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sexta-feira, 11 de maio de 2012

STF admite liberdade provisória para acusados por tráfico de drogas








Por sete votos a três, o Supremo Tribunal Federal declarou nesta quinta-feira (10) como inconstitucional a proibição da concessão de liberdade provisória para pessoas presas em flagrante por tráfico de drogas. A vedação estava prevista em trecho de um artigo da chamada Lei de Drogas (2006). Com isso, pedidos de liberdade provisória em processos deste tipo ficarão a cargo do juiz, sendo analisados caso a caso.

A lei prevê que os crimes relativos ao tráfico de drogas são insuscetíveis de liberdade provisória, indulto, anistia, entre outros benefícios. A maioria dos ministros entendeu que a lei não poderia realizar esta proibição, e que ela deve ser analisada pela Justiça caso a caso. Os ministros mantiveram, no entanto, a previsão do crime como inafiançável.

A decisão foi tomada no julgamento de um pedido de habeas corpus feito por um empresário preso em flagrante por tráfico de drogas em agosto de 2009, e que continua encarcerado.

O relator do habeas corpus, ministro Gilmar Mendes, afirmou que a lei entra em confronto com os princípios da presunção de inocência e da dignidade humana previstos na Constituição. "A norma estabelece um tipo de regime de prisão preventiva obrigatória, em que a liberdade é uma exceção", afirmou ele.
O ministro Celso de Mello, um dos que apoiou o relator, também se focou na chamada presunção de inocência, prevista pela Constituição, para defender a declaração de inconstitucionalidade do artigo. "Quando esta Corte baseada na presunção de inocência impede que o Estado decrete arbitrariamente, por antecipação, a prisão cautelar de qualquer pessoas sem base empírica idônea, justificadora da real necessidade desta medida, nada mais faz se não dar ênfase e conferir amparo a um direito fundamental de qualquer cidadão", afirmou o ministro.

Os votos contrários foram dados pelos ministros Luiz Fux, Marco Aurélio Mello e Joaquim Barbosa. Para Mello, a Constituição iguala o crime de tráfico aos crimes de tortura e terrorismo, também inafiançáveis. Além disso, para o ministro, retirar a validade do artigo seria invadir o campo de deputados e senadores, que definiram a regra em lei específica.

Apesar da discordância quanto à constitucionalidade, Barbosa e Mello foram favoráveis à liberdade do preso: o primeiro, pela falta de fundamentação na prisão. O segundo, pelo tempo de prisão a que já foi submetido o réu sem uma sentença definitiva.

Com a decisão, a liberdade provisória do empresário preso também ficará sujeita à análise de um juiz, como definiu a maioria dos ministros. Uma liminar de 2010 do ministro relator já havia definido que fosse feita uma nova análise do pedido, que foi novamente negado pelo juiz da Justiça comum.


quinta-feira, 10 de maio de 2012

A IMPORTÂNCIA DO ASSOCIATIVISMO PARA MELHORAR O TRABALHO E O SERVIÇO PRESTADOS NOS SISTEMAS PRISIONAL E SOCIOEDUCATIVO



O que o servidor público dos sistema Prisiona e Socioeducativo podem fazer para melhorar o próprio serviço prestado

Licenças médicas, desvios de função, desvalorização profissional e queda da autoestima, salários baixos e deficiências nas condições de trabalho não só prejudicam a saúde do trabalhador como inviabilizam um serviço público de qualidade e digno dos impostos pagos pelo cidadão-eleitor. No caso brasileiro, dos mais altos do mundo.

O poder estatal com abusos de autoridade e a fraqueza das instituições que possibilita o desrespeito das leis podem ter como resultado uma espécie de escravidão moderna.

Onde trabalhos relevantes para o bem-estar da sociedade como nas áreas da Saúde, Educação e Segurança Pública podem funcionar de forma precária e ter como resultado mortes absurdas que poderiam ter sido evitadas se os profissionais tivessem preparados tecnicamente, com equipamentos em pleno funcionamento e fossem reconhecidos pelas funções que executam.


O Sistema Prisional e o Sistema Socioeducativo são um exemplo dessas precárias condições de trabalho que tiveram uma sensível melhora nos últimos anos. O descaso e o abandono secular das duas áreas tiveram uma reviravolta na última década. A crise na Segurança Pública obrigou ao Governo tanto na esfera federal como na estadual a implantar políticas públicas de Estado nos dois sistemas.

E a maior parte dessas ações foi resposta às reivindicações das categorias representadas pelos sindicatos e a participação institucional de outros atores no jogo político. Além da vontade política dos governantes e a mobilização classista, a fiscalização do Ministério Público, Defensoria Pública, do Poder Judiciário com suas respectivas varas setoriais, ONGs e a imprensa, possibilitaram avanços.

A importância da representação sindical na vida dos servidores dos sistemas Prisional e Socioeducativo

Depois de lutas históricas, reivindicações foram atendidas como a implantação de um Plano de Cargos, Carreiras e Salários; Concurso Público para servidores efetivos e o fim da mão de obra contratada na atividade-fim; a melhora na infraestrutura dos estabelecimentos tornando o ambiente de trabalho menos insalubre; e outras iniciativas como proporcionar qualificação e capacitação aos servidores.

Por outro lado, existem pendências históricas como a aposentadoria especial, o porte de arma e o simples reconhecimento constitucional de cada categoria. Parte dessas reivindicações exige uma organização em nível nacional. No entanto, existem algumas contestações na esfera estadual. Apesar das duas categorias terem o tão desejado Plano de Cargos, Carreiras e Salários, problemas ainda existem.

Assembleia Geral do Sind-Degase no fim de abril para reivindicar política salarial

Desde o fim do ano passado, as progressões salariais no Degase estão paradas por conta de um parecer da PGE (Procuradoria Geral do Estado) que entende ser a progressão na carreira do plano aprovado inconstitucional, já que ocorre uma repetição da progressão salarial por tempo de serviço. Como o triênio, a promoção de uma classe para a outra se dá a cada cinco anos. Não há nenhum critério de merecimento que viabilize tal promoção.

Já os inspetores penitenciários têm essa progressão por merecimento, além da temporal. No entanto, apesar de ter estabelecido um critério de pontuação baseado no reconhecimento intelectual, institucional e funcional, essa escolha não é feita de forma objetiva. Depois de estabelecer um ranking com os servidores com a melhor pontuação, há uma lista tríplice onde um apenas é escolhido. No final, é o critério subjetivo fundamentado por uma comissão que elege o candidato a ser promovido.

Tabela do Reajuste Salarial de 4,5% do Degase

Outro problema do PCCS da Seap é que existem apenas três classes. Um inspetor pode ser promovido à 1ª Classe com 15 anos de serviços prestados à Administração Penitenciária, e até a aposentadoria, e isto significa mais 20 anos, não teria o que buscar no que tange à progressão na carreira. A diferença nos vencimentos de uma classe para outra também é pequena e fica em torno de R$ 500 bruto.

No Degase, isso não é questionado porque são sete classes e apesar de quem entra no Sistema Socioeducativo receber menos de quem entra no Sistema Prisional, os agentes socioeducativos se aposentam ganhando mais do que os inspetores penitenciários.

O presidente do Sind-Degase, Marcos Aurélio Rodrigues, lembra que a progressão na carreira está estacionada por conta da lentidão dos técnicos do Poder Executivo em corrigir o possível erro apontado pela PGE. O PCCS foi enviado pelo Poder Executivo em 2006 e aprovado na Alerj. A maioria dos deputados daquela legislatura está no mandato atual. O governador também continuou a pagar o plano até agosto do ano passado.

Histórico com os presidentes e respectivos mandatos dos dois sindicatos

Segundo o presidente do Sind-Degase, após encontrarem o suposto erro no plano quiseram simplesmente alterá-lo pelo modelo da meritocracia, não levando em conta os anos de aprovação do plano e os efeitos de uma mudança tão radical ao que já vinha sendo praticado.

– Conseguimos o apoio da Alerj no sentido de interceder e hoje há uma comissão do legislativo junto a um procurador designado pela PGE que vem estudando uma maneira mais branda de alteração da forma de progressão, forma essa que atingirá todos os planos aprovados naquela época. O que não pode é deixar de promover nossos servidores que estão aptos a progredir na carreira. É uma forma de redução do nosso salário – explica Marcos.

O Governo reajustou também todo o quadro de pessoal do Degase em 4,5% em abril. Mesmo assim, parte da categoria reivindica a inclusão do Degase na política salarial da Segurança Pública e da Administração Penitenciária, além da volta das progressões na carreira. Eles decidiram, em Assembleia Geral, realizar um Ato Público em frente à Secretaria de Educação no dia 3 de maio.

Marcos Aurélio Rodrigues eleito para o atual triênio e o atual síndico do Sind-Seap, Francisco Rodrigues. As duas categorias estiveram juntas em muitas lutas classistas. Os servidores do Degase e os inspetores penitenciários foram representados pelo Sindicato da Secretaria de Justiça. Somente em 2008 houve a separação com a criação do Sind-Degase

O Sind-Degase também está articulando em conjunto com representantes classistas de outros estados uma união nacional para avançar em reivindicações em Brasília. Questões polêmicas como o porte de arma ainda não é unanimidade nem na própria categoria. Alguns estados querem o porte de arma e outros não têm essa demanda. Por outro lado, a aposentadoria especial e o reconhecimento constitucional da categoria é ponto pacífico.

No entanto, apesar de algumas visitas do presidente do Sind-Degase a outros estados como a Bahia, Paraná e Santa Catarina, essa mobilização também encontra dificuldades porque em algumas unidades da federação, não há servidores públicos e sim contratados exercendo a função através de ONGs. Em geral, mais de uma, e às vezes cada uma pagando salários distintos das outras.

Em São Paulo o serviço é prestado por uma fundação pública estadual, a Fundação Casa, porém os funcionários são todos regidos pelo regime da CLT, sem qualquer plano de cargos. O salário de um agente de nível médio é de R$ 1.280 sem nenhuma estabilidade. Há alguns anos, quando ainda se chamava FEBEM, a instituição demitiu de uma só vez todo o quadro de agentes do Estado de São Paulo.

Ainda segundo Marcos Aurélio, daí a necessidade percebida pelas representações de todo o País em regulamentar a função, para que esta se torne cada vez mais profissional, consequentemente mais respeitada e podendo oferecer maior qualidade no atendimento socioeducativo de adolescentes e famílias atendidas por este sistema.

Já o Sistema Prisional está mais um pouco avançado nessa questão. A Fenaspen está substituindo a Febraspen (Federação Brasileira dos Servidores Penitenciários). A Federação Nacional Sindical dos Servidores Penitenciários foi fundada no início de dezembro de 2011, em Brasília. O Congresso de fundação da Fenaspen teve participação de 15 entidades, inclusive associações (que não são sindicatos). Fernando Anunciação (Mato Grosso do Sul) foi eleito presidente da entidade e João Rinaldo Machado (São Paulo) foi escolhido como o vice-presidente.

Francisco Rodrigues Rosa, atualmente da posição de síndico do Sind-Seap disse que o foco da categoria atualmente está no Congresso Nacional. São vários os temas em discussão que interessam a categoria em Brasília. Além do reconhecimento constitucional por meio da criação da Polícia Penal, aposentadoria especial e porte de arma, outras reivindicações como a redução da carga horária, o adicional noturno, insalubridade e periculosidade estão na pauta.

– Nossas batalhas agora estão em nível nacional. Estamos contando com a ajuda de alguns parlamentares para representar nossos interesses em Brasília – disse Francisco.

Apesar de estar inapto para representar a categoria formalmente, Francisco Rodrigues disse que está trabalhando para a apresentação e aprovação desses projetos com a Fenaspen. Ele está na posição de síndico do Sind-Seap atualmente por conta de uma ação judicial movida por um candidato à presidência do Sindicato. A eleição deveria ter ocorrido no fim de 2009, mas foi suspensa judicialmente. Segundo a ação, Francisco não poderia concorrer ao pleito por ter uma punição administrativa conforme prevê o Estatuto do Sind-Seap.

– Estou prestes a convocar uma assembleia para dar início ao processo eleitoral assim que o autor da ação a retirar – explica Francisco, que é diretor de assuntos legislativos da Fenaspen.

No entanto, houve uma audência conciliatória no fim de abril, mas Cesar Dória não aceitou tirar a ação e o processo vai aguardar sentença. Caso Dória seja o vencedor, as eleições terá apenas uma chapa que irá se eleger se atingir o quorum de 25% da categoria.

A participação de cada servidor é essencial. Além de sindicalizar-se, é necessário participar de forma efetiva. O direito de associação é um direito fundamental do ser humano. No caso brasileiro está no art. 5º da Constituição Federal, que trata dos direitos e garantias da pessoa humana e por isso se enquadra no rol das cláusulas pétreas, que não podem ser suprimidas.

O direito de liberdade de associação implica que nenhuma lei pode proibir alguém de se associar como também não pode obrigá-lo. Contudo, a participação efetiva e contribuição real ao coletivo exigem um mínimo de maturidade democrática e sentido de dever de cada trabalhador. Hoje, o Sind-Degase tem 596 associados de um total de 1.281 servidores do Quadro de Pessoal do Departamento.

O Sind-Seap tem 2.786 sindicalizados de um total de 5.657 inspetores penitenciários da ativa, sendo que destes 1.328 são aposentados (números de 2011). O índice de servidores sindicalizados poderia, e deveria, ser maior. Uma categoria com a maioria do quadro de pessoal sindicalizada permitiria ao presidente da instituição mais força ao negociar com o Governo.

Fonte:http://www.direitocapital.com.br/sites/index.php?option=com_content&view=article&id=236:a-importancia-do-associativismo-para-melhorar-o-trabalho-e-o-servico-prestados-nos-sistemas-prisional-e-socioeducativo&catid=1:noticias

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Anteprojeto do Código Penal revoga crime de desacato


A comissão de juristas responsável por elaborar anteprojeto do Código Penal decidiu nesta segunda-feira (7), por maioria dos votos, revogar o crime de desacato a servidor público, como policiais ou juízes. Com a revogação, os juristas incluíram, então, um parágrafo ao crime de injúria. Desta forma, quem praticar injúria contra qualquer servidor público em razão de suas funções responderá por este crime, sendo que a pena pode ser dobrada.
Reunião da comissão de juristas no Senado (Foto: Mariana Zoccoli / G1)Reunião da comissão de juristas no Senado (Foto:
Mariana Zoccoli / G1)
Atualmente, a pena para o crime de desacato a servidor no exercício de sua função ou em razão dela é de seis meses a dois anos de detenção ou multa. Com a mudança, se o crime for classificado como injúria, a pena será de seis meses a um ano e multa.  Se considerado como injúria qualificada, a pena será de até três anos e multa.
O anteprojeto do novo Código Penal ainda precisa ser votado no Senado e na Câmara.
A proposta para o novo Código Penal ainda altera a forma como se denominam as pessoas que trabalham no setor público. A partir da aprovação do texto, estes trabalhadores serão denominados como servidores públicos e não mais como funcionários públicos.
Os juristas também revogaram o crime de reingresso de estrangeiro expulso. Para o relator do anteprojeto do novo Código Penal, procurador Luiz Carlos dos Santos, ou há um crime - sem que se admitam benefícios ao estrangeiro expulso - ou não há crime.
De acordo com o código em vigor, caso um estrangeiro expulso retorne ao Brasil ele poderá ser condenado de um a quatro anos de prisão. Para os juristas e com a alteração na lei, a orientação é que o estrangeiro expulso que retornar ao país seja novamente expulso.
A comissão ainda decidiu penalizar o uso de celular dentro do presídio. Conforme a proposta aprovada pelos juristas, o preso que usar celular ou rádio dentro da prisão pode ter a pena aumentada em um ano.

INSCRIÇÕES DE CURSOS SENASP COMEÇA DIA 10







A Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), do Ministério da Justiça, disponibiliza para os profissionais de segurança pública de todo o Brasil, a partir da próxima quinta-feira, 10 de maio, 200 mil vagas em mais de 60 cursos de diversas áreas do conhecimento. Como de costume, as inscrições serão feitas em duas etapas, sendo a primeira de 10 a 12 de maio e a segunda etapa de 13 a 14 de maio, porém esta última fase só ocorrerá se sobrarem vagas da primeira parte das inscrições.
Após a validação das inscrições, os alunos matriculados receberão a confirmação no período de 10 a 24 de maio. As aulas estão previstas para iniciar no dia 12 de junho. Os cursos de 40h vão de 12 de junho a 10 de julho e os de 60h também começam dia 12 de junho, mas terminam um pouco mais tarde, dia 24 de julho. As inscrições devem ser realizadas pelo endereço eletrônico www.mj.gov.br/ead.
Cursos Novos – No ciclo 25, haverá novos cursos na grade à disposição de todos os alunos, dentre eles: “Relatório de Local de Crime e Policiamento Comunitário Escolar. De acordo com o gestor master da Rede Nacional de Educação a Distância em Sergipe, delegado Abelardo Inácio, para os tutores também haverá cursos novos. “Neste ciclo teremos o curso de “Investigação de Homicídios, exclusivo para a Polícia Civil (tendo como pré-requisito o curso ´Investigação Criminal 2´) e o curso de Identificação de Armas, que serão destinados a todos os tutores”, destacou Aberlardo.
Informações e dúvidas podem ser tiradas pela equipe técnica do Rede EAD/SE, através do email: ead.ssp@.se.gov.br ou no telefone: 3259-0505, com Uidnayra, Pablo, Jorge Henrique, bem como com o tutor master Abelardo Inácio. “Estamos em um momento prévio de Copa do Mundo,razão pela qual a Senasp reajusta as capacitações e insere cursos novos na grade que estará à disposição de todos os alunos”.


Mais de 5% dos brasileiros são diabéticos, mostra pesquisa



Dados divulgados nesta quarta-feira (9) pelo Ministério da Saúde indicam que 5,6% dos brasileiros são diabéticos. De acordo com a pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel 2011), o percentual da doença subiu principalmente entre os homens, passando de 4,4% em 2006 para 5,2% no ano passado.
O levantamento foi feito em 26 capitais e no Distrito Federal e mostra que o diabetes é mais comum em pessoas que estudam menos – 3,7% dos brasileiros que têm mais de 12 anos de estudo declaram ser diabéticos, enquanto 7,5% dos que têm até oito anos de escolaridade dizem ter a doença.
O diagnóstico da doença também aumenta conforme a idade da população, já que o diabetes chega a atingir 21,6% dos idosos (maiores de 65 anos) e apenas 0,6% das pessoas na faixa etária de 18 a 24 anos.
A cidade de Fortaleza (CE) aparece como a capital com o maior percentual de diabéticos, com 7,3%, seguida por Vitória (ES), com 7,1%, e Porto Alegre (RS), com 6,3%. As capitais com os menores índices são Palmas (TO), com 2,7%, Goiânia (GO), com 4,1%, e Manaus (AM), com 4,2%.
A diretora do Departamento de Análise de Situação de Saúde, Deborah Malta, lembrou que o diabetes está fortemente associado ao excesso de peso. Dados do Vigitel mostram que, no período de 2006 a 2011, houve um crescimento de 28% na prevalência da obesidade no Brasil. Apenas entre os homens, o percentual de excesso de peso passou de 47,2% para 52,6%.
A pesquisa aponta ainda que 22,7% da população adulta brasileira são hipertensos. O diagnóstico é mais comum entre mulheres (25,4%) do que entre homens (19,5%) e também preocupa entre os idosos (59,7%).
“O Brasil é um país que envelhece e envelhece de forma muito rápida”, disse Deborah. A população tende a viver cada vez mais, a ter maior expectativa de vida e um risco maior de doenças crônicas”, disse.
O ministério informou que o número de internações por diabetes no Sistema Único de Saúde (SUS) aumentou 10% entre 2008 e 2011, passando de 131.734 para 145.869. Entretanto, houve queda na comparação com 2010, quando as internações totalizaram 148.452.
Em 2009, foram notificadas 52.104 mortes pela doença em todo o país. No ano seguinte, os óbitos aumentaram para 54.542. “O grande problema das doenças crônicas é que elas agregam sofrimento, incapacidades e custos cada vez maiores para o sistema público”, afirmou Deborah.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, lembrou que a oferta gratuita de medicamentos para combater o diabetes, iniciada no ano passado, ampliou em mais de 1 milhão o número de pessoas que utilizam o remédio.
“Pela primeira vez, o Brasil começa a reverter uma tendência de internações pelo diabetes”, disse. “Os dados do Vigitel só reafirmam as decisões do ministério em 2011”, disse.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Estado reduz esforços na busca aos usuários de crack nas ruas



Após o governo federal anunciar, em dezembro de 2011, o investimento de R$ 4 bilhões para frear a epidemia de crack no Brasil, o governo mineiro foi na contramão e suspendeu uma de suas principais iniciativas de combate à droga: as abordagens de rua feitas pelo programa Aliança pela Vida. Lançado há oito meses, a ação do Estado ficou metade desse período sem realizar sequer um mutirão de acolhimento aos dependentes químicos que aceitam tratamento.

Quatro meses também foi o tempo que o governo mineiro demorou para solicitar à União parte da verba bilionária destinada ao enfrentamento ao crack. O projeto, necessário para a liberação do recurso, só foi apresentado em 4 de abril, sendo que o dinheiro estava disponível desde 7 de dezembro.

Sobre a demora, a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) informou que está dentro do prazo estabelecido pelo governo federal. Já sobre o Aliança pela Vida, a justificativa é que as abordagens foram suspensas para um período de "reavaliação do programa", que foi retomado no último dia 28 de abril, com novo formato. A pasta informou ainda que outras ações do Aliança pela Vida não foram interrompidas, como as campanhas de prevenção, com entrega de materiais educativos, e o SOS Drogas, que presta atendimento telefônico por meio do 155.

A primeira ação após o período de interrupção ocorreu no bairro Vila Sumaré, na região Noroeste da capital, e teve como novidade apresentações de música, recreação e palestras. Porém, pouco se fez no que se refere à internação. A Seds informou que, na ocasião, 18 pessoas manifestaram interesse em se internar e receberam encaminhamento e orientações. No entanto, o órgão não soube comunicar quantos, de fato, iniciaram o tratamento, o que, na opinião de especialistas, demonstra a falta de acompanhamento dos casos.

O resultado completo é que, em oito meses de existência, o Aliança pela Vida acolheu 196 usuários de crack para internação. Desse total, 57% permaneceram em tratamento. Isso considerando os 178 atendidos em 2011 (veja quadro) e os 18 deste ano, após a pausa nas ações.

A falta de continuidade da iniciativa, de acordo com a conselheira da Associação Brasileira de Estudos do Álcool e Outras Drogas (Abead), a psiquiatra Ana Cecilia Tetta Roselli, desestimula os próprios usuários. "Muitos querem e procuram socorro, mas não encontram atendimento adequado e permanecem no vício", afirmou.

Sobre a periodicidade dos atendimentos de rua a partir de agora, o Estado informou que elas serão mensais, fazendo valer a prerrogativa de "continuidade e sistematização" das ações. No entanto, a Seds não soube dizer ainda quando e onde ocorrerão abordagens em cracolândias de Minas.

O governo mineiro também resiste em adotar a prática da internação involuntária, que é aquela feita sem o consentimento do dependente. Só acontece no Estado a internação voluntária, com a aceitação do paciente, ou a compulsória, por determinação da Justiça.

‘Não adianta ação de marketing’
A suspensão das abordagens de rua feitas por meio do programa Aliança pela Vida aconteceram no mesmo momento em que se observou o aumento da violência em Minas, com um crescimento de 16,3% no índice de homicídios no Estado. Na opinião de especialistas, o crack tem relação direta com o fenômeno e precisa ser combatido com ações contínuas de repressão ao tráfico e tratamento aos usuários.

"Não adianta fazer ação de marketing e suspender a iniciativa quando acaba o interesse da mídia", afirmou o cientista político Guaracy Mingardi, ex-subsecretário nacional de Segurança Pública. O programa mineiro, lançado em agosto passado, foi a aposta do governo no combate à droga. Após quatro meses de atuação, as abordagens de rua foram suspensas. "É preciso fazer um movimento permanente de prevenção, assim como foi feito com a nicotina, diminuindo muito o número de fumantes. Além de acabar com as rotas de entrada da droga", completou.

Para a psiquiatra Ana Cecilia Tetta Roselli, antes de fazer a busca ativa aos usuários nas ruas, é necessário primeiro melhorar o tratamento. "Estamos falando de uma doença crônica e complexa que só é estabilizada após pelo menos 12 meses de tratamento intensivo. O paciente precisará de acompanhamento anual e para a vida toda", orientou. Em Minas, o período de internação dos usuários dura em média 6 meses.

Segundo o psiquiatra Maurício Viotti, professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), a cada dez dependentes internados, apenas dois conseguem se recuperar. "Ainda assim, já é alguma coisa. É preciso tentar", afirmou.

No entanto, alguns dependentes se dizem desamparados há anos. É o caso do servente de pedreiro Aguinaldo Resende, 25, que há pelo menos 13 anos usa a droga. Nesse tempo todo, ele afirma que apenas uma vez foi abordado por uma assistente social. Na terça passada, 25, ele estava sentado em uma calçada suja na cracolândia do complexo da Lagoinha, na região Noroeste, visivelmente drogado. "Se tivesse ajuda, é claro que eu aceitaria", disse. (LC)

Trevas ao meio-dia.Por que a mídia nativa fecha-se em copas diante das relações entre Carlinhos Cachoeira e a revista Veja?




Por que a mídia nativa fecha-se em copas diante das relações entre Carlinhos Cachoeira e a revistaVeja? O que a induz ao silêncio? O espírito de corpo? Não é o que acontece nos países onde o jornalismo não se confunde com o poder e em vez de servir a este serve ao seu público. Ali os órgãos midiáticos estão atentos aos deslizes deste ou daquele entre seus pares e não hesitam em denunciar a traição aos valores indispensáveis à prática do jornalismo. Trata-se de combater o mal para preservar a saúde de todos. Ou seja, a dignidade da profissão.
O Reino Unido é excelente e atualíssimo exemplo. Estabelecida com absoluta nitidez a diferença entre o sensacionalismo desvairado dos tabloides e o arraigado senso de responsabilidade da mídia tradicional, foi esta que precipitou a CPI habilitada a demolir o castelo britânico de Rupert Murdoch. Isto é, a revelar o comportamento da tropa murdoquiana com o mesmo empenho investigativo reservado à elucidação de qualquer gênero de crime. Não pode haver condão para figuras da laia do magnata midiático australiano e ele está sujeito à expulsão da ilha para o seu bunker nova-iorquino, declarado incapaz de gerir sua empresa.
O Brasil não é o Reino Unido, a gente sabe. A mídia britânica, aberta em leque, representa todas as correntes de pensamento. Aqui, terra dos herdeiros da casa-grande e da senzala, padecemos a presença maciça da mídia do pensamento único. Na hora em que vislumbram a chance, por mais remota, de algum risco, os senhores da casa-grande unem-se na mesma margem, de sorte a manter seu reduto intocado. Nada de mudanças, e que o deus da marcha da família nos abençoe. A corporação é o próprio poder, de sorte a entender liberdade de imprensa como a sua liberdade de divulgar o que bem lhe aprouver. A distorcer, a inventar, a omitir, a mentir. Neste enredo vale acentuar o desempenho da revista Veja. De puríssima marca murdoquiana.
Não que os demais não mandem às favas os princípios mais elementares do jornalismo quando lhes convém. Neste momento, haja vista, omitem a parceria Cachoeira-Policarpo Jr., diretor da sucursal de Veja em Brasília e autor de algumas das mais fantasmagóricas páginas da semanal da Editora Abril, inspiradas e adubadas pelo criminoso, quando não se entregam a alguma pena inspirada à tarefa de tomar-lhe as dores. Veja, entretanto, superou-se em uma série de situações que, em matéria de jornalismo onírico, bateram todos os recordes nacionais e levariam o espelho de Murdoch a murmurar a possibilidade da existência de alguém tão inclinado à mazela quanto ele. E até mais inclinado, quem sabe.
O jornalismo brasileiro sempre serviu à casa-grande, mesmo porque seus donos moravam e moram nela. Roberto Civita, patrão abriliano, é relativamente novo na corporação. Sua editora, fundada pelo pai Victor, nasceu em 1951 e Veja foi lançada em setembro de 1968. De todo modo, a se considerarem suas intermináveis certezas, trata-se de alguém que não se percebe como intruso, e sim como mestre desbravador, divisor de águas, pastor da grei. O sábio que ilumina o caminho. Roberto Civita não se permite dúvidas, mas um companheiro meu na Vejacensurada pela ditadura o definia como inventor da lâmpada Skuromatic, aquela que produz a treva ao meio-dia.
Indiscutível é que a Veja tem assumido a dianteira na arte de ignorar princípios. A revista exibe um currículo excepcional neste campo e cabe perguntar qual seria seu momento mais torpe. Talvez aquele em que divulgou uma lista de figurões encabeçada pelo então presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, apontados como donos de contas em paraísos fiscais.
Lista fornecida pelo banqueiro Daniel Dantas, especialista no assunto, conforme informação divulgada pela própria Veja. O orelhudo logo desmentiu a revista, a qual, em revide, relatou seus contatos com DD, sem deixar de declinar-lhes hora e local. A questão, como era previsível, dissolveu-se no ar do trópico. Miúda observação: Dantas conta entre seus advogados, ou contou, com Luiz Eduardo Greenhalgh e Márcio Thomaz Bastos, e este é agora defensor de Cachoeira. É o caso de dizer que nenhuma bala seria perdida?
Sim, sim, mesmo os mais eminentes criminosos merecem defesa em juízo, assim como se admite que jornalistas conversem com contraventores. Tudo depende do uso das informações recebidas. Inaceitável é o conluio. A societas sceleris. A bandidagem em comum.

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Aquele que acredita que o interesse coletivo está acima do interesse individual , que acredita que tudo e possível desde que tenha fé em Deus e coragem para superar os desafios...

Vida difícil? Ajude um estranho .

Pode parecer ilógico -no mínimo pouco prioritário- ajudar um estranho quando as coisas parecem confusas na nossa vida. Mas eu venho aprendendo que este é um poderoso antídoto para os dias em que tudo parece fora do lugar.

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Há duas situações clássicas onde podemos auxiliar uma pessoa que não conhecemos. A primeira é através de doações e gestos similares de caridade. Estes atos são maravilhosos e muito recomendáveis, mas não é deles que quero falar hoje.


Escolhi o segundo tipo: aquelas situações randômicas onde temos a oportunidade de fazer a diferença para uma pessoa desconhecida numa emergência qualquer. Na maioria das vezes, pessoas com quem esbarramos em locais públicos, envolvidas em situações que podem ir do estar atrapalhado até o precisar de mãos para apagar um incêndio.

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Eu vejo pelo menos seis motivos para ajudar um estranho:


1) Divergir o olhar de nossos próprios problemas
Por um momento, por menor que seja, teremos a chance de esquecer nossas preocupações.
Dedicados a resolver o problema do outro (SEMPRE mais fácil do que os nossos), descansamos nossa mente. Ganhamos energia para o próximo round de nossa própria luta.
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2) Olhar por um outro ângulo
Vez ou outra, teremos a oportunidade de relativizar nossos próprios problemas á luz do que encontramos nestes momento. Afinal, alguns de nossos problemas não são tão grandes assim...
Uma vez ajudei Teresa, a senhora que vende balas na porta da escola de meu filho. A situação dela era impossível de ser resolvida sozinha, pois precisava “estacionar” o carrinho que havia quebrado no meio de uma rua deserta. Jamais esquecerei o olhar desesperado, a preocupação com o patrimônio em risco, com o dia de by Savings Sidekick">trabalho desperdiçado, com as providências inevitáveis e caras. E jamais me esquecerei do olhar úmido e agradecido, apesar de eu jamais ter comprado nada dela. Nem antes nem depois.
Olhei com distanciamento o problema de Teresa. E fiquei grata por não ter que trabalhar na rua, por ter tantos recursos e by Savings Sidekick">oportunidades. E agradeci por estar lá, naquela hora, na rua de pouco movimento, e poder oferecer meus braços para ela.


3) Não há antes, nem depois ...
Na intricada teia de nossos by Savings Sidekick">relacionamentos, dívidas e depósitos se amontoam. Ajudar um conhecido muitas vezes cria vínculos ou situações complexas. Ás vezes, ele espera retribuir. Outras vezes, esperamos retribuição. Se temos ressentimentos com a pessoa, ajudá-la nem sempre deixa um gosto bom na boca. Se ela tem ressentimentos conosco, fica tudo muito ruim também.
Já com estranhos são simples. É ali, naquela hora. Depois acabou. E não há antes. Que alívio!
(mas não vamos deixar de ajudar os conhecidos dentro de nossas possibilidades, hein?)


4) A gratidão pelo inesperado é deliciosa
Quem se lembra de uma vez em que recebeu uma gentileza inesperada? Não é especial? E nem sempre estamos merecendo, mal-humorados por conta do revés em questão.
Ou quando ajudamos alguém e recebemos aquele olhar espantado e feliz?
Ontem mesmo, eu estava numa fila comum de banco. Um senhor bem velhinho estava atrás de mim. Na hora em que fui chamada, pedi que ele fosse primeiro. “Mas por que, minha filha?”. “Pelos seus cabelos brancos”, respondi. Ele, agradecido, me deu uma balinha de hortelã. Tudo muito singelo, muito fácil de fazer, mas o sentimento foi boooom.


5) Quase sempre, é fácil de fazer.
Uma vez eu fiquei envolvida por uma semana com uma mãe e um bebê que vieram para São Paulo para uma cirurgia e não tinha ninguém para esperar no aeroporto. Levei para um hotel barato, acompanhei por uma semana e tive medo de estar sendo usada, reforçada pelo ceticismo de muitas pessoas ao meu redor. No final, deu tudo certo e a história era verdadeira.
Mas na maioria dos casos, não é preciso tanto risco ou tanto tempo. Uma informação; um abaixar para pegar algo que caiu; uma dica sobre um produto no supermercado. Dar o braço para um cego (nunca pegue a mão dele, deixe que ele pegue o seu braço, aprendi com meu experiente marido). Facílimo, diria o Léo. E vamos combinar, fácil é tudo que precisamos quando o dia está difícil, certo?

6) Amor, meu grande amor
Finalmente, ajudar estranhos evoca o nosso melhor eu. É comum termos sentimentos de inadequação, baixa auto-estima e insatisfação conosco quando estamos sob tempo nublado. E ajudar o outro nos lembra que somos bons e capazes. Ajudar um estranho demonstra desapego, generosidade, empatia pelo próximo. E saber que somos tudo isto quando o coração está cinza... É para olhar com orgulho no espelho, não?

Portanto, se hoje não é o seu dia... Faça o dia de alguém. E se é um dia glorioso... Vai ficar melhor!

Fonte:http://www.vivermaissimples.com/2011/03/vida-dificil-ajude-um-estranho.html

Karoline Toledo Pinto

Karoline Toledo Pinto
Karoline Agente Penitenciária a quase 10 anos , bacharelada no curso de Psicologia em uma das melhores Instituição de Ensino Superior do País , publica um importante ARTIGO SOBRE AS DOENÇAS QUE OS AGENTES PENITENCIÁRIOS DESENVOLVEM NO EXERCÍCIO DE SUAS FUNÇÕES . Aguardem em breve aqui será publicado .APESAR DAS PERSEGUIÇÕES INFUNDADAS DAS AMEAÇAS ELA VENCEU PARABÉNS KAROL SE LIBERTOU DO NOSSO MAIOR MEDO A IGNORÂNCIA CONTE COMIGO.. OBRIGADO CLAUDIO VITORINO

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