As
pessoas têm-se tornado cada vez mais impacientes, embotadas e
endurecidas. Como entre cachorros e gatos, a todo momento surgem brigas e
rixas, todo mundo anda meio louco ou, no melhor dos casos, estão
completamente frustadas e desesperadas. As causas são muitas e você já
as conhece bem. A Pergunta agora é como podemos escapara deste estado de
coisas, tornar-nos mais sensíveis, no meio do tumulto, da pressa, da
competição das profissões e ocupações?
Você já se perguntou o quanto seu coração está aberto para as necessidades das pessoas? Quão profundamente sente suas emoções? Tudo para você é repetição do mesmo ou você consegue se encantar ainda com alguma coisa? Sentir profundamente e ter o coração mais aberto, isso é que abandonamos. Embrutecemos nossa mente, nosso coração e nosso corpo.
Contemos algo mais concreto. Quando jovem, eu sempre me achei um bom cidadão, um bom filho. Estava somente preocupado com minha moralidade, assim , respeitando os mais velhos e deixando os outros em paz eu estaria de acordo com meus deveres. Entretanto, certo dia passava eu pela rua e vi uma moça chorando . Até parei para ver o que estava acontecendo mas, como não a conhecia , acabei indo para meu destino (um cinema), mas não consegui ver o filme. Pensava a todo momento na situação daquela moça (já era noite e talvez estivesse perdida ou coisa pior ), pensando que eu poderia ter feito algo para ajudá-la e não o fiz. Então percebi que simplesmente a moralidade, no sentido de respeitar, de deixar em paz, não era a única coisa que requisitava a natureza humana. Nós, seres humanos, precisamos fazer o bem.
É essencial que sejamos sensíveis para que tenhamos reações prontas e adequadas , mas nosso cotidiano, as pressões , nossos medos nos insensibilizam e nos obscurecem.
Como ser sensível , quando diariamente nos entregamos a violência, seja em jogos de computador, em filmes onde matanças de milhares de indivíduos são a tônica dominante, em jornais de moralidade duvidosa que tem como escopo jornalístico corpos e tragédias, descritos com sensacional precisão, quase artística?
O grande problema não são as notícias em si, pois, bem ou mal, são fatos. O grande mal é a repetição constante dessa brutalidade, que acaba por nos despersonificar, brutalizar. O pior é que somos coagidos, ameaçados à obediência, forçados a incorporar essa barbárie ao nosso cotidiano. Como perceber , no meio do tumulto e da pressa, permanecer sensível para o cultivo do reto pensar?
Se não desejamos sentimentos obscurecidos e embotados, devemos pagar o preço disso. Um primeiro passo é abandonar a fonte de maus pensamentos. Veja cada vez menos filmes violentos, até que os deixe de lado. Ao invés de assistir o telejornal de sempre, jogue bola com seu filho ou saia para caminhar. Dedique mais tempo a auto-reflexão, a pensar sobre o ambiente, a se reencontrar com sua serenidade. Com o exercício constante e deliberado de sua atenção sobre si mesmo, o cuidado com seus pensamentos e sentimentos, você logo reencontrará a seu estado de equilíbrio, e cairá por terra o egoísmo latente.
Algo muito comum também é que hipertrofiamos nossos sentimentos através de nosso intelecto. Quantas vezes você anda lendo ultimamente? Na literatura encontra-se um refúgio para aspectos mais profundos da natureza humana, ela ainda guarda muito da magia do existir. Sendo assim, busque nessa fonte. Obras dos grandes mestres , de literatura de ficção, procure e encontre coisas construtivas.
Não ceda a seus primeiros impulsos negativos, fortaleça a vigília sobre si mesmo para livrar-se de influências cristalizadoras e insensibilizantes.
Um outro aspecto a ser levantado é que na maioria das vezes somos desapiedados, competidores, embrutescidos, ardilosos e altamente preocupados com nossa própria situação - em detrimento da das outras pessoas - em nossas atividades. Se fraquejamos, somos lançados fora da máquina mundo, que não admite senão a ajustamento ao ritmo violento do mercado e do progresso.
Entretanto, a vida não é só isso, já o vimos e experimentamos. Ela demanda paciência, flexibilidade, singeleza de coração.
O egoísmo e o amor, os negócios e a amizade- como conciliá-los?
Não é possível. Como Cristo nos ensinou, ou servimos à um senhor ou a outro.
As relações puramente insípidas de dureza nos ensinam muito pouco e algo ainda que se pode usar somente num mundo cão, enquanto as relações com os outros constituem um processo de autodescobrimento, no qual existe uma compreensão mais vasta das necessidades e demandas da natureza humana, e um crescimento e reajustamento constantes.
Não se pode seguir as duas vias. Uma leva ao ódio, à guerra. A outra a felicidade e a compreensão. Qual das duas você prefere seguir? Esperamos que a segunda.
Portanto, procure obter clareza suficiente para sua vida , não se intimide em procurar mais as pessoas, falar com os mais experientes, ouvir, ser feliz , sem a obrigação de prestar contas depois. O importante é o momento que se vive com plenitude, não um sucessivo contínuo de dissabores.
Você já se perguntou o quanto seu coração está aberto para as necessidades das pessoas? Quão profundamente sente suas emoções? Tudo para você é repetição do mesmo ou você consegue se encantar ainda com alguma coisa? Sentir profundamente e ter o coração mais aberto, isso é que abandonamos. Embrutecemos nossa mente, nosso coração e nosso corpo.
Contemos algo mais concreto. Quando jovem, eu sempre me achei um bom cidadão, um bom filho. Estava somente preocupado com minha moralidade, assim , respeitando os mais velhos e deixando os outros em paz eu estaria de acordo com meus deveres. Entretanto, certo dia passava eu pela rua e vi uma moça chorando . Até parei para ver o que estava acontecendo mas, como não a conhecia , acabei indo para meu destino (um cinema), mas não consegui ver o filme. Pensava a todo momento na situação daquela moça (já era noite e talvez estivesse perdida ou coisa pior ), pensando que eu poderia ter feito algo para ajudá-la e não o fiz. Então percebi que simplesmente a moralidade, no sentido de respeitar, de deixar em paz, não era a única coisa que requisitava a natureza humana. Nós, seres humanos, precisamos fazer o bem.
É essencial que sejamos sensíveis para que tenhamos reações prontas e adequadas , mas nosso cotidiano, as pressões , nossos medos nos insensibilizam e nos obscurecem.
Como ser sensível , quando diariamente nos entregamos a violência, seja em jogos de computador, em filmes onde matanças de milhares de indivíduos são a tônica dominante, em jornais de moralidade duvidosa que tem como escopo jornalístico corpos e tragédias, descritos com sensacional precisão, quase artística?
O grande problema não são as notícias em si, pois, bem ou mal, são fatos. O grande mal é a repetição constante dessa brutalidade, que acaba por nos despersonificar, brutalizar. O pior é que somos coagidos, ameaçados à obediência, forçados a incorporar essa barbárie ao nosso cotidiano. Como perceber , no meio do tumulto e da pressa, permanecer sensível para o cultivo do reto pensar?
Se não desejamos sentimentos obscurecidos e embotados, devemos pagar o preço disso. Um primeiro passo é abandonar a fonte de maus pensamentos. Veja cada vez menos filmes violentos, até que os deixe de lado. Ao invés de assistir o telejornal de sempre, jogue bola com seu filho ou saia para caminhar. Dedique mais tempo a auto-reflexão, a pensar sobre o ambiente, a se reencontrar com sua serenidade. Com o exercício constante e deliberado de sua atenção sobre si mesmo, o cuidado com seus pensamentos e sentimentos, você logo reencontrará a seu estado de equilíbrio, e cairá por terra o egoísmo latente.
Algo muito comum também é que hipertrofiamos nossos sentimentos através de nosso intelecto. Quantas vezes você anda lendo ultimamente? Na literatura encontra-se um refúgio para aspectos mais profundos da natureza humana, ela ainda guarda muito da magia do existir. Sendo assim, busque nessa fonte. Obras dos grandes mestres , de literatura de ficção, procure e encontre coisas construtivas.
Não ceda a seus primeiros impulsos negativos, fortaleça a vigília sobre si mesmo para livrar-se de influências cristalizadoras e insensibilizantes.
Um outro aspecto a ser levantado é que na maioria das vezes somos desapiedados, competidores, embrutescidos, ardilosos e altamente preocupados com nossa própria situação - em detrimento da das outras pessoas - em nossas atividades. Se fraquejamos, somos lançados fora da máquina mundo, que não admite senão a ajustamento ao ritmo violento do mercado e do progresso.
Entretanto, a vida não é só isso, já o vimos e experimentamos. Ela demanda paciência, flexibilidade, singeleza de coração.
O egoísmo e o amor, os negócios e a amizade- como conciliá-los?
Não é possível. Como Cristo nos ensinou, ou servimos à um senhor ou a outro.
As relações puramente insípidas de dureza nos ensinam muito pouco e algo ainda que se pode usar somente num mundo cão, enquanto as relações com os outros constituem um processo de autodescobrimento, no qual existe uma compreensão mais vasta das necessidades e demandas da natureza humana, e um crescimento e reajustamento constantes.
Não se pode seguir as duas vias. Uma leva ao ódio, à guerra. A outra a felicidade e a compreensão. Qual das duas você prefere seguir? Esperamos que a segunda.
Portanto, procure obter clareza suficiente para sua vida , não se intimide em procurar mais as pessoas, falar com os mais experientes, ouvir, ser feliz , sem a obrigação de prestar contas depois. O importante é o momento que se vive com plenitude, não um sucessivo contínuo de dissabores.
Trecho do livro A felicidade está num bolo de morango, de Emerson Ferreira de Assis