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quinta-feira, 4 de abril de 2013

Felicidade, a vitamina da vida!



Ser feliz é gostar de viver… Mas para viver feliz é preciso desabrochar.

A vida só desabrocha para quem tem coragem!

Coragem não é ser forte. É cair e levantar.

Coragem as vezes é o desapego.

Coragem é desabrochar para encontrar a felicidade.

Porque a melhor vitamina para a vida é a nossa felicidade!

E a nossa felicidade, depende da qualidade dos nossos pensamentos e da nossa coragem!






 



Fonte:http://blogdamadame.com/felicidade-a-vitamina-da-vida/

Contra as visões de “baixa intensidade” dos direitos humanos



Se os “direitos humanos” se tornaram a grande gramática da dignidade, da liberdade e da igualdade, por que, na prática, tal discurso é usado de forma tão seletiva, no direito internacional, e, no âmbito interno, determinadas violações têm sido invisibilizadas?

A indiana Ratna Kapur tem salientado, em vários artigos, que este aparente consenso esconde, em realidade, um campo de lutas e de contestações, também discursivas, “em que competem pressupostos e visões de mundo distintos sobre gênero, diferença, cultura e subjetividade.” Alguns exemplos recentes – nacionais e internacionais- de tais situações poderiam ser citados.

Primeiro: o estupro coletivo na Índia, no final de 2012, pôs em questão, na imprensa, a opressão das mulheres daquele país, em virtude de casamentos forçados, de limitações de direitos, etc. Esta hipervisibilidade, contudo, é a outra face da violação sistemática dos direitos das mulheres em todos os países pretensamente defensores dos direitos humanos, pela precarização das formas de trabalho, pelas condições desumanas de vida, pelas opressões sexuais, pelo não reconhecimento de sua agência como cidadã, pela cidadania de “segunda classe”, pelos salários mais baixos e outras tantas desigualdades.

Segundo: a reação de populações islâmicas, em 2005, contra caricaturas do profeta Maomé publicadas inicialmente na Dinamarca ensejou, no “Ocidente”, uma discussão sobre liberdade de expressão e fanatismo religioso. Tal visibilização, por sua vez, foi construída pela invisibilidade do tratamento diferenciado para os emigrantes africanos na Europa, pelas sucessivas tentativas de assimilação forçada das populações não cristãs, pelo não reconhecimento (e legitimidade) da liberdade religiosa na esfera pública e pela seletividade na abordagem da liberdade de expressão- de fundo discriminatório e racista- praticado contra estas mesmas populações.

Terceiro: o reconhecimento, em 2009, na Constituição equatoriana, da “pachamama” (“madre tierra”) como sujeito de direito, foi alvo de inúmeros debates pelos fundamentos não antropocêntricos (“teria sentido a natureza postular em juízo?”). A defesa do modelo ocidental de “direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado” foi construída pelo ocultamento dos direitos socioambientais das populações “tradicionais” (quilombolas, ribeirinhos, indígenas, ciganos, etc), pela intransigência de um modelo neoextrativista (com exploração de minérios para pretensa finalidade de redução de desigualdades sociais), pela criação do conceito de “economia verde” (um capitalismo que não seria predatório), pela ignorância de outras cosmovisões e da pluralidade de conhecimentos, anteriores- e posteriores- à própria chegada europeia a Abya Yala (o nome indígena dado ao continente).

Quarto: a reforma do Estatuto da Comissão Interamericana de Direitos Humanos, iniciada no âmbito da Assembleia Geral da OEA, desde fins do ano passado, com aparente democratização da discussão (pela amplitude dos membros), escondia, por sua vez, que a própria Comissão não tinha tomado a iniciativa (nem fora consultada previamente), que as medidas cautelares têm sido uma das formas mais eficientes de proteção dos direitos, que os órgãos de proteção do sistema interamericano devem ser reforçados em sua independência e que os garantes ou destinatários principais do sistema não eram os países membros, mas sim os usuários e as vítimas destes mesmos.

Quinto: a eleição, para a Comissão de Direitos Humanos (Câmara dos Deputados, Brasil), de parlamentares contrários ao reconhecimento de reivindicações de grupos LGBTTI e minorias raciais foi defendida sob fundamento de que justamente as composições anteriores não respeitavam a diversidade de pensamento, a liberdade religiosa e constituíam verdadeiras ditaduras. Um verdadeiro procedimento de contra-reforma em defesa de direitos reconhecidos em tratados internacionais, que se faz paralelo ao questionamento da Comissão da Verdade, que, fundada em decisão da Corte Interamericana, pode destacar que a tortura, longe de ter sido apenas um componente da ditadura militar, é uma prática cotidiana do momento atual, eliminando, fundamentalmente, homens negros com idade inferior a 25 anos.

Não se trata, portanto, de negar a importância dos direitos humanos, descartando-os como “mera retórica” ou “imperialismo”. Antes, pelo contrário, trata-se de:

Primeiro: combater “visões de baixa intensidade”, que, a pretexto de sua defesa, estão reduzindo seu âmbito de aplicação.

Segundo: reforçar mecanismos de proteção, supervisão e participação nos casos de violação.

Terceiro: proceder à crítica interna dos pressupostos eurocentrados da tradicional visão de “direitos humanos”.

Quarto: produzir (e articular) cosmologias que “reinventem” esta gramática, a partir de contra-memórias de outras genealogias, histórias, sujeitos, experiências e modos de poder excluídos, ignorados e silenciados, um exercício intercultural que não seja apenas uma “tolerância” clássica, mas sim respeito e diálogo com outros pontos de vista mais abertos e solidários.

Quinto: não somente lutar em nome de princípios de “dignidade humana”, mas contra situações de “indignidade” que vêm sendo naturalizadas e que merecem ser combatidas.



Fonte:http://www.cartacapital.com.br/sociedade/contra-as-visoes-de-baixa-intensidade-dos-direitos-humanos/

Adoções por estrangeiros caem e tendem ao fim no Brasil


A burocracia e a mudança do perfil socioeconômico dos brasileiros vêm reduzindo o número de adoções de menores brasileiros por estrangeiros.

Representantes de organizações que lidam com essas adoções relataram à BBC Brasil que esse tipo de adoção tende a deixar de ser realizado no país. Estatísticas dos últimos 30 anos também reforçam essa percepção.

As restrições à adoção internacional estão presentes na própria lei brasileira. O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), em vigor desde 1990, estabelece como prioridade que menores disponíveis à adoção sejam destinados a famílias no próprio Brasil e, apenas em caráter excepcional, a estrangeiros.

Na prática, isso tem feito com que apenas crianças mais velhas, com deficiências ou com irmãos igualmente procurando por uma família sejam oferecidas a casais no exterior, já que crianças com esses perfis atraem menos brasileiros interessados em adotar.

Convenção de Haia
O governo só tem dados consolidados sobre adoção internacional no Brasil de 2003 a 2011. Os números oficiais mostram que, desde 2007 até 2011, houve uma queda de 31,67%, de 461, há seis anos, para 315 adoções, há dois anos.

Mas levantamentos independentes, realizados por acadêmicos, indicam que houve uma queda bem mais acentuada em relação a décadas anteriores.

Além de ter adotado o ECA, o Brasil promulgou em 1999 a Convenção internacional de Haia sobre adoções internacionais, que contém regras mas rigorosas para esse tipo de procedimento, visando proteger as crianças de ameaças como o tráfico internacional de menores.

O tratado estabeleceu a criação de órgãos centrais encarregados de adoções internacionais, que, no Brasil, existem nas esferas federal e estadual. Além disso, a Convenção exigiu a emissão de novos documentos para efetivar o processo de adoção.

Jane Prestes, secretária da Comissão Estadual Judiciária de Adoção do Paraná, ressalta as dificuldades impostas pela convenção. "Não podia mais fazer adoção por procuração, com advogados. Todas as organizações que ajudavam estrangeiros a adotar crianças no Brasil tiveram que ser recredenciados em Brasília", explica.

O aumento da burocracia fez com que algumas organizações deixassem, na prática, de operar no país. Segundo Jane, algumas delas "fugiram" para países onde a burocracia é menor, como os que não ratificaram a Convenção de Haia, como o Haiti e a Rússia.

Maristela Vilhena, advogada que trabalha há mais de 30 anos com adoções internacionais, elogia a legislação atual. "Antes era uma terra de ninguém. A questão não é só fazer adoção, tem que fazer adoção bem feito", opine.

Segundo ela, as normas adotadas pelo Brasil "prejudicam, em última instância", os menores esperando por adoções por pessoas no exterior, mas elas são "necessárias" para protegê-los.

Demora

Tanto Maristela quanto Jane salientam, porém, que o principal problema que emperra as adoções no Brasil é o mesmo tanto para as feitas por adotantes brasileiros quando por estrangeiros: a demora da justiça em liberar as crianças para adoção.

Para que isso aconteça, as autoridades judiciais precisam eliminar as possibilidade de que um membro da família da criança possa ficar com ela, o que é prioridade pela lei brasileira.

Esperando pela chamada destituição do poder familiar, muitos menores passam mais tempo nos abrigos do que os dois anos máximos previstos em princípio pela lei brasileira.

O Conselho Nacional de Justiça estima que 44.313 crianças estavam em centros de acolhimento em todo o país, mas só 5.487 delas estavam disponíveis para adoção.

"Muitas vezes demoram anos para colocar para adoção internacional, tentando reinserção na família de origem, avaliando, checando", diz a psicóloga Cintia Reis da Silva, da organização italiana de adoção internacional Senza Frontiere Onluz.

"Quando disponibilizam para adoção já tem mais de nove anos de idade, não conseguem a (adoção) nacional e continuam tentando, e só quando a criança está maiorzinha é que colocam para a internacional. Deveriam ter um bom senso", opina.

Crianças com deficiências ou que tem irmãos – devendo então ser adotadas com eles – acabam encontrando um caminho mais rápido rumo à adoção por estrangeiros por, em geral, não se encaixarem no perfil procurado por brasileiros.

Mas a adoção desses menores também é difícil no exterior, o que gera um desestímulo para organizações internacionais que atuam com adoções no Brasil.

Kathleen Nelson, diretora da Hands Across the Water, uma organização americana que deixou de atuar no Brasil, disse que a decisão ocorreu porque a entidade "não podia encontrar famílias que queriam adotar as crianças disponíveis" no país.

"Embora as famílias estivessem interessadas em crianças mais velhas, as que nos eram indicadas tinham deficiências físicas significativas. Sabemos que essas crianças também precisam de famílias, mas o sistema parecia segurar as mais jovens e saudáveis, e estas também permaneciam nos orfanatos até que tivessem mais problemas e ficassem mais difíceis de adotar", explicou.

'Mudança de paradigma'Questionada pela BBC Brasil sobre a queda no número de adoções internacionais no Brasil, a Secretaria Nacional dos Direitos Humanos reconheceu que "todos os programas governamentais priorizam a recolocação de crianças em sua família de origem".

Maristela Vilhena, advogada especialista em adoções internacionais

"No momento, não existe uma meta formal para acabar com a adoção internacional, o que vem ocorrendo é uma mudança no paradigma socioeconômico do país, com redução do número de crianças abrigadas, em consequência direta da melhoria dos indicadores socioeconômicos", diz uma nota divulgada pela secretaria.

Dora Martins, secretária da Comissão Estadual Judiciária de Adoção Internacional de São Paulo, reforça essa visão.

"Fato é que o Brasil tenta e vai continuar tentando 'acabar' com a adoção internacional na medida em que, combatendo a pobreza, quer evitar a desintegração familiar e a ida de crianças para abrigos."

"Por certo, vai demorar", afirma. "Mas, e ao mesmo tempo, temos tido uma mudança no perfil dos adotantes brasileiros que, cada vez mais, estão aceitando crianças maiores, negras e com problemas de saúde para adoção. Isso, por certo, diminui a necessidade de buscar pretendentes internacionais para elas."

Maristela Vilhena se diz cética quando ao fim da adoção internacional no Brasil, ainda que veja o procedimento como um problema para o governo, na medida que indica um falha na tentativa de resolver internamente o problema dos menores sem família.




Fonte:http://anjoseguerreiros.blogspot.com.br/search/label/ado%C3%A7%C3%A3o

BRECHA PARA A IMPUNIDADE



Uma oportuna manifestação do presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Joaquim Barbosa, coloca o dedo na moleira de um mecanismo legal que contribui claramente para estimular a impunidade: a prescrição de delitos durante a tramitação das ações. A intenção dos legisladores ao criarem esse mecanismo – definido pelo ministro como uma espada de Dâmocles na cabeça do juiz – foi buscar maior agilidade da Justiça. Na prática, porém, esse instrumento acaba geralmente beneficiando os criminosos, pois muitas vezes seus procuradores fazem uso de todos os recursos para retardar os julgamentos, apostando no prazo de prescrição. Trata-se, portanto, de uma brecha para a impunidade que o país não deveria tolerar.

Obviamente, os cidadãos não têm por que serem punidos pela demora do Estado em julgar processos, principalmente nos casos em que as ações, pela sua complexidade, acabam se arrastando indefinidamente. Da mesma forma, ao fixarem as penas, os magistrados não podem usar como critério a intenção de evitar margem para prescrições. O presidente do CNJ tem razão, porém, ao alegar que a prescrição ao longo da tramitação do processo só pode ser vista como “indicação de um sistema que não quer punir”.

A verdade é que, com exceção de julgamentos rumorosos como o do mensalão, a maioria dos casos envolvendo figuras influentes, com condições de pagar bons advogados, acabam sem punição justamente porque se arrastam no tempo, graças ao uso abusivo de chicanas e de argumentos de todo tipo que levem a infinitas protelações. Diante de tribunais abarrotados de ações e de magistrados sem condições de enfrentá-las no ritmo esperado, os arrastados procedimentos instrutórios e o uso muitas vezes abusivo de recursos acabam contribuindo para reforçar o sentimento de impunidade.

Infelizmente, se os prazos de prescrição fossem simplesmente ampliados, é possível que os tribunais passassem a demorar ainda mais para concluir seus julgamentos. Ainda assim, é preciso maior atenção a protelações que visam claramente à prescrição da pena. E é igualmente imprescindível que o Judiciário se estruture melhor para se mostrar mais ágil, atendendo aos anseios da população pela redução da impunidade.




 



Fonte:http://mazelasdojudiciario.blogspot.com.br/2013/04/brecha-para-impunidade.html?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed:+MazelasDoJudiciario+%28%3Cb%3EMAZELAS+DO+JUDICIARIO%3C/b%3E%29

domingo, 31 de março de 2013

Cientistas americanos combateram a leucemia usando as próprias células da paciente

Cientistas americanos anunciaram na segunda-feira 25 o avanço em um novo tipo de terapia celular imunológica que fez desaparecer a leucemia em uma menina usando suas próprias células T reprogramadas para combater o câncer.
O estudo do caso de Emily “Emma” Whitehead, de 7 anos, gera a esperança de um novo caminho contra um tipo de leucemia forte, conhecida como leucemia linfoide aguda (LLA), que poderia inclusive substituir a necessidade de quimioterapia e transplantes de medula óssea algum dia.
Foto: ©afp.com / Spencer Platt
Foto: ©afp.com / Spencer Platt
Mas a pesquisa publicada na revista New England Journal of Medicine também descreve a tentativa de reprogramar células T ou linfócitos T – os encarregados de coordenar a resposta imunológica celular no nosso organismo – em outra criança que não sobreviveu, apontando para a necessidade de mais estudos para melhorar a terapia que está sendo testada.
A LLA é a forma mais comum de leucemia em crianças e costuma ter cura. No entanto, nos casos das crianças estudadas, tratava-se de um tipo de alto risco que é resistente a tratamentos convencionais, razão pela qual seus pais decidiram que participassem dos testes clínicos deste novo método.
A técnica consiste em eliminar do sangue dos doentes os linfócitos T, principais células do sistema imunológico, para modificá-las geneticamente com a ajuda de um vírus e dotá-las de um receptor molecular que lhes permite atacar as células cancerígenas.
Sem a reprogramação, os linfócitos T não são capazes de combater a doença, mas os cientistas os transformaram em células CTL019 e voltaram a inseri-las nos pacientes, onde se multiplicaram até somar milhares. No caso de Whitehead, elas permaneceram em seu corpo durante meses.
“Emily permanece saudável e não tem câncer 11 meses depois de ter recebido linfócitos T geneticamente modificados que permitiram se concentrar em um objetivo concreto presente neste tipo de leucemia”, destacou a Universidade da Pensilvânia em um comunicado.
A segunda criança acompanhada neste estudo de duas pessoas tinha 10 anos e também demonstrou evidências de câncer durante dois meses após o tratamento, mas sofreu posteriormente uma recaída fatal quando o câncer voltou na forma de células de leucemia que não abrigavam os receptores das células específicas que eram o objetivo da terapia.
“O estudo descreve como estas células têm um efeito anticancerígeno poderoso nas crianças”, afirmou o co-autor da pesquisa, Stephan Grupp, do Hospital Infantil da Filadélfia, onde os pacientes participaram dos testes clínicos.
“No entanto, também aprendemos que em alguns pacientes com LLA precisaremos modificar mais o tratamento para nos concentrarmos nas outras moléculas na superfície das células da leucemia”, acrescentou.
Os cientistas da Universidade da Pensilvânia desenvolveram primeiro esta terapia de linfócitos T para ser utilizada em pacientes adultos que sofriam uma forma diferente de leucemia, conhecida como leucemia linfática crônica (LLC).
Em 2011, um pequeno teste com três adultos já tinha demonstrado um primeiro êxito inicial com o método. Dois desses pacientes ainda demonstram uma remissão do câncer mais de dois anos e meio depois.


Fonte:http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=2910681022005173817#editor/target=post;postID=5726074695060446594
 

Fracasso escolar é mais recorrente entre alunos negros


Fracasso escolar é mais recorrente entre alunos negros
A porcentagem de alunos negros com mais de dois anos de atraso escolar chega a 14% no Brasil. Entre alunos brancos, a taxa cai pela metade: 7%. Além disso, apenas metade dos estudantes negros, ao atingir o 6º ano do Ensino Fundamental, tem a idade correta para o ano em que estuda. Os números estão na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2011.

Dados como esses mostram que o fracasso escolar – entendido como baixo rendimento, repetência, abandono e evasão – atinge de formas diferentes estudantes que fazem parte de grupos distintos, quando observados aspectos étnico-raciais. Esse é o tema do artigo “Fracasso escolar e desigualdade no Ensino Fundamental”, da pesquisadora Paula Louzano, professora da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP). O texto está publicado no relatório De Olho nas Metas 2012, quinta edição de monitoramento das 5 Metas do Todos Pela Educação (leia mais aqui).

A pesquisadora usa também, no artigo, dados dos questionários socioeconômicos da Prova Brasil 2011, respondidos pelos próprios estudantes. Os números mostram que, entre as crianças autodeclaradas pretas, 43% já tiveram algum tipo de fracasso escolar – entre as que se dizem brancas, essa taxa é de 27%. Ou seja: os alunos pretos abandonam e reprovam com mais frequência do que brancos e pardos, independentemente do lugar do País e da escolaridade dos pais.

“A contribuição do estudo é apresentar a raça/cor como uma variável válida, uma vez que muitos acreditam que as diferenças nos dados estão ligadas apenas a discrepâncias no nível socioeconômico. Os números provam que a raça/cor tem, de fato, impacto no desempenho acadêmico”, explica Paula. “Além disso, é interessante mostrar que a variável não deve ser considerada somente no Ensino Superior”, afirma Paula.

No ano passado, o Brasil ganhou a chamada Lei de Cotas, que reserva 50% das vagas das universidades federais para estudantes que cursaram o Ensino Médio na rede pública. Metade dessas vagas considera apenas critérios raciais e a outra metade analisa ainda a renda familiar do candidato. A raça é autodeclaratória.

“Antes, a discriminação acontecia porque a proporção de negros fora da escola era maior. Ou seja, o problema era o acesso. O País conseguiu incluir com a universalização do Ensino Fundamental, mas acabamos criando novas formas de exclusão, que são o fracasso escolar e o baixo aprendizado, especialmente entre os meninos negros”, explica a pesquisadora.

Segundo Paula, não é possível ter respostas objetivas para as explicar as diferenças, uma vez que os estudos qualitativos existentes sobre o tema não podem ser generalizados. “Ainda precisamos diagnosticar o que ocorre. Algo se dá durante a experiência escolar desse aluno, seja dentro ou fora da escola, que contribui para esses resultados”, explica Paula. “É preciso estudar as relações sociais dentro da sala de aula e da escola, além de pesquisarmos as expectativas que os professores têm sobre seus alunos e como se dá a autoestima dos estudantes negros dentro do ambiente escolar.”

Em 2009, um estudo dos pesquisadores Ricardo Madeira, Marcos Rangel e Fernando Botelho, do departamento de Economia da Universidade de São Paulo (USP), comparou as notas que os professores davam aos seus alunos com as notas obtidas pelos estudantes no Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Estado de São Paulo (Saresp), a avaliação anual do governo paulista.

Os dados mostraram que alunos negros e brancos com os mesmos resultados no Saresp tinham notas diferentes dadas por seus docentes em sala de aula – as notas das crianças brancas eram maiores. Entre meninos e meninas, eram elas que apresentavam os melhores desempenhos, de acordo com os professores.

Localização
O artigo de Paula Louzano também mostra as diferenças entre as regiões do Brasil. Os dados analisados revelam que meninos pretos residentes no Norte e Nordeste, de pais sem o Ensino Fundamental completo, têm 65% de probabilidade de chegar ao 5º ano tendo repetido um ano ou abandonado a escola no mínimo uma vez. De acordo com a análise, esse é o grupo mais propenso ao fracasso escolar.

Em contrapartida, no outro extremo, meninas brancas da região Sudeste que têm pais com Ensino Médio completo, apresentam a mais baixa probabilidade de fracasso escolar avaliada: 10%.

Os dados ainda revelam que ser negro aumenta a probabilidade de fracasso escolar da criança entre 7 e 19 pontos percentuais, considerando apenas as crianças com pais que completaram a Educação Básica.

Para Paula, o problema deve ser atacado como um todo, criando ações que evitem a repetência, a evasão e o baixo desempenho independentemente da raça/cor, região onde vive e escolaridade da família. “Temos de pensar em políticas para cobater o fracasso escolar para todos porque, se a média melhora, também melhora para as crianças negras, uma vez que o nível de ensino no Brasil é muito baixo para todo mundo”, reflete.

Políticas
A falta de valorização da cultura negra dentro da escola e na sociedade brasileira de forma geral, segundo Paula, pode ser uma possibilidade para explicar a maior incidência das situações de fracasso escolar entre os alunos negros. Desde 2003, está em vigor no Brasil a Lei 10.639, que inclui no currículo oficial das redes de ensino a obrigatoriedade de temáticas referentes à história e cultura afro-brasileira. “Nós não valorizamos a diversidade no Brasil. Precisamos trabalhar a tolerância”, afirma.

A professora Ione Jovino, pesquisadora do Núcleo de Relações Étnico-Raciais, de Gênero e de Sexualidade (NUREGS) da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), concorda e destaca a necessidade de reforçar políticas educacionais já existentes, como aumentar a produção de material didático com a valorização desses conteúdos e reforçar a formação continuada dos professores. "O MEC (Ministério da Educação), por meio da Secadi (Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão), tinha muitos editais de proposição de obras didáticas, cursos de formação e fóruns de discussão. De dois anos para cá, essas ações diminuíram. É preciso retomá-las”, opina. “Professores e funcionários não podem ver como natural situações de preconceito ou achar normal que um aluno negro vá pior na escola do que um branco.” Para Ione, existe algo intrínseco à escola que impacta na questão racial. “As pesquisas apontam que, mesmo quando igualamos as variáveis de brancos e negros, os negros sempre aparecem em piores condições. Existe algo além do socioeconômico”, explica. “Negros são massivamente reprovados e realmente abandonam mais a escola.Enquanto não combatermos esse preconceito social e histórico, as coisas não vão mudar. É preciso fazer as pessoas entenderam que existe a necessidade de todos serem tratados igualmente, da mesma forma. Por essa razão, denunciar casos de racismo e promover cada vez mais pesquisas que tragam o tema à tona são ações importantes.”





Fonte:http://www.todospelaeducacao.org.br/comunicacao-e-midia/noticias/26095/fracasso-escolar-e-mais-recorrente-entre-alunos-negros/

Família faz campanha no Facebook contra preconceito






Priscilla Celeste administra comunidade no Facebook feita em protesto após filho ter sofrido discriminação racial em concessionária da Barra. Foto de 23/01/2013 Domingos Peixoto / O Globo


RIO - “Essa loja não gosta de crianças, mãe?” A pergunta, feita por um menino negro de apenas 7 anos, comoveu os pais, Priscilla Celeste e Ronald Munk, que, atônitos, assistiram a um vendedor expulsar seu filho de dentro de uma concessionária BMW, na Barra. O vendedor “desavisado” não sabia que a criança era o filho do casal de cor branca, que entrara ali para comprar um carro maior para a família. Numa reação ao que consideraram um ato de racismo, os pais lançaram a campanha no Facebook “Preconceito racial não é mal entendido”, que em poucos dias conseguiu apoio de mais de dez mil internautas. Eles querem que a concessionária faça uma retratação pública e que se comprometa a criar procedimentos que possam evitar os “impulsos” de funcionários que ainda tenham o preconceito racial enraizado em suas reações.

O caso ocorreu no dia 12 passado, na concessionária Autokraft, na Barra, Zona Oeste do Rio. Pais de cinco filhos, eles foram à loja acompanhados do caçula, de 7 anos, que é adotado, em busca de um automóvel novo para família.

— Nós éramos clientes dessa loja, mas o vendedor que conhecemos não estava. Então veio esse gerente de vendas. Enquanto olhávamos um carro, nosso filho se sentou em uma poltrona e ficou vendo TV. Quando ele voltou para o lado do pai, o homem que nos atendia virou para a criança e disse: “você não pode ficar aqui dentro. Aqui não é lugar para você. Saia da loja”.

Segundo Priscilla, depois de ser chamado a atenção por Ronald, o vendedor ainda insistiu:

— Ele disse: “porque eles pedem dinheiro, incomodam os clientes. Tem que tirar esses meninos da loja.” Quando meu marido disse a ele que o menino negro era nosso filho, ele ficou completamente sem ação, gaguejando desculpas atrás de nós enquanto saíamos indignados da concessionária.

O casal ainda esperou que a empresa entrasse em contato com a família para se retratar, o que não ocorreu. Revoltados, enviaram uma reclamação ao Grupo BMW, no dia 16 passado, por e-mail. No mesmo dia, o grupo respondeu, lamentando o ocorrido e informando que solicitara esclarecimentos à concessionária Autokraft através de uma notificação entregue na mesma data.

Priscilla contou que a resposta da Autokrft veio sete dias depois do incidente. Em um novo e-mail, com o assunto “desculpas”, a empresa se diz ciente do ocorrido e afirma que o gerente da loja “entendeu que o casal não estava acompanhado por qualquer pessoa, incluindo a criança. E já que ela estava absolutamente desacompanhada na loja, o funcionário teria alertado o garoto de que ele não poderia ali permanecer e que tudo não passou de um mal-entendido”. A mensagem é finalizada com a seguinte frase: “Tenho imenso prazer em tê-lo sempre como cliente amigo”.

— Nossa ideia não é processar a empresa. Queremos, sim, uma retratação pública. Não foi um mal-entendido. Se fosse uma criança branca não teria sido confundida. Aliás, se eles tivessem olhado direito para meu filho, veria que não se tratava de uma criança de rua. Mas eles não olharam meu filho. Só viram a cor dele. E mesmo se fosse uma criança desacompanhada, o certo seria perguntar pelos responsáveis e não expulsar da loja — concluiu Priscilla, que é professora.

Em nota, a concessionária Autokraft volta a afirmar que de fato ocorreu um mal entendido. Eles afirmam que a empresa não compactua com nenhum tipo de comportamento discriminatório. Como exemplo, a nota cita o cargo de chefia da área de Recursos Humanos (responsável pela avaliação e contratação de pessoal), que seria ocupado por "uma mulher negra que trabalha conosco há 25 anos".



"Em todas as demais áreas da empresa, incluindo a de vendas, existem pessoas de todos os tons de cores de pele. Nenhum tipo de preconceito é tolerado e, portanto, o racismo definitivamente não existe numa empresa que, em toda a sua história (mais de 40 anos), sempre conviveu com a diversidade", diz trecho da nota.



Leia a íntegra da nota:



"Para esclarecimento de todos, sobre o fato divulgado na imprensa a respeito de um suposto ato de racismo, referente a uma criança negra, que estava aparentemente desacompanhada no salão de vendas de nossa concessionária, informamos que o ocorrido foi o seguinte:

"A criança foi abordada pelo gerente de vendas, que lhe disse que não poderia ficar sozinha no salão.

"Após essa abordagem, a criança se encaminhou para os seus pais, brancos, que se dirigiram ao gerente pedindo esclarecimentos e o mesmo, ao se explicar dando o exemplo de que, por vezes, crianças desacompanhadas entram na loja para vender coisas, foi mal entendido pelos pais, que acharam que o gerente estava querendo dizer que a criança, por ser negra, teria sido confundida com uma criança de rua ou vendedora de balas.

"O gerente de vendas, que absolutamente não é racista, está extremamente abalado com a repercussão do que, em momento algum, foi uma atitude racista ou discriminatória.

"Ficamos ainda mais tristes ao ver que, de alguma maneira, querem dar a entender que a empresa compactua com algum tipo de comportamento discriminatório.

"Nossa empresa tem em cargo de chefia do RH, área responsável pela avaliação e contratação de pessoal, por exemplo, uma mulher negra que trabalha conosco há 25 anos.

"Em todas as demais áreas da empresa, incluindo a de vendas, existem pessoas de todos os tons de cores de pele. Nenhum tipo de preconceito é tolerado e, portanto, o racismo definitivamente não existe numa empresa que, em toda a sua história (mais de 40 anos), sempre conviveu com a diversidade.

"Lamentamos que o entendimento e interpretação dos pais tenha sido no sentido de um ato de racismo, como foi por eles exposto e divulgado.

"Estamos à disposição dos pais, como sempre estivemos, para atendê-los e dialogar, para que nos conheçam melhor e compreendam que o ocorrido não foi um ato de racismo, e acreditem que, de fato, ocorreu um mal-entendido.

"Viva a diversidade!

Autokraft"

Fonte:http://oglobo.globo.com/rio/familia-faz-campanha-no-facebook-contra-preconceito-7379006

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Claudio Vitorino em ação..

Aquele que acredita que o interesse coletivo está acima do interesse individual , que acredita que tudo e possível desde que tenha fé em Deus e coragem para superar os desafios...

Vida difícil? Ajude um estranho .

Pode parecer ilógico -no mínimo pouco prioritário- ajudar um estranho quando as coisas parecem confusas na nossa vida. Mas eu venho aprendendo que este é um poderoso antídoto para os dias em que tudo parece fora do lugar.

Como assim, pergunta o meu leitor mais cético? E eu explico:
Há duas situações clássicas onde podemos auxiliar uma pessoa que não conhecemos. A primeira é através de doações e gestos similares de caridade. Estes atos são maravilhosos e muito recomendáveis, mas não é deles que quero falar hoje.


Escolhi o segundo tipo: aquelas situações randômicas onde temos a oportunidade de fazer a diferença para uma pessoa desconhecida numa emergência qualquer. Na maioria das vezes, pessoas com quem esbarramos em locais públicos, envolvidas em situações que podem ir do estar atrapalhado até o precisar de mãos para apagar um incêndio.

E o que nós, imersos nas nossas próprias mazelas, distraídos por preocupações sem fim amontoadas no nosso tempo escasso, enfim, assoberbados como sempre... O que nós temos a ver com este ser humano que pode ser bom ou mau, pior, pode sequer apreciar ou reconhecer nosso esforço?


Eu vejo pelo menos seis motivos para ajudar um estranho:


1) Divergir o olhar de nossos próprios problemas
Por um momento, por menor que seja, teremos a chance de esquecer nossas preocupações.
Dedicados a resolver o problema do outro (SEMPRE mais fácil do que os nossos), descansamos nossa mente. Ganhamos energia para o próximo round de nossa própria luta.
Esta pausa pode nos dar novo fôlego ou simplesmente ser um descanso momentâneo.


2) Olhar por um outro ângulo
Vez ou outra, teremos a oportunidade de relativizar nossos próprios problemas á luz do que encontramos nestes momento. Afinal, alguns de nossos problemas não são tão grandes assim...
Uma vez ajudei Teresa, a senhora que vende balas na porta da escola de meu filho. A situação dela era impossível de ser resolvida sozinha, pois precisava “estacionar” o carrinho que havia quebrado no meio de uma rua deserta. Jamais esquecerei o olhar desesperado, a preocupação com o patrimônio em risco, com o dia de by Savings Sidekick">trabalho desperdiçado, com as providências inevitáveis e caras. E jamais me esquecerei do olhar úmido e agradecido, apesar de eu jamais ter comprado nada dela. Nem antes nem depois.
Olhei com distanciamento o problema de Teresa. E fiquei grata por não ter que trabalhar na rua, por ter tantos recursos e by Savings Sidekick">oportunidades. E agradeci por estar lá, naquela hora, na rua de pouco movimento, e poder oferecer meus braços para ela.


3) Não há antes, nem depois ...
Na intricada teia de nossos by Savings Sidekick">relacionamentos, dívidas e depósitos se amontoam. Ajudar um conhecido muitas vezes cria vínculos ou situações complexas. Ás vezes, ele espera retribuir. Outras vezes, esperamos retribuição. Se temos ressentimentos com a pessoa, ajudá-la nem sempre deixa um gosto bom na boca. Se ela tem ressentimentos conosco, fica tudo muito ruim também.
Já com estranhos são simples. É ali, naquela hora. Depois acabou. E não há antes. Que alívio!
(mas não vamos deixar de ajudar os conhecidos dentro de nossas possibilidades, hein?)


4) A gratidão pelo inesperado é deliciosa
Quem se lembra de uma vez em que recebeu uma gentileza inesperada? Não é especial? E nem sempre estamos merecendo, mal-humorados por conta do revés em questão.
Ou quando ajudamos alguém e recebemos aquele olhar espantado e feliz?
Ontem mesmo, eu estava numa fila comum de banco. Um senhor bem velhinho estava atrás de mim. Na hora em que fui chamada, pedi que ele fosse primeiro. “Mas por que, minha filha?”. “Pelos seus cabelos brancos”, respondi. Ele, agradecido, me deu uma balinha de hortelã. Tudo muito singelo, muito fácil de fazer, mas o sentimento foi boooom.


5) Quase sempre, é fácil de fazer.
Uma vez eu fiquei envolvida por uma semana com uma mãe e um bebê que vieram para São Paulo para uma cirurgia e não tinha ninguém para esperar no aeroporto. Levei para um hotel barato, acompanhei por uma semana e tive medo de estar sendo usada, reforçada pelo ceticismo de muitas pessoas ao meu redor. No final, deu tudo certo e a história era verdadeira.
Mas na maioria dos casos, não é preciso tanto risco ou tanto tempo. Uma informação; um abaixar para pegar algo que caiu; uma dica sobre um produto no supermercado. Dar o braço para um cego (nunca pegue a mão dele, deixe que ele pegue o seu braço, aprendi com meu experiente marido). Facílimo, diria o Léo. E vamos combinar, fácil é tudo que precisamos quando o dia está difícil, certo?

6) Amor, meu grande amor
Finalmente, ajudar estranhos evoca o nosso melhor eu. É comum termos sentimentos de inadequação, baixa auto-estima e insatisfação conosco quando estamos sob tempo nublado. E ajudar o outro nos lembra que somos bons e capazes. Ajudar um estranho demonstra desapego, generosidade, empatia pelo próximo. E saber que somos tudo isto quando o coração está cinza... É para olhar com orgulho no espelho, não?

Portanto, se hoje não é o seu dia... Faça o dia de alguém. E se é um dia glorioso... Vai ficar melhor!

Fonte:http://www.vivermaissimples.com/2011/03/vida-dificil-ajude-um-estranho.html

Karoline Toledo Pinto

Karoline Toledo Pinto
Karoline Agente Penitenciária a quase 10 anos , bacharelada no curso de Psicologia em uma das melhores Instituição de Ensino Superior do País , publica um importante ARTIGO SOBRE AS DOENÇAS QUE OS AGENTES PENITENCIÁRIOS DESENVOLVEM NO EXERCÍCIO DE SUAS FUNÇÕES . Aguardem em breve aqui será publicado .APESAR DAS PERSEGUIÇÕES INFUNDADAS DAS AMEAÇAS ELA VENCEU PARABÉNS KAROL SE LIBERTOU DO NOSSO MAIOR MEDO A IGNORÂNCIA CONTE COMIGO.. OBRIGADO CLAUDIO VITORINO

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