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domingo, 13 de setembro de 2015
Ta reclamando do Brasil ???? Ta reclamando dos Políticos ??? Ta reclamando da corrupção ???
Tá Reclamando do Lula? do Serra?
Da Dilma?
Do Arrruda?
Do Sarney?
Do Collor?
Do Renan?
Do Palocci?
Do Delubio?
Da Roseanne Sarney?
Dos politicos distritais de Brasilia?
Do Jucá?
Do Kassab?
Dos mais 300 picaretas do Congresso?
Brasileiro Reclama de Quê?
O Brasileiro é assim:
1. - Saqueia cargas de veículos acidentados nas estradas.
2. - Estaciona nas calçadas, muitas vezes debaixo de placas proibitivas.
3. - Suborna ou tenta subornar quando é pego cometendo infração.
4. - Troca voto por qualquer coisa: areia, cimento, tijolo, e até dentadura.
5. - Fala no celular enquanto dirige.
6. -Trafega pela direita nos acostamentos num congestionamento.
7. - Pára em filas duplas, triplas em frente às escolas.
8. - Viola a lei do silêncio.
9. - Dirige após consumir bebida alcoólica.
10. - Fura filas nos bancos, utilizando-se das mais esfarrapadas desculpas.
11. - Espalha mesas, churrasqueira nas calçadas.
12. - Pega atestados médicos sem estar doente, só para faltar ao trabalho.
13. - Faz " gato " de luz, de água e de tv a cabo.
14. - Registra imóveis no cartório num valor abaixo do comprado, muitas vezes irrisórios, só para pagar menos impostos.
15. - Compra recibo para abater na declaração do imposto de renda para pagar menos imposto.
16. - Muda a cor da pele para ingressar na universidade através do sistema de cotas.
17. - Quando viaja a serviço pela empresa, se o almoço custou 10 pede nota fiscal de 20.
18. - Comercializa objetos doados nessas campanhas de catástrofes.
19. - Estaciona em vagas exclusivas para deficientes.
20. - Adultera o velocímetro do carro para vendê-lo como se fosse pouco rodado.
21. - Compra produtos pirata com a plena consciência de que são piratas.
22. - Substitui o catalisador do carro por um que só tem a casca.
23. - Diminui a idade do filho para que este passe por baixo da roleta do ônibus, sem pagar passagem.
24. - Emplaca o carro fora do seu domicílio para pagar menos IPVA.
25. - Freqüenta os caça-níqueis e faz uma fezinha no jogo de bicho.
26. - Leva das empresas onde trabalha, pequenos objetos como clipes, envelopes, canetas, lápis.... Como se isso não fosse roubo.
27. - Comercializa os vales-transporte e vales-refeição que recebe das empresas onde trabalha.
28. - Falsifica tudo, tudo mesmo... Só não falsifica aquilo que ainda não foi inventado.
29. - Quando volta do exterior, nunca diz a verdade quando o fiscal aduaneiro pergunta o que traz na bagagem.
30. - Quando encontra algum objeto perdido, na maioria das vezes não devolve.
E quer que os políticos sejam honestos...
Escandaliza- se com a farra das passagens aéreas...
Esses políticos que aí estão saíram do meio desse mesmo povo ou não?
Brasileiro reclama de quê, afinal?
E é a mais pura verdade, isso que é o pior! Então sugiro adotarmos uma mudança de comportamento, começando por nós mesmos, onde for necessário!
Vamos dar o bom exemplo!
Espalhe essa idéia!
"Fala-se tanto da necessidade de deixar um planeta melhor para os nossos filhos e esquece-se da urgência de deixarmos filhos
melhores (educados, honestos, dignos, éticos, responsáveis) para o nosso planeta, através dos nossos exemplos..."
Repassando essa reflexão. Mas é a pura verdade.
Fonte:https://www.facebook.com/renatadoblog/posts/853912094677864:7
sábado, 29 de agosto de 2015
Palestrante negro é barrado em portaria de hotel cinco estrelas que sedia seminário em São Paulo
No Seminário Internacional do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais, o palestrante Carl Hart, professor associado de psicologia e psiquiatria da Universidade de Columbia, foi barrado pela segurança do hotel cinco estrelas Tivoli Mofarrej, que sedia o evento. A organização do Instituto teve que se mobilizar para autorizar a sua entrada no hotel nesta sexta-feira (29/08).
O site Justificando [autor da reportagem reproduzida por Samuel] não encontrou alguém para falar pelo hotel.
Neste sábado (29/08), reportagem do jornal Folha de S. Paulo, citando o gerente-geral do Tivoli Mofarrej, Renaud Pfeifer, dizia que o hotel não identificou, nas imagens de segurança, o professor sendo barrado.
"Segundo as imagens, em momento algum Hart foi abordado por seguranças ou impedido de entrar no hotel", disse Renaud Pfeifer, gerente-geral do Tivoli, à Folha.
De acordo o jornal, "o hotel afirmou ainda ter entrado em contato com o hóspede, que negou ter sido barrado durante a sua estada."
Samuel tentou contato com o Tivoli Mofarrej na noite de sexta-feira, e foi informada de que não haveria nenhum funcionário apto a se pronunciar sobre o caso até segunda-feira (31/08).
Neste sábado, Samuel voltou a entrar em contato com o Tivoli Mofarrej, que insistiu que uma resposta ao fato só seria possível na segunda-feira, apesar da reportagem da Folha de S.Paulo.
Neurocientista
Carl Hart é negro e veio a São Paulo palestrar sobre a guerra às drogas e como ela é usada para marginalizar e excluir parte da população. Antes de se tornar um cientista respeitado, com três pós-doutorados, e um dos maiores nomes sobre o estudo de drogas, era usuário de crack. Ele decidiu tornar-se especialista nos efeitos do crack para entender como a droga tinha destruído sua comunidade. E virou um neurocientista, com seus dreads e os três dentes de ouro.
Fonte: www.operamundi.uol.com.br
segunda-feira, 17 de agosto de 2015
A quem interessa o impeachment ?
Inicio este artigo com uma pergunta: como pode um cidadão ou uma cidadã pedir impeachment e defender a democracia na mesma manifestação sem saber quem é o real vitorioso com a saída da atual presidenta? Não quero defender o governo com esta pergunta, e sim questionar o por que do medo da democracia.
Desde a redemocratização do estado brasileiro e a implementação da Constituição Federal de 1988, uma série de práticas que incluem a participação popular vem sendo experimentada. Tais como o Orçamento Participativo de Porto Alegre, que em 1989 a população definiu, pela primeira vez, como o orçamento municipal deveria ser aplicado pelo prefeito, ou como a organização de Fóruns, audiências públicas, participação de Conselhos e Conferências de Políticas Públicas, etc..
Dentro desse processo de democratização dos espaços se vê um esforço dos governos em garantir que todas as pessoas vivam na democracia e que façam uso das ferramentas do Estado de Direito para participar dela. O impeachment é uma dessas ferramentas, mas a meu ver não é viável na atual conjuntura.
No ultimo domingo (15/03) muitas pessoas saíram de suas casas para fazer do protesto um campo de luta das mais variadas reivindicações. Porém, muitas delas contraditórias para a democracia que vivemos. Faixas e cartazes pautavam do impeachment à volta da ditadura militar, da redução da maioridade penal à pena de morte, do fim do marxismo à morte de Paulo Freire (que já faleceu há alguns anos).
O que mais me chocou foi a imagem de Lula e de Dilma em forma de boneco e boneca enforcados em um viaduto. Lembrei na hora das consequências da ditadura militar e tantos suicídios que foram cometidos por torturados, como no caso do Frei Tito e tantos outros que não suportaram a pressão psicológica das torturas sofridas.
Lembrei de perseguição política e de tantos outros momentos da história que foram marcados com o sangue de homens e mulheres que deram a vida por essa democracia que vivemos hoje. Foi triste ver que muitas dessas pessoas que estavam na rua no dia 15 de março de 2015 xingavam uma mulher, que é nossa presidenta eleita pelo voto do povo, das mais variadas ofensas que mulher nenhuma deve ser chamada. Tristeza tamanha em ver que depois de tantos anos de democracia nós ainda queremos resolver uma falha de democracia sem democracia. E reproduzir um discurso de ódio que não resolve a crise que vivemos.
Bom, e a quem interessa a reprodução desse discurso inflamado de tanto ódio?
Encarando essas ações e pautas de reivindicações tão despolitizadas, vejo que são de interesses dos setores mais reacionários da sociedade. São esses mesmos setores que fazem panelaço gourmetizado dos apartamentos luxuosos das áreas nobres das maiores metrópoles do país, uma falta de senso do ridículo de quem bate panelas de barriga cheia. É um setor econômico que foi capaz de sonegar meio trilhão de reais de Imposto de Renda só no ano passado. Setor esse que está inflamando de ódio por uma possível taxação das ‘grandes fortunas’, que tem que pagar direitos trabalhistas para suas empregadas, mas que também é capaz de desrespeitar o sinal vermelho, andar pelo acostamento, estacionar na calçada, jogar lixo no chão, subornar a polícia, olhar no seu smartphone onde tem lei seca para beber e dirigir e não ser preso, comprar drogas pelo delivery, e capaz de sustentar o tradicional ‘jeitinho brasileiro’ de resolver as coisas.
O problema é que esse setor teve uma derrota eleitoral, que resultou nas mais variadas perdas de privilégios que essa elite sempre obteve. Hoje a cidadã ou cidadão que bate a panela não está indignada só com os erros do governo, mas sim por estar sentindo na sua pele como é disputar espaço com esta gente diferenciada que anda frequentando aeroportos, congestionando o trânsito e disputando vaga na universidade.
O fato é que mesmo com as falhas deste governo nunca se viu tanto pobre com carro zero e tanto negro na universidade. A meu ver, democracia não é organizar ato para a saída de uma presidenta legitimamente eleita pelo povo, o nome disso é GOLPE.
Obviamente defendo o direito à manifestação, mesmo que sejam contrárias à maioria das coisas em que acredito, porém, na medida em que a democracia entra em xeque vejo sentimento forte de golpismo surgir por parte daqueles que querem garantir seus históricos privilégios. Essa tentativa de golpe fere diretamente a constituição e a memória desse país, em que muitos deram as suas vidas para que possamos nos expressar livremente nos dias de hoje.
Só lembrar aos amigos e amigas que leem essa coluna que o Brasil tem 56.764 vereadores, 5.570 prefeitos, 513 deputados federais, 81 senadores, 27 governadores e nem tudo que acontece é culpa da Dilma. Quero sim um país sem corrupção, mas quero mais ainda uma Democracia e quer saber? Ditadura NUNCA MAIS!
*Walmyr Júnior é professor. Representante do Coletivo Enegrecer como Conselheiro Nacional de Juventude - CONJUVE. Integra Pastoral da Juventude e a Pastoral Universitária da PUC-Rio. Representou a sociedade civil no encontro com o Papa Francisco no Theatro Municipal, durante a JMJ.
Fonte:http://m.jb.com.br/juventude-de-fe/noticias/2015/03/18/a-quem-interessa-o-impeachment/
domingo, 3 de maio de 2015
Mãe de coração uma linda mensagem por Ana Paula Monteiro
Dia 21/09/2011. Sai de Paracambi rumo ao Fórum Regional de Madureira.
No carro, a cadeirinha do bebê conforto, o 'kit desespero' comprado entre lágrimas e sorrisos, fraldas, mamadeiras e roupinhas.
No coração, a certeza que esse era o nosso Dia do Encontro.
Mesmo com GPS, me perdi. Não era capaz de ouvir nada além das batidas do meu coração.
No fórum, petição distribuída, esperando a concessão da guarda provisória. Nessa espera, a tarde inteira passou, foram muitas as ligações e os sms recebidos, todos querendo saber de você.
Filha, tenha a certeza que vc era muito amada, mesmo antes de nos encontrarmos.
Já era noite quando recebi o Termo de Guarda Provisória. Do fórum direto para o Abrigo. Dessa vez não me perdi. Parei o carro, o coração batendo fora do corpo. Entrei, fui bem recebida, pedi para te ver. Vc estava no berço, acordada e quieta. Eu comecei a chorar, antes mesmo de te pegar no colo. Te coloquei nos braços e a certeza se confirmou: vc nasceu pra mim!
Desde que fui avisada que pelo meu perfil no CNA tinha uma criança disponível, passei a te amar. Não sabia nada: sexo, idade, cor. Nada, mas mesmo assim, te amei desde o primeiro momento. E conhecendo vc, não seria diferente. Ter vc nos braços foi indescritível. Tão pequenininha, frágil, com olhos enormes, e tão minha. Minha filha!
Ficamos um tempo só nos duas, foi quando tirei essa foto. Foi assim que te conheci, meu amor. Finalmente, te senti, te abracei, te beijei. E chorei, de pura felicidade.
Você saiu do Abrigo usando a 'manta da família', feita pela vovó e pela bisa, a mesma que eu, seus tios e seus primos usamos quando saimos da maternidade. Vc teve tudo igualzinho, filha!
A única diferença é que vc não saiu da minha barriga e sim entrou no meu coração. Detalhe pouco importante diante da grandeza do nosso amor.
Esse dia é nosso, sempre será nosso Dia do Encontro. Feliz Dia do Encontro! Te amo, filha!
Por: Ana Paula Monteiro
sexta-feira, 1 de maio de 2015
Professores no Brasil estão entre mais mal pagos em ranking internacional
O Brasil é o lanterninha em um ranking internacional que compara a eficiência dos sistemas educacionais de vários países, levando em conta parâmetros como os salários dos professores, as condições de trabalho na escola e o desempenho escolar dos alunos.
O ranking é de setembro do ano passado, mas volta à tona no momento em que o governo paranaense aprova uma redução nos benefícios previdenciários dos professores do Estado.
A votação da lei elevou as tensões e levou a um tumulto no qual pelo menos 170 pessoas ficaram feridas após a repressão policial de um protesto de professores em Curitiba. Os professores paranaenses estão em greve desde sábado (25 de abril).
Em São Paulo, professores da rede estadual estão em greve desde 13 de março, reivindicando reajuste salarial e melhores condições de trabalho.
O estudo internacional foi elaborado pela consultoria Gems Education Solutions usando dados dos mais de 30 países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e alguns emergentes, como o Brasil.
Nele, o país aparece como um dos últimos em termos de salário pago aos professores, por exemplo.
O valor que os educadores brasileiros recebem (US$ 14,8 mil por ano, calculado por uma média de 15 anos e usando o critério de paridade de poder de compra) fica imediatamente abaixo do valor pago na Turquia e no Chile, e acima apenas de Hungria e Indonésia.
Os salários mais altos são na Suíça (US$ 68,8 mil) e na Holanda (US$ 57,8 mil).
Os professores brasileiros também são responsáveis por mais estudantes na sala de aula: 32 alunos, em média, para cada orientador, comparado com 27 no segundo lugar, o Chile, e menos de 8 em Portugal.
Combinando fatores como estes com o desempenho dos alunos – entre os piores entre os países pesquisados – a consultoria coloca o sistema educacional brasileiro como o mais ineficiente da lista.
"Nossas conclusões sugerem que o Brasil deveria cuidar do salário dos professores para alcançar o objetivo da eficiência educacional", diz o relatório.
Para a consultoria, a meta seria um salário quase três vezes maior que o atual.
Deficiências no gasto
Os dados mais recentes da OCDE mostram as debilidades no gasto educacional brasileiro.
Segundo a organização, o gasto do governo brasileiro com educação cresceu rapidamente desde o ano 2000, atingindo 19% do seu orçamento em 2011 – a média da OCDE foi de 13%.
O gasto público com educação chegou a 6,1% do PIB brasileiro, acima da média da OCDE de 5,6%, e à frente da proporção de outros latino-americanos como Chile (4,5%) e México (5,2%).
Porém, o gasto do Brasil com a educação pública foi o segundo menor de todos os países da OCDE e parceiros – US 3.066, contra uma média de US$ 9.487. O país ficou em 34º no ranking de 35 países da organização.
Fonte:http://www.msn.com/pt-br/noticias/brasil/professores-no-brasil-est%C3%A3o-entre-mais-mal-pagos-em-ranking-internacional/ar-BBiY2c8?ocid=mailsignoutmd
sábado, 25 de abril de 2015
'Brasileiro reage com surpresa e delírio a anúncio de execução na Indonésia'
O paranaense Rodrigo Muxfeldt Gularte reagiu com "surpresa" e um discurso "delirante" ao ser informado de sua execução por tráfico de drogas na Indonésia, disse um diplomata brasileiro que acompanhou o anúncio.
Gularte, de 42 anos e condenado à morte em 2005 ao tentar entrar na Indonésia com 6kg de cocaína em pranchas de surfe, foi diagnosticado com esquizofrenia. A família tenta convencer autoridades a rever sua pena e transferi-lo para um hospital.
Ele foi notificado neste sábado da execução, que é por fuzilamento. O anúncio foi feito na prisão de Nusakambangan, a 400km de Jacarta, e foi acompanhado pelo encarregado de negócios do Brasil em Jacarta, Leonardo Carvalho Monteiro.
Autoridades não divulgaram uma data, mas as penas poderão ser cumpridas a partir da tarde de terça-feira (horário local), após as 72 horas de aviso exigidas pela lei indonésia.
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"Ele reagiu com muita surpresa e pensou que toda a movimentação ao redor dele não estava relacionada ao seu caso", disse Monteiro à BBC Brasil por telefone.
"Ele fez uma série de declarações desconexas, estava totalmente disperso, com um discurso aproximando-se do delirante. Ficou evidente o grau de desconexão dele com a realidade".
"Ele foi gentil com todos, cavalheiro, e num momento admitiu que o seu erro tinha sido gravíssimo, mas que tinha sido uma única vez e achava injusto receber esta pena".
As sentenças deverão ser cumpridas na prisão de Nusakambangan, onde Gularte está preso. Ele foi transferido para uma unidade onde presos aguardam pela execução.
"Ele está confiante que a família vai resolver tudo rapidamente e ele vai voltar para a rotina dele anterior", disse Monteiro.
Gularte (à esquerda) ao lado de Marco Archer Cardoso Moreira, executado na Indonésia em janeiro
A mãe de Gularte, Clarisse, está no Brasil e não deverá viajar à Indonésia, disse o diplomata. Angelita Muxfeldt, prima de Gularte que está na Indonésia acompanhando o caso, deverá visitá-lo nos próximos dias.
Gularte poderá ser o segundo brasileiro a ser executado na Indonésia. Em janeiro, o carioca Marco Archer Cardoso Moreira foi fuzilado após ser condenado à morte por tráfico de drogas.
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'Vozes de satélite'
Familiares e conhecidos relataram à BBC Brasil que Gularte passa seus dias conversando com paredes e ouvindo vozes de satélites.
A prima citou conversas frequentes sobre "vidas passadas no Egito e histórias surreais", e que ele se recusa a tirar um boné, que usa virado para trás, que alega ser sua proteção.
Execuções deverão ser realizadas na prisão de Nusakambagan
Uma equipe médica reavaliou o brasileiro na prisão em março à pedido da Procuradoria Geral indonésia, mas o resultado deste laudo não foi divulgado, apesar de repetidos pedidos da defesa e do governo brasileiro.
Ricky Gunawan, advogado de Gularte, disse que entrará com outro recurso na segunda-feira para tentar reverter a decisão.
"Condenamos fortemente esta decisão. Isto prova que o sistema legal indonésio não protege os direitos humanos. O fato de que um prisioneiro com uma doença mental possa ser executado é mais do que um absurdo".
A embaixada brasileira encaminhou pedido oficial à Procuradoria Geral indonésia para que a execução seja postergada até que o recurso da defesa seja analisado, disse Monteiro.
Autoridades indonésias haviam dito que as execuções não seriam realizadas até que todos os apelos dos condenados fossem considerados.
Segundo o Ministério de Relações Exteriores, o "Brasil está se coordenando com os demais países para identificar eventuais vias de ação e buscar meios de evitar a execução".
Além de Gularte, oito condenados também foram notificados - sete estrangeiros e um indonésio.
Entre eles estão os australianos Andrew Chan e Myuram Sukumaran, considerados os líderes do grupo de traficantes "Os Nove de Bali", além de cidadãos das Filipinas e Nigéria.
O presidente indonésio, Joko Widodo, que assumiu em 2014, negou clemência a condenados por tráfico, dizendo que o país está em situação de "emergência" devido às drogas. Em janeiro, seis presos foram executados, inclusive Marco Archer Cardoso Moreira.
Brasil e Noruega convocaram seus embaixadores na Indonésia em protesto e, em fevereiro, a presidente Dilma Rousseff recusou temporariamente as credenciais do novo representante indonésio no Brasil em meio ao impasse com Jacarta diante da iminente execução de Gularte.
Austrália e França alertaram que as relações com o país poderiam ser afetadas se seus cidadãos fossem executados. Grupos de direitos humanos também têm pressionado a Indonésia para cancelar a aplicação das penas.
Mais de 130 presos estão no corredor da morte, 57 por tráfico de drogas, segundo a agência Associated Press.
Fonte:http://www.msn.com/pt-br/noticias/mundo/brasileiro-reage-com-surpresa-e-del%C3%ADrio-a-an%C3%BAncio-de-execu%C3%A7%C3%A3o-na-indon%C3%A9sia/ar-BBiFGsf?ocid=mailsignoutmd
terça-feira, 24 de março de 2015
"Jornal Nacional" marca pior audiência em anos
Não é de hoje que o “Jornal Nacional” apresenta queda de audiência. Na segunda-feira (23), porém, o principal noticiário da TV Globo atingiu um dos mais baixos índices em anos.
A média da noite foi de 20 pontos, o equivalente aos números do telejornal em um sábado de feriado prolongado, por exemplo, segundo o colunista Flávio Ricco.
Para se ter ideia, na segunda passada (16) a média foi de 29 pontos. Já a segunda-feira de Carnaval, por sua vez, alcançou 25 pontos.
Dez anos atrás, a média do programa era de 35,8 pontos na Grande São Paulo - cada ponto equivale a 67 mil domicílios.
Fonte:http://www.msn.com/pt-br/tv/noticias/jornal-nacional-marca-pior-audi%C3%AAncia-em-anos/ar-AA9VTbs?ocid=mailsignoutmd
domingo, 22 de março de 2015
40% das reservas hídricas do mundo podem encolher até 2030, diz ONU
Relatório divulgado coloca Brasil entre países com mais estresse ambiental.
Nações Unidas celebram Dia Mundial da Água neste fim de semana.
Um novo relatório divulgado pelas Nações Unidas nesta sexta-feira (20) afirma que, se nada for feito, as reservas hídricas do mundo podem encolher 40% até 2030 e, por isso, é preciso melhorar a gestão deste recurso para garantir o abastecimento da população mundial.
O documento, elaborado pela agência da ONU para Educação, Ciência e Cultura, a Unesco, aponta ainda que 748 milhões de pessoas no planeta não têm acesso a fontes de água potável.
Outra conclusão é que o Brasil está entre os países que mais registraram estresse ambiental após alterar o curso natural de rios. As mudanças nos fluxos naturais, segundo a análise feita entre o período de 1981 e 2010, mas que foi concluída em 2014, foram feitas para a construção de represas ou usinas hidrelétricas.
Entre as consequências dos desvios estão uma maior degradação dos ecossistemas, com aumento do número de espécies invasoras, além do risco de assoreamento.
Os autores do texto cobram do governo brasileiro e das demais nações da América Latina que priorizem a gestão da água para reduzir a poluição, principalmente em áreas urbanas, e evitar conflitos entre o desenvolvimento econômico e a preservação dos recursos naturais. Segundo a ONU, o gerenciamento dos mananciais deve ser vetor para o desenvolvimento sócio-econômico e redução da pobreza.
Aquíferos ameaçados
De acordo com o documento, 20% dos aquíferos mundiais já são explorados excessivamente, o que pode gerar graves consequências como a erosão do solo e a invasão de água salgada nesses reservatórios.
Os cientistas preveem ainda que em 2050, a agricultura e a indústria de alimentos vão precisar aumentar em 400% sua demanda por água para aumentar a produção.
Angela Ortigara, doutora em engenharia ambiental e integrante da Unesco na Itália, disse ao G1 que o foco do relatório é dar subsídios aos países para o enfrentamento da crise hídrica.
Segundo ela, a falta de acesso à água potável já melhorou muito – de 1990 até agora, 2,3 bilhões de pessoas deixaram de acessar recursos contaminados. No entanto, o número apresentado no relatório deste ano ainda é alto.
Para melhorar a situação, o relatório apresenta quatro sugestões aos países:
- É preciso conhecer seus recursos hídricos, melhorar o monitoramento para saber de onde vem a água, qual é a sua qualidade e como realizar uma distrubuição melhor;
- Definir estratégias para o futuro, com a previsão de cenários em torno da distribuição;
- Integrar as decisões dos setores de energia, agricultura e recursos hídricos para que as ações atendam a todas as áreas e sejam feitas de forma sustentável;
- promover a boa governança: as decisões em torno da água precisam ser transparentes e devem ter a participação da sociedade civil, para que a população se sinta obrigada a colaborar para atingir a sustentabilidade.
Tais medidas podem, por exemplo, ajudar o Brasil a resolver o atual problema de desabastecimento que atinge várias regiões metropolitanas do país.
A ausência de chuvas ao longo de 2014 baixou o nível de reservatórios importantes de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, que tiveram que implantar políticas restritivas de acesso a água, como racionamento ou aplicação de multa para quem gasta mais recursos hídricos.
Risco de escassez maior
Ary Mergulhão, coordenador de ciências naturais da Unesco no Brasil, explica que as políticas voltadas à água em grande parte do mundo ainda estão em formação, já que o tema “está em constante mutação e desafia a criatividade e o poder de gestão dos governos”.
“Alguns países que acreditavam que tinham muita água enfrentam atualmente problemas de escassez, má distribuição e má preservação. A consciência [dos governos] atualmente está mais crítica que antes, mas precisamos trabalhar mais”, explicou.
Cidades da região Nordeste também sofrem com a falta d'água (Foto: Reprodução/TV Verdes Mares)
Fonte :http://g1.globo.com/economia/crise-da-agua/noticia/2015/03/40-das-reservas-hidricas-do-mundo-podem-encolher-ate-2030-diz-onu.html
Água: a escassez na abundância
Hoje, 40% da população do planeta já sofre as consequências da falta de água. Além do aumento da sede no mundo, a falta de recursos hídricos tem graves implicações econômicas e políticas para as nações
A água é o recurso natural mais abundante do planeta. De maneira quase onipresente, ela está no dia a dia dos 7 bilhões de pessoas que habitam o planeta. Além de matar a sede, a água está nos alimentos, nas roupas, nos carros e na revista que está nas suas mãos — se você está lendo a reportagem em seu tablet, saiba também que muita água foi usada na fabricação do aparelho. Mas o recurso mais fundamental para a sobrevivência dos seres humanos enfrenta uma crise de abastecimento. Estima-se que cerca de 40% da população global viva hoje sob a situação de estresse hídrico. Essas pessoas habitam regiões onde a oferta anual é inferior a 1 700 metros cúbicos de água por habitante, limite mínimo considerado seguro pela Organização das Nações Unidas (ONU). Nesse caso, a falta de água é frequente — e, para piorar, a perspectiva para o futuro é de maior escassez. De acordo com estimativas do Instituto Internacional de Pesquisa de Política Alimentar, com sede em Washington, até 2050 um total de 4,8 bilhões de pessoas estará em situação de estresse hídrico. Além de problemas para o consumo humano, esse cenário, caso se confirme, colocará em xeque safras agrícolas e a produção industrial, uma vez que a água e o crescimento econômico caminham juntos. A seca que atingiu os Estados Unidos no último verão — a mais severa e mais longa dos últimos 25 anos — é uma espécie de prévia disso. A falta de chuvas engoliu 0,2 ponto do crescimento da economia americana no segundo trimestre deste ano.
A diminuição da água no mundo é constante e, muitas vezes, silenciosa. Seus ruídos tendem a ser percebidos apenas quando é tarde para agir. Das dez bacias hidrográficas mais densa- mente povoadas do mundo, grupo que compreende os arredores de rios como o indiano Ganges e o chinês Yang-tsé, cinco já são exploradas acima dos níveis considerados sustentáveis. Se nada mudar nas próximas décadas, cerca de 45% de toda a riqueza global será produzida em regiões sujeitas ao estresse hídrico. "Esse cenário terá impacto nas decisões de investimento e nos custos operacionais das empresas, afetando a competitividade das regiões", afirma um estudo da Veolia, empresa francesa de soluções ambientais.
VEJA AQUI: Copo meio vazio
Em muitos países em desenvolvimento e pobres, a situação é mais dramática. Falta acesso a água potável e saneamento para a esmagadora maioria dos cidadãos. Só o tempo perdido por uma pessoa para conseguir água de mínima qualidade pode chegar a 2 horas por dia em várias partes da África. Pela maior suscetibilidade a doenças, como a diarreia, quem vive nessas condições costuma ser menos produtivo. Essas mazelas já são assustadoras do ponto de vista social, mas elas têm implicações igualmente graves para a economia. Um estudo desenvolvido na escola de negócios Cass Business School, ligada à City University, de Londres, indica que um aumento de 10% no número de pessoas com acesso a água potável nos países do Bric (Brasil, Rússia, Índia e China) conseguiria elevar o crescimento do PIB per capita do bloco cerca de 1,6% ao ano. "O avanço econômico depende da disponibilidade de níveis elevados de água potável", aponta Josephine Fodgen, autora da pesquisa. "Embora não se debata muito o tema, o mundo pode sofrer uma crise de crescimento provocada pela escassez de água nas próximas décadas."
Fonte:http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/ambiente/populacao-falta-agua-recursos-hidricos-graves-problemas-economicos-politicos-723513.shtml
quinta-feira, 19 de março de 2015
Mulher reencontra ‘bebê’ que ela não pôde adotar há 30 anos, graças ao Facebook...
RIO - Dos 2 aos 6 anos de idade Francisco Javier Juarez ficou aos cuidados da espanhola Yeny Zaera, que era solteira, não tinha emprego e, por isso, não pôde adotar oficialmente o menino. No dia 20 de fevereiro deste ano, sem muita esperança de localizá-lo, Yeny publicou uma foto dos dois no Facebook e escreveu: “Vou te contar uma história. Preste bem atenção nesse rosto para ver se sabe dele, afinal de contas, é para isso que servem as redes sociais. Quando eu o encontrei foi em 1982, em uma creche do Juizado de Menores aonde eu ia para levar brinquedos, roupas e pegar as crianças para passear no fim de semana. Foi amor à primeira vista. Ele agarrou minha saia e não soltou. Ele havia sido encontrado em um apartamento depois de passar três dias chorando amarrado a uma cadeira. Sua mãe saiu com um senhor e não retornou”. Após três dias e mais de 70 mil compartilhamentos, os dois conseguiram se reecontrar, 30 anos depois.
Três décadas e 15 minutos desde a última vez que tinha visto o menino, Yeny, hoje aos 57 anos, reviveu a cena dramática de sua partida: “Eles ligaram e disseram: ‘Amanhã você deve liberar a criança’. Pensei em fugir com ele para o exterior, mas Marcos [então seu namorado, agora marido e pai de seus três filhos] me convenceu que a polícia iria me encontrar em breve. No final, eu o levei. A criança dava cabeçadas contra a parede. Eu gravei esse último dia, e disse: ‘Olhe para mim. Nunca se esqueça de mim. Me procure. Se você vir que eu não estou com você, não ache que é porque eu não quis, mas porque eles não me deixaram te ter’. E durante toda a minha vida eu estive pensando: ele se lembra de mim? Será que ele pensa que eu fui mais uma que o deixou, como foi com todo mundo?”.
O menino, hoje um homem de 35 anos, esclareceu que nunca pensou que Yeny o havia abandonado. “Ela me tirou do inferno”, disse ele ao “El País”, no encontro dos dois em Arnedo, no meio do caminho entre os municípios de Saragoza e Logronho, as cidades onde agora residem. Juarez chegou à reunião acompanhado por seus pais adotivos. “Eu me lembro do dia em que me apresentaram a eles e como eu chorei no banco de trás do carro pensando na Yeny”. Os pais adotivos também se recordavam dessas lágrimas que então não entendiam, porque desconheciam essa mãe.
Depois de achar por algum tempo que eles voltariam a se encontrar, Yeny chegou a contratar um detetive para localizar a família que tinha levado a criança. No encontro, a mesa onde as famílias se sentaram para comer estava coberta com fotos. Os pais adotivos de Juarez levaram um álbum para mostrar a Yeny o que ela perdeu nesses 30 anos: as férias de praia, os aniversários, o serviço militar etc. Agora, enfim, os dois podem estabelecer a relação que queriam há muitos anos: de família. Yeny acrescentou: “Para mim, só de saber que a partir de agora posso ligar todo dia 2 de fevereiro para felicitá-lo por seu aniversário já é maravilhoso. Nos últimos 30 anos, não pude fazer isso, mas nunca deixei de lembrar. Pensava: ‘Hoje ele celebra 15 anos’; ‘Hoje, 20 anos’, ‘Hoje, 25 anos’, onde ele está? Será que ele é feliz? Será que se lembra de mim?”.
Fonte:http://oglobo.globo.com/sociedade/mulher-reencontra-bebe-que-ela-nao-pode-adotar-ha-30-anos-gracas-ao-facebook-15606595
domingo, 1 de março de 2015
Audiência de doadora de leite contra Danilo Gentili será na próxima semana em Olinda
A primeira audiência da ação judicial contra o apresentador Danilo Gentili, movida pela técnica em enfermagem Michele Maximino, desde o dia 22 de outubro de 2013, acontece na próxima quarta-feira, 4 de março, às 13h no Fórum de Olinda. A mulher foi ridicularizada no Programa Agora é Tarde, por Danilo, após um recorde de doação de 417 litros de leite materno. A mulher processa o apresentador por violência simbólica sofrida, que resultou em danos a sua saúde e a redução da produção de leite.
Michele é mãe de duas crianças e rodava, por semana, cerca de 80 quilômetros para levar o leite até a maternidade Jesus Nazareno, em Caruaru, município do agreste de Pernambuco, quando residia no interior do Estado. O gesto do humorista repercutiu tanto que ela precisou se mudar da cidade, além de ter desenvolvido problemas emocionais. Na época em que o programa foi exibido, a doadora morava no município de Quipapá, na Zona da Mata pernambucana.
Em outubro de 2013, a juíza da 2ª Vara Cível de Olinda concedeu liminar favorável ao pedido feito por Michele para que a emissora retirasse do ar o material que era divulgado na internet, sob pena de multa diária de R$ 5 mil. O programa em que Michele aparece foi veiculado no dia 3 de outubro de 2013. Depois disso, ela foi vítima de chacota na cidade onde morava. Em rede nacional, o apresentador chegou a compará-la a um ator pornô. Na ação, os advogados também fazem a solicitação de uma indenização por danos morais.
De acordo com Michele, as expectativas para a audiência são as melhores possíveis. "Estou otimista com os possíveis resultados", contou. Após a saída da família da cidade de Quipapá, Ederval Trajano, marido de Michele, informou que o atendimento psicológico não tem sido possível devido às dificuldades encontradas em uma cidade maior. Atualmente, o casal e as duas filhas residem em Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife (RMR).
A mulher retomará as doações nos próximos dias. Na época da repercussão do caso, Michele teve a produção interrompida em uma das mamas. Nesta sexta-feira (27), profisionais do Hospital Agamenon Magalhães (HAM) em Casa Amarela, Zona Norte do Recife, receberão o leite de Michele. O hospital fez um pedido na última terça-feira (24) às mães devido ao banco da instituição está em nível crítico.
Fonte:http://jconline.ne10.uol.com.br/canal/cidades/geral/noticia/2015/02/26/audiencia-de-doadora-de-leite-contra-danilo-gentili-sera-na-proxima-semana-em-olinda-170030.php
sábado, 7 de fevereiro de 2015
DECADÊNCIA DA CULTURA BRASILEIRA
Por Luis Fernando Veríssimo
Que me perdoem os ávidos telespectadores do Big Brother Brasil (BBB), produzido e organizado pela nossa distinta Rede Globo, mas conseguimos chegar ao fundo do poço. A nova edição do BBB é uma síntese do que há de pior na TV brasileira. Chega a ser difícil encontrar as palavras adequadas para qualificar tamanho atentado à nossa modesta inteligência.
Dizem que Roma, um dos maiores impérios que o mundo conheceu, teve seu fim marcado pela depravação dos valores morais do seu povo, principalmente pela banalização do sexo. O BBB é a pura e suprema banalização do sexo.
Impossível assistir ver este programa ao lado dos filhos. Gays, lésbicas, heteros… todos na mesma casa, a casa dos “heróis”, como são chamados por Pedro Bial. Não tenho nada contra gays, acho que cada um faz da vida o que quer, mas sou contra safadeza ao vivo na TV, seja entre homossexuais ou heterossexuais. O BBB é a realidade em busca do IBOPE.
Veja como Pedro Bial tratou os participantes do BBB. Ele prometeu um “zoológico humano divertido”. Não sei se será divertido, mas parece bem variado na sua mistura de clichês e figuras típicas.
Pergunto-me, por exemplo, como um jornalista, documentarista e escritor como Pedro Bial que, faça-se justiça, cobriu a Queda do Muro de Berlim, se submete a ser apresentador de um programa desse nível. Em um e-mail que recebi há pouco tempo, Bial escreve maravilhosamente bem sobre a perda do humorista Bussunda referindo-se à pena de se morrer tão cedo. Eu gostaria de perguntar se ele não pensa que esse programa é a morte da cultura, de valores e princípios, da moral, da ética e da dignidade.
Outro dia, durante o intervalo de uma programação da Globo, um outro repórter acéfalo do BBB disse que, para ganhar o prêmio de um milhão e meio de reais, um Big Brother tem um caminho árduo pela frente, chamando-os de heróis. Caminho árduo? Heróis? São esses nossos exemplos de heróis? Caminho árduo para mim é aquele percorrido por milhões de brasileiros, profissionais da saúde, professores da rede pública (aliás, todos os professores) , carteiros, lixeiros e tantos outros trabalhadores incansáveis que, diariamente, passam horas exercendo suas funções com dedicação, competência e amor e quase sempre são mal remunerados.
Heróis são milhares de brasileiros que sequer tem um prato de comida por dia e um colchão decente para dormir, e conseguem sobreviver a isso todo dia.
Heróis são crianças e adultos que lutam contra doenças complicadíssimas porque não tiveram chance de ter uma vida mais saudável e digna. Heróis são inúmeras pessoas, entidades sociais e beneficentes, Ongs, voluntários, igrejas e hospitais que se dedicam ao cuidado de carentes, doentes e necessitados (vamos lembrar de nossa eterna heroína Zilda Arns).
Heróis são aqueles que, apesar de ganharem um salário mínimo, pagam suas contas, restando apenas dezesseis reais para alimentação, como mostrado em outra reportagem apresentada meses atrás pela própria Rede Globo.
O Big Brother Brasil não é um programa cultural, nem educativo, não acrescenta informações e conhecimentos intelectuais aos telespectadores, nem aos participantes, e não há qualquer outro estímulo como, por exemplo, o incentivo ao esporte, à música, à criatividade ou ao ensino de conceitos como valor, ética, trabalho e moral. São apenas pessoas que se prestam a comer, beber, tomar sol, fofocar, dormir e agir estupidamente para que, ao final do programa, o “escolhido” receba um milhão e meio de reais. E ai vem algum psicólogo de vanguarda e me diz que o BBB ajuda a “entender o comportamento humano”. Ah, tenha dó!!!
Veja o que está por de tra$$$$$ $$$$ do BBB: José Neumani da Rádio Jovem Pan, fez um cálculo de que se vinte e nove milhões de pessoas ligarem a cada paredão, com o custo da ligação a trinta centavos, a Rede Globo e a Telefônica arrecadam oito milhões e setecentos mil reais. Eu vou repetir: oito milhões e setecentos mil reais a cada paredão.
Já imaginaram quanto poderia ser feito com essa quantia se fosse dedicada a programas de inclusão social, moradia, alimentação, ensino e saúde de muitos brasileiros? (Poderia ser feito mais de 520 casas populares; ou comprar mais de 5.000 computadores).
Essas palavras não são de revolta ou protesto, mas de vergonha e indignação, por ver tamanha aberração ter milhões de telespectadores. Em vez de assistir ao BBB, que tal ler um livro, um poema de Mário Quintana ou de Neruda ou qualquer outra coisa…, ir ao cinema…. , estudar… , ouvir boa música…, cuidar das flores e jardins… , telefonar para um amigo… ,•visitar os avós… , pescar…, brincar com as crianças… , namorar… ou simplesmente dormir. Assistir ao BBB é ajudar a Globo a ganhar rios de dinheiro e destruir o que ainda resta dos valores sobre os quais foi construída nossa sociedade.
Fonte:http://contrapontopig.blogspot.com.br/2015/02/contraponto-15970-decadencia-da-cultura.html
domingo, 18 de janeiro de 2015
O perfil de Marco Archer por um jornalista que conversou com ele 4 dias na prisão
Nos bons tempos
O reporter Renan Antunes de Oliveira entrevistou Marco Archer em 2005, numa prisão na Indonésia. Abaixo, seu relato:
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O carioca Marco Archer Cardoso Moreira viveu 17 anos em Ipanema, 25 traficando drogas pelo mundo e 11 em cadeias da Indonésia, até morrer fuzilado, aos 53, neste sábado (17), por sentença da Justiça deste país muçulmano.
Durante quatro dias de entrevista em Tangerang, em 2005, ele se abriu para mim: “Sou traficante, traficante e traficante, só traficante”.
Demonstrou até uma ponta de orgulho: “Nunca tive um emprego diferente na vida”. Contou que tomou “todo tipo de droga que existe”.
Naquela hora estava desafiante, parecia acreditar que conseguiria reverter a sentença de morte.
Marco sabia as regras do país quando foi preso no aeroporto da capital Jakarta, em 2003, com 13,4 quilos de cocaína escondidos dentro dos tubos de sua asa delta. Ele morou na ilha indonésia de Bali por 15 anos, falava bem a língua bahasa e sentiu que a parada seria dura.
Tanto sabia que fugiu do flagrante. Mas acabou recapturado 15 dias depois, quando tentava escapar para o Timor do Leste. Foi processado, condenado, se disse arrependido. Pediu clemência através de Lula, Dilma, Anistia Internacional e até do papa Francisco, sem sucesso. O fuzilamento como punição para crimes é apoiado por quase 70% do povo de lá.
Na mídia brasileira, Marco foi alternadamente apresentado como “um garoto carioca” (apesar dos 42 anos no momento da prisão), ou “instrutor de asa delta”, neste caso um hobby transformado na profissão que ele nunca exerceu.
Para Rodrigo Muxfeldt Gularte, 42, o outro brasileiro condenado por tráfico, que espera fuzilamento para fevereiro, companheiro de cela dele em Tangerang, “Marco teve uma vida que merece ser filmada”.
Rodrigo até ofereceu um roteiro sobre o amigo à cineasta curitibana Laurinha Dalcanale, exaltando: “Ele fez coisas extraordinárias, incríveis.”
O repórter pediu um exemplo: “Viajou pelo mundo todo, teve um monte de mulheres, foi nos lugares mais finos, comeu nos melhores restaurantes, tudo só no glamour, nunca usou uma arma, o cara é demais.”
Para amigos em liberdade que trabalharam para soltá-lo, o que aconteceu teria sido “apenas um erro” do qual ele estaria arrependido.
Em 2005, logo depois de receber a sentença de morte num tribunal em Jacarta
Na versão mais nobre, seria a tentativa desesperada de obter dinheiro para pagar uma conta de hospital pendurada em Cingapura – Marco estaria preocupado em não deixar o nome sujo naquele país. A conta derivou de uma longa temporada no hospital depois de um acidente de asa delta. Ter sobrevivido deu a ele, segundo os amigos, um incrível sentimento de invulnerabilidade.
Ele jamais se livrou das sequelas. Cheio de pinos nas pernas, andava com dificuldade, o que não o impediu de fugir espetacularmente no aeroporto quando os policiais descobriram cocaína em sua asa delta.
Arriscou tudo ali. Um alerta de bomba reforçara a vigilância no aeroporto. Ele chegou a pensar em largar no aeroporto a cocaína que transportava e ir embora, mas decidiu correr o risco.
Com sua ficha corrida, a campanha pela sua liberdade nunca decolou das redes sociais. A mãe dele, dona Carolina, conseguiu o apoio inicial de Fernando Gabeira, na Câmara Federal, com voto contra de Jair Bolsonaro.
O Itamaraty e a presidência se mexeram cada vez que alguma câmera de TV foi ligada, mesmo sabendo da inutilidade do esforço.
Mesmo aparentemente confiante, ele deixava transparecer que tudo seria inútil, porque falava sempre no passado, em tom resignado: “Não posso me queixar da vida que levei”.
Marco me contou que começou no tráfico ainda na adolescência, diretamente com os cartéis colombianos, levando coca de Medellín para o Rio de Janeiro. Adulto, era um dos capos de Bali, onde conquistou fama de um sujeito carismático e bem humorado.
A paradisíaca Bali é um dos principais mercados de cocaína do mundo graças a turistas ocidentais ricos que vão lá em busca de uma vida hedonista: praias deslumbrantes, droga fácil, farta — e cara.
O quilo da coca nos países produtores, como Peru e Bolívia, custa 1 000 dólares. No Brasil, cerca de 5 000. Em Bali, a mesma coca é negociada a preços que variam entre 20 000 e 90 000 dólares, dependendo da oferta. Numa temporada de escassez, por conta da prisão de vários traficantes, o quilo chegou a 300 000 dólares.
Por ser um dos destinos prediletos de surfistas e praticantes de asa delta, e pela possibilidade de lucros fabulosos, Bali atrai traficantes como Marco. Eles se passam por pessoas em busca de grandes ondas, e costumam carregar o contrabando no interior das pranchas de surf e das asas deltas. Archer foi pego assim. Tinha à mão, sempre que desembarcava nos aeroportos, um álbum de fotos que o mostrava voando, o que de fato fazia.
O homem preso por narcotráfico passou a maior parte da entrevista comigo chapado. O consumo de drogas em Tangerang era uma banalidade.
Pirado, Marco fazia planos mirabolantes – como encomendar de um amigo carioca uma nova asa, para quando saísse da cadeia.
Nos momentos de consciência, mostrava que estava focado na grande batalha: “Vou fazer de tudo para sair vivo desta”.
Marco era um traficante tarimbado: “Nunca fiz nada na vida, exceto viver do tráfico.” Gabava-se de não ter servido ao Exército, nem pagar imposto de renda. Nunca teve talão de cheques e ironizava da única vez numa urna: “Minha mãe me pediu para votar no Fernando Collor”.
A cocaína que ele levava na asa tinha sido comprada em Iquitos, no Peru, por 8 mil dólares o quilo, bancada por um traficante norte-americano, com quem dividiria os lucros se a operação tivesse dado certo: a cotação da época da mercadoria em Bali era de 3,5 milhões de dólares.
Marco me contou, às gargalhadas, sua “épica jornada” com a asa cheia de drogas pelos rios da Amazônia, misturado com inocentes turistas americanos. “Nenhum suspeitou”. Enfim chegou a Manaus, de onde embarcou para Jakarta: “Sair do Brasil foi moleza, nossa fiscalização era uma piada”.
O momento em que ele recebeu, nesta semana, a confirmação da data do fuzilamento
Na chegada, com certeza ele viu no aeroporto indonésio um enorme cartaz avisando: “Hukuman berta bagi pembana narkotik’’, a política nacional de punir severamente o narcotráfico.
“Ora, em todo lugar do mundo existem leis para serem quebradas”, me disse, mostrando sua peculiar maneira de ver as coisas: “Se eu fosse respeitar leis nunca teria vivido o que vivi”.
Ele desafiou o repórter: “Você não faria a mesma coisa pelos 3,5 milhões de dólares”?
Para ele, o dinheiro valia o risco: “A venda em Bali iria me deixar bem de vida para sempre” – na ocasião, ele não falou em contas hospitalares penduradas.
Marco parecia exagerar no número de vezes que cruzou fronteiras pelo mundo como mula de drogas: “Fiz mais de mil gols”. Com o dinheiro fácil manteve apartamentos em Bali, Hawai e Holanda, sempre abertos aos amigos: “Nunca me perguntaram de onde vinha o dinheiro pras nossas baladas”.
Marco guardava na cadeia uma pasta preta com fotos de lindas mulheres, carrões e dos apartamentos luxuosos, que seriam aqueles onde ele supostamente teria vivido no auge da carreira de traficante.
Num de seus giros pelo mundo ele fez um cursinho de chef na Suíça, o que foi de utilidade em Tangerang. Às vezes, cozinhava para o comandante da cadeia, em troca de regalias.
Eu o vi servindo salmão, arroz à piemontesa e leite achocolatado com castanhas para sobremesa. O fornecedor dos alimentos era Dênis, um ex-preso tornado amigão, que trazia os suprimentos fresquinhos do supermercado Hypermart.
Marco queria contar como era esta vida “fantástica” e se preparou para botar um diário na internet. Queria contratar um videomaker para acompanhar seus dias. Negociava exclusividade na cobertura jornalística, queria escrever um livro com sua experiência – o que mais tarde aconteceu, pela pena de um jornalista de São Paulo. Um amigo prepara um documentário em vídeo para eternizá-lo.
Foi um dos personagens de destaque de um bestseller da jornalista australiana Kathryn Bonella sobre a vida glamurosa dos traficantes em Bali — orgias, modelos ávidas por festas e drogas depois de sessões de fotos, mansões cinematográficas.
Diplomatas se mexeram nos bastidores para tentar comprar uma saída honrosa para Marco. Usaram desde a ajuda brasileira às vítimas do tsunami até oferta de incremento no comércio, sem sucesso. Os indonésios fecharam o balcão de negócios.
As execuções são assim
O assessor internacional de Dilma, Marco Aurélio Garcia, disse que o fuzilamento deixa “uma sombra” nas relações bilaterais, mas na lateral deles o pessoal não tá nem aí.
A mãe dele, dona Carolina, funcionária pública estadual no Rio, se empenhou enquanto deu para livrar o ‘garotão’ da enrascada, até morrer de câncer, em 2010.
As visitas dela em Tangerang eram uma festa para o staff da prisão, pra quem dava dinheiro e presentes, na tentativa de aliviar a barra para o filhão.
Com este empurrão da mamãe Marco reinou em Tangerang, nos primeiros anos – até ser transferido para outras cadeias, à espera da execução.
Eu o vi sendo atendido por presos pobres que lhe serviam de garçons, pedicures, faxineiros. Sua cela tinha TV, vídeo, som, ventilador, bonsais e, melhor ainda, portas abertas para um jardim onde ele mantinha peixes num laguinho. Quando ia lá, dona Carola dormia na cama do filho.
Marco bebia cerveja geladinha fornecida por chefões locais que estavam noutro pavilhão. Namorava uma bonita presa conhecida por Dragão de Komodo. Como ela vinha da ala feminina, os dois usavam a sala do comandante para se encontrar.
A namorada
A malandragem carioca ajudou enquanto ele teve dinheiro. Ele fazia sua parte esbanjando bom humor. Por todos os relatos de diplomatas, familiares e jornalistas que o viram na cadeia de tempos em tempos, Marco, apelidado Curumim em Ipanema, sempre se mostrou para cima. E mantinha a forma malhando muito.
Para ele, a balada era permanente. Nos últimos anos teve várias mordomias, como celular e até acesso à internet, onde postou algumas cenas.
Um clip dele circulou nos últimos dias – sempre sereno, dizendo-se arrependido, pedindo a segunda chance: “Acho que não mereço ser fuzilado”.
Marco chegou ao último dia de vida com boa aparência, pelo menos conforme as imagens exibidas no Jornal Hoje, da Globo. Mas tinha perdido quase todos os dentes em sua temporada na prisão, como relatou a jornalista e escritora australiana. No Facebook, ela disse guardar boas recordações de Archer, e criticou a “barbárie” do fuzilamento.
Numa gravação por telefone, ele ainda dava conselhos aos mais jovens, avisando que drogas só podem levar à morte ou à prisão.
Sua voz estava firme, parecia esperar um milagre, mesmo faltando apenas 120 minutos pra enfrentar o pelotão de fuzilamento – a se confirmar, deixou esta vida com o bom humor intacto, resignado.
Sabe-se que ele pediu uma garrafa de uísque Chivas Regal na última refeição e que uma tia teria lhe levado um pote de doce-de-leite.
O arrependimento manifestado nas últimas horas pode ser o reflexo de 11 anos encarcerado. Afinal, as pessoas mudam. Ou pode ter sido encenação. Só ele poderia responder.
Para mim, o homem só disse que estava arrependido de uma única coisa: de ter embalado mal a droga, permitindo a descoberta pela polícia no aeroporto.
“Tava tudo pronto pra ser a viagem da minha vida”, começou, ao relatar seu infortúnio.
Foi assim: no desembarque em Jakarta, meteu o equipamento no raio x. A asa dele tinha cinco tubos, três de alumínio e dois de carbono. Este é mais rijo e impermeável aos raios: “Meu mundo caiu por causa de um guardinha desgraçado”, reclamou.
“O cara perguntou ‘por que a foto do tubo saía preta’? Eu respondi que era da natureza do carbono. Aí ele puxou um canivete, bateu no alumínio, fez tim tim, bateu no carbono, fez tom tom”.
O som revelou que o tubo estava carregado, encerrando a bem-sucedida carreira de 25 anos no narcotráfico.
Marco ainda conseguiu dar um drible nos guardas. Enquanto eles buscavam as ferramentas, ele se esgueirou para fora do aeroporto, pegou um prosaico táxi e sumiu. Depois de 15 dias pulando de ilha em ilha no arquipélago indonésio passou sua última noite em liberdade num barraco de pescador, em Lombok, a poucas braçadas de mar da liberdade.
Acordou cercado por vários policiais, de armas apontadas. Suplicou em bahasa que tivessem misericórdia dele.
No sábado, enfrentou pela última vez a mesma polícia, mas desta vez o pessoal estava cumprindo ordens de atirar para matar.
Foi o fim do Curumim.
Fonte:http://www.diariodocentrodomundo.com.br/o-perfil-de-marco-archer-por-um-jornalista-que-conversou-com-ele-4-dias-na-prisao/
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Pode parecer ilógico -no mínimo pouco prioritário- ajudar um estranho quando as coisas parecem confusas na nossa vida. Mas eu venho aprendendo que este é um poderoso antídoto para os dias em que tudo parece fora do lugar.
Como assim, pergunta o meu leitor mais cético? E eu explico:
Há duas situações clássicas onde podemos auxiliar uma pessoa que não conhecemos. A primeira é através de doações e gestos similares de caridade. Estes atos são maravilhosos e muito recomendáveis, mas não é deles que quero falar hoje. Escolhi o segundo tipo: aquelas situações randômicas onde temos a oportunidade de fazer a diferença para uma pessoa desconhecida numa emergência qualquer. Na maioria das vezes, pessoas com quem esbarramos em locais públicos, envolvidas em situações que podem ir do estar atrapalhado até o precisar de mãos para apagar um incêndio.
Eu vejo pelo menos seis motivos para ajudar um estranho:
1) Divergir o olhar de nossos próprios problemas
Por um momento, por menor que seja, teremos a chance de esquecer nossas preocupações.
Dedicados a resolver o problema do outro (SEMPRE mais fácil do que os nossos), descansamos nossa mente. Ganhamos energia para o próximo round de nossa própria luta.
Esta pausa pode nos dar novo fôlego ou simplesmente ser um descanso momentâneo.
2) Olhar por um outro ângulo
Vez ou outra, teremos a oportunidade de relativizar nossos próprios problemas á luz do que encontramos nestes momento. Afinal, alguns de nossos problemas não são tão grandes assim...
Uma vez ajudei Teresa, a senhora que vende balas na porta da escola de meu filho. A situação dela era impossível de ser resolvida sozinha, pois precisava “estacionar” o carrinho que havia quebrado no meio de uma rua deserta. Jamais esquecerei o olhar desesperado, a preocupação com o patrimônio em risco, com o dia de by Savings Sidekick">trabalho desperdiçado, com as providências inevitáveis e caras. E jamais me esquecerei do olhar úmido e agradecido, apesar de eu jamais ter comprado nada dela. Nem antes nem depois.
Olhei com distanciamento o problema de Teresa. E fiquei grata por não ter que trabalhar na rua, por ter tantos recursos e by Savings Sidekick">oportunidades. E agradeci por estar lá, naquela hora, na rua de pouco movimento, e poder oferecer meus braços para ela.
3) Não há antes, nem depois ...
Na intricada teia de nossos by Savings Sidekick">relacionamentos, dívidas e depósitos se amontoam. Ajudar um conhecido muitas vezes cria vínculos ou situações complexas. Ás vezes, ele espera retribuir. Outras vezes, esperamos retribuição. Se temos ressentimentos com a pessoa, ajudá-la nem sempre deixa um gosto bom na boca. Se ela tem ressentimentos conosco, fica tudo muito ruim também.
Já com estranhos são simples. É ali, naquela hora. Depois acabou. E não há antes. Que alívio!
(mas não vamos deixar de ajudar os conhecidos dentro de nossas possibilidades, hein?)
4) A gratidão pelo inesperado é deliciosa
Quem se lembra de uma vez em que recebeu uma gentileza inesperada? Não é especial? E nem sempre estamos merecendo, mal-humorados por conta do revés em questão.
Ou quando ajudamos alguém e recebemos aquele olhar espantado e feliz?
Ontem mesmo, eu estava numa fila comum de banco. Um senhor bem velhinho estava atrás de mim. Na hora em que fui chamada, pedi que ele fosse primeiro. “Mas por que, minha filha?”. “Pelos seus cabelos brancos”, respondi. Ele, agradecido, me deu uma balinha de hortelã. Tudo muito singelo, muito fácil de fazer, mas o sentimento foi boooom.
5) Quase sempre, é fácil de fazer.
Uma vez eu fiquei envolvida por uma semana com uma mãe e um bebê que vieram para São Paulo para uma cirurgia e não tinha ninguém para esperar no aeroporto. Levei para um hotel barato, acompanhei por uma semana e tive medo de estar sendo usada, reforçada pelo ceticismo de muitas pessoas ao meu redor. No final, deu tudo certo e a história era verdadeira.
Mas na maioria dos casos, não é preciso tanto risco ou tanto tempo. Uma informação; um abaixar para pegar algo que caiu; uma dica sobre um produto no supermercado. Dar o braço para um cego (nunca pegue a mão dele, deixe que ele pegue o seu braço, aprendi com meu experiente marido). Facílimo, diria o Léo. E vamos combinar, fácil é tudo que precisamos quando o dia está difícil, certo?
6) Amor, meu grande amor
Finalmente, ajudar estranhos evoca o nosso melhor eu. É comum termos sentimentos de inadequação, baixa auto-estima e insatisfação conosco quando estamos sob tempo nublado. E ajudar o outro nos lembra que somos bons e capazes. Ajudar um estranho demonstra desapego, generosidade, empatia pelo próximo. E saber que somos tudo isto quando o coração está cinza... É para olhar com orgulho no espelho, não?
Portanto, se hoje não é o seu dia... Faça o dia de alguém. E se é um dia glorioso... Vai ficar melhor!
Fonte:http://www.vivermaissimples.com/2011/03/vida-dificil-ajude-um-estranho.html
Fonte:http://www.vivermaissimples.com/2011/03/vida-dificil-ajude-um-estranho.html
Karoline Toledo Pinto
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