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sábado, 26 de janeiro de 2013

Bactérias resistentes 'ameaçam mais que aquecimento global'

Imagem mostra cultura de bacilos causadores da tuberculose; cresce o número de relatos sobre resistência a antibióticos nas cepas da doença

O aumento de infecções resistentes a medicamentos é comparável à ameaça do aquecimento global, de acordo com a principal autoridade de Saúde da Inglaterra.

Sally Davies, chefe do serviço médico civil da Inglaterra, disse que as bactérias foram se tornando resistentes às drogas atuais e há poucos antibióticos para substituí-las.

Ela disse a uma comissão de deputados britânicos que uma operação de rotina pode se tornar letal devido à ameaça de infecção. Especialistas disseram que este é uma problema global e que precisa de mais atenção.

Os antibióticos são uma das maiores histórias de sucesso na medicina. No entanto, as bactérias são um inimigo que se adapta rapidamente e encontra novas maneiras de burlar as drogas.

Um dos exemplos desta ameaça é o Staphylococcus aureus resistente à meticilina - ou Sarm (também conhecida pela sigla em inglês MRSA - Methicillin-resistant Staphylococcus aureus) -, uma bactéria que rapidamente se tornou uma das palavras mais temidas nas enfermarias de hospitais e há também crescentes relatos de resistência em cepas de E. coli, tuberculose e gonorreia.

'Cenário apocalíptico'

Davies disse: "É possível que a gente jamais veja o aquecimento global acontecer, então o cenário apocalíptico é quando eu precisar operar meu quadril daqui a em 20 anos e for morrer de uma infecção de rotina, porque os antibióticos não funcionam mais."

Ela disse que só um único antibiótico sobrou para tratar a gonorreia. "É muito grave, e é muito grave porque nós não estamos usando nossos antibióticos de forma efetiva".

"Não há um modelo de mercado para fazer novos antibióticos, de modo que estas bactérias se tornaram resistentes, o que ocorreria naturalmente, mas estamos estimulando isso pela forma com que antibióticos são usados, e não haverá novos antibióticos adiante."

Arsenal vazio

O alerta feito pela especialista no Parlamento britânico ecoa avisos semelhantes feitos pela Organização Mundial de Saúde, que disse 1ue o mundo está caminhando para uma "era pós-antibióticos", a menos que sejam tomadas medidas.

A entidade pinta um futuro no qual "muitas infecções comuns não terão mais uma cura e, mais uma vez, matarão incessantemente".

O professor Hugh Pennington, microbiologista da Universidade de Aberdeen, disse que a resistência a drogas é "um problema muito, muito sério".

"Precisamos prestar mais atenção a ele. Precisamos de recursos para monitoramento, para lidar com o problema e para fazer informações públicas circularem adequadamente."

Ele sublinhou que este não era um problema exclusivo do Reino Unido. "As pessoas estão indo para o exterior para operações, ou para, vamos dizer, fazer turismo sexual e trazer para cá gonorreia, que é um grande problema em termos de resistência a antibióticos - e também há tuberculose em muitas partes do mundo.

Pennington disse que as empresas fabricantes estavam sem opções também, porque todas as drogas mais simples já haviam sido produzidas. "Temos de estar cientes de que não vamos ter novos remédios milagrosos, porque simplesmente não há novos remédios".







Fonte:http://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/bbc/2013/01/25/bacterias-resistentes-ameacam-mais-que-aquecimento-global.htm

Em 92% dos casos, não há punição.



Estudos revelam que 92% dos casos de homicídio terminam sem condenação dos acusados, segundo o especialista em segurança pública, Robson Sávio. Ele acredita que a desarticulação entre polícia, Justiça e sistema prisional contribui para a situação de impunidade.

Outro fator, segundo ele, é a burocracia que envolve todo o processo de investigação, denúncia e julgamento. "A lei permite uma série de recursos que atrasam o júri e levam à soltura do preso", afirmou.

Consequência. A situação se reflete na vida de familiares das vítimas. Em 10 de março de 2011, uma manicure de 26 anos foi assassinada com oito tiros em Santa Luzia. A mandante, segundo o pai da jovem, é uma mulher envolvida com grupos criminosos, que morava na vizinhança.

Ele conta que a suspeita chegou a confessar o assassinato, mas até hoje não foi condenada. "Ela ficou seis meses presa e depois foi solta pela Justiça. Fico revoltado não só pela minha filha, que não tem mais volta, mas pelo perigo que essa mulher representa para as outras pessoas", lamentou o pai. (LC)




Fonte:http://www.otempo.com.br/otempo/noticias/?IdEdicao=2662&IdNoticia=219643

Polícia reclama que prende suspeitos, mas Justiça solta



Depoimentos de testemunhas, escutas telefônicas e provas periciais não têm sido suficientes para manter suspeitos de homicídio na cadeia. Delegados e investigadores da Polícia Civil reclamam que a Justiça está soltando presos perigosos, envolvidos com mortes, tráfico de drogas e outros crimes. Segundo eles, a demora na realização dos julgamentos e as brechas na lei levam a uma "onda de alvarás de soltura" e à impunidade.

Só em Belo Horizonte, há 15.958 processos de homicídio em andamento, nas mãos de apenas quatro juízes, o que dá uma média de 3.900 processos por magistrado. Além disso, por mês, chegam aos tribunais cerca de 230 casos. Em Santa Luzia, na região metropolitana, dos 72 suspeitos de assassinato presos em 2011, todos foram soltos pela Justiça meses depois, segundo o titular da Delegacia de Homicídios, Christiano Xavier. Ele chegou a elaborar um dossiê sobre a situação e estima que, hoje, ao menos 400 processos de homicídio estejam à espera de julgamento.

No material, o delegado cita a operação Walisson, realizada há dois anos, que prendeu nove integrantes de uma quadrilha de traficantes, alguns envolvidos em assassinatos. Mesmo com escutas telefônicas e "provas robustas", eles foram soltos meses depois e teriam voltado a praticar roubos e homicídios.

"Esse ritmo de impunidade se estende até agora. Há três anos, venho pedindo providências e soluções, mas ninguém faz nada. Enquanto isso, os bandidos saem da cadeia matando testemunhas", afirmou Xavier. Segundo ele, desde 2009, há uma média de dois júris de homicídio por ano em Santa Luzia.
Em Sabará, também na região metropolitana da capital, a delegacia regional informou que recebe uma média de oito alvarás de soltura por plantão.

Em Bocaiúva, no Norte de Minas, outro investigador relatou que 28 pessoas foram presas no mês passado em uma operação de combate ao tráfico. "Tinha gente indiciada por ordenar a morte de membros de facções rivais", contou. Segundo ele, as prisões foram feitas por ordem da Justiça, embasadas em escutas telefônicas e testemunhas. Menos de um mês depois, todos já estão em liberdade. "Em decorrência da soltura, já ocorreram duas tentativas de homicídio na cidade. Eles matam quem tentou denunciar", disse o policial.

A situação se repete em Montes Claros, na mesma região. Dos 123 homicídios ocorridos em 2012, a maioria ficou sem punição. "A população já percebeu a inércia, e os criminosos têm andado com a arma em punho na rua", contou o investigador Emerson Mota Rocha.

O Sindicato dos Servidores da Polícia Civil de Minas Gerais (Sindpol/MG) informou que vai entrar com uma representação nos conselhos Nacional de Justiça e do Ministério Público. "Estamos falando de homicidas, que teriam condições de ficar presos, mas acabam se beneficiando com recursos", declarou o presidente, Denilson Martins.

























Fonte:http://www.otempo.com.br/otempo/noticias/?IdEdicao=2662&IdNoticia=219643

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

A cada dia, dois assassinatos em Mg.



Mais de duas pessoas foram assassinadas por dia em Belo Horizonte no ano passado. O número é uma média considerando a quantidade de homicídios registrados na capital em 2012, quando ocorreram 786 mortes. Em relação a 2011, quando 767 pessoas foram assassinadas, houve um crescimento de 2,4%. Quase todas as taxas relativas à violência em Minas Gerais, na região metropolitana e em Belo Horizonte cresceram no ano passado em comparação a 2011.

Segundo especialistas, a expectativa era de que houvesse queda em 2012, já que 2011 foi um ano em que a criminalidade cresceu muito, mas isso não ocorreu. Em Minas, os crimes violentos (roubo, homicídio, estupro e tentativas dos três) aumentaram 8,5% em 2012, saindo de 66.061, no ano anterior, para 71.737. Se for considerado apenas o número de homicídios na região metropolitana, houve uma pequena queda de 1,8%. Em 2011, foram 1.860 e, em 2012, 1.825.

"Os indicadores permanecem altíssimos, e isso é preocupante porque indica uma dificuldade de governança do sistema de defesa social, com falta de articulação entre as polícias, dificuldade de investigação e um déficit muito grande de material e de profissionais", destacou o sociólogo Robson Sávio, especialista em segurança pública.

Em entrevista coletiva realizada ontem para a divulgação dos dados da violência em 2012, o secretário de Estado de Defesa Social, Rômulo Ferraz, defendeu que houve uma estabilização dos números e esse resultado é positivo. "O fenômeno da criminalidade é muito complexo. Em 2012, nossa prioridade foi conter os homicídios e conseguimos estabilizar. Para 2013, buscamos um cenário de queda, com reforço das medidas que começamos a adotar no ano passado", afirmou.

Em 2012, a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) responsabilizou o tráfico de drogas pelo crescimento da criminalidade e anunciou medidas voltadas para o combate ao crack. Neste ano, sem nenhuma ação específica para conter o uso de entorpecentes, a Seds lançou mão de estratégias antigas, como mais investimentos no programa Olho Vivo, com instalação de mais 600 câmeras de monitoramento no Estado, repressão ao uso de celular nos presídios e diminuição de circulação de armas.

Para explicar o aumento das taxas em 2012, o secretário citou fatores como o baixo efetivo da Polícia Civil - que receberá R$ 104 milhões neste ano ante os R$ 20 milhões de 2012 -, a falta de articulação entre as instituições policiais e a migração de bandidos do Rio de Janeiro e São Paulo.

Fonte:http://www.otempo.com.br/noticias/ultimas/OTE/a-cada-dia-dois-assassinatos





Minas tem 6,8 roubos a cada hora.



O número de roubos em Minas cresceu 10% no ano passado em relação a 2011. As ocorrências passaram de 54.314 para 59.795 a média de 6,8 por hora. O secretário de Estado de Defesa Social, Rômulo Ferraz, disse que conter esse tipo de crime é difícil por causa da legislação, que é branda. "Dados mostram que a polícia prende o mesmo indivíduo até dez vezes".

Entre as medidas anunciadas para conter o avanço está a busca por cerca de 300 líderes criminosos que já foram presos várias vezes. A meta é que até o segundo semestre existam inquéritos capazes de condená-los. Já para o comandante geral da Polícia Militar, coronel Márcio Santanna, "se não houver comprometimento do cidadão, as instituições são incapazes de gerar segurança".

Caixa eletrônico. Uma equipe da Polícia Civil (PC) trabalha desde o fim do ano pas[/NORMAL_A]sado para conter os ataques aos equipamentos bancários. Em 2013, houve registro do crime praticamente todos os dias.
Ontem, Ferraz se reuniu com representantes da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) para traçar estratégias de segurança. "Estamos no caminho. Nos primeiros 22 dias do ano, já prendemos 22 pessoas. Em todo o ano passado, 67 foram presos", disse o chefe da PC de Minas, Cylton Brandão


Fonte:http://www.blogdoesteves.com/2013/01/minas-tem-68-roubos-cada-hora.html

INSEGURANÇA PÚBLICA



Ninguém desconhece que a prevenção é o melhor antídoto para a violência. Mas a criminalidade adquiriu tal dimensão, que somente uma forte campanha repressiva poderá contê-la.

Com seis episódios de latrocínio e sete mortes apenas nos primeiros 22 dias de 2013, os gaúchos nem precisam de outras estatísticas para constatar que estão vivendo sob o risco diário de serem assassinados por bandidos e assaltantes que agem à luz do dia, confiantes de que não haverá policiamento por perto. A insegurança pública no Estado é escandalosa: não passa semana sem que bancos sejam explodidos, casas comerciais sejam arrombadas, postos de combustíveis sejam roubados, carros sejam furtados e, o pior, pessoas sejam mortas por delinquentes ousados, impiedosos e covardes. O registro deste início de ano, de um latrocínio a cada quatro dias, encobre pela brutalidade centenas de outros crimes que ocorrem a toda hora e em toda parte, dos grandes centros urbanos à mais remota área rural.


Onde está a polícia? Essa, evidentemente, é a primeira pergunta que o cidadão amedrontado faz, pois elege governantes e paga tributos para contar com o mínimo de segurança por parte do Estado. Ninguém desconhece que a prevenção é o melhor antídoto para a violência. Investir em educação, em oportunidades de trabalho, em lazer e vida digna para todos é o caminho para a construção de uma sociedade civilizada. Só que o Brasil, Rio Grande do Sul incluído, já passou há muito do ponto de prevenção. A criminalidade adquiriu tal dimensão, que somente uma forte campanha repressiva poderá contê-la.

Não é o que se vê no Estado. Por mais bem-intencionada que seja a política de segurança pública do atual governo, parece inexistir um plano de repressão efetiva a assaltos, roubos e assassinatos. E a ausência de policiamento ostensivo reforça ainda mais a sensação de insegurança da população, que evidentemente se potencializa quando ocorrem episódios deploráveis como o assalto da última terça-feira a uma lancheria no bairro Jardim Carvalho. Que comerciante pode exercer sua atividade com segurança diante de uma perspectiva dessas? Que frentista de posto de gasolina trabalha tranquilo nesta cidade? Qual o motorista de táxi que tem serenidade para pegar um passageiro à noite? Quem estaciona o carro em via pública na Região Metropolitana sem o risco de uma arma encostada na cabeça?

Estamos perdendo esta ímpia e injusta guerra para os criminosos, que se sentem cada vez mais estimulados a cometer delitos porque contam com o descaso do Estado, a desatenção da polícia e a inação do sistema judiciário. Que resposta o poder público dá para esta situação de calamidade? Falta de recursos para pagar policiais é uma desculpa inaceitável. Estatísticas maquiadas por mudanças nos critérios de aferições de crimes também não servem mais.

A vida real _ ou a morte real _ exige uma ação mais visível e mais eficiente. Os gaúchos têm o direito de viver sem medo.


COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - Realmente estas constatações do editorial se aproximam da realidade: "a criminalidade adquiriu tal dimensão, que somente uma forte campanha repressiva poderá contê-la", que "estamos perdendo esta ímpia e injusta guerra" e que "os criminosos, que se sentem cada vez mais estimulados a cometer delitos porque contam com o descaso do Estado, a desatenção da polícia e a inação do sistema judiciário."  Vê-se que o problema é complexo, porém não depende só da prevenção e da repressão, mas da vontade política e judiciária em fazer uma reforma profunda nas leis; na postura dos Poderes em relação às questões e instrumentos de ordem pública; e na construção de um Sistema de Justiça Criminal onde os as ações, os processos e as decisões sejam ágeis, integradas, desburocratizadas e comprometidas na preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, submetendo o direito individual à supremacia do interesse público. O resto é chover no molhado!

Fonte:http://blogdainseguranca.blogspot.com.br/2013/01/inseguranca-publica.html?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed:+BlogDaInsegurana+%28%3Cb%3E+BLOG+DA+INSEGURAN%C3%87A+%3C/b%3E%29

Palavras do ator Wagner Moura sobre o Pânico na TV, em carta aberta, divulgada no globo.com:









Quando estava saindo da cerimônia de entrega do prêmio APCA, há duas semanas em São Paulo, fui abordado por um rapaz meio abobalhado. Ele disse que me amava, chegou a me dar um beijo no rosto e pediu uma entrevista para seu programa de TV no interior. Mesmo estando com o táxi de porta aberta me esperando, achei que seria rude sair andando e negar a entrevista, que de alguma forma poderia ajudar o cara, sei lá, eu sou da época da gentileza, do muito obrigado e do por favor, acredito no ser humano e ainda sou canceriano e baiano, ou seja, um babaca total. Ele me perguntou uma ou duas bobagens, e eu respondi, quando, de repente, apareceu outro apresentador do programa com a mão melecada de gel, passou na minha cabeça e ficou olhando para a câmera rindo. Foi tão surreal que no começo eu não acreditei, depois fui percebendo que estava fazendo parte de um programa de TV, desses que sacaneiam as pessoas. Na hora eu pensei, como qualquer homem que sofre uma agressão, em enfiar a porrada no garoto, mas imediatamente entendi que era isso mesmo que ele queria, e aí bateu uma profunda tristeza com a condição humana, e tudo que consegui foi suspirar algo tipo “que coisa horrível” (o horror, o horror), virar as costas e entrar no carro. Mesmo assim fui perseguido por eles. Não satisfeito, o rapaz abriu a porta do táxi depois que eu entrei, eu tentei fechar de novo, e ele colocou a perna, uma coisa horrorosa, violenta mesmo. Tive vontade de dizer: cara, cê tá louco, me respeita, eu sou um pai de família! Mas fiquei quieto, tipo assalto, em que reagir é pior.

"O que vai na cabeça de um sujeito que tem como profissão jogar meleca nos outros? É a espetacularização da babaquice”

O táxi foi embora. No caminho, eu pensava no fundo do poço em que chegamos. Meu Deus, será que alguém realmente acha que jogar meleca nos outros é engraçado? Qual será o próximo passo? Tacar cocô nas pessoas? Atingir os incautos com pedaços de pau para o deleite sorridente do telespectador? Compartilho minha indignação porque sei que ela diz respeito a muitos; pessoas públicas ou anônimas, que não compactuam com esse circo de horrores que faz, por exemplo, com que uma emissora de TV passe o dia INTEIRO mostrando imagens da menina Isabella. Estamos nos bestializando, nos idiotizando. O que vai na cabeça de um sujeito que tem como profissão jogar meleca nos outros? É a espetacularização da babaquice. Amigos, a mediocridade é amiga da barbárie! E a coisa tá feia.

"Isso naturalmente não o impediu de colocar a cagada no ar. Afinal de contas, vai dar mais audiência"

Digo isso com a consciência de quem nunca jogou o jogo bobo da celebridade. Não sou celebridade de nada, sou ator. Entendo que apareço na TV das pessoas e gosto quando alguém vem dizer que curte meu trabalho, assim como deve gostar o jornalista, o médico ou o carpinteiro que ouve um elogio. Gosto de ser conhecido pelo que faço, mas não suporto falta de educação. O preço da fama? Não engulo essa. Tive pai e mãe. Tinham pais esses paparazzi que mataram a princesa Diana? É jornalismo isso? Aliás, dá para ter respeito por um sujeito que fica escondido atrás de uma árvore para fotografar uma criança no parquinho? Dois deles perseguiram uma amiga atriz, grávida de oito meses, por dois quarteirões. Ela passou mal, e os caras continuaram fotografando. Perseguir uma grávida? Ah, mas tá reclamando de quê? Não é famoso? Então agüenta! O que que é isso, gente? Du Moscovis e Lázaro (Ramos) também já escreveram sobre o assunto, e eu acho que tem, sim, que haver alguma reação por parte dos que não estão a fim de alimentar essa palhaçada. Existe, sim, gente inteligente que não dá a mínima para as fofocas das revistas e as baixarias dos programas de TV. Existe, sim, gente que tem outros valores, como meus amigos do MHuD (Movimento Humanos Direitos), que estão preocupados é em combater o trabalho escravo, a prostituição infantil, a violência agrária, os grandes latifúndios, o aquecimento global e a corrupção. Fazer algo de útil com essa vida efêmera, sem nunca abrir mão do bom humor. Há, sim, gente que pensa diferente. E exigimos, no mínimo, não sermos melecados.

No dia seguinte, o rapaz do programa mandou um e-mail para o escritório que me agencia se desculpando por, segundo suas palavras, a “cagada” que havia feito. Isso naturalmente não o impediu de colocar a cagada no ar. Afinal de contas, vai dar mais audiência. E contra a audiência não há argumentos. Será?


Fonte:http://frases.globo.com/wagner-moura/23547

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Claudio Vitorino em ação..

Aquele que acredita que o interesse coletivo está acima do interesse individual , que acredita que tudo e possível desde que tenha fé em Deus e coragem para superar os desafios...

Vida difícil? Ajude um estranho .

Pode parecer ilógico -no mínimo pouco prioritário- ajudar um estranho quando as coisas parecem confusas na nossa vida. Mas eu venho aprendendo que este é um poderoso antídoto para os dias em que tudo parece fora do lugar.

Como assim, pergunta o meu leitor mais cético? E eu explico:
Há duas situações clássicas onde podemos auxiliar uma pessoa que não conhecemos. A primeira é através de doações e gestos similares de caridade. Estes atos são maravilhosos e muito recomendáveis, mas não é deles que quero falar hoje.


Escolhi o segundo tipo: aquelas situações randômicas onde temos a oportunidade de fazer a diferença para uma pessoa desconhecida numa emergência qualquer. Na maioria das vezes, pessoas com quem esbarramos em locais públicos, envolvidas em situações que podem ir do estar atrapalhado até o precisar de mãos para apagar um incêndio.

E o que nós, imersos nas nossas próprias mazelas, distraídos por preocupações sem fim amontoadas no nosso tempo escasso, enfim, assoberbados como sempre... O que nós temos a ver com este ser humano que pode ser bom ou mau, pior, pode sequer apreciar ou reconhecer nosso esforço?


Eu vejo pelo menos seis motivos para ajudar um estranho:


1) Divergir o olhar de nossos próprios problemas
Por um momento, por menor que seja, teremos a chance de esquecer nossas preocupações.
Dedicados a resolver o problema do outro (SEMPRE mais fácil do que os nossos), descansamos nossa mente. Ganhamos energia para o próximo round de nossa própria luta.
Esta pausa pode nos dar novo fôlego ou simplesmente ser um descanso momentâneo.


2) Olhar por um outro ângulo
Vez ou outra, teremos a oportunidade de relativizar nossos próprios problemas á luz do que encontramos nestes momento. Afinal, alguns de nossos problemas não são tão grandes assim...
Uma vez ajudei Teresa, a senhora que vende balas na porta da escola de meu filho. A situação dela era impossível de ser resolvida sozinha, pois precisava “estacionar” o carrinho que havia quebrado no meio de uma rua deserta. Jamais esquecerei o olhar desesperado, a preocupação com o patrimônio em risco, com o dia de by Savings Sidekick">trabalho desperdiçado, com as providências inevitáveis e caras. E jamais me esquecerei do olhar úmido e agradecido, apesar de eu jamais ter comprado nada dela. Nem antes nem depois.
Olhei com distanciamento o problema de Teresa. E fiquei grata por não ter que trabalhar na rua, por ter tantos recursos e by Savings Sidekick">oportunidades. E agradeci por estar lá, naquela hora, na rua de pouco movimento, e poder oferecer meus braços para ela.


3) Não há antes, nem depois ...
Na intricada teia de nossos by Savings Sidekick">relacionamentos, dívidas e depósitos se amontoam. Ajudar um conhecido muitas vezes cria vínculos ou situações complexas. Ás vezes, ele espera retribuir. Outras vezes, esperamos retribuição. Se temos ressentimentos com a pessoa, ajudá-la nem sempre deixa um gosto bom na boca. Se ela tem ressentimentos conosco, fica tudo muito ruim também.
Já com estranhos são simples. É ali, naquela hora. Depois acabou. E não há antes. Que alívio!
(mas não vamos deixar de ajudar os conhecidos dentro de nossas possibilidades, hein?)


4) A gratidão pelo inesperado é deliciosa
Quem se lembra de uma vez em que recebeu uma gentileza inesperada? Não é especial? E nem sempre estamos merecendo, mal-humorados por conta do revés em questão.
Ou quando ajudamos alguém e recebemos aquele olhar espantado e feliz?
Ontem mesmo, eu estava numa fila comum de banco. Um senhor bem velhinho estava atrás de mim. Na hora em que fui chamada, pedi que ele fosse primeiro. “Mas por que, minha filha?”. “Pelos seus cabelos brancos”, respondi. Ele, agradecido, me deu uma balinha de hortelã. Tudo muito singelo, muito fácil de fazer, mas o sentimento foi boooom.


5) Quase sempre, é fácil de fazer.
Uma vez eu fiquei envolvida por uma semana com uma mãe e um bebê que vieram para São Paulo para uma cirurgia e não tinha ninguém para esperar no aeroporto. Levei para um hotel barato, acompanhei por uma semana e tive medo de estar sendo usada, reforçada pelo ceticismo de muitas pessoas ao meu redor. No final, deu tudo certo e a história era verdadeira.
Mas na maioria dos casos, não é preciso tanto risco ou tanto tempo. Uma informação; um abaixar para pegar algo que caiu; uma dica sobre um produto no supermercado. Dar o braço para um cego (nunca pegue a mão dele, deixe que ele pegue o seu braço, aprendi com meu experiente marido). Facílimo, diria o Léo. E vamos combinar, fácil é tudo que precisamos quando o dia está difícil, certo?

6) Amor, meu grande amor
Finalmente, ajudar estranhos evoca o nosso melhor eu. É comum termos sentimentos de inadequação, baixa auto-estima e insatisfação conosco quando estamos sob tempo nublado. E ajudar o outro nos lembra que somos bons e capazes. Ajudar um estranho demonstra desapego, generosidade, empatia pelo próximo. E saber que somos tudo isto quando o coração está cinza... É para olhar com orgulho no espelho, não?

Portanto, se hoje não é o seu dia... Faça o dia de alguém. E se é um dia glorioso... Vai ficar melhor!

Fonte:http://www.vivermaissimples.com/2011/03/vida-dificil-ajude-um-estranho.html

Karoline Toledo Pinto

Karoline Toledo Pinto
Karoline Agente Penitenciária a quase 10 anos , bacharelada no curso de Psicologia em uma das melhores Instituição de Ensino Superior do País , publica um importante ARTIGO SOBRE AS DOENÇAS QUE OS AGENTES PENITENCIÁRIOS DESENVOLVEM NO EXERCÍCIO DE SUAS FUNÇÕES . Aguardem em breve aqui será publicado .APESAR DAS PERSEGUIÇÕES INFUNDADAS DAS AMEAÇAS ELA VENCEU PARABÉNS KAROL SE LIBERTOU DO NOSSO MAIOR MEDO A IGNORÂNCIA CONTE COMIGO.. OBRIGADO CLAUDIO VITORINO

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  • A cor púrpora
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