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quarta-feira, 13 de março de 2013

Bela história...Um homem muito pobre viveu com sua esposa.




Um dia, sua esposa, que tinha o cabelo muito longo lhe pediu para comprar-lhe um pente para o cabelo crescer bem e ser bem preparado.

O homem ficou muito triste e disse que não. Ele explicou que ele mesmo não tem dinheiro suficiente para fixar a fita do seu relógio, que ele só tinha quebrado.

Ela não insistiu em seu pedido.

O homem foi para trabalhar e passou por uma loja de relógio, vendeu seu relógio danificado a um preço baixo e fui para comprar um pente para sua esposa.

Ele veio casa à noite com o pente na mão pronto para dar a sua esposa.

Ele foi surpreendido quando viu sua mulher com um cabelo curto corte.

Ela vendeu o cabelo dela e estava segurando uma nova faixa de relógio.

Lágrimas fluíram simultaneamente de seus olhos, não para a futilidade de suas ações, mas para a reciprocidade do amor.

MORAL: Amar é nada, ser amado é uma coisa, mas amar e ser amado por aquele que você ama, isso é tudo. Nunca tome amor para concedido. ()

GRUPO WER - Bee Gees - How Deep Is Your Love



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Talento qualidade realmente um expetáculo

Duro de Matar 5 – Um Bom Dia Para Morrer



Por Kelson Venâncio

Nova York, Estados Unidos. O policial John McClane (Bruce Willis) está em busca de informações sobre o filho, Jack (Jai Courtney), com quem não fala há alguns anos. Com a ajuda de um amigo, ele descobre que Jack está preso na Rússia, acusado de ter cometido um assassinato. John logo parte para o país na intenção de rever o filho e, pouco após chegar, acaba encontrando-o em plena fuga do tribunal onde seria julgado. Jack está com Yuri Komorov (Sebastian Koch), um terrorista que diz ter em mãos um dossiê que pode incriminar um potencial candidato à presidência russa, Chagarin (Sergey Kolesnikov). Ele não gosta nem um pouco de reencontrar o pai, mas a insistência de John em ajudá-lo acaba, aos poucos, quebrando o gelo entre pai e filho.

Na correria, chego ao Cinemais praticamente em cima da hora pra assistir este filme. Correndo compro os ingressos e chego na sala bem no início da projeção. E logo na primeira cena descubro que irei assistir um filme dublado e como muitos sabem, prefiro as versões originais porque elas trazem a essência da interpretação dos atores. Mas como a dublagem brasileira é considerada uma das melhores do mundo a gente acaba ficando menos chateado. Mas depois de uns 5 minutos, quando aparece em cena o policial John McClaine e ele abre a boca pra falar eu quase tive um ataque de nervos. A voz que saia das cordas vocais de Bruce Willis não tinha absolutamente nada a ver com o personagem. Uma voz grossa, lenta, arrastada, preguiçosa e irritante. E como um bom dublador tem de ser acima de tudo um bom ator, este definitivamente não era o caso. O dublador, cujo nome não consegui achar, é extremamente sem interpretação e bem que podia arrumar outro emprego. Parecia que o cigano Igor (a novela Explode Coração) foi escolhido para substituir o saudoso e excelente Newton da Matta, que era o dublador oficial de Willis e que morreu em 2006. ( Você pode conferir o que estou falando em nossa sessão de dublagens no nosso novo site: http://migre.me/dzd8y )



Com isso, um filme que já é muito ruim acaba ficando pior ainda. Duro de Matar 5 é sem nenhuma dúvida o pior de toda a série que tem nos dois primeiros longas os melhores até aqui. Nesta nova aventura do detetive John McClaine não há praticamente nada positivo, a começar pelo roteiro. A história que inventaram pra trazer o personagem de volta às telas é muito fraca e temos a impressão de que com ela querem aposentar de vez McClaine e colocar o filho dele Jack no lugar, só pode. É que desta vez quem foi assistir ao filme achando que veria, como de costume, John arrebentando tudo ans cenas de tirar o fôlego teve uma grande decepção. Agora o personagem virou um velho chato e sem graça, que fica implorando o amor do filho praticamente durante toda a trama. E sem contar que nesse caso ele vira um mero coadjuvante, passando sua “estrela” para o ator Jai Courtney.

E já que nesse novo filme, a base é a relação entre pai e filho, temos que criticar também essa péssima relação. Não existe nenhuma química entre os dois personagens que nem parecem que são da mesma família. E confesso que nem me recordo de qualquer relação entre os dois nos filmes anteriores. Aqui o filho aparece cheio de raiva do pai dificultando e muito a relação entre eles e apenas num momento sentimental e ridículo de McClaine ficamos um pouquinho por dentro do que houve entre eles. “Eu fui um pai ausente, agora estou arrependido, mas é tarde”, diz McClaine algo clichê e que não tem nada a ver com ele.

Como a historinha desta vez não convence, o diretor John Moore tenta partir para o lado da ação e sem sucesso. O filme vira um show de explosões, tiros, bombas, destruição e muitas mentiras exageradas. McClaine deixa de ser aquele detetive inteligente dos primeiros filmes para se tornar uma metralhadora ambulante que mais parece um transformer de Michael Bay atirando pra todo lado e sem levar um tiro sequer. Por falar nisso, uma das características mais marcantes do personagem é a sua resistência à dor apesar de seu sofrimento com ela. Mas aqui, McClaine nem faz cara de que está com “dodói”. Alías, os dois personagens são como se fossem o Superman e o Wolverine juntos num filme só já que eles saem ilesos de explosões, acidentes de trânsito catastróficos, chuva de tiros de metralhadoras e até do fogo e destroços causados pela queda de um helicóptero gigante.

Se continuar desse jeito é melhor aposentar mesmo o nosso detive, que ainda insiste em ficar repetindo a cada 20 minutos de projeção que está de férias. Com o estilo desse personagem Bruce Willis pode continuar com a turma de velhos de “Os Mercenários” que dá mais certo.



Fonte:http://www.cinemaevideo.tv/2013/03/11/duro-de-matar-5-um-bom-dia-para-morrer/

Jorgina de Freitas, maior fraudadora do INSS, nomeada a cargo público no RJ!



Quem não se lembra de Jorgina, aquela do INSS? Ela agora voltou e ocupa no Governo do Rio de Janeiro cargo na CEDAE – Cia de Água e Esgoto, numa evidente prova de que o crime compensa. Parece que não está mais havendo o mínimo de coerência nos órgãos públicos, e nem mesmo respeito para com a opinião pública.

Fraudadora Jorgina de Freitas cumpre pena por atos lesivos ao erário e aos aposentados, e mesmo condenada, foi nomeada como assessora durante o dia, nesta repartição pública do Governo do Estado do Rio de Janeiro. Jorgina é considerada a maior fraudadora do INSS, e como prêmio é nomeada Assessora do Presidente da CEDAE, Wagner Victer.

Trata-se da ex-procuradora do INSS, Jorgina de Freitas, que em 1992, foi condenada junto com o juiz Nestor José Nascimento e o advogado Ilson Escóssia, por fraudes com desvio R$ 310 milhões do Instituto de Previdência. Posteriormente, Jorgina foi condenada a devolver aos cofres públicos R$ 200 milhões, e não se falou mais sobre os R$110 milhões, do montante referido acima. A mulher Ela do Brasil e foi presa na Costa Rica, em 1997.



Agora, embora continue cumprindo pena, Jorgina de Freitas passou ao regime semiaberto, porque conseguiu um emprego. Tudo leva a crer que ela está recebendo uma recompensa por não ter entregue na época toda a quadrilha. Isso é o que qualquer pessoa pode pensar. Essas e outras falcatruas, que os brasileiros estão acostumados a presenciar, leva todos nós a uma reflexão sobre o slogan “Brasil, um País de Tolos!”



Naturalmente, Jorgina não teria sido a única a se beneficiar do rombo da Previdência Social. É muito provável que os seus “comparsas”, os ditos homens públicos estejam agora lhe prestando os devidos favores. Isso é mesmo uma vergonha!...








Fonte:http://adrenaline.uol.com.br/forum/geral/384796-jorgina-de-freitas-maior-fraudadora-do-inss-nomeada-cargo-publico-no-rj.html

segunda-feira, 11 de março de 2013

Marcha das Vadias mobiliza cidades do Brasil e do mundo






A Marcha das Vadias ganhou em 2012 caráter nacional e ocorre simultaneamente neste sábado em cerca de 20 cidades do Brasil e do mundo. Entre as cidades brasileiras que realizaram o protesto estão Brasília (DF), Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG), Florianópolis (SC), Vitória (ES), São Paulo (SP), São Carlos (SP), São José dos Campos (SP) e Sorocaba (SP).



A iniciativa busca chamar a atenção da sociedade de que a culpa da violência e do abuso sexual não é da vítima. "É do abusador e do estuprador", salientou Daniela Montper, uma das organizadoras do evento no Rio de Janeiro. "Quando a sociedade fica julgando a vítima, procurando algum motivo para dizer que ela mereceu (a violência), está tirando a culpa do estuprador, do abusador, e jogando em cima da vítima", acrescentou.



Grande mobilização em Brasília
Cerca de 3 mil pessoas compareceram à Marcha das Vadias em Brasília, segundo dados da Polícia Militar do Distrito Federal e dos organizadores do protesto.

A quantidade de manifestantes foi aproximadamente cinco vezes maior do que a da marcha do ano passado. Munidos de buzinas, tambores, cornetas, cartazes e entoando gritos de guerra, os manifestantes tiveram o objetivo de alertar a sociedade para a violência e o abuso sexual contra mulheres.

No Rio de Janeiro, palavras de efeito
Segurando cartazes a favor do aborto e contra o machismo, cerca de mil manifestantes - de acordo com estimativa dos organizadores - pregaram o combate à violência contra a mulher durante a Marcha das Vadias na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro.

As integrantes do movimento, usando pouca roupa e com maquiagem chamativa, cantavam slogans como "eu só quero é ser feliz / andar tranquilamente com a roupa que escolhi / e poder assegurar / de burca ou de short, todos vão me respeitar" ou ainda "a nossa luta é por respeito, mulher não é só bunda e peito".

Irreverência chama atenção em SP
Pelo menos 700 pessoas, de acordo com a Polícia Militar, participaram da segunda edição da Marcha das Vadias em São Paulo: um número maior que os 400 participantes registrados no evento no ano passado.

A passeata foi marcada pela irreverência de grande parte das participantes, que desfilaram usando roupas íntimas e até mesmo nuas da cintura para cima, com o corpo coberto por pinturas e palavras de ordem. Outras usavam roupas decotadas e curtas. A manifestação foi pacífica.

Origem da Marcha das Vadias
O movimento surgiu em Toronto, no Canadá, no ano passado, organizado por estudantes da universidade local, a partir da declaração de um policial que afirmou, durante uma palestra, que o fato de as mulheres se vestirem como "vadias" poderia estimular o estupro.



A marcha no Brasil defende outros temas, como o combate a toda forma de violência e abuso sexual contra meninas e mulheres, e prega a diversidade sexual. Outra bandeira dos participantes é a descriminalização do aborto.

Agência Brasil

Colaboraram com esta notícia os internautas Henrique Yasuda, de São Paulo (SP), e Cleide Isabel, de São Bernardo do Campo (SP), que participaram do vc repórter, canal de jornalismo participativo






Fonte:http://noticias.terra.com.br/brasil/cidades/marcha-das-vadias-mobiliza-cidades-do-brasil-e-do-mundo,2d9cdc840f0da310VgnCLD200000bbcceb0aRCRD.html

Luana Tolentino: Ordem de serviço da PM e genocídio da juventude negra



publicado em 23 de janeiro de 2013 às 17:41



por Luana Tolentino, especial para o Viomundo

Nos últimos dias, livros, revistas, dissertações e o computador têm sido minhas principais companhias. A tarefa é dura e desafiadora: escrever sobre Lélia Gonzalez (1935-1994), uma das maiores intelectuais negras que este país já teve.

Em um dos parágrafos, falei dos desafios a serem enfrentados para a superação da desigualdade racial existente no Brasil. Da mesma maneira, discorri sobre os avanços e vitórias que a população negra obteve, principalmente nas duas últimas décadas: A criação da SEPPIR em 2003, a aprovação do Estatuto da Igualdade Racial em 2010, e mais recentemente a vitória histórica com a aprovação das Cotas no ensino superior.

Como ninguém é de ferro, resolvi desanuviar um pouco: um café e uma olhadela no Facebook. Minha estratégia não deu muito certo: me deparei com uma “ordem de serviço” (imagem acima) da Polícia Militar de São Paulo, o que mostra que, apesar dos avanços, a luta contra o racismo tem de ser cotidiana.

Temos na medida da PM Paulista uma continuidade histórica. Ainda no século XIX, representantes da classe dominante brasileira tomaram de empréstimo as teorias raciais disseminadas na Europa, que atestavam a inferioridade dos negros. Ao adaptá-las à realidade nacional, imputaram aos descendentes de escravos uma suposta tendência ao crime. Outrossim, o negro associado à criminalidade foi fundamentado pela Ciência, ganhou caráter institucional no Estado e acabou amplamente disseminado pela população.

Passados mais de um século, este estigma permanece arraigado no inconsciente coletivo e nas abordagens policiais. Os moradores das periferias, vilas e favelas, sobretudo os negros e do sexo masculino, são vistos como elementos suspeitos.

Do ponto de vista da violência urbana, um estudo realizado pelo Laboratório de Análises Estatísticas Econômicas e Sociais das Relações Raciais da UERJ mostrou que, entre os anos de 2009 e 2010, o número de pretos e pardos assassinados cresceu 46,3%. No contingente branco, esse crescimento foi de 0,1%.

Mano Brown, que recentemente pediu o impeachment do governador Geraldo Alckimim, pelo alto índice de jovens negros assassinados nas periferias de São Paulo, em 2011, durante palestra em Belo Horizonte afirmou que de cada 15 jovens assassinados 14 são negros. Esses números deixam claro que um genocídio está em curso no Brasil, e pouco ou nada se faz para reversão desse quadro aterrador.

Os reflexos das teorias raciais formuladas pela elite brasileira nos anos finais do século XIX e início da primeira República também são visíveis no sistema prisional. No Rio de Janeiro, 90% da população carcerária é formada por afro-descendentes. Diante disso, torna-se impossível não lembrar dos versos de Gil e Caetano:

“mas presos, são quase todos pretos, ou quase brancos, quase pretos de tão pobres, e pobres são como podres, e todos sabem como se tratam os pretos”.

Num país que entende como natural a distância que separa negros e brancos, a postura genocida da Polícia Militar de São Paulo dificilmente é associada à violência racial. Além disso, quando chegam a ser noticiados na mídia são fruto de denúncias de moradores e de pressões dos movimentos sociais. Assim, é necessário louvar as reportagens veiculadas pela Rede Record e pela Carta Capital, que nos últimos anos têm levado ao ar e publicado matérias sobre a discriminação racial e a violência policial no Brasil. Fato raro na televisão brasileira.

Nas eleições de 2010, em um dos debates entre os presidenciáveis, Plínio Arruda, nos poucos minutos a que teve direito de se pronunciar, sintetizou numa frase um dos legados deixados pelos quase quatro séculos de escravidão no país: “Ser negro no Brasil é extremamente perigoso”.

Poucos devem ter prestado a atenção na assertiva de Plínio, porém, a “ordem de serviço” emitida pelo Comandante da PM, Ubiratam Beneducci, não deixa dúvidas de que o então candidato do PSOL estava coberto de razão.


Fonte:http://www.viomundo.com.br/denuncias/luana-tolentino-ordem-de-servico-da-pm-arma-para-genocidio-de-jovens-negros.html

Mapa da Violência 2013 - O Fracasso do Desarmamento



Mapa da Violência 2013 - O Fracasso do Desarmamento

Fabrício Rebelo*

Um dos parâmetros mais utilizados para a compreensão da violência homicida no Brasil, o “Mapa da Violência” apresenta, em sua mais recente edição (2013), dados que, mesmo com indisfarçável contaminação da ideologia desarmamentista, conduzem à conclusão que mais se alcança entre os estudiosos em segurança pública: as políticas de desarmamento não reduziram homicídios no país.

De acordo com o Mapa, publicado pelo Centro Brasileiro de Estudos Latino-Americanos, foram mortas no Brasil, no ano de 2010, 38.892 (trinta e oito mil, oitocentos e noventa e duas) pessoas com uso de arma de fogo, quantidade que supera a registrada no ano 2000 em 3.907 (três mil, novecentos e sete) ocorrências - foram registradas 34.958 mortes naquele ano. Percentualmente, na década pesquisada, houve um aumento nas mortes por arma de fogo da ordem de 11,25%, computando-se acidentes, suicídios, homicídios e outras causas indeterminadas[1].

No mesmo período, de acordo com os dados disponíveis junto ao IBGE[2], a população brasileira sofreu um incremento de 12,33%, passando de 169.799.170 para 190.732.694 de habitantes. Portanto, para fins estatísticos e considerada a margem de variação inerente a qualquer pesquisa com parâmetros populacionais, os números se equivalem, não se podendo atribuir qualquer significação relevante à irrisória diferença de 1,08% entre o crescimento populacional e o de mortes por armas de fogo. O quadro pesquisado, assim, apresentou estagnação estatística.

A situação muda um pouco quando são isolados apenas os casos de homicídio. De acordo com o estudo, foram assassinadas com arma de fogo no país, no ano 2000, 30.865 pessoas, número que, dez anos depois, aumentou para 36.792[3], numa variação de 19,2%, ou seja, já expressivamente acima do crescimento demográfico.

Já numa primeira análise, portanto, os números comprovam que, entre os anos de 2000 e 2010, os índices gerais de morte por arma de fogo no Brasil praticamente variaram na mesma proporção de seu crescimento demográfico, com relevante aumento na taxa de homicídios com esse meio. Com isso, claramente já se pode observar que as amplamente difundidas políticas de desarmamento, implementadas no país no mesmo período, foram inteiramente ineficazes para a contenção de tal modalidade de crime.

A conclusão se reforça sobejamente quando são analisados os efeitos da política desarmamentista na circulação de armas de fogo no Brasil. No exato mesmo período de 2000 a 2010, o comércio de armas de fogo no país, em decorrência das legislações restritivas coroadas pelo atual estatuto do desarmamento, sofreu uma drástica redução, da ordem de espantosos 90% (noventa por cento).

Havia no país, no ano 2000, 2,4 mil estabelecimentos registrados na Polícia Federal autorizados ao comércio de armas e munições. Já em 2008, restavam apenas 280 (duzentos e oitenta). Em 2010, de acordo com diversas pesquisas promovidas por órgãos do próprio governo, organizações não governamentais e centros de pesquisa acadêmica, o comércio especializado de armas e munições se resumia a 10% (dez por cento) do que se verificava uma década antes[4].

Paralelamente a isso, campanhas de desarmamento, especialmente a fortemente realizada entre os anos de 2004 e 2005, precedendo o referendo deste último ano, retiraram de circulação cerca de meio milhão de armas entre a população civil brasileira[5], número que hoje já alcança, de acordo com dados oficiais do Ministério da Justiça, 618.673 (seiscentas e dezoito mil, seiscentas e setenta e três)[6].

Considerando que, de acordo com os dados do Sistema Nacional de Armas – SINARM, há hoje no Brasil pouco mais de 1,6 milhões[7] de armas com registro ativo, o total de armas recolhidas representa mais de 27,5% do universo somatório daquelas registradas e das já recolhidas. Em outros termos, comparando-se o total das armas hoje registradas e o daquelas que já foram entregues em campanhas de desarmamento, o arsenal legalizado brasileiro já foi reduzido em mais de 1/4 (um quarto) de seu total.

Numa realidade em que 90% do comércio de armas foi extinto no país e mais de seiscentas mil delas já foram retiradas de circulação, não resta qualquer dúvida de que, caso as armas legalmente possuídas pela sociedade brasileira tivessem vinculação com o número de mortes, os respectivos índices teriam sofrido igualmente significativa variação para menor.

Entretanto, consoante aqui demonstrado, mesmo com tamanha perseguição às armas de fogo, as mortes gerais por seu uso no país cresceram na exata mesma proporção do crescimento populacional, enquanto os homicídios aumentaram numa taxa acima deste. Em 2010, com 90% de redução no comércio de armas e mais de meio milhão delas já recolhidas, a taxa de mortes com seu uso no país o foi a mesma de uma década antes, com uma variação estatisticamente desprezível de apenas 1% (20,6/100mil em 2000 contra 20,4/100mil em 2010), ao passo em que a taxa de homicídios aumentou mais de 6% (18,2/100mil contra 19,3/100mil)[8].

Os números, mais uma vez, comprovam que inexiste relação direta entre a quantidade de armas em circulação entre a população civil e as taxas de mortes por seu uso. A drástica redução no acesso do cidadão brasileiro às armas de fogo não representou nenhuma contenção nas mortes em que elas são empregadas e não impediu o considerável crescimento dos homicídios no país.

A explicação é simples: leis restritivas à posse e ao porte de armas apenas desarmam aqueles que cumprem as leis. Porém, no Brasil ou em qualquer outro lugar, como já reconhece a própria ONU, na quase totalidade das vezes em que um homicídio é cometido com uma arma de fogo, quem puxa o gatilho é um criminoso habitual[9].

* Fabricio Rebelo | bacharel em direito, pesquisador em segurança pública e coordenador regional (NE) da ONG Movimento Viva Brasil.

[1] WAISELFISZ, Julio Jacobo - Mapa da Violência 2013 - Mortes Matadas por Armas de Fogo : CEBELA, 2013, p. 11.
[2] Censo 2010 – IBGE. Disponível em http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/noticia_visualiza.php?id_noticia=1766
[3] Ob. Cit., p. 11
[4] Vide: Venda legal de armas já caiu 90% em dez anos - http://terramagazine.terra.com.br/interna/0,,OI5077633-EI6594,00-Venda+legal+de+armas+ja+caiu+em+dez+anos.html
[5] http://www.brasil.gov.br/noticias/arquivos/2011/12/12/armas-de-fogo-mataram-mais-de-36-mil-em-2010-segundo-o-ministerio-da-justica
[6] Vide : http://blog.justica.gov.br/inicio/primeiro-mes-do-ano-registra-aumento-de-51-de-armas-entregues/
[7] 1.624.832 de registros ativos em 2012, segundo o SINARM.
[8] WAISELFISZ, Julio Jacobo - Mapa da Violência 2013 - Mortes Matadas por Armas de Fogo : CEBELA, 2013, p. 13.
[9] 2011 GLOBAL STUDY ON HOMICIDE – United Nations Office on Drug and Crime, p.10.

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Claudio Vitorino em ação..

Aquele que acredita que o interesse coletivo está acima do interesse individual , que acredita que tudo e possível desde que tenha fé em Deus e coragem para superar os desafios...

Vida difícil? Ajude um estranho .

Pode parecer ilógico -no mínimo pouco prioritário- ajudar um estranho quando as coisas parecem confusas na nossa vida. Mas eu venho aprendendo que este é um poderoso antídoto para os dias em que tudo parece fora do lugar.

Como assim, pergunta o meu leitor mais cético? E eu explico:
Há duas situações clássicas onde podemos auxiliar uma pessoa que não conhecemos. A primeira é através de doações e gestos similares de caridade. Estes atos são maravilhosos e muito recomendáveis, mas não é deles que quero falar hoje.


Escolhi o segundo tipo: aquelas situações randômicas onde temos a oportunidade de fazer a diferença para uma pessoa desconhecida numa emergência qualquer. Na maioria das vezes, pessoas com quem esbarramos em locais públicos, envolvidas em situações que podem ir do estar atrapalhado até o precisar de mãos para apagar um incêndio.

E o que nós, imersos nas nossas próprias mazelas, distraídos por preocupações sem fim amontoadas no nosso tempo escasso, enfim, assoberbados como sempre... O que nós temos a ver com este ser humano que pode ser bom ou mau, pior, pode sequer apreciar ou reconhecer nosso esforço?


Eu vejo pelo menos seis motivos para ajudar um estranho:


1) Divergir o olhar de nossos próprios problemas
Por um momento, por menor que seja, teremos a chance de esquecer nossas preocupações.
Dedicados a resolver o problema do outro (SEMPRE mais fácil do que os nossos), descansamos nossa mente. Ganhamos energia para o próximo round de nossa própria luta.
Esta pausa pode nos dar novo fôlego ou simplesmente ser um descanso momentâneo.


2) Olhar por um outro ângulo
Vez ou outra, teremos a oportunidade de relativizar nossos próprios problemas á luz do que encontramos nestes momento. Afinal, alguns de nossos problemas não são tão grandes assim...
Uma vez ajudei Teresa, a senhora que vende balas na porta da escola de meu filho. A situação dela era impossível de ser resolvida sozinha, pois precisava “estacionar” o carrinho que havia quebrado no meio de uma rua deserta. Jamais esquecerei o olhar desesperado, a preocupação com o patrimônio em risco, com o dia de by Savings Sidekick">trabalho desperdiçado, com as providências inevitáveis e caras. E jamais me esquecerei do olhar úmido e agradecido, apesar de eu jamais ter comprado nada dela. Nem antes nem depois.
Olhei com distanciamento o problema de Teresa. E fiquei grata por não ter que trabalhar na rua, por ter tantos recursos e by Savings Sidekick">oportunidades. E agradeci por estar lá, naquela hora, na rua de pouco movimento, e poder oferecer meus braços para ela.


3) Não há antes, nem depois ...
Na intricada teia de nossos by Savings Sidekick">relacionamentos, dívidas e depósitos se amontoam. Ajudar um conhecido muitas vezes cria vínculos ou situações complexas. Ás vezes, ele espera retribuir. Outras vezes, esperamos retribuição. Se temos ressentimentos com a pessoa, ajudá-la nem sempre deixa um gosto bom na boca. Se ela tem ressentimentos conosco, fica tudo muito ruim também.
Já com estranhos são simples. É ali, naquela hora. Depois acabou. E não há antes. Que alívio!
(mas não vamos deixar de ajudar os conhecidos dentro de nossas possibilidades, hein?)


4) A gratidão pelo inesperado é deliciosa
Quem se lembra de uma vez em que recebeu uma gentileza inesperada? Não é especial? E nem sempre estamos merecendo, mal-humorados por conta do revés em questão.
Ou quando ajudamos alguém e recebemos aquele olhar espantado e feliz?
Ontem mesmo, eu estava numa fila comum de banco. Um senhor bem velhinho estava atrás de mim. Na hora em que fui chamada, pedi que ele fosse primeiro. “Mas por que, minha filha?”. “Pelos seus cabelos brancos”, respondi. Ele, agradecido, me deu uma balinha de hortelã. Tudo muito singelo, muito fácil de fazer, mas o sentimento foi boooom.


5) Quase sempre, é fácil de fazer.
Uma vez eu fiquei envolvida por uma semana com uma mãe e um bebê que vieram para São Paulo para uma cirurgia e não tinha ninguém para esperar no aeroporto. Levei para um hotel barato, acompanhei por uma semana e tive medo de estar sendo usada, reforçada pelo ceticismo de muitas pessoas ao meu redor. No final, deu tudo certo e a história era verdadeira.
Mas na maioria dos casos, não é preciso tanto risco ou tanto tempo. Uma informação; um abaixar para pegar algo que caiu; uma dica sobre um produto no supermercado. Dar o braço para um cego (nunca pegue a mão dele, deixe que ele pegue o seu braço, aprendi com meu experiente marido). Facílimo, diria o Léo. E vamos combinar, fácil é tudo que precisamos quando o dia está difícil, certo?

6) Amor, meu grande amor
Finalmente, ajudar estranhos evoca o nosso melhor eu. É comum termos sentimentos de inadequação, baixa auto-estima e insatisfação conosco quando estamos sob tempo nublado. E ajudar o outro nos lembra que somos bons e capazes. Ajudar um estranho demonstra desapego, generosidade, empatia pelo próximo. E saber que somos tudo isto quando o coração está cinza... É para olhar com orgulho no espelho, não?

Portanto, se hoje não é o seu dia... Faça o dia de alguém. E se é um dia glorioso... Vai ficar melhor!

Fonte:http://www.vivermaissimples.com/2011/03/vida-dificil-ajude-um-estranho.html

Karoline Toledo Pinto

Karoline Toledo Pinto
Karoline Agente Penitenciária a quase 10 anos , bacharelada no curso de Psicologia em uma das melhores Instituição de Ensino Superior do País , publica um importante ARTIGO SOBRE AS DOENÇAS QUE OS AGENTES PENITENCIÁRIOS DESENVOLVEM NO EXERCÍCIO DE SUAS FUNÇÕES . Aguardem em breve aqui será publicado .APESAR DAS PERSEGUIÇÕES INFUNDADAS DAS AMEAÇAS ELA VENCEU PARABÉNS KAROL SE LIBERTOU DO NOSSO MAIOR MEDO A IGNORÂNCIA CONTE COMIGO.. OBRIGADO CLAUDIO VITORINO

Filmes que mudarão sua vida..

  • A cor púrpora
  • A espera de um milagre
  • A procura da felicidade
  • A prova de fogo
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