José Paulo Esteves, que se enrolou quando perguntado sobre como funciona atualmente o aparato de investigações criminais no país. “Não sei os detalhes”, admitiu.A maioria dos entrevistados que participaram da manifestação que terminou com “um abraço” prédio do Ministério Público Estadual, no centro da cidade, não tem intimidade com conceitos de Direito e bateu na mesma tecla, sem saber o que diz a Constituição sobre o papel das instituições e nem como cada uma delas atua atualmente. “Só sei que é contra a corrupção e que devemos apoiar”, acrescentou o professor de história Valdemar Luzardo, que carregava um cartaz em que se lia “Contra a PEC da imunidade”.

“O que a população está percebendo é que a PEC favorece a corrupção e a impunidade. É isso que interessa nesse momento”, disse Locke, que fez um longo mergulho no tempo para tentar explicar sua tese.

“Se a PEC for aprovada, voltaremos à Era Vargas e teremos um chefe da polícia mandando no país. Com as investigações nas mãos da polícia, o delegado vai investigar o que quiser ou o governo quiser. Como ele pode ser removido, fará investigações com ausência de transparência e excesso de impunidade”, acredita o promotor.

De autoria do delegado de polícia Lourival Mendes, do PT do B do Maranhão, a PEC 37 é um tema árido para o grosso da população, mas hoje dificilmente seria aprovada no Congresso por causa das manifestações que tomam conta do país. A proposta é, na verdade, uma redundância jurídica porque afirma aquilo que já está na Constituição: polícia investiga, promotor e procurador denunciam e o juiz julga.

O problema é que desde 2007, amparado numa resolução do Conselho Nacional do Ministério Público, a investigação criminal deixou de ser monopólio da polícia. A maioria dos juristas e criminalistas é contra por se tratar de uma norma que não poderia estar acima da Constituição ou das leis. Em São Paulo, o Ministério Público, ajudado pela Polícia Militar, passou a investigar as organizações criminosas, enquanto em nível nacional, os procuradores passaram também a se dedicar ao combate a corrupção, uma atribuição até então exclusiva da Polícia Federal.

Procuradores e promotores aproveitaram os protestos contra a corrupção para levar o tema para as ruas. “Eu gostaria que a PEC 37 fosse votada hoje”, diz o promotor Felipe Locke, com a certeza de que seria rejeitada pela força das manifestações. “Não aceito maniqueísmo”, diz, para afirmar que quem está contra a emenda está do “lado do bem”.

O promotor Artur Magliori vai na mesma linha: “quando investigamos é para o bem da população. No Brasil a corrupção é endêmica. Ou o Ministério Público investiga ou país perde para a corrupção”.

Locke diz que é inaceitável a concentração de poder numa só instituição e que o MP deve ainda controlar a atividade policial. O controle é uma das atribuições legais de procuradores e promotores, que nem sempre o órgão executa. “Eles não deixam”, reclama o promotor ao ser questionado sobre o pífio papel do MP na fiscalização da polícia.

Locke afirma que a tese de que o MP deve ficar fora das investigações é amparada pelo jurista Ives Gandra Martins que, segundo lembra, apoiou o golpe militar de 1964 no Brasil e, mais recentemente, em Honduras.

“O combate a corrupção não pode ficar só nas mãos da polícia”, disse o chefe interino da procuradoria da República em São Paulo, Aureo Lopes, que comemorou o ingresso do tema nos protestos que tem balançado o país.

A oportunista inclusão da PEC 37 nas manifestações de rua silenciou os policiais que lutavam pela aprovação. Como tema é de difícil compreensão popular por mexer filigranas jurídicas, os delegados se recolheram, mas não têm com o que se preocupar: o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), retirou o assunto da agenda e, se nada mudar, pelo menos com base no que diz a Constituição, continuam com a prerrogativa exclusiva de investigar. Nos protestos deste sábado a condenação da PEC rimou com os palavrões contra a corrupção e contra governo e Congresso.


Fonte:http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/sp/2013-06-23/pec-37-ganha-as-ruas-mas-poucos-sabem-o-que-e.html

PEC 37: MP precisa falar a verdade ao argumentar contra proposta






Não há dúvidas de que, no atual embate entre Ministério Público e associações de delegados sobre a Proposta de Emenda Constitucional nº 37, promotores e procuradores têm mais apoio da sociedade.

Se aprovada, a proposta de autoria do deputado federal maranhense Lourival Mendes (PTdoB) restringirá às polícias civis e Federal a prerrogativa das investigações criminais.

Ocorre que, quanto mais o debate se estende, mais informações se tem sobre a tal PEC 37. E percebe-se que o MP, na verdade, utiliza-se de alguns sofismas para manter-se em vantagem.

Três deles, principalmente, chamam atenção do titular deste blog.

O primeiro é o de que, se aprovada, a PEC retirará não apenas o poder de investigação do MP, mas também das CPIs, da Receita Federal, do Coaf, dos tribunais de contas e até da imprensa.

Segundo Marconi Lima, presidente da Adepol-MA, é mentira. “Todos os órgãos de controle interno permanecerão com seu poder de investigação. Isso é um sofisma do MP para angariar apoio”, disse, ontem (8), em evento da associação.



Outro argumento é o de que, se pode denunciar, o MP também pode investigar, segundo uma lógica do Direito que diz que, “quem pode mais, pode menos”.

“Isso é uma heresia jurídica. A autoridade só pode fazer aquilo que a lei lhe autoriza”, ressaltou, destacando que, se assim fosse, um desembargador, que pode condenar, poderia fazer as vezes de oficial de Justiça e intimar um réu.

Por último, membros do MP defendem seu poder de investigação como forma de ajudar os delegados, que estão abarrotados de investigações e não dão conta do recado.

Bem. Se é assim, que demos ao MP, também, o pode de julgar, porque o que não falta são processos abarrotando a Justiça, pedindo “pelo amor de Deus” para ser despachados.

A verdade é que o Ministério Público precisa entender que, para entrar num debate tão amplo e tão sério, precisa de argumentos mais sólidos. Ou perderá todo o apoio que conseguiu enquanto os delegados estavam calados.


Fonte:http://gilbertoleda.com.br/2013/03/09/pec-37-mp-precisa-falar-a-verdade-ao-argumentar-contra-proposta/

Joaquim Barbosa defende voto distrital e vê 'grave crise' de representação..



 
Presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, fala com a imprensa
Foto: Givaldo Barbosa / Agência O Globo


BRASÍLIA - O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, defendeu o voto distrital e o “recall” para políticos nesta terça-feira. A proposta é que os eleitores fiscalizem os atos dos eleitos para ocupar cargos públicos. Caso as autoridades não estejam fazendo jus aos mandatos, a sociedade teria o direito de expulsar o político do cargo e eleger novo ocupante. O ministro deu a declaração em entrevista concedida após reunião com a presidente Dilma Rousseff, a quem sugeriu propostas para resolver o que chama de “crise grave de representação política” no país. Embora não tenha exposto o “recall” à presidente, ele aproveitou a ocasião para criticar os partidos políticos brasileiros.
- Não falei para a presidente, mas sou inteiramente favorável, acho que seria medida adequada à nossa realidade, adotar a possibilidade do recall. O que é o recall? A pessoa é eleita, claramente identificada como eleita, havendo a possibilidade de o mandato ser revogado por quem a elegeu, ou seja, os próprios eleitores. Medida como essa tem o efeito muito claro de criar uma identificação entre o eleito e eleitorado, impor ao eleito responsabilidade para com quem o elegeu. (Isso) falta ao sistema político brasileiro, especialmente na representação dos órgãos legislativos - afirmou.

Joaquim Barbosa defendeu que o país seja dividido em distritos para as eleições:
- Eu sou inteiramente favorável ao voto distrital, seja o voto distrital puro, em um turno, seja o voto distrital qualificado, ou seja, se faz um primeiro turno de votação e vão para o segundo turno apenas candidatos em cada distrito que obtiveram um percentual, digamos, de 10%, 15%.
Para Barbosa, os partidos brasileiros devem participar menos da vida política, dando lugar à voz direta do povo. Nesse contexto, ele louvou a ideia do plebiscito aventada por Dilma. A presidente quer ouvir a sociedade sobre a convocação de um plebiscito sobre a reforma política. O ministro evitou opinar sobre a necessidade ou não de Constituinte.
- Disse (à presidente) que há um sentimento difuso na sociedade brasileira, e eu como cidadão penso assim, há uma vontade do povo brasileiro, especialmente os mais esclarecidos, de diminuir ou de mitigar, e não de suprimir, o peso da influência dos partidos sobre a vida política do país e sobre os cidadãos. Essa me parece ser uma questão chave em tudo o que vem ocorrendo no Brasil hoje. Eu sei muito bem que nenhuma democracia vive sem partidos. Mas há formas de mitigar essa influência, de introduzir pitadas de vontade popular, de consulta direta à população - contou.
O ministro também disse à presidente que “não se faz reforma política consistente no Brasil sem mudar a Constituição”. Para ele, “está descartada reforma política consistente com lei ordinária”.
Segundo o ministro, a população "não aguenta mais" decisões tomadas por meio de "conchavos".
Barbosa defendeu que o povo seja ouvido nesse momento. Ele afirmou que todas as grandes mudanças do país foram promovidas pelas elites, sem a participação popular. O ministro citou como exemplos a Independência do Brasil e a Proclamação da República.
O presidente do STF criticou o número excessivo de suplentes de senadores:
- Falei com a presidente do meu entendimento sobre a questão dos suplentes de senador. É uma excrescência totalmente injustificada. Temos percentual muito elevado de senadores que não foram eleitos. Ingressaram na chapa da pessoa que era o candidato mais forte e, passado algum tempo, com renúncia, morte, fato de titular ter assumido cargo no executivo, esse suplente substitui o titular. Sou eleitor no Rio. Confesso que não sei quem é o terceiro senador do estado. Essa situação ocorre em diversos estados.
Barbosa defendeu candidaturas avulsas como forma de fortalecimento da democracia.
- Eu não falei para a presidente, mas sou inteiramente favorável às candidaturas avulsas em diversos níveis de eleição. Por que não? Já que a nossa democracia peca pela falta de identificação entre eleito e eleitor, porque não permitir que o povo escolha diretamente em quem votar? Por que essa mediação por partidos políticos sem credibilidade? Isso contribuir para a robustez da democracia. A sociedade brasileira está ansiosa por se ver livre, pelo menos parcialmente, desses grilhões partidários que pesam sobre o seu ombro - afirmou.
Questionado sobre pesquisas recentes de intenção de voto em que é lembrado para ocupar a Presidência da República, Barbosa disse que não tem intenções de entrar na vida política, apesar de ter se sentido lisonjeado.
- Eu não tenho a menor vontade de me lançar a presidente da República. Eu tenho quase 41 anos de vida publica. Está chegando a hora, chega - disse.
Na reunião com Dilma, o ministro teria criticado o número excessivo de suplentes de senadores. Para ele, “é uma excrescência totalmente injustificada”. Ele contou que, na reunião com a presidente, disse que era eleitor do Rio de Janeiro, mas não sabia quem era um dos três senadores, porque o mandato estaria com um suplente. Segundo o ministro, ninguém na reunião sabia quem era o senador. Barbosa também defendeu candidaturas avulsas como forma de fortalecimento da democracia.
- Eu não falei para a presidente, mas sou inteiramente favorável às candidaturas avulsas em diversos níveis de eleição. Por que não? Já que a nossa democracia peca pela falta de identificação entre eleito e eleitor, porque não permitir que o povo escolha diretamente em quem votar? Por que essa mediação por partidos políticos sem credibilidade? A sociedade brasileira está ansiosa por se ver livre, pelo menos parcialmente, desses grilhões partidários que pesam sobre o seu ombro - afirmou.
Questionado sobre pesquisas recentes de intenção de voto em que é lembrado para ocupar a Presidência da República, Barbosa disse que não tem intenções de entrar na vida política, apesar de ter se sentido lisonjeado.
- Eu não tenho a menor vontade de me lançar a presidente da republica. Eu tenho quase 41 anos de vida publica. Está chegando a hora, chega - disse.
No encontro com Dilma, Barbosa também teria proposto mudanças no Judiciário. Uma delas é a extinção da promoção por merecimento – que, para ele, dá margem a apadrinhamentos políticos a juízes, o que afetaria a isenção do magistrado. O ministro também quer proibir a atuação de advogados em tribunais onde há juízes de quem são parentes.

Fonte:http://oglobo.globo.com/pais/joaquim-barbosa-defende-voto-distrital-ve-grave-crise-de-representacao-8810892

Policiais dizem que apuração do MP não tem regra e prejudica investigado



Pela proposta de alteração na carta constitucional, promotores e procuradores não poderiam mais executar diligências e investigações próprias – apenas solicitar ações no curso do inquérito policial e supervisionar a atuação da polícia. A rejeição da proposta era uma das reivindicações dos protestos de rua que se espalharam em todo o país.

Antes de iniciar a votação nominal, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDBx-RN), fez um apelo para que a proposta que limita o MP fosse derrotada por unanimidade.

“Tenho o dever e a sensibilidade de dizer a esta casa que todo o Brasil está acompanhando a votação desta matéria, nesta noite, no plenário. E por isso tenho o dever e a sensibilidade de declarar, me perdoe a ousadia, que seria um gesto importante, por unanimidade, derrotar essa PEC”, disse.

Tenho o dever e a sensibilidade de declarar, me perdoe a ousadia, que seria um gesto importante, por unanimidade, derrotar essa PEC."
Deputado Henrique Alves (PMDB-RN), presidente da Câmara

A votação foi acompanhada por procuradores e policiais, que ocupavam cadeiras na galeria do plenário da Câmara. Conduzidos pelo líder do PSDB, Carlos Sampaio (SP), promotor de Justiça licenciado, parlamentares tucanos ergueram cartazes no plenário contra a PEC 37. As cartolinas estampavam “Eu sou contra a PEC 37. Porque não devo e não tenho medo da investigação. A quem interessa calar o MP?”, indagava o manifesto.

Ao abrir a sessão extraordinária, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), afirmou que era necessário votar a PEC 37, mesmo sem acordo.

“Lamentavelmente chegamos a 95% de acordo. Faltaram 5% para concluirmos um texto. Esta Casa demonstrou sua vontade de estabelecer um perfeito entendimento entre o Ministério Público e os delegados. Mas na hora que não foi possível, isso não poderia ser pretexto para não votar a PEC. Ela não poderia ficar pairando”, disse.



Henrique Alves disse ainda “ter certeza” de que os parlamentares voltariam a proposta pensando no que seria melhor para o país.“ Tenho certeza de que cada parlamentar estará votando de acordo com a sua consciência, para o combate à corrupção, o combate à impunidade”, disse

Em discurso no plenário, o líder do PSOL na Câmara, Ivan Valente (RJ), destacou o papel das manifestações populares na derrubada da PEC 37. “Lá na CCJ da Câmara a maioria dos deputados era a favor da PEC 37. A maioria desse plenário era a favor da PEC 37. [...] Essa PEC vai ser derrubada pelo povo nas ruas”, afirmou.

Todos os partidos orientaram as bancadas para rejeitar a proposta. “A bancada do Democratas vai votar em sua ampla maioria, senão na sua totalidade, para derrotar a PEC 37. Mas aos colegas que votarem favoravelmente a ela, o meu respeito, porque eu respeito qualquer parlamentar no momento da sua decisão e votação”, disse o líder do DEM, deputado Ronaldo Caiado (GO).

Queremos dar uma resposta à sociedade, uma resposta às ruas. Não queremos que nenhuma criminalidade fique sem investigação."
Deputado Eduardo Cunha (RJ), líder do PMDB na Câmara

Ao defender a rejeição da PEC 37, o líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), afirmou que o partido quer dar uma reposta às manifestações.

“Ninguém quer acabar com o poder de investigar. Todos nós queremos que todos investiguem. Queremos dar uma resposta à sociedade, uma resposta às ruas. Não queremos que nenhuma criminalidade fique sem investigação”, afirmou.

Autor da PEC lamenta 'rótulo'
O autor da proposta, deputado Lourival Mendes (PTdoB-MA), foi o único a defender o texto no plenário. Ele afirmou que a PEC 37 foi rotulada de forma “indevida” como sinônimo de “impunidade”. 


Fonte:http://g1.globo.com/politica/noticia/2013/06/policiais-dizem-que-apuracao-do-mp-nao-tem-regra-e-prejudica-investigado.html

Combate ao racismo no SUS



O Ministério da Saúde anunciou hoje medidas para combater o que classificou como racismo no atendimento do setor público de saúde. As medidas provocaram polêmica.

Nos hospitais públicos do país, o diagnóstico persiste. Filas, falta de vagas e de medicamentos.

Hoje representantes do Ministério da Saúde afirmaram que o SUS também sofre de outro mal: o preconceito racial no atendimento.

“As pessoas negras não são tocadas no momento do exame. Ou seja, há uma prática cristalizada de discriminação e de racismo no processo de atendimento. Em uma fila de emergência temos evidências, por exemplo, que o negro é preterido em relação ao branco”, afirma Ana Maria Costa, da coordenadora do comitê técnico de saúde da população negra do Ministério da Saúde.

Segundo estimativas do ministério, 90% da população que se auto-declara negra depende do SUS. Para melhorar o atendimento, o governo estuda uma política nacional de saúde voltada para os negros.

Entre as medidas discutidas no seminário no Rio, estão a capacitação de profissionais, campanhas de conscientização, diagnóstico precoce e prevenção de doenças.

Aids, tuberculose, hanseníase e diabetes seriam doenças mais comuns em pacientes negros, segundo o Ministério da Saúde, que usou como base os atendimentos no SUS. Ainda segundo o ministério, isso acontece porque essas pessoas estão mais expostas à pobreza e aos fatores de risco.

O ministério também usou pesquisas que levam em conta a genética: os negros seriam mais susceptíveis à anemia falciforme e a doenças cardiovasculares, como hipertensão arterial.

O cardiologista e pesquisador da UFF Evandro Tinoco Mesquita estuda a influência genética no aparecimento de problemas cardíacos em negros e brancos. Para ele, em um país com tanta miscigenação, o melhor remédio é dar atendimento de qualidade a toda a população.

“O fator mais importante não é a cor da pele, mas a presença de fatores ambientais, fatores culturais, salário e educação que fazem com que esses indivíduos fiquem sob maior concentração de fatores de risco cardiovasculares e daí surgem as doenças. Do ponto de vista biológico, nós não aceitamos o conceito de raça”, argumenta Mesquita.

Para o ministro da Saúde, Agenor Álvares, a política é necessária.

“Nós estamos querendo falar que qualquer pessoa que chegue ao SUS tem que ser bem atendido”, afirma o ministro.

As medidas precisam agora da aprovação do Conselho Nacional de Saúde, formado por representantes do governo, dos funcionários da área e da sociedade, para entrar em vigor, o que deve acontecer no mês que vem.

Antes de ser aprovada, a nova política já provocou reações. O Conselho Federal de Medicina nega discriminação no atendimento médico.

“Eu penso que não há esse racismo da maneira como está sendo demonstrada. Acho que o Ministério da Saúde tem é que tentar diminuir a iniqüidade, a falta de acesso aos serviços de saúde. Isso sim é importante”, argumenta o corregedor do Conselho Federal de Medicina, Roberto D`Ávila.


Fonte:http://jornalnacional.globo.com/Telejornais/JN/0,,MUL569821-10406,00-COMBATE+AO+RACISMO+NO+SUS.html

domingo, 23 de junho de 2013

"Minha Casa Melhor" já tem quase 12 mil beneficiários, diz Dilma

 

Lançado pelo governo federal na última quarta-feira, o programa "Minha Casa Melhor" já teve a adesão de quase 12 mil beneficiários do "Minha Casa, Minha Vida", informou a presidente Dilma Rousseff na manhã desta segunda-feira em seu programa de rádio "Café com a Presidenta".

"Nos primeiros quatro dias do programa, quase 12 mil pessoas contrataram o crédito para financiar a compra de móveis e de eletrodomésticos", afirmou a presidente. "O Minha Casa Melhor é muito importante para as famílias com renda mais baixa, que tinham e têm muita dificuldade ainda para conseguir crédito barato no mercado", acrescentou.

Na avaliação da presidente, "muita gente vai ser beneficiada pelo "Minha Casa Melhor". Dilma destacou que o governo já entregou 1,21 milhão de casas no âmbito do "Minha Casa, Minha Vida" e tem outras 1,43 milhão de unidades em construção. "Até o final do ano que vem, teremos mais 1,11 milhão de casas contratadas. Então, são 3,750 milhões de famílias realizando o sonho da casa própria. E, agora, com acesso também a crédito barato para a compra de eletrodomésticos e móveis", afirmou.

A presidente destacou ainda, ao explicar o funcionamento do programa, que o cartão do "Minha Casa Melhor" só pode ser utilizado nas lojas cadastradas pela Caixa Econômica Federal e os beneficiários tem um ano para usar o crédito a partir do momento em que dispuserem do cartão. Segundo ela, são 13 mil estabelecimentos credenciados.

"Ninguém precisa ter pressa ou sair correndo para fazer a compra. E eu quero chamar a atenção de todos para mais uma coisa: a loja tem que dar, pelo menos, 5% de desconto sobre o preço à vista para todo mundo do Minha Casa Melhor. Todo mundo pode e deve pesquisar bastante até encontrar o menor preço. O cliente tem que exigir que o desconto apareça na nota fiscal, porque aí é um desconto real", afirmou.

Dilma destacou que o programa prevê uma linha de crédito de R$ 5 mil para as famílias do "Minha Casa, Minha Vida" comprarem eletrodomésticos e móveis com "juros baixíssimos", de 5% ao ano, com prazo de 48 meses para pagar. A presidente alertou, porém, que só pode usar esse crédito quem estiver em dia com as prestações da casa própria.

Segundo a presidente, o governo definiu um grupo de produtos que podem ser comprados por meio do programa. "Cada produto tem um valor máximo e isso é para garantir que as lojas mantenham os preços praticados antes do programa", completou Dilma, citando o valor máximo de R$ 850 para uma lavadora automática e de R$ 1.400 para uma TV digital. Na avaliação da presidente, "a prestação cabe no bolso do pessoal".

"Quando uma pessoa parcela uma compra, ela tem de olhar o tamanho da prestação e dos juros que ela está pagando. Mas nesse programa, o Minha Casa Melhor, não tem esse problema, porque a pessoa sabe que o juro é o mais barato do mercado", afirmou Dilma.


Fonte:http://noticias.bol.uol.com.br/ultimas-noticias/economia/2013/06/17/minha-casa-melhor-ja-tem-quase-12-mil-beneficiarios-diz-dilma.htm



sábado, 22 de junho de 2013

Participação do PT em ato em São Paulo termina com briga e fuga



Acostumados a comandar as maiores manifestações do País por décadas, os petistas foram impedidos com violência de agitar suas bandeiras vermelhas nesta quinta-feira (20) na avenida Paulista. A participação do partido da presidente Dilma Rousseff no ato em comemoração pela revogação do aumento nas tarifas de transporte terminou em briga e uma saída às pressas, quase uma fuga no meio da multidão. Partidários do PSTU, PC do B, PCR e PSOL também foram hostilizados, mas os petistas foram os principais alvos

Militantes do PT foram hostilizados durante toda a marcha. Alguns dos manifestantes anti-petistas eram pessoas do povo indignadas com escândalos de corrupção, inflação ou simplesmente com o fato de um partido político tentar capitalizar um protesto popular.

Um pequeno grupo, no entanto, tinha o objetivo claro de provocar, agredir e ameaçar os petistas. Alguns eram carecas, musculosos e extremamente agressivos. Um homem usando máscara e capacete de motociclista chegou a sacar um cassetete. Outro portava um taco de hóquei.

“Não existe revolução sem violência. Na revolução francesa teve, na revolução de 1964 também teve”, disse ao iG o homem que carregava o cassetete.

Apesar do chamado feito na véspera pelo presidente nacional do partido, Rui Falcão, o partido não conseguiu mobilizar mais de 150 militantes para o ato na paulista. Muitos deles eram velhos militantes.

Eles se concentraram na avenida Angélica e só desenrolaram suas bandeiras na Paulista aos gritos de “democracia”. Uma bateria formada por integrantes da Juventude do PT puxava refrões contra as tarifas do transporte público, mas as vaias e apupos começaram antes que o grupo chegasse na esquina da rua Haddock Lobo.

Na altura da rua Augusta os petistas passaram a ser perseguidos por um grupo de jovens musculosos, alguns carecas, que não fizeram outra coisa durante todo o ato além der provocar os militantes.

Foi preciso fazer um cordão humano na retaguarda para evitar brigas. Aos poucos as bandeiras do PT foram ficando escassas. Os manifestantes hostis furavam o cerco e tomavam os panos vermelhos com violência, algumas delas das mãos de mulheres. As bandeiras eram queimadas e rasgadas no meio da avenida.

Enquanto isso, alguns manifestantes carregavam tranquilamente uma faixa pedindo a volta da ditadura militar. Quando a reportagem do iG tentou fotografa-los, foi ameaçada.

Um senhor de 73 anos que se identificou apenas como capitão reformado da Marinha, xingava os petistas com um cartaz pedindo a prisão dos mensaleiros. Ao iG ele disse ser um veterano em manifestações. “Participei da Marcha com Deus pela Família em 1964”, disse ele.

A Marcha com Deus pela Família promovida pela Sociedade Brasileira de Defesa da Tradição, Família e Propriedade (TFP) serviu como apoio para o golpe militar de 1964 que mergulhou o Brasil em mais de 20 anos de ditadura militar.


Visivelmente assustados, os petistas aceleravam o passo rumo ao fim do protesto. “Já estamos chegando no final”, disse aliviado Danilo de Camargo, integrante da Comissão de Ética do PT de São Paulo.

Pouco depois da esquina com a alameda Campinas, no entanto, os petistas ficaram encurralados. A linha de frente do protesto parou, impedindo a evolução. Uma banca de jornal impedia a saída pela direita e os manifestantes hostis cercaram a retaguarda e o flanco esquerdo.

A agressividade aumentou. Alguns petistas se misturaram entre militantes do PSTU e PCO, adversários políticos que marchavam na frente. Outro grupo conseguiu abrir uma brecha depois da banca de jornais e saiu as pressas. Um manifestante jogou uma bomba de fabricação caseira no meio dos militantes partidários abrindo um clarão na multidão. Os manifestantes se aproximaram e houve briga corporal. Enquanto isso um militante surgiu por trás e bateu com um cabo de bandeira na cabeça do advogado Guilherme Nascimento, 26 anos, careca e musculoso, que deixou a manifestação com o rosto ensanguentado em uma viatura da Polícia Militar reclamando:“levei uma paulada do PT”. 



Fonte:http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/sp/2013-06-21/participacao-do-pt-em-ato-em-sao-paulo-termina-com-briga-e-fuga.html











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Claudio Vitorino em ação..

Aquele que acredita que o interesse coletivo está acima do interesse individual , que acredita que tudo e possível desde que tenha fé em Deus e coragem para superar os desafios...

Vida difícil? Ajude um estranho .

Pode parecer ilógico -no mínimo pouco prioritário- ajudar um estranho quando as coisas parecem confusas na nossa vida. Mas eu venho aprendendo que este é um poderoso antídoto para os dias em que tudo parece fora do lugar.

Como assim, pergunta o meu leitor mais cético? E eu explico:
Há duas situações clássicas onde podemos auxiliar uma pessoa que não conhecemos. A primeira é através de doações e gestos similares de caridade. Estes atos são maravilhosos e muito recomendáveis, mas não é deles que quero falar hoje.


Escolhi o segundo tipo: aquelas situações randômicas onde temos a oportunidade de fazer a diferença para uma pessoa desconhecida numa emergência qualquer. Na maioria das vezes, pessoas com quem esbarramos em locais públicos, envolvidas em situações que podem ir do estar atrapalhado até o precisar de mãos para apagar um incêndio.

E o que nós, imersos nas nossas próprias mazelas, distraídos por preocupações sem fim amontoadas no nosso tempo escasso, enfim, assoberbados como sempre... O que nós temos a ver com este ser humano que pode ser bom ou mau, pior, pode sequer apreciar ou reconhecer nosso esforço?


Eu vejo pelo menos seis motivos para ajudar um estranho:


1) Divergir o olhar de nossos próprios problemas
Por um momento, por menor que seja, teremos a chance de esquecer nossas preocupações.
Dedicados a resolver o problema do outro (SEMPRE mais fácil do que os nossos), descansamos nossa mente. Ganhamos energia para o próximo round de nossa própria luta.
Esta pausa pode nos dar novo fôlego ou simplesmente ser um descanso momentâneo.


2) Olhar por um outro ângulo
Vez ou outra, teremos a oportunidade de relativizar nossos próprios problemas á luz do que encontramos nestes momento. Afinal, alguns de nossos problemas não são tão grandes assim...
Uma vez ajudei Teresa, a senhora que vende balas na porta da escola de meu filho. A situação dela era impossível de ser resolvida sozinha, pois precisava “estacionar” o carrinho que havia quebrado no meio de uma rua deserta. Jamais esquecerei o olhar desesperado, a preocupação com o patrimônio em risco, com o dia de by Savings Sidekick">trabalho desperdiçado, com as providências inevitáveis e caras. E jamais me esquecerei do olhar úmido e agradecido, apesar de eu jamais ter comprado nada dela. Nem antes nem depois.
Olhei com distanciamento o problema de Teresa. E fiquei grata por não ter que trabalhar na rua, por ter tantos recursos e by Savings Sidekick">oportunidades. E agradeci por estar lá, naquela hora, na rua de pouco movimento, e poder oferecer meus braços para ela.


3) Não há antes, nem depois ...
Na intricada teia de nossos by Savings Sidekick">relacionamentos, dívidas e depósitos se amontoam. Ajudar um conhecido muitas vezes cria vínculos ou situações complexas. Ás vezes, ele espera retribuir. Outras vezes, esperamos retribuição. Se temos ressentimentos com a pessoa, ajudá-la nem sempre deixa um gosto bom na boca. Se ela tem ressentimentos conosco, fica tudo muito ruim também.
Já com estranhos são simples. É ali, naquela hora. Depois acabou. E não há antes. Que alívio!
(mas não vamos deixar de ajudar os conhecidos dentro de nossas possibilidades, hein?)


4) A gratidão pelo inesperado é deliciosa
Quem se lembra de uma vez em que recebeu uma gentileza inesperada? Não é especial? E nem sempre estamos merecendo, mal-humorados por conta do revés em questão.
Ou quando ajudamos alguém e recebemos aquele olhar espantado e feliz?
Ontem mesmo, eu estava numa fila comum de banco. Um senhor bem velhinho estava atrás de mim. Na hora em que fui chamada, pedi que ele fosse primeiro. “Mas por que, minha filha?”. “Pelos seus cabelos brancos”, respondi. Ele, agradecido, me deu uma balinha de hortelã. Tudo muito singelo, muito fácil de fazer, mas o sentimento foi boooom.


5) Quase sempre, é fácil de fazer.
Uma vez eu fiquei envolvida por uma semana com uma mãe e um bebê que vieram para São Paulo para uma cirurgia e não tinha ninguém para esperar no aeroporto. Levei para um hotel barato, acompanhei por uma semana e tive medo de estar sendo usada, reforçada pelo ceticismo de muitas pessoas ao meu redor. No final, deu tudo certo e a história era verdadeira.
Mas na maioria dos casos, não é preciso tanto risco ou tanto tempo. Uma informação; um abaixar para pegar algo que caiu; uma dica sobre um produto no supermercado. Dar o braço para um cego (nunca pegue a mão dele, deixe que ele pegue o seu braço, aprendi com meu experiente marido). Facílimo, diria o Léo. E vamos combinar, fácil é tudo que precisamos quando o dia está difícil, certo?

6) Amor, meu grande amor
Finalmente, ajudar estranhos evoca o nosso melhor eu. É comum termos sentimentos de inadequação, baixa auto-estima e insatisfação conosco quando estamos sob tempo nublado. E ajudar o outro nos lembra que somos bons e capazes. Ajudar um estranho demonstra desapego, generosidade, empatia pelo próximo. E saber que somos tudo isto quando o coração está cinza... É para olhar com orgulho no espelho, não?

Portanto, se hoje não é o seu dia... Faça o dia de alguém. E se é um dia glorioso... Vai ficar melhor!

Fonte:http://www.vivermaissimples.com/2011/03/vida-dificil-ajude-um-estranho.html

Karoline Toledo Pinto

Karoline Toledo Pinto
Karoline Agente Penitenciária a quase 10 anos , bacharelada no curso de Psicologia em uma das melhores Instituição de Ensino Superior do País , publica um importante ARTIGO SOBRE AS DOENÇAS QUE OS AGENTES PENITENCIÁRIOS DESENVOLVEM NO EXERCÍCIO DE SUAS FUNÇÕES . Aguardem em breve aqui será publicado .APESAR DAS PERSEGUIÇÕES INFUNDADAS DAS AMEAÇAS ELA VENCEU PARABÉNS KAROL SE LIBERTOU DO NOSSO MAIOR MEDO A IGNORÂNCIA CONTE COMIGO.. OBRIGADO CLAUDIO VITORINO

Filmes que mudarão sua vida..

  • A cor púrpora
  • A espera de um milagre
  • A procura da felicidade
  • A prova de fogo
  • Antes de partir
  • Desafiando gigantes
  • Ensina-me a viver
  • Paixão de Cristo

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