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quinta-feira, 14 de março de 2013
Em que espelho?
Nenhum de nós, do internato, podia dizer de onde caíra aquela figura singular, o nosso professor de Português. O professor Brandão (ou, como preferia o Diretor do colégio, o doutor Brandão) falava com esses e erres muito diferentes dos nossos, andava com passos mais curtos do que nós e tinha um ar sofrido que nós, entre os dez e os quinze anos, ainda não tínhamos razão para ostentar.
Foto: Galeria de JD Hancock/Flickr
Algumas informações, finalmente, vazaram. Por exemplo, que nosso professor de Português era advogado. E a imaginação da rapaziada excitava-se em exercícios que justificassem aquele súbito aparecimento. Um dia, o pai de um aluno, em visita ao colégio, abordou nosso professor e perguntou se poderia assumir uma causa no fórum local. O professor Brandão ergueu para o céu seus dois olhos negros e redondos e, depois de um suspiro, afirmou em voz abafada que advogar, não, jamais voltaria a fazê-lo. Sua expressão, então, foi de profunda dor.
Nunca ficamos sabendo por que o doutor Brandão abandonara a profissão para a qual se preparara. Muitas pessoas, mais tarde aprendi, cometem o equívoco de levar um curso até o fim pela única razão de o haver começado. As vocações nem sempre se manifestam muito cedo. Mas o caso do doutor Brandão, que supúnhamos ter exercido a advocacia por muito tempo, parecia bem mais tenebroso. Algum deslize, uma escorregadela, coisa nem sempre provável, mas quase sempre possível para um ser que luta pela sobrevivência neste conturbado mundo de deus? Não sabíamos, mas conjeturávamos. Alguém trouxe de fora a informação de que se apossara, nosso cândido professor, de todos os bens de duas crianças órfãs. Foi quase uma semana de ódio e rancor. Ele não podia entrar na sala de aula sem que rosnássemos de cabeça baixa. Por uma série de detalhes, descobrimos, à luz de velas em nosso esconderijo, que era uma informação falsa. Ah, sim, porque também havia os alunos que o admiravam.
O professor Brandão era casado, e sua esposa, uma normalista, como então eram chamadas as professoras primárias, dava aulas nas séries anteriores ao ginásio (que era esse o nome do atual Ensino Fundamental 2 – não ficou mais bonito? Fundamental!, isso não é pra qualquer um). Eles não tinham filhos, e esse era outro motivo de assombro para nós, tão acostumados a famílias de proles numerosas, pois era assim que Deus mandava e o Brasil queria.
O que mais nos espantava, entretanto, era o ar de grande sofrimento de nosso professor quando tentava explicar as diferenças entre um verbo e um advérbio. Ele segurava o giz sem muita convicção, enrugava a testa, sacudia a cabeça e botava algumas palavras na lousa (que chamávamos de quadro-negro, porque o era realmente). Mas ele gostava de ler. E trazia poemas para que lêssemos e perguntava quem freqüentava a biblioteca, o que encontrávamos lá. Ouvíamos algumas histórias e às vezes contávamos algumas também.
Até o fim do primeiro ano, ninguém mais queria saber a origem do professor Brandão, nem por quais mistérios da vida um homem tão diferente dos outros que conhecíamos viera parar ali. Meu entusiasmo pelas fórmulas da matemática arrefeceu em favor de Mário de Andrade e Cecília Meireles. Nunca entendi por que essa aproximação em suas preferências, mas isso pouco ou nada me preocupou.
Quarenta anos mais tarde fui fazer uma visita ao colégio onde estudei interno. O prédio principal era ainda o mesmo, apesar da cor horrível com que o disfarçaram. Fui apresentado a outros prédios mais recentes. Uns intrusos. Os professores todos pareciam tão estranhos quanto nos parecera, no início, o professor Brandão. E ele, onde estaria? Ninguém sabia de sua existência. Não desisti enquanto não o encontrei. Ele estava colado, muito miúdo e assustado, em um quadro de formatura. Quanto a mim mesmo, descobri que não havia deixado o menor vestígio de minha passagem por lá. Em que espelho, Cecília, ficou perdida minha face?
Fonte:http://www.cartacapital.com.br/sociedade/em-que-espelho/?autor=958
O fim do golpe da TelexFree
Ontem à tarde, através de sua página no Facebook, a empresa TelexFree deu ordem de debandada a seus divulgadores. Meia hora antes, em meu Blog, publiquei um pequeno organograma, com vários sites que faziam parte do esquema.
Foi o fim de cinco dias de luta surda, na qual meu Blog foi derrubado dezenas de vezes pela quadrilha, para impedir de veicular detalhes da denúncia.
À tardinha, a Secretaria Especial de Acompanhamento Econômico (SEAE) do Ministério da Fazenda informou que estava aguardando apenas um parecer da Procuradoria da Fazenda para acionar a Polícia Federal e o Ministério Público.
***
Chega ao fim o mais atrevido golpe já perpetrado contra o consumidor brasileiro. Durante um ano, o esquema TelexFree envolveu um milhão de pessoas e movimentou mais de R$ 300 milhões através de uma versão online do velho golpe da pirâmide.
***
O esquema surgiu inicialmente em 2009, montado pelo aventureiro capixaba Carlos Wenzeler, através de um site denominado de Disk à Vontade.
Para entrar no jogo, a pessoa tinha que pagar de US$ 200 a US$ 1.000 dólares. Depois, colocar publicidade em sites de Internet dos serviços de VoIP (telefonia pela Internet) da TelexFree. Por cada publicidade colocada, a pessoa receberia US$ 20.
Acontece que toda a remuneração dos primeiros da fila era bancada pelos últimos que entravam – como em toda pirâmide, levando ao estouro da boiada depois de algum tempo.
***
A versão inicial do golpe demorou um pouco a decolar devido à falta de confiabilidade na empresa.
Aí Wenzeler deu o segundo passo. Foi até os Estados Unidos, localizou uma pequena empresa de VoIP e tornou-se sócio dela. A empresa tinha um pequeno escritório virtual em um grande prédio de Massachusetts. No site da TelexFree o prédio era apresentado como se fosse totalmente da empresa. E o sócio norte-americano como se fosse um gênio do marketing.
A publicidade da TelexFree ganhou impulso quando passou a veicular que a TelexFree americana era uma multinacional que existia desde 2002.
***
O passo seguinte foi arregimentar uma verdadeira quadrilha de oportunistas, espalhada por todo o país. Essas sub-quadrilhas montaram sites usando o nome da TelexFree na URL (o endereço da Internet). E inundaram o Youtube com vídeos vendendo as maravilhas do enriquecimento fácil.
***
Nos próximos dias a Polícia Federal entrará em cena, prendendo parte da quadrilha. A grande questão que se levanta é o fato da quadrilha ter agido por tanto tempo sem ser incomodada.
Os Procons do Acre e do Mato Grosso solicitaram informações à SEAE. Houve dificuldade em qualificar a natureza do crime. Por outro lado, não se sabia se a repressão deveria partir de Ministérios Públicos estaduais ou do Federal; se da Polícia Civil dos estados ou da Polícia Federal.
A cada dia que passava, mais consumidores eram prejudicados. Pululavam depoimentos de pessoas que chegaram a vender a casa para entrar no negócio.
***
Na semana passada, a presidente Dilma Rousseff anunciou que o governo daria toda ênfase à defesa do consumidor.
O primeiro passo é aparelhar o Estado de ferramentas legais para coibir os velhos crimes que adquirem feição nova através de novas tecnologias.
Fonte:http://www.cartacapital.com.br/economia/o-fim-do-golpe-da-telexfree/?autor=589
quarta-feira, 13 de março de 2013
Destituição imediata!
Se já não bastasse a eleição de Renan Calheiros para presidente do Senado,um deputado conhecido por opiniões racistas e homofóbicas assumiu a liderança da Comissão de Direitos Humanos e Minorias na Câmara dos Deputados. É um absurdo! Mas se aumentarmos a pressão, poderemos impedir este insulto!
A votação para a cadeira de Direitos Humanos e Minorias da Comissão aconteceu hoje após o adiamento da mesma sessão por causa de protestos da sociedade civil e da repercussão da nossa campanha na mídia. Osparlamentares nomearam Marco Feliciano, que fez uma série de comentários chocantes sobre negros e homossexuais. Vamos colocar em prática nosso poder popular e garantir que os deputados nos escutem e destituam o Feliciano da presidência da CDH.
Fonte:http://ccj.org.br/site/noticias.php?op=VerNot&idNot=1114
Bela história...Um homem muito pobre viveu com sua esposa.
Um dia, sua esposa, que tinha o cabelo muito longo lhe pediu para comprar-lhe um pente para o cabelo crescer bem e ser bem preparado.
O homem ficou muito triste e disse que não. Ele explicou que ele mesmo não tem dinheiro suficiente para fixar a fita do seu relógio, que ele só tinha quebrado.
Ela não insistiu em seu pedido.
O homem foi para trabalhar e passou por uma loja de relógio, vendeu seu relógio danificado a um preço baixo e fui para comprar um pente para sua esposa.
Ele veio casa à noite com o pente na mão pronto para dar a sua esposa.
Ele foi surpreendido quando viu sua mulher com um cabelo curto corte.
Ela vendeu o cabelo dela e estava segurando uma nova faixa de relógio.
Lágrimas fluíram simultaneamente de seus olhos, não para a futilidade de suas ações, mas para a reciprocidade do amor.
MORAL: Amar é nada, ser amado é uma coisa, mas amar e ser amado por aquele que você ama, isso é tudo. Nunca tome amor para concedido. ()
GRUPO WER - Bee Gees - How Deep Is Your Love
GRUPO WER - Bee Gees - How Deep Is Your Love
Talento qualidade realmente um expetáculo
Talento qualidade realmente um expetáculo
Duro de Matar 5 – Um Bom Dia Para Morrer
Por Kelson Venâncio
Nova York, Estados Unidos. O policial John McClane (Bruce Willis) está em busca de informações sobre o filho, Jack (Jai Courtney), com quem não fala há alguns anos. Com a ajuda de um amigo, ele descobre que Jack está preso na Rússia, acusado de ter cometido um assassinato. John logo parte para o país na intenção de rever o filho e, pouco após chegar, acaba encontrando-o em plena fuga do tribunal onde seria julgado. Jack está com Yuri Komorov (Sebastian Koch), um terrorista que diz ter em mãos um dossiê que pode incriminar um potencial candidato à presidência russa, Chagarin (Sergey Kolesnikov). Ele não gosta nem um pouco de reencontrar o pai, mas a insistência de John em ajudá-lo acaba, aos poucos, quebrando o gelo entre pai e filho.
Na correria, chego ao Cinemais praticamente em cima da hora pra assistir este filme. Correndo compro os ingressos e chego na sala bem no início da projeção. E logo na primeira cena descubro que irei assistir um filme dublado e como muitos sabem, prefiro as versões originais porque elas trazem a essência da interpretação dos atores. Mas como a dublagem brasileira é considerada uma das melhores do mundo a gente acaba ficando menos chateado. Mas depois de uns 5 minutos, quando aparece em cena o policial John McClaine e ele abre a boca pra falar eu quase tive um ataque de nervos. A voz que saia das cordas vocais de Bruce Willis não tinha absolutamente nada a ver com o personagem. Uma voz grossa, lenta, arrastada, preguiçosa e irritante. E como um bom dublador tem de ser acima de tudo um bom ator, este definitivamente não era o caso. O dublador, cujo nome não consegui achar, é extremamente sem interpretação e bem que podia arrumar outro emprego. Parecia que o cigano Igor (a novela Explode Coração) foi escolhido para substituir o saudoso e excelente Newton da Matta, que era o dublador oficial de Willis e que morreu em 2006. ( Você pode conferir o que estou falando em nossa sessão de dublagens no nosso novo site: http://migre.me/dzd8y )
Com isso, um filme que já é muito ruim acaba ficando pior ainda. Duro de Matar 5 é sem nenhuma dúvida o pior de toda a série que tem nos dois primeiros longas os melhores até aqui. Nesta nova aventura do detetive John McClaine não há praticamente nada positivo, a começar pelo roteiro. A história que inventaram pra trazer o personagem de volta às telas é muito fraca e temos a impressão de que com ela querem aposentar de vez McClaine e colocar o filho dele Jack no lugar, só pode. É que desta vez quem foi assistir ao filme achando que veria, como de costume, John arrebentando tudo ans cenas de tirar o fôlego teve uma grande decepção. Agora o personagem virou um velho chato e sem graça, que fica implorando o amor do filho praticamente durante toda a trama. E sem contar que nesse caso ele vira um mero coadjuvante, passando sua “estrela” para o ator Jai Courtney.
E já que nesse novo filme, a base é a relação entre pai e filho, temos que criticar também essa péssima relação. Não existe nenhuma química entre os dois personagens que nem parecem que são da mesma família. E confesso que nem me recordo de qualquer relação entre os dois nos filmes anteriores. Aqui o filho aparece cheio de raiva do pai dificultando e muito a relação entre eles e apenas num momento sentimental e ridículo de McClaine ficamos um pouquinho por dentro do que houve entre eles. “Eu fui um pai ausente, agora estou arrependido, mas é tarde”, diz McClaine algo clichê e que não tem nada a ver com ele.
Como a historinha desta vez não convence, o diretor John Moore tenta partir para o lado da ação e sem sucesso. O filme vira um show de explosões, tiros, bombas, destruição e muitas mentiras exageradas. McClaine deixa de ser aquele detetive inteligente dos primeiros filmes para se tornar uma metralhadora ambulante que mais parece um transformer de Michael Bay atirando pra todo lado e sem levar um tiro sequer. Por falar nisso, uma das características mais marcantes do personagem é a sua resistência à dor apesar de seu sofrimento com ela. Mas aqui, McClaine nem faz cara de que está com “dodói”. Alías, os dois personagens são como se fossem o Superman e o Wolverine juntos num filme só já que eles saem ilesos de explosões, acidentes de trânsito catastróficos, chuva de tiros de metralhadoras e até do fogo e destroços causados pela queda de um helicóptero gigante.
Se continuar desse jeito é melhor aposentar mesmo o nosso detive, que ainda insiste em ficar repetindo a cada 20 minutos de projeção que está de férias. Com o estilo desse personagem Bruce Willis pode continuar com a turma de velhos de “Os Mercenários” que dá mais certo.
Fonte:http://www.cinemaevideo.tv/2013/03/11/duro-de-matar-5-um-bom-dia-para-morrer/
Jorgina de Freitas, maior fraudadora do INSS, nomeada a cargo público no RJ!
Quem não se lembra de Jorgina, aquela do INSS? Ela agora voltou e ocupa no Governo do Rio de Janeiro cargo na CEDAE – Cia de Água e Esgoto, numa evidente prova de que o crime compensa. Parece que não está mais havendo o mínimo de coerência nos órgãos públicos, e nem mesmo respeito para com a opinião pública.
Fraudadora Jorgina de Freitas cumpre pena por atos lesivos ao erário e aos aposentados, e mesmo condenada, foi nomeada como assessora durante o dia, nesta repartição pública do Governo do Estado do Rio de Janeiro. Jorgina é considerada a maior fraudadora do INSS, e como prêmio é nomeada Assessora do Presidente da CEDAE, Wagner Victer.
Trata-se da ex-procuradora do INSS, Jorgina de Freitas, que em 1992, foi condenada junto com o juiz Nestor José Nascimento e o advogado Ilson Escóssia, por fraudes com desvio R$ 310 milhões do Instituto de Previdência. Posteriormente, Jorgina foi condenada a devolver aos cofres públicos R$ 200 milhões, e não se falou mais sobre os R$110 milhões, do montante referido acima. A mulher Ela do Brasil e foi presa na Costa Rica, em 1997.
Agora, embora continue cumprindo pena, Jorgina de Freitas passou ao regime semiaberto, porque conseguiu um emprego. Tudo leva a crer que ela está recebendo uma recompensa por não ter entregue na época toda a quadrilha. Isso é o que qualquer pessoa pode pensar. Essas e outras falcatruas, que os brasileiros estão acostumados a presenciar, leva todos nós a uma reflexão sobre o slogan “Brasil, um País de Tolos!”
Naturalmente, Jorgina não teria sido a única a se beneficiar do rombo da Previdência Social. É muito provável que os seus “comparsas”, os ditos homens públicos estejam agora lhe prestando os devidos favores. Isso é mesmo uma vergonha!...
Fonte:http://adrenaline.uol.com.br/forum/geral/384796-jorgina-de-freitas-maior-fraudadora-do-inss-nomeada-cargo-publico-no-rj.html
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Claudio Vitorino em ação..
Aquele que acredita que o interesse coletivo está acima do interesse individual , que acredita que tudo e possível desde que tenha fé em Deus e coragem para superar os desafios...
Vida difícil? Ajude um estranho .
Pode parecer ilógico -no mínimo pouco prioritário- ajudar um estranho quando as coisas parecem confusas na nossa vida. Mas eu venho aprendendo que este é um poderoso antídoto para os dias em que tudo parece fora do lugar.
Como assim, pergunta o meu leitor mais cético? E eu explico:
Há duas situações clássicas onde podemos auxiliar uma pessoa que não conhecemos. A primeira é através de doações e gestos similares de caridade. Estes atos são maravilhosos e muito recomendáveis, mas não é deles que quero falar hoje. Escolhi o segundo tipo: aquelas situações randômicas onde temos a oportunidade de fazer a diferença para uma pessoa desconhecida numa emergência qualquer. Na maioria das vezes, pessoas com quem esbarramos em locais públicos, envolvidas em situações que podem ir do estar atrapalhado até o precisar de mãos para apagar um incêndio.
Eu vejo pelo menos seis motivos para ajudar um estranho:
1) Divergir o olhar de nossos próprios problemas
Por um momento, por menor que seja, teremos a chance de esquecer nossas preocupações.
Dedicados a resolver o problema do outro (SEMPRE mais fácil do que os nossos), descansamos nossa mente. Ganhamos energia para o próximo round de nossa própria luta.
Esta pausa pode nos dar novo fôlego ou simplesmente ser um descanso momentâneo.
2) Olhar por um outro ângulo
Vez ou outra, teremos a oportunidade de relativizar nossos próprios problemas á luz do que encontramos nestes momento. Afinal, alguns de nossos problemas não são tão grandes assim...
Uma vez ajudei Teresa, a senhora que vende balas na porta da escola de meu filho. A situação dela era impossível de ser resolvida sozinha, pois precisava “estacionar” o carrinho que havia quebrado no meio de uma rua deserta. Jamais esquecerei o olhar desesperado, a preocupação com o patrimônio em risco, com o dia de by Savings Sidekick">trabalho desperdiçado, com as providências inevitáveis e caras. E jamais me esquecerei do olhar úmido e agradecido, apesar de eu jamais ter comprado nada dela. Nem antes nem depois.
Olhei com distanciamento o problema de Teresa. E fiquei grata por não ter que trabalhar na rua, por ter tantos recursos e by Savings Sidekick">oportunidades. E agradeci por estar lá, naquela hora, na rua de pouco movimento, e poder oferecer meus braços para ela.
3) Não há antes, nem depois ...
Na intricada teia de nossos by Savings Sidekick">relacionamentos, dívidas e depósitos se amontoam. Ajudar um conhecido muitas vezes cria vínculos ou situações complexas. Ás vezes, ele espera retribuir. Outras vezes, esperamos retribuição. Se temos ressentimentos com a pessoa, ajudá-la nem sempre deixa um gosto bom na boca. Se ela tem ressentimentos conosco, fica tudo muito ruim também.
Já com estranhos são simples. É ali, naquela hora. Depois acabou. E não há antes. Que alívio!
(mas não vamos deixar de ajudar os conhecidos dentro de nossas possibilidades, hein?)
4) A gratidão pelo inesperado é deliciosa
Quem se lembra de uma vez em que recebeu uma gentileza inesperada? Não é especial? E nem sempre estamos merecendo, mal-humorados por conta do revés em questão.
Ou quando ajudamos alguém e recebemos aquele olhar espantado e feliz?
Ontem mesmo, eu estava numa fila comum de banco. Um senhor bem velhinho estava atrás de mim. Na hora em que fui chamada, pedi que ele fosse primeiro. “Mas por que, minha filha?”. “Pelos seus cabelos brancos”, respondi. Ele, agradecido, me deu uma balinha de hortelã. Tudo muito singelo, muito fácil de fazer, mas o sentimento foi boooom.
5) Quase sempre, é fácil de fazer.
Uma vez eu fiquei envolvida por uma semana com uma mãe e um bebê que vieram para São Paulo para uma cirurgia e não tinha ninguém para esperar no aeroporto. Levei para um hotel barato, acompanhei por uma semana e tive medo de estar sendo usada, reforçada pelo ceticismo de muitas pessoas ao meu redor. No final, deu tudo certo e a história era verdadeira.
Mas na maioria dos casos, não é preciso tanto risco ou tanto tempo. Uma informação; um abaixar para pegar algo que caiu; uma dica sobre um produto no supermercado. Dar o braço para um cego (nunca pegue a mão dele, deixe que ele pegue o seu braço, aprendi com meu experiente marido). Facílimo, diria o Léo. E vamos combinar, fácil é tudo que precisamos quando o dia está difícil, certo?
6) Amor, meu grande amor
Finalmente, ajudar estranhos evoca o nosso melhor eu. É comum termos sentimentos de inadequação, baixa auto-estima e insatisfação conosco quando estamos sob tempo nublado. E ajudar o outro nos lembra que somos bons e capazes. Ajudar um estranho demonstra desapego, generosidade, empatia pelo próximo. E saber que somos tudo isto quando o coração está cinza... É para olhar com orgulho no espelho, não?
Portanto, se hoje não é o seu dia... Faça o dia de alguém. E se é um dia glorioso... Vai ficar melhor!
Fonte:http://www.vivermaissimples.com/2011/03/vida-dificil-ajude-um-estranho.html
Fonte:http://www.vivermaissimples.com/2011/03/vida-dificil-ajude-um-estranho.html
Karoline Toledo Pinto
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