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domingo, 25 de novembro de 2012
25 formas de ajudar outra pessoa.
Se queres que os outros sejam felizes, pratica a compaixão. Se queres ser feliz, pratica a compaixão." - Dalai Lama
A tendência na nossa sociedade tem sido para as pessoas estarem separadas umas das outras, estarem separadas da humanidade, e estarem a cada passo a tornarem-se cada vez menos humanos.
Os carros tiraram-nos das ruas onde costumava-mos cumprimentar as pessoas, parar para conversar. Pequenas divisões retiraram um pouco de humanidade no trabalho, assim como de certa forma também o fizeram as empresas e os computadores. A televisão prendeu-nos nas nossas salas de estar, em vez de sairmos com outras pessoas. Até as salas de cinema, onde muita gente se junta, retira-nos a possibilidade de conversar porque estamos a olhar para um ecrã gigante.
Enquanto não me estou a queixar contra algumas destas invenções (excepto talvez da sala minúscula no trabalho), o que devemos ter em conta é a tendência para o individualismo, para estarmos focados em nós mesmos e excluirmos outras pessoas. A tendência para estarmos a contribuir para o egoísmo em vez de darmos, de estarmos só a ajudar a nós próprios em vez de ajudarmos outras pessoas.
Não estou a dizer que somos todos assim, mas podemos ser, se não formos cuidadosos.
Por isso lute contra o egoísmo e a ganância, ajude alguém hoje. Não na próxima semana, mas hoje.
Ajudar outra pessoas, apesar de poder trazer alguns inconvenientes, tem humildes vantagens:
1. Fará sentir-se melhor.
2. Ligue-se a outra pessoa, pelo menos durante um momento, ou até para toda a vida.
3. Melhore a vida de outra pessoa, pelo menos um bocadinho.
4. Faça do mundo um lugar melhor, um pequeno passo de cada vez.
5. Se a bondade for transmitida, pode multiplicar-se, e multiplicar-se.
Por isso guarde alguns minutos de hoje e faça alguma coisa boa por outra pessoa. Pode ser um gesto pequeno, ou o início de algo grande. Peça aos outros para fazerem o mesmo. Coloque um sorriso na cara de alguém.
Não sabe como começar? Aqui fica um lista extremamente incompleta, apenas para o deixar a pensar - tenho a certeza que se pensar no assunto que se lembrará de milhares de outras ideias.
1. Sorria e seja amigável. Às vezes algo pequeno como isto pode colocar um sorriso ou um sentimento caloroso no coração de alguém e fará desse dia um dia melhor. Talvez essa pessoa faça o mesmo pelos outros.
2. Contacte uma organização acerca de voluntariado. Não precisa de ir para uma cantina hoje. Arranje o número, faça a chamada e marque um compromisso para fazer voluntariado na próxima semana. Pode ser qualquer organização que queira. Voluntariado é uma das coisas mais fantásticas que pode fazer.
3. Doe algo que já não use. Ou uma caixa cheia de coisas. Deixe-as numa instituição de caridade - outras pessoas podem-lhes dar bom uso.
4. Faça um donativo. Existem várias formas de poder fazer donativos online a instituições ou na sua comunidade local. Em vez de comprar para si um novo gadget ou um vestido, gaste esse dinheiro de uma forma mais positiva.
5. "Redireccione" prendas. Em vez de ter pessoas a dar-lhe prendas de aniversário ou Natal, peça-lhes para doarem as prendas ou dinheiro a uma instituição.
6. Pare para ajudar. Da próxima vez que vir alguém apeado com um pneu furado, ou a precisar de qualquer tipo de ajuda, pare e pergunte de que forma pode ajudar. Por vezes o que precisam é apenas de um empurrão, ou usar o seu telemóvel.
7. Ensine. Use algum tempo para ensinar alguma coisa que domine. Poderá ser a ensinar a sua avó a usar o email, ensinar o seu filho a andar de bicicleta, ensinar o seu colega de trabalho nalguma coisa que domine no computador, ensinar o seu companheiro ou companheira a limpar a casa de banho nojenta. OK, esta última não conta.
8. Conforte alguém em luto. Dê abraços, uma mão amiga, uma palavra carinhosa, esteja disponível para ouvir, será um longo caminho quando alguém perdeu uma pessoa que amava ou sofreu alguma perda ou tragédia semelhante.
9. Ajude a tomar uma atitude. Se alguém em luto parece perdido e não sabe o que fazer, ajude a tomar uma atitude. Poderá ser a tratar do funeral, a marcar uma consulta no médico, a fazer algumas chamadas. Não faça tudo sozinho - deixe-os fazer algo também, porque ajuda no processo de recuperação.
10. Compre comida para algum sem-abrigo. Dinheiro é sempre uma má ideia se for para ser usado em drogas, mas comprar uma sandwich e batatas fritas ou algo do género é um bom gesto. Seja respeitoso e amigável.
11. Ouça. Quase sempre quando alguém está triste, deprimido, zangado, ou frustrado apenas precisa de alguém que ouça. Disponibilidade e falar sobre algo é uma grande ajuda.
12. Ajude alguém no limite. Se alguém demonstra tendências suicidas, auxilie-o a arranjar ajuda. Se ela não o fizer, ligue você mesmo para uma linha de apoio ou um médico a pedir aconselhamento.
13. Ajude alguém a tornar-se activo. Alguma pessoa próxima que queira tornar-se mais saudável talvez precise de uma ajuda - ofereça-se para uma caminhada ou corrida, para irem para um ginásio juntos. Assim que essa pessoa começar, poderá ter efeitos importantes.
14. Elabore uma tarefa. Algo grande ou pequeno, como limpar ou lavar um carro, lavar a loiça ou cortar a relva.
15. Faça uma massagem. Apenas quando apropriado claro. Mas uma massagem poderá ir longe no que diz respeito a fazer alguém sentir-se melhor.
16. Envie um email simpático. Apenas uma pequena nota a dizer o quanto aprecia alguém, ou o quanto está orgulhoso, ou apenas a agradecer por algo que lhe fizeram.
17. Demonstre apreciação publicamente. Elogiar alguém num blog, em frente aos colegas de trabalho, em frente da família, ou noutra situação pública, é uma excelente forma de fazer os outros sentirem-se melhores.
18. Doe comida. Liberte a sua dispensa de coisas acumuladas ou compre um par de sacos de mercearia e doe esses sacos a algum sem abrigo.
19. Esteja por perto. Quando alguém que você conhece precisar, por vezes é bom estar próximo. Sente-se com essa pessoa. Converse. Ajude se conseguir.
20. Seja paciente. Por vezes as pessoas podem ter dificuldade a perceberem alguma coisa ou a aprenderem a fazer algo. Aprenda a ser paciente.
21. Seja tutor de uma criança. Isto talvez seja difícil nos dias que correm, mas talvez os pais possam contratar um tutor para o seu filho em dificuldades. Contacte uma escola e ofereça-se como voluntário para tutor.
22. Crie um pacote de ajuda. Sopa, material de leitura, chá, chocolate... qualquer coisa que ache que a outra pessoa possa precisar ou goste. Bom para alguém que esteja doente ou por exemplo a precisar que a vá visitar.
23. Empreste a sua voz. Muitas vezes os mais fracos, sem abrigos, negligenciados no nosso mundo, precisam de alguém que fale por eles. Não precisa de encarnar essa luta, mas juntar-se a outros numa petição, falar numa reunião, escrever cartas ou noutras circunstâncias que precisem de ser ouvidas.
24. Ofereça-se para babysitter. Por vezes os pais precisam de uma pausa. Se um amigo ou outra pessoa querida não tem essa oportunidade muitas vezes, ligue-lhe e ofereça-se para babysitter. Marque um encontro. Poderá fazer uma grande diferença.
25. Amor. Simplesmente arranjar formas de expressar o seu amor por outras pessoas, seja o seu parceiro, filho, outro familiar, amigo, colega de trabalho ou um completo estranho.... apenas expresse o seu amor. Um abraço, uma palavra amiga, despenda algum tempo, demonstre alguma bondade, seja amigo... tudo interessa mais do que pensa.
"Ate onde esta pequena vela consegue lançar os seus raios
assim brilha uma boa acção neste mundo tenebroso".
William Shakespeare
Fonte:http://perdagestacional.forumeiros.com/t944-25-formas-de-ajudar-outra-pessoa#5205
Publicada lei que dá prazo para tratamento do câncer
Norma entra em vigor em 180 dias e estabelece que terapias deverão
ser iniciadas no prazo de até 60 dias após o diagnóstico da doença.
Medidas coordenadas pelo Ministério da Saúde já estão sendo
implementadas para a ampliação do acesso e da qualidade da assistência
oncológica no SUS
A presidente Dilma Rousseff sancionou a lei que fixa o prazo de até 60 dias para o início do tratamento de câncer maligno pelo Sistema Único de Saúde, contado a partir do diagnóstico da doença. De acordo com a Lei 12.732, publicada sem vetos no Diário Oficial da União desta sexta (23), o primeiro tratamento no SUS será considerado efetiva mediante a realização de quimioterapia, radioterapia ou cirurgia, conforme a necessidade do paciente, atestada na prescrição do médico.
A lei entra vigor em 180 dias, período em que os estados deverão elaborar planos regionais para o aprimoramento da assistência oncológica à população. Contudo, desde o ano passado, o Sistema Único de Saúde já vem implementando medidas coordenadas pelo Ministério da Saúde, voltadas à ampliação do acesso e da qualidade do atendimento a pacientes com câncer. “As ações têm o objetivo de incentivar os estados e municípios a modernizarem e integrarem a rede de atendimento para que a assistência ao paciente oncológico comece no menor prazo possível, o que é fundamental para o sucesso do tratamento da doença”, afirma o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
Até o final deste ano, o investimento financeiro do Ministério da Saúde em procedimentos hospitalares, tratamentos e cirurgias na área oncológica deve chegar a R$ 2,4 bilhões – R$ 200 milhões a mais do que foi investido que 2011. Em relação a 2003, os recursos aplicados neste setor mais que dobraram (143% de reajuste).
Só para o atendimento a pacientes com câncer citopatológico e de mama, por exemplo, o SUS conta atualmente com cerca de 300 serviços de saúde. Outros nove hospitais especializados neste segmento estão em processo de estruturação nos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia, Ceará, São Paulo, Espírito Santo e Rio Grande do Sul. E mais sete estabelecimentos de saúde deverão ser habilitados nos estados de Alagoas, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina e Paraná, além de mais uma unidade em São Paulo e na Bahia.
Em relação a mamografias realizadas no SUS, só no primeiro semestre deste ano foram contabilizados 2,1 milhões deste tipo de exame de rastreamento. Este quantitativo é 16% maior que o número de mamografias em 2011, ano em que também foram feitas, pelo Sistema Único de Saúde, 94 mil cirurgias oncológicas (40% a mais que em 2003) e 2,4 milhões de quimioterapias (100% a mais que em 2003).
A REDE– Atualmente, os pacientes atendidos pelo SUS contam com 32 serviços de radioterapia, quantidade que chegará a 80 unidades (até 2015). Para isso, o Ministério da Saúde reservou R$ 505 milhões para a ampliação da rede de assistência neste segmento. Os recursos também serão utilizados na aquisição de acelerados lineares, equipamentos usados em radioterapia.
A Lei 12.732 estabelece, ainda, que as terapias oncológicas deverão ser atualizadas, sempre que necessário, com o objetivo de se adequar a assistência no SUS ao conhecimento científico e à disponibilidade de novos tratamentos. Nos últimos dois anos, o Ministério da Saúde autorizou a incorporação de quatro medicamentos (Nilotinibe, Mesilato de imatinibe, Rituximabe e Trastuzumabe) e três procedimentos oncológicos (Ablação por radiofrequência, Injeção percutânea de etanol e Quimio-embolização) na rede pública de saúde.
A POLÍTICA – Em 2005, o Ministério da Saúde lançou a Política Nacional de Atenção Oncológica, para reforçar ações de controle ao câncer. Desde 2003, também realiza campanhas e ações de conscientização e prevenção dentro do Programa Nacional de Controle do Tabagismo e do Programa Nacional de controle do Câncer do Colo do Útero e de Mama. E, ano passado, a presidenta Dilma Rousseff lançou o Plano Nacional de Prevenção, Diagnóstico e Tratamento do Câncer de Colo do Útero e de Mama, estratégia para expandir a assistência oncológica em todo o país.
No Brasil, o câncer representa a segunda causa de mortes. Até o final deste ano, a estimativa do Instituto Nacional do Câncer (Inca) é que serão registrados cerca de 523 mil casos novos da doença. Os tipos de câncer com maior incidência no país são o de pele, próstata, mama e pulmão.
Fonte:http://portalsaude.saude.gov.br/portalsaude/noticia/8273/162/publicada-lei-que-da-prazo-para-tratamento-do-cancer.html
A presidente Dilma Rousseff sancionou a lei que fixa o prazo de até 60 dias para o início do tratamento de câncer maligno pelo Sistema Único de Saúde, contado a partir do diagnóstico da doença. De acordo com a Lei 12.732, publicada sem vetos no Diário Oficial da União desta sexta (23), o primeiro tratamento no SUS será considerado efetiva mediante a realização de quimioterapia, radioterapia ou cirurgia, conforme a necessidade do paciente, atestada na prescrição do médico.
A lei entra vigor em 180 dias, período em que os estados deverão elaborar planos regionais para o aprimoramento da assistência oncológica à população. Contudo, desde o ano passado, o Sistema Único de Saúde já vem implementando medidas coordenadas pelo Ministério da Saúde, voltadas à ampliação do acesso e da qualidade do atendimento a pacientes com câncer. “As ações têm o objetivo de incentivar os estados e municípios a modernizarem e integrarem a rede de atendimento para que a assistência ao paciente oncológico comece no menor prazo possível, o que é fundamental para o sucesso do tratamento da doença”, afirma o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
Até o final deste ano, o investimento financeiro do Ministério da Saúde em procedimentos hospitalares, tratamentos e cirurgias na área oncológica deve chegar a R$ 2,4 bilhões – R$ 200 milhões a mais do que foi investido que 2011. Em relação a 2003, os recursos aplicados neste setor mais que dobraram (143% de reajuste).
Só para o atendimento a pacientes com câncer citopatológico e de mama, por exemplo, o SUS conta atualmente com cerca de 300 serviços de saúde. Outros nove hospitais especializados neste segmento estão em processo de estruturação nos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia, Ceará, São Paulo, Espírito Santo e Rio Grande do Sul. E mais sete estabelecimentos de saúde deverão ser habilitados nos estados de Alagoas, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina e Paraná, além de mais uma unidade em São Paulo e na Bahia.
Em relação a mamografias realizadas no SUS, só no primeiro semestre deste ano foram contabilizados 2,1 milhões deste tipo de exame de rastreamento. Este quantitativo é 16% maior que o número de mamografias em 2011, ano em que também foram feitas, pelo Sistema Único de Saúde, 94 mil cirurgias oncológicas (40% a mais que em 2003) e 2,4 milhões de quimioterapias (100% a mais que em 2003).
A REDE– Atualmente, os pacientes atendidos pelo SUS contam com 32 serviços de radioterapia, quantidade que chegará a 80 unidades (até 2015). Para isso, o Ministério da Saúde reservou R$ 505 milhões para a ampliação da rede de assistência neste segmento. Os recursos também serão utilizados na aquisição de acelerados lineares, equipamentos usados em radioterapia.
A Lei 12.732 estabelece, ainda, que as terapias oncológicas deverão ser atualizadas, sempre que necessário, com o objetivo de se adequar a assistência no SUS ao conhecimento científico e à disponibilidade de novos tratamentos. Nos últimos dois anos, o Ministério da Saúde autorizou a incorporação de quatro medicamentos (Nilotinibe, Mesilato de imatinibe, Rituximabe e Trastuzumabe) e três procedimentos oncológicos (Ablação por radiofrequência, Injeção percutânea de etanol e Quimio-embolização) na rede pública de saúde.
A POLÍTICA – Em 2005, o Ministério da Saúde lançou a Política Nacional de Atenção Oncológica, para reforçar ações de controle ao câncer. Desde 2003, também realiza campanhas e ações de conscientização e prevenção dentro do Programa Nacional de Controle do Tabagismo e do Programa Nacional de controle do Câncer do Colo do Útero e de Mama. E, ano passado, a presidenta Dilma Rousseff lançou o Plano Nacional de Prevenção, Diagnóstico e Tratamento do Câncer de Colo do Útero e de Mama, estratégia para expandir a assistência oncológica em todo o país.
No Brasil, o câncer representa a segunda causa de mortes. Até o final deste ano, a estimativa do Instituto Nacional do Câncer (Inca) é que serão registrados cerca de 523 mil casos novos da doença. Os tipos de câncer com maior incidência no país são o de pele, próstata, mama e pulmão.
Fonte:http://portalsaude.saude.gov.br/portalsaude/noticia/8273/162/publicada-lei-que-da-prazo-para-tratamento-do-cancer.html
E Tudo fez formoso no seu devido Tempo
“Tudo fez Deus formoso no seu devido tempo; também pôs a eternidade no coração do homem, sem que este possa descobrir as obras que Deus fez desde o princípio até ao fim”. Eclesiastes 3:11.
Quando olhamos para a criação de Deus, podemos ver a precisão do seu caráter e da sua personalidade. Tudo que Deus fez, é muito belo e formoso. O que mais me impressiona na criação de Deus é o corpo humano. A precisão e o funcionamento dos nossos órgãos é algo simplesmente maravilhoso, e é por causa dessa harmonia que nós temos vida. Olhando para natureza e para o funcionamento da maquina humana, nós vemos que tudo ocorre ao seu devido tempo. Deus revelou muito do Seu poder através destes elementos naturais. Através da criação formosa de Deus nós podemos conhecê-lo melhor. Veja como a Bíblia na linguagem de hoje fala do nosso verso: “Deus marcou o tempo certo para cada coisa. Ele nos deu o desejo de entender as coisas que já aconteceram e as que ainda vão acontecer, porém não nos deixa compreender completamente o que ele faz”.
Uma das coisas que mais me impressiona, é que por 19 séculos o homem viveu em condições bastante limitadas, mas em apenas um século a ciência se multiplicou cumprindo a profecia que Deus revelara a Daniel, “Tu, porém, Daniel, encerra as palavras, e sela o livro, até o tempo do fim; muitos correrão duma para outra parte, e a ciência se multiplicará”. O saber se desenvolveu no tempo do fim, não só sobre livro de Daniel, mas também no campo da ciência. O século XX ficou conhecido como o “século da luzes”, pelo tanto de descobertas que foram feitas.
É maravilhoso poder ver o calendário profético de Deus se cumprindo pontualmente. O anseio de retorno à eternidade deveria ser uma realidade no coração de cada cristão. É verdade que não podemos saber todas as coisas da história do conflito dos séculos, mas Deus revelou o necessário, para fazer crescer esse desejo de voltar à eternidade. Embora este planeta tenha sido danificado pelo pecado, facilmente nós podemos encontrar a formosura do dedo Deus na Sua criação. Às vezes fico pensando como era a terra quando saiu das mãos do criador. Os traços do Eterno estavam em cada flor, em cada matiz, fazendo com que o autor do Gênesis escrevesse: “Viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom”. Gênesis 1:31. É maravilhoso sabermos, que o pecado não pode apagar a formosura daquilo que Deus criou.
Fonte:http://anabeatrizlucena.blogspot.com.br/2011/05/e-tudo-fez-formoso-no-seu-devido-tempo.html
Quando olhamos para a criação de Deus, podemos ver a precisão do seu caráter e da sua personalidade. Tudo que Deus fez, é muito belo e formoso. O que mais me impressiona na criação de Deus é o corpo humano. A precisão e o funcionamento dos nossos órgãos é algo simplesmente maravilhoso, e é por causa dessa harmonia que nós temos vida. Olhando para natureza e para o funcionamento da maquina humana, nós vemos que tudo ocorre ao seu devido tempo. Deus revelou muito do Seu poder através destes elementos naturais. Através da criação formosa de Deus nós podemos conhecê-lo melhor. Veja como a Bíblia na linguagem de hoje fala do nosso verso: “Deus marcou o tempo certo para cada coisa. Ele nos deu o desejo de entender as coisas que já aconteceram e as que ainda vão acontecer, porém não nos deixa compreender completamente o que ele faz”.
Uma das coisas que mais me impressiona, é que por 19 séculos o homem viveu em condições bastante limitadas, mas em apenas um século a ciência se multiplicou cumprindo a profecia que Deus revelara a Daniel, “Tu, porém, Daniel, encerra as palavras, e sela o livro, até o tempo do fim; muitos correrão duma para outra parte, e a ciência se multiplicará”. O saber se desenvolveu no tempo do fim, não só sobre livro de Daniel, mas também no campo da ciência. O século XX ficou conhecido como o “século da luzes”, pelo tanto de descobertas que foram feitas.
É maravilhoso poder ver o calendário profético de Deus se cumprindo pontualmente. O anseio de retorno à eternidade deveria ser uma realidade no coração de cada cristão. É verdade que não podemos saber todas as coisas da história do conflito dos séculos, mas Deus revelou o necessário, para fazer crescer esse desejo de voltar à eternidade. Embora este planeta tenha sido danificado pelo pecado, facilmente nós podemos encontrar a formosura do dedo Deus na Sua criação. Às vezes fico pensando como era a terra quando saiu das mãos do criador. Os traços do Eterno estavam em cada flor, em cada matiz, fazendo com que o autor do Gênesis escrevesse: “Viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom”. Gênesis 1:31. É maravilhoso sabermos, que o pecado não pode apagar a formosura daquilo que Deus criou.
Fonte:http://anabeatrizlucena.blogspot.com.br/2011/05/e-tudo-fez-formoso-no-seu-devido-tempo.html
Defesa das ações afirmativas e das cotas raciais para a população negra, povos indígenas e alunos egressos das escolas pública
Exmo Senhor Ministro Enrique Ricardo Lewandowski
A nossa luta pelas ações afirmativas e por cotas raciais no Brasil tem uma perspectiva de futuro. O racismo não escolhe tempo, nem espaço, nem lugar, afirma a militante negra Angela Gomes. O racismo é mais que uma ideologia, é uma instituição em si, constituída na História. O racismo se realimenta, cotidianamente, pois, reforça-se no apoio incondicional das elites econômicas, movidas que são pelos seus privilégios e pelo legado do eurocentrismo à ciência e ao mercado. As doutrinas eurocêntricas formaram parte significativa dos intelectuais brasileiros e influenciaram as instituições do Estado e as instituições privadas, entre essas, as instituições educacionais, de modo que o processo de exclusão racial na sociedade brasileira funcione sem conflitos e na base de pseudos consensos.
Entretanto, sabemos que explicitar o racismo e, por ventura, os conflitos étnicos e raciais, é necessário e fundamental para evidenciar a desigualdade entre campos de poder e romper com a cristalização e a naturalização das desigualdades raciais. Ao fazer isso, o Movimento Negro Brasileiro revela, põe a nu, o quadro de violência física, material e simbólica a que a população negra, está submetida. Por essa razão, essa audiência pública sobre a constitucionalidade das políticas de ações afirmativas para grupos sociais historicamente excluídos é importantíssima pelos seus resultados no futuro, pelos impactos que poderá produzir no processo histórico da luta pela redução da violência que é o racismo e na promoção do desenvolvimento humano, porque o que estamos falando aqui é da humanidade, da humanidade negro-africana que o racismo busca a todo o momento negar.
Senhor Ministro, as ações promovidas na Justiça brasileira com o objetivo de derrubar o sistema de cotas partem das mesmas alegações. Argumenta-se que o sistema de cotas fere o princípio da isonomia, que as universidades não teriam autonomia para legislar sobre a matéria, que o conceito de raças está superado com o avanço das ciências biológicas e da genética, que os problemas da realidade social brasileira restringe-se à dicotomia ricos e pobres, enfim, uma repetição enfadonha da cantilena gilbertofreyriana e dos seus seguidores, inconformados com a emancipação e autonomia dos históricos sujeitos sociais subalternos.
Todavia, toda decisão jurídica é um palco de lutas e de conflitos políticos duros e polêmicos. Assim, entendemos que a discussão sobre as políticas de ações afirmativas e as cotas raciais precisam ser pensadas a partir do que representa o racismo na sociedade brasileira. Esse é o centro do nosso debate.
Modelo racista sui generis
Marcada pela hierarquização racial, a nossa sociedade moldou-se como um modelo racista sui generis. Aqui, não se precisa de um instrumento legal para excluir objetivamente a população negra das possibilidades efetivas de emancipação econômica, política, acadêmica e social. A partir do discurso da sociedade harmônica e pacífica articularam-se fórmulas objetivas e eficazes que geram barreiras para a ascensão social negra, de forma que, cotidianamente, negras e negros são postos à prova tendo que demonstrar genialidade para aquilo que, em verdade, bastaria algum esforço. É o racismo institucionalizado pela imprensa, pelo Judiciário, pelo senso comum, pela escola e sobretudo, pela Academia.
A legitimação simbólica e política se dá pela reprodução de que somos todos iguais, que vivemos numa sociedade multicultural e de que o cruzamento racial se deu a partir de bases integradoras. Na realidade, porém, vivemos num país de tamanha iniquidade racial ao ponto de se passar a responsabilizar os (as) negros (as) pela sua própria exclusão, alegando que, se todos são iguais, com as mesmas oportunidades, os que não "progridem" é porque são preguiçosos e incompetentes.
Ora, a afirmação de que com a aplicação de medidas como as ações afirmativas e as cotas raciais, negros e negras estariam sendo beneficiados por um sistema inconstitucional e discriminatório, reforça a ideia em que as vítimas são postas como algozes que, com a política de cotas raciais, estariam injustamente "tomando" as vagas dos jovens brancos. Esta é uma operação social que faz uma inversão e justifica o racismo de Estado, é a vitória da (falsa) neutralidade estatal.
Outra alegação é a de que não haveria nos Conselhos das Universidades Públicas a prerrogativa para implementar a política de cotas. Este argumento reforça a tentativa de controle externo nas Instituições de Ensino Superior que fere, frontalmente, o princípio ético, acadêmico, político e constitucional da autonomia universitária, sobretudo, neste momento em que a fúria neoliberal avança sobre as Universidades Públicas, impondo-lhes formas de regulamentação e controle.
É inequívoca a prerrogativa dos Conselhos das Universidades Públicas para estabelecer, segundo as suas próprias interpretações e em consonância com os valores constitucionais, seus próprios sistemas e critérios político acadêmicos para seleção de estudantes. Há, apenas, o exercício legítimo da prerrogativa constitucional exercido pela comunidade universitária das universidades públicas brasileiras, que nos últimos anos vem adotando políticas de reserva de vagas.
Outro argumento é o da impertinência do critério raça/cor na definição de políticas públicas. Que o fator de discriminação relativo à cor ou à tonalidade da pele apenas resultará em casuísmos e arbitrariedades e que a ciência contemporânea aponta de forma unânime que o ser humano não é dividido em raças, não havendo critério preciso para identificar alguém como negro ou branco.
Tal alegação é recorrente na discussão da política de cotas, e constitui-se como estrutura do discurso do racismo. São tentativas de negar a realidade afirmando não haver um critério social e político que especifique definitivamente quem são os negros e brancos na sociedade brasileira.
Uma rápida análise dos números e dos indicadores sociais bastará para que percebamos, objetivamente, que se construiu um conceito político e social da raça que existe e funciona na definição de lugares e barreiras sociais. Sabemos que a raça em sua concepção biológica do século XIX já foi superada nos debates acadêmicos em todo o mundo. Entretanto, sabemos também que, no Brasil, a categoria racial subsiste enquanto construção política e social e que sujeitos com determinadas características físicas, fenotípicas, morfológicas estão sujeitos à determinados benefícios ou impeditivos reais na construção de sua própria trajetória de vida e de cidadania.
Ao defender que a raça é uma categoria ultrapassada a sua consideração para efeito da construção da política de ações afirmativas incorrem na maior iniquidade da democracia brasileira: a presunção de que todos somos iguais para eximir o Estado de suas responsabilidades. A lógica neoliberal dessa argumentação conduz-nos à controvertidas confusões, como se as cotas fossem privilégios antirrepublicanos e não uma política séria e eficaz que contribui para a promoção da igualdade.
Temos a convicção de que a República é incompatível com a existência de privilégios de qualquer espécie, porém, pensar as cotas como um privilégio, e não como um direito, é desconhecer o sentido, já amplamente consagrado, da definição constitucional da igualdade em que o Estado não tem papel meramente proibitivo, mas o de indutor de políticas que avancem no sentido da promoção, não meramente formal, da igualdade.
Os opositores das cotas raciais manifestam seu incomodo com essas medidas. Eles não apresentam suas verdadeiras razões, ocultam seu preconceito. Muitos silenciam, tantos outros inventam os mais enviesados argumentos para detratá-las, porém sabemos que o pano de fundo é a existência do racismo revestido de novas roupagens. Sim, o racismo muda.
Os opositores das ações afirmativas e das cotas raciais afirmam que não somos 90 milhões de negros e negras e de que é difícil identificar no mestiço o que é um negro. Agora, não nos furtemos em admitir que o mais claro pode "pegar mais identidades no armário" do que o mais preto. Portanto, negro, mestiço e pardos, são identidades funcionais que se coadunam para a disputa política contra um time poderoso que quer um mundo sem "identidade" e sem "diversidade".
Um dos maiores problemas da nossa sociedade é o racismo, que, desde o fim do século passado, é construído com base em essencializações socioculturais e históricas, e não mais necessariamente com base na variante biológica ou na raça. Não se luta contra o racismo apenas com retórica e leis repressivas, não somente com políticas universalistas, mas também, e, sobretudo, com políticas focadas ou específicas em benefício das vítimas do racismo numa sociedade onde este é ainda vivo. É neste sentido que defendemos as políticas de ação afirmativa e de cotas raciais para o acesso ao ensino superior e universitário. No pensamento dos opositores das ações afirmativas, todos os que fazem parte desse bloco querem racial izar o Brasil.
Defendemos as cotas em busca da igualdade entre todos os brasileiros, brancos, índios e negros, como medidas corretivas às perdas acumuladas durante gerações e como políticas de inclusão numa sociedade onde as práticas racistas cotidianas presentes no sistema educativo e nas instituições aprofundam cada vez mais a fratura social. Cerca de 80 universidades públicas estaduais e federais que aderiram à política de cotas sem esperar a Lei entenderam a importância e a urgência dessa política. Acontece que essas universidades não são dirigidas por negros, mas por brancos que entendem que não se trata do problema do negro, mas sim do problema da sociedade, do seu problema como cidadão brasileiro. Tudo não passa de maquinações dos que gostariam de manter o status quo e que inventam argumentos que horrorizam a sociedade. Quem está ganhando com as cotas? Apenas os alunos negros ou a sociedade como um todo? Quem ingressou através das cotas? Apenas os alunos negros e indígenas ou entraram também estudantes brancos da escola pública?
Para o mestre Kabengele Munanga, este debate se resume a duas abordagens dualistas. A primeira compreende todos aqueles que se inscrevem na ótica essencialista, segundo a qual a humanidade é uma natureza ou uma essência e como tal possui uma identidade genérica que faz de todo ser humano um animal racional diferente dos demais animais. Eles afirmam que existe uma natureza comum a todos os seres humanos em virtude da qual todos têm os mesmos direitos, independentemente de suas diferenças de idade, sexo, raça, etnias, cultura, religião, etc. Trata-se de uma defesa clara do universalismo ou do humanismo abstrato, concebido como democrático. Considerando a categoria raça como uma ficção, eles advogam o abandono deste conceito e sua substituição pelos conceitos mais cômodos, como o de etnia. De fato, eles se opõem ao reconhecimento público das diferenças entre brancos e não brancos. Aqui temos um antirracismo de igualdade que defende os argumentos opostos ao antirracismo de diferença. As melhores políticas públicas, capazes de resolver as mazelas e as desigualdades da sociedade, deveriam ser somente universalistas. Qualquer proposta de ação afirmativa vinda do Estado que introduza as diferenças para lutar contra as desigualdades, é considerada, nessa abordagem, como um reconhecimento oficial das raças e, consequentemente, como uma racialização do Brasil, cuja característica dominante é a mestiçagem. Ou, em outras palavras, as políticas de reconhecimento das diferenças poderão incentivar os conflitos raciais que, segundo dizem, nunca existiram. Assim sendo, a política de cotas é uma ameaça à mistura racial, ao ideal da paz consolidada pelo mito de democracia racial, etc. Perguntamos se alguém pode se tornar racista pelo simples fato de assumir sua branquitude, amarelitude ou negritude?
A segunda abordagem reúne todos aqueles que se inscrevem na postura nominalista ou construcionista, ou seja, os que se contrapõem ao humanismo abstrato e ao universalismo, rejeitando uma única visão do mundo em que não se integram as diferenças. Eles entendem o racismo como produção do imaginário destinado a funcionar como uma realidade a partir de uma dupla visão do outro diferente, isto é, do seu corpo mistificado e de sua cultura também mistificada. O outro existe primeiramente por seu corpo antes de se tornar uma realidade social.
Neste sentido, se a raça não existe biologicamente, histórica e socialmente ela é dada, pois no passado e no presente ela produz e produziu vítimas. Apesar do racismo não ter mais fundamento científico, tal como no século XIX, e não se amparar hoje em nenhuma legitimidade racional, essa realidade social da raça que continua a passar pelos corpos das pessoas não pode ser ignorada.
Poderão as duas abordagens se cruzar em algum ponto em vez de se manter indefinidamente paralelas? Essa posição maniqueísta reflete a própria estrutura opressora do racismo, na medida em que os cidadãos se sentem forçados a escolher a todo momento entre a negação e a afirmação da diferença. A melhor abordagem seria aquela que combina a aceitação da identidade humana genérica com a aceitação da identidade da diferença. A cegueira para com a cor é uma estratégia falha para se lidar com a luta antirracista, pois não permite a autodefinição dos oprimidos e institui os valores do grupo dominante e, consequentemente, ignora a realidade da discriminação cotidiana.
Muitos brasileiros ainda não acreditam na existência do racismo. Eles acham que a questão é simplesmente econômica, de classes ou uma questão social. Como se o machismo e a homofobia não fossem uma questão social. Todas as questões que tocam a vida do coletivo são sociais, mas o social não é algo abstrato, tem especificidade, tem endereço, sexo, religião, cor, idade, classe social.
Muitos acham que o caminho para corrigir as desigualdades sociais seria uma política universalista, baseada na melhoria da escola pública, o que tornaria todos os cidadãos brasileiros capazes de competir. Mas isso é um discurso para manter o status quo, porque enquanto se diz isso nada é feito. Não se esqueça que quando as escolas públicas no Brasil eram boas, os negros e pobres não tiveram acesso a ela. Havia outros mecanismos que os excluíam. Então não adianta dizer que basta melhorar o nível das escolas públicas. Mesmo porque isso significaria acabar com a clientela das escolas particulares, que possui um forte lobby e não tem nenhum interesse em ver escolas públicas de boa qualidade.
Casa-grande não descansa
O que o Estado Democrático de Direito, a República, o interesse público podem esperar quando se alinham, em uníssono à maneira de campanha, os conglomerados de comunicação que, no Brasil, são os proprietários privados dos mais influentes veículos da imprensa nacional? Uma única coisa: o abuso do direito constitucional à liberdade de expressão e de opinião. A coação dos demais poderes institucionais. O desrespeito ao princípio de igualdade de oportunidade, cerne da democracia. Eles se consideram os donos da verdade e da opinião pública e pensam que representam o real. Especialistas em relações raciais na sociedade brasileira são ungidos por estes meios de comunicação, e tornam se celebridades.
Assistimos a essa manipulação dos conglomerados midiáticos - donos da TV aberta com suas filiadas em todo o território brasileiro, controladores da TV por assinatura, de emissoras de rádio; jornais, poderosos portais, das maiores revistas noticiosas semanais, e de vários outros tentáculos midiáticos articulados entre si - no afã de desqualificar a justa reivindicação por políticas de ações afirmativas e por cotas raciais para ingresso nas universidades públicas federais, mantidas com recursos públicos, pagas também com o nosso dinheiro através dos impostos que pagamos.
Diz o jornalista Fernando Conceição que esse poderosíssimo Leviatã apresenta-se na atual conjuntura como o sucedâneo do Leviatã hobbesiano. O propósito do monstro é amedrontar a sociedade repetindo insaciável, incontinenti e monocordiamente que o Inferno em breve se instalará no Brasil se os projetos de Lei que tramitam no Congresso Nacional - o Estatuto da Igualdade Racial e a Lei de Cotas - forem aprovados.
Ambos estabelecem, pela primeira vez no país, um sistema de políticas sociais compensatórias, inclusive de acesso às universidades públicas federais, como forma de corrigir as profundas desigualdades repercutidas até hoje pelos mais de 300 anos de escravidão negra e indígena que marcam a história socioeconômica brasileira. A grande mídia simplifica as políticas compensatórias, desqualificando-as, reduzindo a sua importância e a sua real proposição.
"Raça" sempre foi utilizada pelos "senhores da terra", desde o início da colonização nas Américas, como traço distintivo. Aos africanos, trazidos como escravos para todo tipo de trabalho, foi-lhes pregada a definição de "negros" como marca de um tipo de animal racialmente inferior aos demais humanos. Não importaram as suas diferenciações culturais, ou étnicas, tampouco as suas tradições de origem. Todos são (ou eram) da "raça" negra, consequentemente podendo ser escravos pelo estatuto do ordenamento jurídico da Colônia e do Império. O racismo foi uma das ferramentas ideológicas de organização da exploração colonial. A República não solucionou, até o presente, essa equação.
Como diria Nei Lopes, o tempo, ironicamente, se encarrega de clarear muita gente, no entanto, o Movimento Negro antes de sentir-se chocado com a afirmação de um jornalista, segundo a qual "os negros usam os pardos para engordar os números da miséria, mas depois se afastam dos benefícios", pelo contrário, ficamos profundamente indignados. Como sempre, os opositores das ações afirmativas e das cotas raciais voltam ao passado mais obscurantista para justificar seus argumentos supostamente modernos. No embate contra as políticas públicas que buscam a igualdade entre negros e não negros no Brasil, procuram jogar os negros de pele mais clara, os chamados "pardos", contra os mais pigmentados. Exatamente como ensinou Maquiavel; como fizeram os europeus na África, do século 15 ao 20 "dividir para reinar, para dominar". E alguns, tornam-se "capitães do mato do século XXI", felizes em mais uma vez servir a Casa Grande, reproduzindo o sofisticado discurso do racismo contemporâneo.
A necessidade de políticas públicas
O reconhecimento de que a pobreza atinge preferencialmente a parcela negra da população, como decorrência entre outros fatores do racismo estrutural da sociedade brasileira e da omissão do poder público, aponta a necessidade que o Estado incorpore nas políticas públicas direcionadas à população de baixa renda a perspectiva de que há diferenças de tratamento de oportunidades entre estes, em prejuízo para homens e mulheres negras.
Embora há décadas o Movimento Negro denuncie o racismo e proponha políticas para sua superação, somente uma política articulada e contínua será capaz de reduzir a imensa dívida histórica e social que a sociedade brasileira tem para com a população negra, submetida à exclusão social e econômica. Os negros e negras são os mais pobres dentre os pobres, de modo que as políticas de caráter universal que ignorem tais diferenças de base entre os grupos raciais têm servido tão somente para perpetuar e realimentar as atuais desigualdades.
Para tornar eficazes os direitos individuais e coletivos, os direitos políticos e sociais, os direitos culturais e educacionais, o Estado tem que redefinir o seu papel no que se refere à prestação de serviços públicos, de forma a ampliar sua intervenção nos domínios das relações intersubjetivas e privadas, buscando traduzir a igualdade formal em igualdade de oportunidade e tratamento. Entre essas políticas, defendemos a implementação das Ações Afirmativas e as Cotas Raciais, como medida capaz de efetivar com mais equidade o acesso da juventude negra, da juventude pobre e dos povos indígenas, nas instituições federais e estaduais públicas do ensino superior e do ensino de tecnologia.
Segundo Antônio Sérgio Guimarães, a democracia na Europa ou nos Estados Unidos se estabeleceu pela negação das diferenças raciais e étnicas não essenciais à cidadania. Em países regidos por esta ideologia democrática e universalista, como o Brasil, que impede que tais diferenças sejam nomeadas, mas onde subsistem privilégios materiais e culturais associados à raça, à cor ou à classe, o primeiro passo para uma democratização efetiva consiste justamente em nomear os fundamentos destes privilégios: raça, cor, classe. Tal nomeação racialista transforma estigmas em carismas. Para o Movimento Negro Brasileiro, as ações afirmativas e as cotas raciais como medidas necessárias para o ingresso da juventude negra, da juventude pobre e dos povos indígenas no ensino superior público tem um efeito agregador sobre a nacionalidade, muito longe do efeito desagregador, como querem os que temem o racialismo, ou um efeito político revolucionário, como querem os que temem o não-racialismo. É por essa razão que os negros e negras brasileiros encontram seus potenciais aliados no campo das classes, e no plano da luta mais básica pelo respeito aos direitos inalienáveis dos seres humanos, até porque a comunidade negra e indígena apenas quer educação. As ações afirmativas e as cotas raciais são uma importante política de inclusão social em curso no país. Por essa nobre razão esperamos do STF uma manifestação positiva e favorável a este pleito da juventude negra, dos jovens pobres e dos povos indígenas. Aguardamos do STF um posicionamento que contribua na redução das desigualdades raciais na educação. E, concluímos conclamando todos a continuar a luta junto conosco, no espírito do poeta e líder do povo angolano, Agostinho Neto: "Não basta que seja pura e justa a nossa causa, é necessário que a pureza e a justiça existam dentro de nós".
Marcos Antônio Cardoso
CONEN - Coordenação Nacional das Entidades Negras/Brasil
Filósofo e Mestre em História - Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas - UFMG
Fonte:http://www.sinprocampinas.org.br/?q=node/9407
Quanto custa a felicidade?
Texto: O dinheiro pode trazer coisas boas e ruins. Como você lida com ele?
Foto: Marcelo Zocchio
Poucas pessoas desenvolvem uma relação saudável com dinheiro. Segundo estudiosos, só uma em cada cinco pessoas sabe lidar bem com a grana. Para alguns, só o dinheiro traz felicidade. Para outros, ele é uma coisa suja, indigna. Outros acham que quem gosta de dinheiro é ganancioso, ao passo que os puros de coração não estão nem aí para ele.
"O dinheiro em si é neutro. Ele pode trazer coisas boas, como a possibilidade de escolha, de liberdade e de independência, mas também gerar coisas ruins, como ganância e aprisionamento", diz a psicoterapeuta Denise Impastari, autora de O Julgamento do Dinheiro. "Tudo vai depender da forma como lidamos com ele", diz Denise.
Para o filósofo americano Jacob Needleman, professor da Universi-dade Estadual de San Francisco, na Califórnia, alguém só se conhece quando compreende o papel que o dinheiro tem na sua vida. Para ajudar nessa tarefa, alguns estudiosos criaram perfis baseados em estilos de se lidar com o dinheiro.
Autoestima
"Dinheiro é uma droga. Ele pode nos dar a sensação de que somos melhores e mais importantes do que realmente somos", diz Needleman, autor do best seller O Dinheiro e o Significado da Vida. Isso acontece porque entregamos ao dinheiro uma parte de nossa autoestima. Com as coisas que podemos comprar com ele nós nos sentimos melhores, mais ajustados socialmente e aceitos por nossos pares.
Segurança
Muita gente poupa compulsivamente, achando que sua segurança depende do número de dígitos da conta bancária. Até certo ponto, essa preocupação é natural. Mas pouca gente faz as contas para ter uma ideia de quanto vai precisar para isso tudo, e vai guardando desesperadamente. Essa busca frenética por segurança, no fundo, esconde uma tremenda falta de autoconfiança.
Identidade
Antes de o mundo se tornar tão individualista, as pessoas se reconheciam pelo que eram, pelo que faziam ou sabiam. Mas, hoje, cada vez mais somos identificados pelo que temos. Essas coisas constroem sua identidade de homem-rico-bem-sucedido. E, no final, boa parte de sua vida acaba sendo gasta na manutenção da aura de sucesso.
Aceitação
Para muitos, o dinheiro também é o caminho mais fácil para obter a aceitação de seus pares. Somente com o dinheiro, imagina-se, é possível conquistar afeto e ser admirado. A origem dessa confusão começa na infância, quando os pais substituem amor pelos presentes. A criança fixa a ideia de que afeto e dinheiro são a mesma coisa. E a sociedade de consumo reforça essa tese.
Dinheiro traz felicidade?
Parece piada, mas muitos economistas já se debruçaram sobre essa pergunta. E algumas pesquisas trouxeram respostas interessantes. O consenso entre os economistas até agora é de que, sim, o dinheiro traz felicidade. Os ricos, aparentemente, são mais felizes que os mais pobres, mas... Existem vários "mas", descobriram os economistas Richard Easterlin, da Universidade de Sou- thern California, nos Estados Unidos, e Andrew Oswald, da Universidade de Warwick, Inglaterra, que pesquisam o assunto separadamente.
Em primeiro lugar, essa relação tem limite. Depois de um nível básico em que as necessidades e alguns luxos estão atendidos, mais dinheiro não traz felicidade extra. Além disso, o efeito de um aumento de renda ou do ganho de uma bolada tem duração limitada.
No final da pesquisa brotou algo tão óbvio quanto surpreendente de se ver em estudos econômicos: a constatação de que a felicidade, afinal, vem dos contatos pessoais, dos relacionamentos, das atividades que se faz, enfim, do fato de viver. Quando o dinheiro é usado para viabilizar isso tudo, ele também traz felicidade.
Qual é o seu perfil?
. Pão-duro- Ele tem medo de um dia ficar sem dinheiro e, por isso, guarda tudo o que ganha. Não vive o presente e deixa tudo para um futuro sem data. Essa atitude está ligada a alguma carência da infância, de afeto ou de alimento. No fundo, o sovina acredita que o dinheiro pode completá-lo, oferecendo o carinho ou o amor que não recebeu quando criança.
. Gastador - Consumista compulsivo, para ele o que importa é o prazer do momento. Em geral, são pessoas com baixa autoestima, que usam o dinheiro para construir a própria identidade e serem aceitas.
. Escravo - Para ele, o dinheiro não é um meio, mas um fim. Ele só quer saber de acumular. A origem desse comportamento pode estar em uma educação severa. Pode estar relacionando o dinheiro à segurança e, ao mesmo tempo, ao poder.
. Desligado - Não sabe bem quanto recebe, nem o valor das coisas. Emocionalmente imaturo e dependente do outro, o desligado tem sempre alguém que organiza sua vida financeira. A origem disso pode ser uma infância protegida, em que a criança recebia o que precisava sem pedir.
. Confuso - Não sabe lidar com as próprias emoções nem com a dinâmica do dinheiro, baseada na troca. Costuma dar o que tem e o que não tem para entes queridos porque confunde afeto com dinheiro. Para esse indivíduo, o dinheiro, além de um instrumento de troca, é o recurso principal para ser aceito socialmente.
. Raivoso- Fica irritado só de ouvir falar no assunto. A maior parte não sabe ganhar dinheiro e geralmente ganha menos do que gostaria. São pessoas que enxergam no dinheiro uma fonte de poder e realização pessoal. Eles acham que, na hora em que colocarem a mão na grana, seus sonhos se realizarão e eles atingirão um estado de plena satisfação.
. Equilibrado- Gente que sabe o que quer e que trabalha para ganhar o necessário para fazer o que deseja. Os equilibrados são confiantes, conhecem os limites de seus desejos e de suas possibilidades e sabem lidar com a frustração. Mas não são passivos. Sabem dosar os gastos com a poupança para emergências. Como lidam bem com o dinheiro, sabem compartilhar com os outros e aproveitar a vida.
Fonte:http://mdemulher.abril.com.br/bem-estar/reportagem/viver-bem/reportagem_237945.shtml
A arte de viver bem.
A arte de viver bem.
Para viver bem hoje em dia é preciso relevar muitas coisas, tratar com indiferença quem nos maltrata, esquecer brigas, não guardar ressentimentos, seguir seu caminho e deixar que os outros sigam os seus.
A arte de viver bem depende unicamente de sua força de vontade, de seu trabalho e do modo que você leva a vida. Deixe para traz pessoas insignificantes, problemas mal resolvidos, desavenças e acima de tudo tenha fé em Deus, porque sem ele nada é possível e com ele tudo fica mais fácil.
Viver bem é respeitar quem esta a seu lado: amigos, colegas de trabalho e seu par romântico para desfrutar as horas boas e ruins. Viver bem é ter a certeza de que você não faz nada para prejudicar seu próximo. Viver bem é o prazer de ser e fazer alguém feliz. Viver bem e andar de cabeça erguida e fazer o que é certo e errar. É claro todo mundo erra, mais ter a consciência de seus erros e não permanecer cometendo-os sempre é um grande avanço a caminho da arte de viver bem.
Viver bem é isso e muito mais. Viver bem é tentar de todas as maneiras tornar a vida de quem esta ao seu redor mais agradável. É amar e ser amado, é sorrir e fazer sorrir, enfim ser feliz depende de tudo isso, e tudo isso é ser feliz.
Viva bem e faça alguém feliz ao seu lado.
Fonte:http://www.recantodasletras.com.br/cartas/975708
quinta-feira, 22 de novembro de 2012
Como se libertar de um vício ou desejo
O desejo é um dos venenos da mente e cria energias negativas tirando nossa paz e equilíbrio.
Desejar significa querer algo, pessoas, coisas, acontecimentos e experiências. Mas significa também falta de algo. Este sentido de faltar algo é que conduz ao desejo. Quanto mais desejamos algo, mais a mente anseia por mais. O desejo é um poço sem fundo.
Em nossa sociedade não há fim para a busca incessante dos desejos. A mente está sempre querendo possuir coisas diferentes. E quando consegue uma delas, o prazer não dura. Logo outro desejo envolve você e você fica insatisfeito porque nunca poderá satisfazer todos eles. Isto gera agitação, raiva, inveja, ganância, inquietude causando sofrimento.
Por causa dos desejos, criamos os apegos, aflições, ansiedades, consumismo exagerado. Onde quer que haja um desejo, com certeza existe outro desejo.
Esses sentimentos de carência, de necessidade de nos completar e os desejos excessivos nos afastam cada vez mais da paz interior criando conflitos internos, dor, angústia e preocupação.
As pessoas acham que são livres para realizar os desejos da mente negativa, mas na verdade são escravas dos sentidos e dos desejos que geram doenças, frustrações e autopunição.
Isso não significa que devemos parar de saborear a vida, de aproveitar uma boa comida, gostar de diversão, de dançar, de fazer compras, gostar de música, cinema, teatro, bom livros. Mas precisamos do discernimento, do equilíbrio interno, do dourado caminho do meio, como diz o Yoga para sermos felizes e não escravos de nossos desejos.
Como lidar com o desejo
O Yoga nos ensina como lidar com o desejo praticando a contemplação e a meditação.
Observar a mente e identificar o que surge na mente é uma das maneiras de diminuir esta agitação constante.
É importante identificar esses venenos da mente, suas conseqüências, e nos conscientizar que podemos optar por uma melhor escolha para ser feliz. Escolher o que é benéfico e não apenas o que é prazeroso momentaneamente, mas que depois gera sofrimentos.
Uma pessoa, por exemplo, que precisa emagrecer fica travando uma luta interior com sua mente positiva e sua mente negativa. Os pensamentos ficam em ebulição ao desejar um doce ou uma comida bem calórica.
A mente positiva relaciona todas as desvantagens de não comer aquele doce ou comida, mas a mente negativa não se convence. O desejo cresce e a pessoa come o doce como se aquele prazer pudesse acalmar seus pensamentos e lhe trazer alegria e alívio da ansiedade. Mas o prazer é momentâneo e dura muito pouco. Logo ela sente culpa, sentimento de fraqueza, baixa-estima, derrota.
Isto se torna um ciclo vicioso e, novamente, os pensamentos recomeçam e a pessoa vai comer outro doce, outro pedaço de bolo, outra comida gordurosa...E assim é também com um copo de bebida, com o cigarro, com o desejo de possuir coisas, de comprar...
Como diz o Yoga, são prazeres que parecem néctar, mas que depois se tornam venenos porque tiram nossa saúde e tranqüilidade.
Às vezes esses desejos são padrões mentais muito fortes, muito enraizados dentro das pessoas e criam comportamentos repetitivos, compulsivos e vícios. Elas se sentem fracas e acham que o negativo tem mais poder e sempre vence. Não têm consciência que isto acontece apenas porque elas têm repetido, com insistência, os mesmos pensamentos que geram emoções e sentimentos negativos.
Para esses desejos fortes e destrutivos precisam se apoiar em Deus, pedir a ajuda Dele, lembrar-se Dele. Conversar com Deus com palavras que brotam do coração, fazer amizade com Ele através da meditação, do relaxamento, do canto dos mantras, dos pensamentos positivos que fortalecem a fé.
E neste processo de autocura é também muito importante conscientizar-se do que se obtém realizando esse ou aquele desejo destrutivo. A análise, com a luz da inteligência, traz o discernimento e a conscientização que libertam.
Ao ficarmos mais presentes e conscientes de nossas ações, não somos movidos por impulsos, compulsões, atrações e aversões. Libertamos-nos também das conseqüências dos desejos, como dívidas, gastos com compras desnecessárias, ansiedade por não ser bem sucedido, raiva pelos desejos insatisfeitos, e a dor dos apegos pelas coisas e pessoas.
Por exemplo, cada vez que fumar um cigarro ou beber mais um gole de bebida, fazê-lo conscientemente, lembrando-se de todos os males que está causando ao seu corpo, à sua saúde, à sua mente, ao seu equilíbrio.
Como disse Rajneesh: "Se és capaz de observar o ato de fumar, chegará o dia em que o cigarro cairá de teus dedos, porque o absurdo do fumar te será revelado. É algo simplesmente estúpido, idiota. Quando compreenderes isso, o cigarro, simplesmente cairá de teus dedos.... Vigia, sê alerta, consciente, e alcançarás um fenômeno muito milagroso: isso não deixa traços em ti".
Em seu livro A arte da Felicidade, Dalai Lama diz que o verdadeiro antídoto para a ganância e os desejos inquietantes é o contentamento. E este contentamento interior consiste em querer e apreciar o que temos e não em ter o que queremos.
É importante purificar nossos desejos e cultivar desejos positivos. Aspirar por valores interiores como o desejo pela paz, o desejo pela tranqüilidade da mente, pela felicidade no lar, por um mundo com mais harmonia.
É essencial estar cada vez mais à vontade, estar cada vez mais aqui e agora, gostar de você, ser feliz com você mesmo, celebrar a vida, aspirando pela paz interior que surge da mente pacífica e serena. Om Shantih! Fique em paz!
Fonte:http://www.vadiando.com/textos/archives/cat_preste_atencao.html
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Pode parecer ilógico -no mínimo pouco prioritário- ajudar um estranho quando as coisas parecem confusas na nossa vida. Mas eu venho aprendendo que este é um poderoso antídoto para os dias em que tudo parece fora do lugar.
Como assim, pergunta o meu leitor mais cético? E eu explico:
Há duas situações clássicas onde podemos auxiliar uma pessoa que não conhecemos. A primeira é através de doações e gestos similares de caridade. Estes atos são maravilhosos e muito recomendáveis, mas não é deles que quero falar hoje. Escolhi o segundo tipo: aquelas situações randômicas onde temos a oportunidade de fazer a diferença para uma pessoa desconhecida numa emergência qualquer. Na maioria das vezes, pessoas com quem esbarramos em locais públicos, envolvidas em situações que podem ir do estar atrapalhado até o precisar de mãos para apagar um incêndio.
Eu vejo pelo menos seis motivos para ajudar um estranho:
1) Divergir o olhar de nossos próprios problemas
Por um momento, por menor que seja, teremos a chance de esquecer nossas preocupações.
Dedicados a resolver o problema do outro (SEMPRE mais fácil do que os nossos), descansamos nossa mente. Ganhamos energia para o próximo round de nossa própria luta.
Esta pausa pode nos dar novo fôlego ou simplesmente ser um descanso momentâneo.
2) Olhar por um outro ângulo
Vez ou outra, teremos a oportunidade de relativizar nossos próprios problemas á luz do que encontramos nestes momento. Afinal, alguns de nossos problemas não são tão grandes assim...
Uma vez ajudei Teresa, a senhora que vende balas na porta da escola de meu filho. A situação dela era impossível de ser resolvida sozinha, pois precisava “estacionar” o carrinho que havia quebrado no meio de uma rua deserta. Jamais esquecerei o olhar desesperado, a preocupação com o patrimônio em risco, com o dia de by Savings Sidekick">trabalho desperdiçado, com as providências inevitáveis e caras. E jamais me esquecerei do olhar úmido e agradecido, apesar de eu jamais ter comprado nada dela. Nem antes nem depois.
Olhei com distanciamento o problema de Teresa. E fiquei grata por não ter que trabalhar na rua, por ter tantos recursos e by Savings Sidekick">oportunidades. E agradeci por estar lá, naquela hora, na rua de pouco movimento, e poder oferecer meus braços para ela.
3) Não há antes, nem depois ...
Na intricada teia de nossos by Savings Sidekick">relacionamentos, dívidas e depósitos se amontoam. Ajudar um conhecido muitas vezes cria vínculos ou situações complexas. Ás vezes, ele espera retribuir. Outras vezes, esperamos retribuição. Se temos ressentimentos com a pessoa, ajudá-la nem sempre deixa um gosto bom na boca. Se ela tem ressentimentos conosco, fica tudo muito ruim também.
Já com estranhos são simples. É ali, naquela hora. Depois acabou. E não há antes. Que alívio!
(mas não vamos deixar de ajudar os conhecidos dentro de nossas possibilidades, hein?)
4) A gratidão pelo inesperado é deliciosa
Quem se lembra de uma vez em que recebeu uma gentileza inesperada? Não é especial? E nem sempre estamos merecendo, mal-humorados por conta do revés em questão.
Ou quando ajudamos alguém e recebemos aquele olhar espantado e feliz?
Ontem mesmo, eu estava numa fila comum de banco. Um senhor bem velhinho estava atrás de mim. Na hora em que fui chamada, pedi que ele fosse primeiro. “Mas por que, minha filha?”. “Pelos seus cabelos brancos”, respondi. Ele, agradecido, me deu uma balinha de hortelã. Tudo muito singelo, muito fácil de fazer, mas o sentimento foi boooom.
5) Quase sempre, é fácil de fazer.
Uma vez eu fiquei envolvida por uma semana com uma mãe e um bebê que vieram para São Paulo para uma cirurgia e não tinha ninguém para esperar no aeroporto. Levei para um hotel barato, acompanhei por uma semana e tive medo de estar sendo usada, reforçada pelo ceticismo de muitas pessoas ao meu redor. No final, deu tudo certo e a história era verdadeira.
Mas na maioria dos casos, não é preciso tanto risco ou tanto tempo. Uma informação; um abaixar para pegar algo que caiu; uma dica sobre um produto no supermercado. Dar o braço para um cego (nunca pegue a mão dele, deixe que ele pegue o seu braço, aprendi com meu experiente marido). Facílimo, diria o Léo. E vamos combinar, fácil é tudo que precisamos quando o dia está difícil, certo?
6) Amor, meu grande amor
Finalmente, ajudar estranhos evoca o nosso melhor eu. É comum termos sentimentos de inadequação, baixa auto-estima e insatisfação conosco quando estamos sob tempo nublado. E ajudar o outro nos lembra que somos bons e capazes. Ajudar um estranho demonstra desapego, generosidade, empatia pelo próximo. E saber que somos tudo isto quando o coração está cinza... É para olhar com orgulho no espelho, não?
Portanto, se hoje não é o seu dia... Faça o dia de alguém. E se é um dia glorioso... Vai ficar melhor!
Fonte:http://www.vivermaissimples.com/2011/03/vida-dificil-ajude-um-estranho.html
Fonte:http://www.vivermaissimples.com/2011/03/vida-dificil-ajude-um-estranho.html
Karoline Toledo Pinto
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