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sexta-feira, 4 de julho de 2014
Primeiro dia de trabalho de Dirceu tem sanduíche, marmita e lágrimas
Ao longo do dia, ex-ministro recebeu telefonemas de familiares e amigos e disse que Seleção Brasileira não está como gostaria
O primeiro dia de trabalho do ex-ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu em um escritório de advocacia em Brasília foi marcado por algumas lágrimas, recomendações e até por comentários sobre a Seleção Brasileira de futebol.
José Dirceu deixa escritório de advocacia onde começou a trabalhar nesta quinta-feira (3), em Brasília; salário será de R$ 2,1 mil. Foto: Alan Sampaio / iG Brasília
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Desde esta quinta-feira (03), Dirceu passou a dar expediente no escritório do advogado José Gerardo Grossi, localizado no edifício Empire Center, na região central de Brasília. No primeiro dia, ele, visivelmente mais magro, chegou por volta das 7h50 ao local. Ficou por meia hora esperando a abertura do escritório e foi embora por volta das 18h10. Na saída do ex-ministro, um funcionário de um escritório do edifício onde passou a trabalhar gritou: “Fala a verdade, o crime vale a pena, Dirceu?”. O ex-ministro não falou com a imprensa nem na entrada nem na saída do escritório.
Esta quinta foi a primeira vez que Dirceu saiu da cadeia após ser preso pela condenação de sete anos e 11 meses no julgamento do mensalão. Desde maio, ele tentava obter autorização para trabalhar fora da prisão, mas teve seu pedido negado pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa. A autorização para que pudesse trabalhar saiu apenas na semana passada, por decisão do pleno do Supremo.
Dirceu foi recebido nesta quinta pelo advogado proprietário do escritório com um sanduíche e uma vitamina, “devorados” pelo ex-ministro, nas palavras de Grossi. Ao chegar no local, ele se dirigiu a uma das janelas e chorou ao ver o horizonte de Brasília.
O ex-ministro também se emocionou ao lembrar, ao lado de Grossi (seu amigo desde os anos 1980), das brincadeiras de crianças de suas netas. Segundo o advogado José Gerardo Grossi, Dirceu estava “excitado como um passarinho ao ver-se livre” no primeiro dia de trabalho.
Durante todo o dia, o ex-ministro recebeu recomendações sobre o trabalho que vai exercer no escritório de advocacia e em relação às restrições por conta do cumprimento do regime semiaberto (ele não pode receber visitas de políticos, apenas de familiares e ainda assim condicionadas à autorização da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal, além do fato de não poder sair a uma distância de 100 metros de seu local de trabalho). O próprio Grossi disse que não permitirá a presença de políticos no local. Wilson Lima/iG
Espaço onde José Dirceu começou a trabalhar nesta quinta-feira (3), em Brasília
Em um primeiro momento, Dirceu terá a incumbência de organizar a biblioteca funcional do escritório, com aproximadamente 2 mil livros. No futuro, ele trabalhará na área administrativa. “O José Dirceu não vai se meter na minha advocacia”, enfatizou Grossi. Dirceu trabalhará em uma sala anexa do escritório, ao lado da esposa de Grossi, em uma mesa simples, com uma janela que dá de fundo para um bar chamado Calaf.
Durante o dia, Dirceu ainda recebeu telefonemas de amigos e familiares congratulando-o pelo novo ofício. Durante o almoço, ficou no escritório e comeu uma marmita, assim como os outros funcionários.
Em conversas com o novo chefe, os dois evitaram temas sobre política, mas analisaram o rendimento da Seleção Brasileira de futebol. Na prisão, Dirceu pôde acompanhar os jogos da Copa do Mundo e, durante as conversas desta quinta-feira no emprego novo, o ex-ministro admitiu que a equipe “não é a que gostaria”.
Fonte:http://ultimosegundo.ig.com.br/politica/2014-07-03/primeiro-dia-de-trabalho-de-dirceu-tem-sanduiche-marmita-e-lagrimas.html
Primeiro dia de trabalho de Dirceu
O ex-ministro José Dirceu deixou nesta quinta-feira, 3, o Centro de Progressão Penitenciária (CCP) para trabalhar no escritório do advogado José Gerardo Grossi, em Brasília. Condenado por participação no mensalão, Dirceu cumpre desde novembro uma pena de 7 anos e 11 meses de prisão no regime semiaberto.
Fonte:http://estadao.br.msn.com/fotos/primeiro-dia-de-trabalho-de-dirceu
quinta-feira, 3 de julho de 2014
quarta-feira, 2 de julho de 2014
Confundido com ladrão, professor dá aula de Revolução Francesa para não ser linchado ..
1.jul.2014 - O professor de História André Luiz Ribeiro, de 27 anos, foi espancado por moradores do bairro Balneário São José, em São Paulo, após ser confundido com um ladrão
O professor de História André Luiz Ribeiro, de 27 anos, foi espancado por moradores do bairro Balneário São José, em São Paulo, após ser confundido com um ladrão. Ele foi colocado de barriga para baixo na rua e teve braços e pernas amarrados. Com a chegada dos bombeiros, André voltou a dizer que era professor e ouviu de um deles: "Se você é professor de História, então dá uma aula sobre Revolução Francesa". De acordo com informações do jornal O Globo, ao improvisar sobre o conteúdo, André se livrou do linchamento, mas, mesmo assim foi levado à delegacia. Os bombeiros que prestaram socorro informaram que não houve "desrespeito ou deboche".
André contou que estava correndo na última quarta-feira (25), quando um bar foi assaltado. "Eu corro dez quilômetros todos os dias, estava de fone de ouvido, sem identificação porque moro por perto, e fui confundido com um dos três assaltantes. O dono do bar e o filho dele me acorrentaram. Umas 20 pessoas me cercaram e começaram a me bater. Acorrentaram meus braços e pernas e me colocaram de barriga para baixo na rua."
Ribeiro relatou que foram os bombeiros que salvaram a vida dele pois enquanto ele dava a aula sobre a Revolução Francesa para provar que era professor, ouviu o proprietário do bar dizer que ia buscar um facão. Em seguida, o professor foi levado ao pronto-socorro pela Polícia Militar, que depois o encaminhou para o 101º Distrito Policial (Jardim das Imbuias), onde ficou preso até sexta-feira (27).
Djalma dos Santos, 70 anos, proprietário do bar assaltado, negou que tenha espancado o professor. Questionado se tinha certeza de que Ribeiro era um dos assaltantes, ele desconversou.
O advogado de Ribeiro, Cláudio Reimberg, informou que vai registrar a ocorrência de lesão corporal e tentativa de homicídio.
Segundo nota da Secretaria de Segurança Pública (SSP), o delegado André Antiqueira, titular do 101º DP, "se coloca à disposição para ouvir em depoimento quem tenha novas informações para acrescentar à investigação", já que os criminosos que participaram do crime ainda não foram presos.
"O professor foi preso em flagrante em cumprimento do artigo 302 do Código Penal, já que a vitima o reconheceu como um dos participantes do roubo ao estabelecimento comercial em duas oportunidades. A Justiça concedeu liberdade provisória ao acusado", diz o comunicado da SSP.
Fonte:http://noticias.bol.uol.com.br/ultimas-noticias/brasil/2014/07/01/confundido-com-ladrao-professor-da-aula-de-revolucao-francesa-para-nao-ser-linchado.htm
terça-feira, 1 de julho de 2014
Ex-presidente da França, Sarkozy é detido em investigação sobre tráfico de influência
O ex-presidente francês Nicolas Sarkozy foi chamado a depor hoje (1º) na Polícia de Nanterre, localidade próxima a Paris, sobre um caso de suposto tráfico de influências e violação de sigilo da investigação. Os agentes colocaram Sarkozy sob custódia, uma medida inédita até então para um ex-presidente. Com isso, ele fica sujeito a um período de interrogatório que pode chegar a 48 horas.
Os investigadores querem saber se o ex-chefe de Estado e seus colaboradores criaram uma rede de informantes que os mantinha a par da evolução de processos judiciais que citavam Sarkozy no período de 2007 a 2012.
O ex-presidente chegou à sede da polícia pouco depois das 8h (horário local) e um dia depois de também terem sido interrogados seu advogado, Thierry Herzog, e dois altos magistrados do Tribunal de Cassação (Tribunal Superior), Gilbert Azibert e Patrick Sassoust, que permaneciam sob custódia até a manhã de hoje.
O chamado Caso das Escutas investiga se Sarkozy recebeu financiamento ilegal para sua campanha presidencial da multimilionária herdeira do grupo de cosméticos L'Oréal, Liliane Bettencourt, e do deposto líder líbio Muammar Kadafi.
Fonte:http://www.odiario.com/mundo/noticia/845050/ex-presidente-da-franca-sarkozy-e-detido-em-investigacao-sobre-trafico-de-influencia/
Copa do Mundo no Brasil: uma vergonha
Aqui, neste país de terceiro mundo em que a opinião de qualquer um é ventilada como verdade absoluta, aqui se deve morrer de vergonha. Mas existe verdade absoluta? Meu amigo Adamastor, que, desde os tempos em que abandonou o Cabo das Tormentas, por culpa de uns portugueses que o transformaram em Cabo da Boa Esperança, vem-se dedicando ao estudo da filosofia, fica vermelho de raiva toda vez que alguém fala em verdade absoluta.
Mas a vergonha é nossa. Já faz algum tempo que não posso ligar a televisão sem que me assaltem as ameaças do desastre, do qual devo sentir vergonha. Para quem ainda não percebeu, informo que estou falando dos meses que antecederam a Copa. O entulho, ah, o entulho! Não havia estádio (por falar nisso, alguém pode me dizer qual a diferença entre estádio e arena?) que não estivesse cercado, melhor, enterrado em entulho. O que vão dizer os estrangeiros quando chegarem aqui e tiverem de caminhar tropeçando em entulho? Meu deus do céu, que vergonha. No mínimo vamos ser banidos do “concerto das nações”. Perder o assento na ONU?, ora, isso é o de menor gravidade para nossa vida no futuro.
Mas a vergonha teria outros motivos. Um deles seriam os andaimes. Ingleses e alemães, o que não sairão por aí dizendo de nós, ao verem tantos andaimes? E os eficientes japoneses, que não se conformam com obras inacabadas. O Adamastor me perguntou se lá, na terra do sol nascente, todas as obras já se acabaram. À falta de uma resposta segura (nunca fui ao Japão), respondi que, no caso de todas as obras estarem acabadas, eles, os japoneses, devem pelo menos estar mortos. Todos eles. Sei lá.
Mas outras razões para que morrêssemos de vergonha: a mobilidade urbana. Coitados de europeus, africanos, latino-americanos e todos os outros -anos (que somados chegam a trinta e um – o Brasil já está aqui). Vão desembarcar (os que vierem de barco e mesmo os que vierem de avião) em aeroportos cheios de andaimes, essa coisa vergonhosa, e não terão como chegar aos estádios. Ou arenas. Não haverá condução, tampouco condição.
E as vagas em hotéis, o que se pode dizer? Meu deus, não haverá acomodação para todos. Eles, os turistas torcedores, terão de dormir ao relento, não terão o que comer, onde tomar banho, onde defecar, onde transar, onde.
Não havia dia em que não se anunciasse a tragédia da Copa, esta vergonha mais do que prevista.
Pois bem, eu, com toda minha timidez, detesto passar vergonha. Sou mais ou menos como os franceses, que odeiam o ridículo. O próprio, claro, porque o ridículo dos outros nos diverte. E, como detesto passar vergonha, resolvi me isolar no meio do mato onde nem luz elétrica existe. Estou de volta, e fico imaginando quanto vocês terão sofrido com a vergonheira nacional que foi a 2014 BRAZIL WORLD CUP.
Fonte:http://www.cartacapital.com.br/politica/copa-do-mundo-uma-vergonha-1790.html
O STF retoma o equilíbrio
O resultado era esperado. Por 9 votos a 1, o plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) acatou na quarta-feira 25 um recurso apresentado pela defesa do ex-ministro José Dirceu e concedeu ao petista o direito de trabalhar na biblioteca do escritório de advocacia de José Gerardo Grossi, em Brasília. Sabedor da derrota de sua posição, Joaquim Barbosa não participou da sessão.
Antigo relator do processo do “mensalão”, Barbosa havia negado o benefício a Dirceu e revogado as autorizações de trabalho concedidas por juízes de Primeira Instância a outros sete condenados, entre eles Delúbio Soares, ex-tesoureiro do PT.
Ao negar os benefícios em maio, o ministro sustentou que os condenados ao regime semiaberto só teriam o direito ao trabalho externo após cumprir um sexto da pena na prisão. O despacho contrariou uma jurisprudência consolidada havia mais de 15 anos pelo Superior Tribunal de Justiça. Além disso, vislumbrou na oferta de emprego a Dirceu um “arranjo entre amigos”.
Todas as teses foram demolidas por seus pares no julgamento da quarta 25. Apenas o ministro Celso de Mello concordou com a exigência de cumprimento mínimo de um sexto da pena, mas afastou qualquer suspeita sobre a lisura do empregador, de quem foi colega no Tribunal Superior Eleitoral. Além disso, Grossi assumiu o compromisso de abrir as portas do escritório de advocacia para qualquer atividade de fiscalização. A partir de agora, Dirceu está autorizado a deixar o Complexo da Papuda para cumprir sua jornada de trabalho, com salário de 2,1 mil reais.
Barbosa declarou-se impedido de participar da sessão, após envolver-se em uma querela com o advogado Luiz Fernando Pacheco, defensor do ex-deputado José Genoino. Por várias semanas, o presidente do STF recusou-se a incluir na pauta do plenário o julgamento dos agravos interpostos por condenados no “mensalão”. Em 11 de junho, Pacheco subiu à tribuna para protestar, e lembrou que processos com réu preso devem ter prioridade. Irritado, Barbosa interrompeu o advogado e ordenou sua retirada do plenário por seguranças. Do lado de fora, Pacheco acusou o ministro de abuso de autoridade e comparou-o a Tomás de Torquemada, o notório inquisidor do século XV.
Em apoio a Pacheco, o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil destacou em nota que o presidente do STF não era “intocável” e deveria prestar conta de seus atos. “Sequer a ditadura chegou tão longe no que se refere ao exercício da advocacia”, apontava o texto. A despeito da forte reação contrária aos seus atos, o magistrado apresentou queixa contra Pacheco por desacato, calúnia, difamação e injúria.
O advogado de Genoino afirma desconhecer o teor da representação enviada por Barbosa ao Ministério Público Federal, razão pela qual preferiu não se manifestar a respeito. “Independentemente do resultado do nosso pleito, esperamos que a imparcialidade seja restabelecida no STF”, limitou-se a dizer um dia antes de o pedido de prisão domiciliar de seu cliente ser recusado pelo plenário da Corte.
A maioria dos ministros seguiu o voto do relator, Luís Roberto Barroso, amparado em quatro laudos médicos oficiais que negam a existência de cardiopatia grave no caso do ex-deputado. “A situação dele não é diversa daquela de centena de outros detentos, há muitos em situações mais delicadas”, afirmou Barroso.
Somente os ministros José Dias Toffoli e Ricardo Lewandowski votaram a favor da prisão domiciliar. Os ministros divergentes destacaram a informação prestada pelo médico José Ricardo Lapa da Fonseca, do Centro de Internamento e Reeducação, sobre a inexistência de assistência emergencial na Papuda no período noturno, aos fins de semana e feriados. Segundo a defesa, Genoino enfrenta dificuldades no presídio para controlar os níveis de coagulação no sangue, o que poderia desencadear uma embolia ou um derrame.
Em habeas corpus encaminhado ao STF no fim de maio, Dirceu também alegava ter sofrido “constrangimento ilegal imposto pelo ministro Joaquim Barbosa”. A primeira ilegalidade, sustentam seus advogados, foi a suspensão da análise da oferta de trabalho externo, em fevereiro, motivada pela denúncia de uso irregular de celular nas dependências do presídio veiculada por um jornal. No afã de investigar o suposto desvio de conduta, a promotora Márcia Milhomens pediu a quebra do sigilo telefônico em duas coordenadas geográficas que, descobriu-se mais tarde, correspondiam ao Complexo da Papuda e ao Palácio do Planalto.
Provocado pela Advocacia-Geral da União, que viu na medida uma bisbilhotice injustificável, o Conselho Nacional do Ministério Público abriu um inquérito para apurar a conduta da promotora. Nesse meio-tempo, a investigação sobre o uso irregular de celular por Dirceu acabou arquivada, após a direção do presídio desmentir o jornal e informar que naquela data específica o condenado não recebeu visitas ou teve acesso a telefones.
“De toda forma, a análise da oferta de trabalho não deveria ser suspensa com base numa simples denúncia”, afirma Rodrigo Dall’Acqua, um dos advogados de Dirceu. “Somente quando se viu obrigado a avaliar o caso, Barbosa apresentou a tese de cumprimento mínimo de um sexto da pena.”
A decisão foi criticada tanto pelo procurador-geral da Justiça quanto pela OAB. Segundo a Ordem, a alteração das regras poderia prejudicar até 100 mil presos que cumprem pena no regime semiaberto. Com a recente decisão do plenário do STF, volta a valer a jurisprudência anterior à decisão de Barbosa. Na quinta 26, Barroso liberou Delúbio Soares para trabalhar, mas negou as solicitações de Romeu Queiroz, ex-deputado, e Rogério Tolentino, ex-advogado de Marcos Valério de Souza. O ministro considerou irregular o desejo de Queiroz de trabalhar em sua própria empresa e contratar Tolentino.
Fonte:http://www.cartacapital.com.br/revista/806/o-stf-retoma-o-equilibrio-8309.html
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Vida difícil? Ajude um estranho .
Pode parecer ilógico -no mínimo pouco prioritário- ajudar um estranho quando as coisas parecem confusas na nossa vida. Mas eu venho aprendendo que este é um poderoso antídoto para os dias em que tudo parece fora do lugar.
Como assim, pergunta o meu leitor mais cético? E eu explico:
Há duas situações clássicas onde podemos auxiliar uma pessoa que não conhecemos. A primeira é através de doações e gestos similares de caridade. Estes atos são maravilhosos e muito recomendáveis, mas não é deles que quero falar hoje. Escolhi o segundo tipo: aquelas situações randômicas onde temos a oportunidade de fazer a diferença para uma pessoa desconhecida numa emergência qualquer. Na maioria das vezes, pessoas com quem esbarramos em locais públicos, envolvidas em situações que podem ir do estar atrapalhado até o precisar de mãos para apagar um incêndio.
Eu vejo pelo menos seis motivos para ajudar um estranho:
1) Divergir o olhar de nossos próprios problemas
Por um momento, por menor que seja, teremos a chance de esquecer nossas preocupações.
Dedicados a resolver o problema do outro (SEMPRE mais fácil do que os nossos), descansamos nossa mente. Ganhamos energia para o próximo round de nossa própria luta.
Esta pausa pode nos dar novo fôlego ou simplesmente ser um descanso momentâneo.
2) Olhar por um outro ângulo
Vez ou outra, teremos a oportunidade de relativizar nossos próprios problemas á luz do que encontramos nestes momento. Afinal, alguns de nossos problemas não são tão grandes assim...
Uma vez ajudei Teresa, a senhora que vende balas na porta da escola de meu filho. A situação dela era impossível de ser resolvida sozinha, pois precisava “estacionar” o carrinho que havia quebrado no meio de uma rua deserta. Jamais esquecerei o olhar desesperado, a preocupação com o patrimônio em risco, com o dia de by Savings Sidekick">trabalho desperdiçado, com as providências inevitáveis e caras. E jamais me esquecerei do olhar úmido e agradecido, apesar de eu jamais ter comprado nada dela. Nem antes nem depois.
Olhei com distanciamento o problema de Teresa. E fiquei grata por não ter que trabalhar na rua, por ter tantos recursos e by Savings Sidekick">oportunidades. E agradeci por estar lá, naquela hora, na rua de pouco movimento, e poder oferecer meus braços para ela.
3) Não há antes, nem depois ...
Na intricada teia de nossos by Savings Sidekick">relacionamentos, dívidas e depósitos se amontoam. Ajudar um conhecido muitas vezes cria vínculos ou situações complexas. Ás vezes, ele espera retribuir. Outras vezes, esperamos retribuição. Se temos ressentimentos com a pessoa, ajudá-la nem sempre deixa um gosto bom na boca. Se ela tem ressentimentos conosco, fica tudo muito ruim também.
Já com estranhos são simples. É ali, naquela hora. Depois acabou. E não há antes. Que alívio!
(mas não vamos deixar de ajudar os conhecidos dentro de nossas possibilidades, hein?)
4) A gratidão pelo inesperado é deliciosa
Quem se lembra de uma vez em que recebeu uma gentileza inesperada? Não é especial? E nem sempre estamos merecendo, mal-humorados por conta do revés em questão.
Ou quando ajudamos alguém e recebemos aquele olhar espantado e feliz?
Ontem mesmo, eu estava numa fila comum de banco. Um senhor bem velhinho estava atrás de mim. Na hora em que fui chamada, pedi que ele fosse primeiro. “Mas por que, minha filha?”. “Pelos seus cabelos brancos”, respondi. Ele, agradecido, me deu uma balinha de hortelã. Tudo muito singelo, muito fácil de fazer, mas o sentimento foi boooom.
5) Quase sempre, é fácil de fazer.
Uma vez eu fiquei envolvida por uma semana com uma mãe e um bebê que vieram para São Paulo para uma cirurgia e não tinha ninguém para esperar no aeroporto. Levei para um hotel barato, acompanhei por uma semana e tive medo de estar sendo usada, reforçada pelo ceticismo de muitas pessoas ao meu redor. No final, deu tudo certo e a história era verdadeira.
Mas na maioria dos casos, não é preciso tanto risco ou tanto tempo. Uma informação; um abaixar para pegar algo que caiu; uma dica sobre um produto no supermercado. Dar o braço para um cego (nunca pegue a mão dele, deixe que ele pegue o seu braço, aprendi com meu experiente marido). Facílimo, diria o Léo. E vamos combinar, fácil é tudo que precisamos quando o dia está difícil, certo?
6) Amor, meu grande amor
Finalmente, ajudar estranhos evoca o nosso melhor eu. É comum termos sentimentos de inadequação, baixa auto-estima e insatisfação conosco quando estamos sob tempo nublado. E ajudar o outro nos lembra que somos bons e capazes. Ajudar um estranho demonstra desapego, generosidade, empatia pelo próximo. E saber que somos tudo isto quando o coração está cinza... É para olhar com orgulho no espelho, não?
Portanto, se hoje não é o seu dia... Faça o dia de alguém. E se é um dia glorioso... Vai ficar melhor!
Fonte:http://www.vivermaissimples.com/2011/03/vida-dificil-ajude-um-estranho.html
Fonte:http://www.vivermaissimples.com/2011/03/vida-dificil-ajude-um-estranho.html
Karoline Toledo Pinto
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