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sexta-feira, 8 de março de 2013
Secretário de Direitos Humanos de SP critica pastor no comando de comissão
São Paulo – O secretário municipal de Direitos Humanos de São Paulo, Rogério Sottili, afirmou hoje (7) que o deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP) não é uma pessoa adequada para a presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara. “Não é o nome mais adequado para presidir a Comissão de Direitos Humanos porque vai ter dificuldades para se relacionar com todos os segmentos da sociedade”, disse. Segundo o secretário, as pessoas não acreditarão que ele poderá representá-las adequadamente na comissão e na defesa dos direitos humanos.
Marco Feliciano, pastor de 15 igrejas evangélicas e apresentador de TV, foi eleito hoje presidente da comissão, após uma semana de polêmicas. Ele fez anteriormente, em rede social na internet, declarações contra a união de pessoas do mesmo sexo, que a Aids seria um “câncer” gay e que os negros teriam acentrais amaldiçoados por Noé.
Desde o último dia 27, parlamentares que integravam o colegiado tentaram convencer o PSC, que obteve direito à vaga graças aos critérios de proporcionalidade, indicasse outro nome, mas a indicação de Feliciano acabou prevalecendo. O ápice da polêmica se deu durante a sessão de ontem, quando o até então presidente, Domingos Dutra (PT-MA), decidiu encaminhar a questão à Mesa Diretora da Câmara. Hoje, parlamentares de PT, PSB e PSOL deixaram a comissão em protesto contra a eleição do pastor.
Fonte:http://www.redebrasilatual.com.br/temas/politica/2013/03/sotilli-diz-que-pastor-marcos-feliciano-nao-e-nome-adequado-para-a-comissao
A violência contra jovens negros no Brasil - Morte de jovens negros tem cenário de extermínio
Morte de jovens negros tem cenário de "extermínio"
O Mapa da Violência 2011 mostra que a vitimização juvenil por homicídios continua a crescer. O número de homicídios entre a população negra é explosivo e, o que é pior ainda, a vitimização entre jovens negros tem índices muito altos, beirando um cenário de "extermínio". Após uma década (1998-2008), continua praticamente inalterada a marca histórica de 92% da masculinidade nas vítimas de homicídio.
Levando em conta o tamanho da população, o Mapa mostra que a taxa de homicídios entre os jovens passou de 30 (em 100 mil jovens), em 1980, para 52,9 no ano de 2008. Já a taxa na população não-jovem permaneceu praticamente constante. O estudo concluiu que o incremento da violência homicida no Brasil das últimas décadas teve "como motor exclusivo e excludente a morte de jovens".
Em 1998, a taxa de homicídios de jovens (idade 15 e 24 anos) era 232% maior que a taxa de homicídios da população não-jovem. Em 2008, as taxas juvenis já eram 258% maiores. Essa é média nacional, mas há Estados com índices de vitimização jovem acima de 300%, como Paraná e o Distrito Federal.
Na população não jovem, só 9,9% do total de óbitos são atribuíveis a causas externas (homicídios, suicídios e acidentes de transporte). Já entre os jovens, as causas externas são responsáveis por 73,6% das mortes. Se na população não-jovem só 1,8% dos óbitos são causados por homicídios, entre os jovens, os homicídios são responsáveis por 39,7% das mortes.
O Estado de menor vitimização juvenil, Roraima, no ano de 2008, tinha proporcionalmente 66% mais vítimas juvenis. No outro extremo, Amapá e Paraná e Distrito Federal ostentam quatro vezes mais mortes juvenis do que as outras faixas.
Negros e jovens. A partir de 2002 fica evidente um forte crescimento na vitimização da população negra. Se em 2002 morriam proporcionalmente 46% mais negros que brancos, esse percentual eleva-se para 67% em 2005 e mais ainda, para 103% em 2008. Assim, morrem proporcionalmente mais do dobro de negros do que brancos.
Segundo o Mapa da Violência/2011, isso acontece porque, por um lado, as taxas de homicídios brancos caíram de 20,6 homicídios em 100 mil brancos em 2002 para 15,9 em 2008. Já entre os negros, as taxas subiram: de 30 em 100 mil negros em 2002 para 33,6 em 2008.
Entre os jovens, esse processo de vitimização por raça/cor foi mais grave ainda. O diferencial (índice de vitimização) que em 2002 era também de 46% eleva-se para 78% em 2005 e pula para 127% em 2008. Mas essas são médias nacionais.
"Esmiuçando os dados, vemos que há estados como Paraíba ou Alagoas em que por cada jovem branco assassinado morrem proporcionalmente mais de 13 jovens negros (13 em Alagoas, mas são 20 na Paraíba", descreve o Mapa.
Fonte:http://www.cnte.org.br/index.php/comunica%C3%A7%C3%A3o/noticias/11295-a-violencia-contra-jovens-negros-no-brasil?start=1
A violência contra jovens negros no Brasil
A cada nova divulgação dos dados sobre homicídios no Brasil a mesma informação é dada: morrem por homicídio, proporcionalmente, mais jovens negros do que jovens brancos no país. Além disso, vem se confirmando que a tendência é um crescimento desta desigualdade nas mortes por homicídios.
Foto: Luliexperiment/Flickr
O diagnóstico produzido pelo Governo Federal apresentado ao Conselho Nacional de Juventude – CONJUVE mostra vetores importantes desta realidade, para além dos socioeconômicos: a condição geracional e a condição racial dos vitimizados.Em 2010, morreram no Brasil 49.932 pessoas vítimas de homicídio, ou seja, 26,2 a cada 100 mil habitantes. 70,6% das vítimas eram negras. Em 2010, 26.854 jovens entre 15 e 29 foram vítimas de homicídio, ou seja, 53,5% do total; 74,6% dos jovens assassinados eram negros e 91,3% das vítimas de homicídio eram do sexo masculino. Já as vítimas jovens (ente 15 e 29 anos) correspondem a 53% do total e a diferença entre jovens brancos e negros salta de 4.807 para 12.190 homicídios, entre 2000 e 2009. Os dados foram recolhidos do DataSUS/Ministério da Saúde e do Mapa da Violência 2011.
Podemos dizer que este tema entrou na cena pública, quando, em 2007, o Fórum Nacional da Juventude Negra – FONAJUNE lançou a campanha nacional "Contra o Genocídio da Juventude Negra". Em 2008, foi realizada a 1ª. Conferência Nacional de Políticas Públicas de Juventude, e das 22 prioridades eleitas nesta CNPPJ, a proposta mais votada foi a indicada pela juventude negra que tematizava justamente os homicídios de jovens negros.
Depois de passar CONJUVE, o tema foiabsorvido pelo Executivo, no final de 2010, através da Secretaria de Políticas de Igualdade Racial – SEPPIR, com a realização de uma oficina chamada "Combate à mortalidade da juventude negra".Com a sucessão presidencial, a pauta – deixada de lado pela SEPPIR, em 2011 – foi reincorporada pela Secretaria Nacional de Juventude (SNJ), ligada à Secretaria Geral da Presidência da República-SG/PR, em meados de 2011. A SNJ sugeriu que o Fórum Direitos e Cidadania (coordenado pela SG/PR), que reúne os principais ministérios ligados ao tema, tomasse para si a questão. Foi o que aconteceu, a partir da criação de uma Sala de Situação da Juventude Negra dentro do Fórum. A partir daí desencadeou-se uma agenda nos moldes participativos para o desenvolvimento de propostas que agissem pela redução da violência contra a juventude negra.
Problema velho, soluções inovadoras
Esta pauta, de início, podemos sugerir que possui um caráter especialmente participativo. Pois inicia-se com uma Conferência de participação social e passa a ser discutido pelo Conjuve. Depois, quando chega ao executivo, mantém este formato de discussão.
O problema a ser enfrentado é bem complexo. Até hoje algumas iniciativas que dialogam com este público de juventude negra. Entretanto, existe uma dissonância entre elementos fundamentais para o êxito de uma ação que vise combater os homicídios de jovens negros. Para estas políticas, quando há orçamento, não há reconhecimento de diferenças; quando o projeto aborda a juventude negra, não há recursos. E quando há reconhecimento com recursos, não existe foco nos jovens mais vulneráveis.
Assim, esta agenda deve ser trabalhada pelo poder público a partir de duas concepções distintas de políticas públicas e a partir de uma noção convergente de direitos, pois o direito à vida de certa juventude (a juventude negra) e elaborada a partir do reconhecimento de diferenças. Mas que o Estado Brasileiro através de seus quadros burocráticos, muitas vezes reluta em fazê-lo.
Uma delas a chamada transversalidade, que defende que as políticas públicas devem ser caracterizadas pelas dimensões que se pretendem reconhecer (racialmente, por gênero etc.). A outra maneira pela qual as políticas setoriais vêm sendo tratadas é pela ação afirmativa. Esta defende que é preciso criar políticas emergenciais, combinas às estruturantes para públicos específicos (negros, jovens, mulheres).
As políticas chamadas transversais carregam consigo um dilema sobre a sua autoria. Se elas devem estar em todos os campos da ação pública, quem tem o dever de realizá-las? De quem é a responsabilidade de resolver o problema dos homicídios dos jovens negros no interior de um governo? A Secretaria Nacional de Juventude, A Secretaria de Políticas de Igualdade Racial? A Secretaria de Segurança Pública?
Mas o outro lado deste assunto é que ele mostra que ações relacionadas a este tema podem partir de outros atores que não apenas o Ministério da Justiça e que o tema dos homicídios é apropriado por outros setores da sociedade e do Estado que não são os tradicionalmente ligados ao tema.
Entretanto, antes que um ou outro ministério assuma esta tarefa, é necessário ultrapassar uma barreira que muito se vê Brasil a fora: deve-se fincar as ações de promoção de direitos e tratar o seu público "alvo" desta vez como sujeito de direitos e não como "jovens problemas". Isso é uma tendência que os setores organizados da sociedade civil vêm defendendo, há anos, e que agora devem chegar às políticas que ligam juventude à violência. Do que decorrerá outro ponto inovador: os jovens são tratados com vítimas e não mais como os vitimizadores.
Acredito ser este um bom exemplo de como a participação social e a abertura do processo de elaboração política para diversos setores da sociedade apontam para a criação de políticas que atendam ao reconhecimento e promoção de novos direitos, com o surgimento de novos arranjos institucionais. Ainda que os problemas sejam tão antigos.
Fonte:http://www.cnte.org.br/index.php/comunica%C3%A7%C3%A3o/noticias/11295-a-violencia-contra-jovens-negros-no-brasil
Pastor polêmico vai presidir Comissão de Direitos Humanos
Marco Feliciano (PSC-SP), acusado de ser homofóbico e racista, recebeu onze votos; diversos parlamentares abandoram a sessão em protesto
[ i ]
Brasília - O deputado Marco Feliciano (PSC-SP), pastor da Assembleia de Deus, foi eleito nesta quinta-feira, 7, o novo presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara. Onze membros da comissão votaram em seu nome e um votou em branco. Em protesto, diversos parlamentares que integram o órgão abandonaram a sessão e não votaram. Após fazer afirmações polêmicas, Feliciano passou a ser acusado de homofóbico e racista.
A eleição do novo presidente do colegiado estava inicialmente marcada para quarta-feira, 6, mas foi adiada após manifestações de ativistas que entraram na sala da comissão. Por ordem do presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), a eleição do novo presidente ocorreu a portas fechadas nesta quinta.
Em 2011, Feliciano escreveu em sua página no Twitter que o amor entre pessoas do mesmo sexo leva "ao ódio, ao crime e à rejeição" e que descendentes de africanos são "amaldiçoados". "O fato dele defender determinadas bandeiras não significa que ele vai trabalhar de forma tendenciosa à frente da comissão", argumentou o líder do PSC, André Moura.
Ex-secretário de Direitos Humanos no governo Lula, o deputado Nilmário Miranda (PT-MG) admitiu o desconforto: "Em 18 anos, nunca vi uma situação dessas. Não tenho condições de votar nele". "As declarações que ele fez conflitam com o trabalho desta comissão", observou o petista.
Deputado federal em seu primeiro mandato, Feliciano afirmou que não é "nem homofóbico, nem racista". Ao final da sessão de quarta, disse que seus "direitos como ser humano" haviam sido "tolhidos". Afirmou também que chegou a "apanhar" dos manifestantes e "levar arranhões" em meio à confusão instalada na sala da comissão. "Xingaram a minha família, a minha mãe. Mas meu espírito cristão não me permite revidar", afirmou o pastor.
'Papai do Céu'.
Entre os projetos de lei apresentados por Feliciano, há um que institui o programa “Papai do Céu na Escola” na rede pública de ensino e outro que pretende sustar a decisão do Supremo Tribunal Federal que reconheceu como entidade familiar a união entre pessoas do mesmo sexo. Ele propôs ainda um projeto de lei para punir quem sacrifica animais em rituais religiosos, prática adotada em algumas cerimônias do candomblé.
Feliciano afirma que a comissão hoje se tornou um espaço de defesa de “privilégios” de gays, lésbicas, bissexuais e transexuais e defende “maior equilíbrio”. Ele diz ter feito um cálculo: 90% do tempo da última gestão da comissão foi dedicado a assuntos relacionados à comunidade LGBT, deixando “em segundo plano” outras minorias como índios, quilombolas e “crianças”.
O pastor afirma que sua religião “o gabarita” para fazer um bom trabalho à frente do órgão. “Se tem alguém que entende o que é direito das minorias e que já sofreu na pele o preconceito e a perseguição é o PSC, o cristianismo foi a religião que mais sofreu até hoje na Terra”, disse.
Fonte:http://www.d24am.com/noticias/politica/pastor-polemico-vai-presidir-comissao-de-direitos-humanos/81751
quinta-feira, 7 de março de 2013
Pontes de Amor firma parceria com Missão África
Pontes de Amor firma parceria com Missão África
A ONG Pontes de Amor atravessa as fronteiras e em parceria com a Missão África alcança crianças órfãs do outro lado do Atlântico.
A Missão África por meio de voluntários (médicos, dentistas, enfermeiros e outros) enviará mais uma equipe a Moçambique oferecendo tratamento médico e odontológico gratuito e auxiliando com itens necessários à saúde e educação básicas. Os esforços beneficiam vários orfanatos, centenas de crianças orfãs, várias portadoras do vírus da AIDS. Moçambique é o quarto pior país do mundo no índice de desenvolvimento humano, mais da metade da população vive com renda per capita estimada em um real por dia. O acesso aos serviços de saúde é muito limitado e as crianças sofrem de desnutrição, anemia, verminoses, malária, infecções respiratórias dentre outras.
Neste sábado, dia 09 de março das 9 às 17 horas será feito um mutirão em frente Carrefour Hipermercado em Uberlândia para arrecadar Sustain/Sustagem Kids, escovas e cremes dentais, material escolar e leite em pó. Você pode trazer a sua doação ou doar parte do seu tempo auxiliando a equipe a arrecadar os donativos.
Também precisamos de Sulfato Ferroso gotas e comprimido, Polivitamínico gotas e comprimido, Albendazol comprimidos e suspensao oral e Griseofulfina comprimidos. Para maiores informações entre em contato pelo email contato@missaoafrica.org.br ou visite o site www.missaoafrica.org.br.
terça-feira, 5 de março de 2013
Entre para esta corrente do amor, doe MEDULA ÓSSEA !!!
Venho em nome da família ajudar na divulgação! Este é o Julio César paciente HCG, mora em Jataí e está precisando receber um transplante de medula óssea.
E compartilhando o apelo...
QUERIDOS AMIGOS DO FACE PEÇO POR GENTILEZA MAIS UMA AÇÃO DE SOLIDARIEDADE,O Júlio César Pereira Lima VAI TER QUE FAZER TRANSPLANTE DE MEDULA OSSEA,ENTÃO ESTOU PEDINDO PRA QUE PROCUREM UM HEMOCENTRO DE SUA CIDADE E FAÇAM A DOAÇÃO DE MEDULA OSSEA,É SÓ DIZER QUE QUEREM SER DOADOR VOLUNTARIO QUE SE FOREM COMPATIVEIS O BANCO DE SANGUE IDENTIFICA.OS TRES IRMÃOS TERÃO QUE VIR EM GOIANIA,MAS OS DEMAIS AMIGOS E PARENTES PODEM FAZER EM QUALQUER HEMOCENTRO.DOE,NÃO DÓI,NÃO CUSTA NADA E VC AINDA AJUDA A SALVAR UMA VIDA.DEUS OS ABENÇOE...
Peço que vocês que se cadastrem como doador voluntário no hemocentro, talvez um de nós seja um doador compatível e possa ajudar o Julio.
Desde já muito Obrigada!!
Despertar
Despertar!
O sol já raiava bem alto, o relógio ditava as horas a um ritmo acelerado. Estava-se tão bem no aconchegante leito que dali não apetecia sair.Mas eis que o apertar das horas faziam-na saltar da cama e preparar-se para o dia que já há muito começara. Não que lhe custasse encarar o dia lá fora, mas estimava o estar recolhida no seu casulo.
Quando finalmente se esperguiça para o mundo e lhe diz um tremendo bom dia, esquece-se do prometido. De sorrir de si para si e cumprimentar-se ao espelho. Mas prepara-se como uma boneca, porque lhe apeteceu e sorri para o mundo inteiro como se para si estivesse a sorrir. Mas de um sorriso tão grande que coloca todos por quem passa a sorrir também. Gargalhadas espontâneas que teimam em não se quererem calar. Parecia que não ria há muito, ainda que o riso faça parte do seu cardápio, pois ria que nem uma desalmada. Por tudo e por nada.
E como se não bastasse, hoje parecia mais desajeitada do que o comum dos dias e isso fazia-a rir também. Apetecia-lhe brincar. Trocou as horas ao tempo, como se também com ele quisesse brincar. E ele riu-se com ela.
Diversão, pura diversão. E também isso é despertar. Acolher os momentos inesperados, chorar de rir, aceitar convites inesperados, ter gestos inusitados e sorrir, porque isto é vida. O movimento que se move, com a esperança de um novo acordar que há-de nascer no dia que se segue.
Fonte:http://cuspocuspos.blogspot.com.br/2011/12/despertar.html
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Claudio Vitorino em ação..
Aquele que acredita que o interesse coletivo está acima do interesse individual , que acredita que tudo e possível desde que tenha fé em Deus e coragem para superar os desafios...
Vida difícil? Ajude um estranho .
Pode parecer ilógico -no mínimo pouco prioritário- ajudar um estranho quando as coisas parecem confusas na nossa vida. Mas eu venho aprendendo que este é um poderoso antídoto para os dias em que tudo parece fora do lugar.
Como assim, pergunta o meu leitor mais cético? E eu explico:
Há duas situações clássicas onde podemos auxiliar uma pessoa que não conhecemos. A primeira é através de doações e gestos similares de caridade. Estes atos são maravilhosos e muito recomendáveis, mas não é deles que quero falar hoje. Escolhi o segundo tipo: aquelas situações randômicas onde temos a oportunidade de fazer a diferença para uma pessoa desconhecida numa emergência qualquer. Na maioria das vezes, pessoas com quem esbarramos em locais públicos, envolvidas em situações que podem ir do estar atrapalhado até o precisar de mãos para apagar um incêndio.
Eu vejo pelo menos seis motivos para ajudar um estranho:
1) Divergir o olhar de nossos próprios problemas
Por um momento, por menor que seja, teremos a chance de esquecer nossas preocupações.
Dedicados a resolver o problema do outro (SEMPRE mais fácil do que os nossos), descansamos nossa mente. Ganhamos energia para o próximo round de nossa própria luta.
Esta pausa pode nos dar novo fôlego ou simplesmente ser um descanso momentâneo.
2) Olhar por um outro ângulo
Vez ou outra, teremos a oportunidade de relativizar nossos próprios problemas á luz do que encontramos nestes momento. Afinal, alguns de nossos problemas não são tão grandes assim...
Uma vez ajudei Teresa, a senhora que vende balas na porta da escola de meu filho. A situação dela era impossível de ser resolvida sozinha, pois precisava “estacionar” o carrinho que havia quebrado no meio de uma rua deserta. Jamais esquecerei o olhar desesperado, a preocupação com o patrimônio em risco, com o dia de by Savings Sidekick">trabalho desperdiçado, com as providências inevitáveis e caras. E jamais me esquecerei do olhar úmido e agradecido, apesar de eu jamais ter comprado nada dela. Nem antes nem depois.
Olhei com distanciamento o problema de Teresa. E fiquei grata por não ter que trabalhar na rua, por ter tantos recursos e by Savings Sidekick">oportunidades. E agradeci por estar lá, naquela hora, na rua de pouco movimento, e poder oferecer meus braços para ela.
3) Não há antes, nem depois ...
Na intricada teia de nossos by Savings Sidekick">relacionamentos, dívidas e depósitos se amontoam. Ajudar um conhecido muitas vezes cria vínculos ou situações complexas. Ás vezes, ele espera retribuir. Outras vezes, esperamos retribuição. Se temos ressentimentos com a pessoa, ajudá-la nem sempre deixa um gosto bom na boca. Se ela tem ressentimentos conosco, fica tudo muito ruim também.
Já com estranhos são simples. É ali, naquela hora. Depois acabou. E não há antes. Que alívio!
(mas não vamos deixar de ajudar os conhecidos dentro de nossas possibilidades, hein?)
4) A gratidão pelo inesperado é deliciosa
Quem se lembra de uma vez em que recebeu uma gentileza inesperada? Não é especial? E nem sempre estamos merecendo, mal-humorados por conta do revés em questão.
Ou quando ajudamos alguém e recebemos aquele olhar espantado e feliz?
Ontem mesmo, eu estava numa fila comum de banco. Um senhor bem velhinho estava atrás de mim. Na hora em que fui chamada, pedi que ele fosse primeiro. “Mas por que, minha filha?”. “Pelos seus cabelos brancos”, respondi. Ele, agradecido, me deu uma balinha de hortelã. Tudo muito singelo, muito fácil de fazer, mas o sentimento foi boooom.
5) Quase sempre, é fácil de fazer.
Uma vez eu fiquei envolvida por uma semana com uma mãe e um bebê que vieram para São Paulo para uma cirurgia e não tinha ninguém para esperar no aeroporto. Levei para um hotel barato, acompanhei por uma semana e tive medo de estar sendo usada, reforçada pelo ceticismo de muitas pessoas ao meu redor. No final, deu tudo certo e a história era verdadeira.
Mas na maioria dos casos, não é preciso tanto risco ou tanto tempo. Uma informação; um abaixar para pegar algo que caiu; uma dica sobre um produto no supermercado. Dar o braço para um cego (nunca pegue a mão dele, deixe que ele pegue o seu braço, aprendi com meu experiente marido). Facílimo, diria o Léo. E vamos combinar, fácil é tudo que precisamos quando o dia está difícil, certo?
6) Amor, meu grande amor
Finalmente, ajudar estranhos evoca o nosso melhor eu. É comum termos sentimentos de inadequação, baixa auto-estima e insatisfação conosco quando estamos sob tempo nublado. E ajudar o outro nos lembra que somos bons e capazes. Ajudar um estranho demonstra desapego, generosidade, empatia pelo próximo. E saber que somos tudo isto quando o coração está cinza... É para olhar com orgulho no espelho, não?
Portanto, se hoje não é o seu dia... Faça o dia de alguém. E se é um dia glorioso... Vai ficar melhor!
Fonte:http://www.vivermaissimples.com/2011/03/vida-dificil-ajude-um-estranho.html
Fonte:http://www.vivermaissimples.com/2011/03/vida-dificil-ajude-um-estranho.html
Karoline Toledo Pinto
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