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domingo, 23 de setembro de 2012

Tecnologia do Google leva internautas a “passeio” por Uberlândia




Praticamente todo o território de Uberlândia está mapeado pelo Google Street View, ferramenta do Google que permite ao internauta explorar cidades e lugares no planeta, por meio de imagens digitalizadas feitas em ângulos de 360º, na horizontal, e 290º, na vertical. Ao acessar o site do Street View (leia nesta página), o internauta consegue percorrer ruas, bairros, locais históricos e parques naturais das principais cidades do mundo. Em Uberlândia, são poucas as vias que ainda não foram fotografadas pelo Google.

O veículo utilizado pelo Street View fotografou o Parque do Sabiá e inseriu as imagens na web em maio deste ano. As pistas de caminhada e corrida, além do bosque do Parque, foram os pontos percorridos e fotografados pela empresa de tecnologia. Na mesma época, foram fotografadas as cidades de Uberaba, Patos de Minas, Centralina, Ituiutaba e Araxá.

De acordo com os textos explicativos do site do Street View, as imagens disponibilizadas na internet mostram o que os veículos da empresa conseguiram fotografar em determinados dias. O Google diz que as fotos podem ter sido feitas há meses ou anos. O veículo que percorre as cidades usa 15 lentes para tirar fotos em 360º.

O Google frisa em seu site que a tecnologia usada no Street View borra os rostos e placas de carro, em todas as imagens do programa. Isso, segundo o Google, para que as pessoas ou os veículos não sejam identificados.
Recurso supera mapas comuns

O analista de sistemas Eduardo Stuart Vasconcelos diz que, no início deste ano, percebeu a presença do carro do Google registrando imagens de Uberlândia. Eduardo Stuart diz que navega pelo site da Google para visualizar lugares históricos e famosos mundo afora. “Também quando preciso viajar e ficar em algum hotel, eu consulto o Street View, para conhecer o local onde vou ficar e qual caminho seguir. O programa é uma ferramenta muito mais eficiente do que um mapa comum”, disse.

No site do Street View, o Google orienta os internautas a solicitar que imagens sejam borradas, caso aconteça a exposição indevida de uma pessoa, do carro ou da casa. De acordo com a empresa, os usuários também podem pedir a remoção de fotos que tenham conteúdo inadequado, como, por exemplo, nudez e violência.
Google Street View em Uberlândia

1 – Acesse o endereço do Google Maps
2 – Na barra de espaço, procure por Uberlândia – Minas Gerais
3 – A busca pode ser específica; exemplo: Praça Clarimundo Carneiro, Uberlândia – Minas Gerais
4 – Com o botão esquerdo do mouse, clique na letra A que aparece no mapa e clique novamente no link “mais”
5 – Selecione a opção Street View e inicie a navegação
Para questionar uma imagem

1 – Localize a foto no programa Street View
2 – Clique em “Informar um problema”, no canto inferior esquerdo da janela da foto
3 – Preencha o formulário e clique em “Enviar”

Criança de 9 anos é apreendida com crack no Celebridade



Uma criança de nove anos foi apreendida e três adultos presos, enquanto embrulhavam pedras de crack para comercialização, na noite de sábado (22), na rua 4, no bairro Celebridade, na região leste de Uberlândia. Segundo o relato dos policiais, foi a primeira vez que a PM flagrou uma criança com essa idade a serviço do tráfico de drogas. No quarto usado para o preparo da droga, foram encontradas uma balança de precisão, 40 pedras de crack desembrulhadas e 380 pedras prontas para a venda.

O menor conduziu os policiais até sua casa, na rua do Povo, também no Celebridade, mas seus pais não foram encontrados. Em seguida, o menor foi levado até a residência de uma tia, que assumiu sua custódia. De acordo com a PM, os moradores da rua 4 não quiseram prestar depoimentos como testemunhas, porque temem a ação de represália de traficantes do Celebridade.

ONG que trata usuários de crack é acusada de desviar verba



Um dos mais controversos programas de combate ao crack completará um ano e meio de atividade. Adotado pela prefeitura do Rio de Janeiro, em maio de 2011, como resposta ao avanço de uma epidemia com graves impactos sociais, é o único no país que prevê internação compulsória de menores viciados. O caso do Rio conta com o apoio do governo federal e é apontado como inspiração para programas de combate ao crack em todo o Brasil – país que lidera o consumo de cocaína fumada no mundo, segundo uma pesquisa da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
SUPERFATURAMENTO
Um menor viciado em crack é recolhido numa rua do Rio de Janeiro. Uma investigação do Tribunal de Contas do Município (acima) aponta irregularidades num contrato de R$ 9,5 milhões (Foto: Fábio Teixeira/Ag. O Globo)

Boa parte dos recursos municipais destinados ao programa está indo para a conta de uma ONG suspeita de superfaturar compras e de não executar parte dos serviços, de acordo com o Tribunal de Contas do Município (TCM) e com fiscais da própria prefeitura. A gravidade das suspeitas levou o Ministério Público do Rio de Janeiro a instaurar um inquérito para investigar o caso. A ONG chama-se Casa Espírita Tesloo. Fundada em 2002 por Sergio Pereira de Magalhães Junior, um PM reformado, com sede em Magalhães Bastos, na Zona Norte do Rio, tornou-se a principal parceira da prefeitura carioca na área social. A entidade administra três dos quatro abrigos municipais usados para o acolhimento compulsório de viciados, mas sua atuação vai além do crack. Desde 2005, a Tesloo assinou convênios que somam R$ 80 milhões. Pelo menos metade já foi paga à entidade. Essa profícua parceria com o Poder Público não aparece na página da ONG na internet. Nela, lê-se que toda doação é bem-vinda, pois a Tesloo diz que não recebe “nenhum subsídio garantindo a continuidade dos serviços por nós prestados à comunidade”.

+Brasil é o maior mercado consumidor de crack do mundo, diz estudo

Nos serviços prestados à comunidade com recursos públicos, a Tesloo falha. ÉPOCA teve acesso a um relatório sigiloso em que o TCM analisa um contrato de R$ 9,5 milhões, de 2009, e aponta a existência de superfaturamento – envolvendo compra de produtos de limpeza e higiene, além de comida, para as casas de acolhimento mantidas pela ONG. Os fiscais encontraram também notas fiscais irregulares e recibos suspeitos. Outro convênio, de R$ 6 milhões, assinado no ano passado, também apresentou problemas. A Tesloo deveria registrar e atualizar informações de 408 mil famílias no Cadastro Único dos programas sociais do governo federal. Entregou um relatório incompleto, com pouco mais da metade do objetivo cumprido.

+Ilona Szabó: "A verdadeira discussão sobre política de drogas ainda não chegou ao Brasil"

Ao visitar os abrigos da Tesloo, em 2009 e 2010, fiscais da Secretaria de Assistência Social relataram um cenário desolador: armários, camas e banheiros quebrados e sujos. Crianças dormiam no chão. A Casa Ser Criança, na Zona Oeste do Rio, não tinha psicólogo. Os fiscais constataram que um dos psiquiatras contratados nunca tinha ido ao abrigo. A internet e o telefone estavam cortados, por falta de pagamento. Em 23 de março de 2010, a coordenação encarregada da Casa Ser Adolescente, abrigo para viciados em Campo Grande, também na Zona Oeste, informou aos fiscais que a Tesloo não repassava os recursos para o bom funcionamento da unidade.

ÉPOCA visitou, no mês passado, a Casa Ser Adolescente. A chácara de um piso, com quartos e mobiliário simples, tem paredes com pintura descascada e janelas gradeadas. A piscina estava suja e sem proteção, como no relato feito dois anos antes por fiscais da prefeitura. Um relatório do Ministério Público do Rio de Janeiro sobre visitas realizadas nos dias 4 e 5 de setembro revela, em fotos, armários de ferro quebrados e sem portas. O abrigo Bezerra de Menezes, também mantido pela Tesloo e o primeiro visitado pela blitz do Ministério Público, apresentava mato acumulado nos jardins, colchões no chão e privadas sem assento.

+Bom exemplo: Uma fortaleza contra o crack

Apesar do histórico problemático, a Secretaria de Assistência Social continuou fechando novas parcerias com a Tesloo. Assinou, neste ano, mais quatro convênios, num valor total de R$ 30,2 milhões, terceirizando o atendimento social e centros de acolhimento. Diante da gravidade dos fatos descobertos, o Tribunal de Contas do Município decidiu passar o pente-fino em todos os convênios da Tesloo com a prefeitura. A direção da ONG não respondeu ao pedido de entrevista de ÉPOCA e repassou a demanda à prefeitura. A Secretaria Municipal de Assistência Social afirmou, em nota, que “as deficiências do atendimento (nos abrigos da Tesloo) foram informadas à Tesloo no dia da fiscalização para as soluções cabíveis” e que esse é “um procedimento de rotina”. Para resolver o problema do superfaturamento nas compras, a Secretaria informa ter fixado limites de preço para a compra de alimentos, uma tentativa de coibir generosidade com dinheiro alheio. Diz ainda que tomará “todas as medidas cíveis e penais, se for o caso”. Que as eventuais irregularidades descobertas não atrapalhem uma causa tão importante quanto o combate à epidemia de crack.

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

PRIMEIRA DECISÃO DO ADICIONAL NOTURNO

Processo:
0004192-52.2012.8.01.0001
Classe:
Procedimento Ordinário
Área: Cível
Assunto:
Sistema Remuneratório e Benefícios
Local Físico:
21/03/2012 15:27 - Aguardando Publicação no Diario da Just. - Relação: 0058/2012 - C3 - RELAÇÃO 58/2012
Outros assuntos:
Antecipação de Tutela / Tutela Específica
Distribuição:
Sorteio - 28/02/2012 às 17:33
2ª Vara de Fazenda Pública - Rio Branco
Valor da ação:
R$ 1.000,00



SINDICATO DOS AGENTES PENITENCIÁRIOS DO ESTADO DO ACRE,em substituição processual. ajuizou reclamação trabalhista, com pedido de antecipação dos efeitos da tutela, em face do INSTITUTO DE ADMINISTRAÇÃO PENITENCIÁRIA DO ESTADO DO ACRE IAPEN, objetivando a condenação do réu ao pagamento de adicional noturno aos agentes penitenciários. Para tanto, relata que os substituídos laboram em regime de 24h x 72h (vinte e quatro por setenta e duas horas), contudo não recebem adicional pelo período noturno de serviço. Nesse contexto, afirma que uma interpretação sistemática do ordenamento jurídico permite alcançar a conclusão de que os agentes penitenciários fazem jus ao adicional noturno no percentual de 25% (vinte e cinco por cento) sobre o valor-hora. Requer a antecipação dos efeitos da tutela, para condenar o réu, desde a citação, ao pagamento do adicional noturno aos substituídos, destacando o receio de sofrer prejuízos financeiro e funcional em virtude do não recebimento do acréscimo. A inicial veio acompanhada dos documentos de fls. 13/47. A fls. 50/52, o Sindicato autor retificou o valor da causa, bem como juntou documentos necessários à comprovação da situação de precariedade financeiraDo relatório, é o necessário. DECIDO. De início, um ponto merece relevo. Embora o valor atribuído à causa, a princípio, atraia a competência absoluta dos Juizados Especiais da Fazenda Pública (art. 2º da Lei n. 12.153/2009), desde logo reconheço este juízo como competente para processar e julgar a demanda, uma vez que versa sobre interesse coletivo (art. 2º, § 1º, inc. I, da mesma lei). Fixada essa premissa, passo a analisar a tutela de urgência. Na qualidade de substituto processual, o sindicato autor pleiteia, em sede de antecipação de tutela, o pagamento de adicional noturno na ordem de 25% (vinte e cinco por cento) sobre o valor-hora para os agentes penitenciários que laborem entre o período de vinte e duas horas de um dia e cinco horas do dia seguinte. A tutela de urgência, porém, padece de respaldo jurídico. Não é possível a concessão de tutela antecipada contra a Fazenda Pública quando a pretensão autoral versa sobre reclassificação, equiparação, aumento ou extensão de vantagens pecuniárias de servidores públicos ou concessão de pagamento de vencimentos. A vedação de antecipar os efeitos da tutela contra a Fazenda Pública em tais casos advém do art.1º da Lei n. 9.494/97. A título ilustrativo, destaque-se os seguinte precedentes jurisprudenciais, que encampam o entendimento ora exposto: PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO EXTENSÃO DA JORNADA DE TRABALHO DE SERVIDOR PÚBLICO COM ADEQUAÇÃO DE VENCIMENTOS À NOVA JORNADA ANTECIPAÇÃO DE TUTELA IMPOSSIBILIDADE INEXISTÊNCIA DE DANO IRREPARÁVEL OU DE DIFÍCIL REPARAÇÃO AGRAVO DE INSTRUMENTO NÃO PROVIDO 1. Impossível antecipação de tutela para concessão de reajuste de vencimentos de servidores públicos por ausência de dano irreparável ou de difícil reparação. Ademais, o art. 1º da Lei nº 9.494, de 10.09.1997, proíbe a antecipação de tutela visando à reclassificação ou equiparação de servidores públicos ou à concessão de aumento ou extensão de vantagens pecuniárias. 2. Agravo a que se nega provimento. (TRF 1ª R. AG 01000065185 MG 1ª T. Rel. Des. Fed. Antonio Savio de Oliveira Chaves DJU 01.12.2003 p. 36) AGRAVO DE INSTRUMENTO ANTECIPAÇÃO DE TUTELA CONTRA A FAZENDA PÚBLICA RECLASSIFICAÇÃO, EQUIPARAÇÃO, AUMENTO OU EXTENSÃO DE VANTAGENS PECUNIÁRIAS SERVIDOR IMPOSSIBILIDADE RECURSO PROVIDO É defeso ao magistrado conceder tutela antecipada contra a Fazenda Pública quando a pretensão autoral versa sobre reclassificação, equiparação, aumento ou extensão de vantagens pecuniárias de servidores públicos ou concessão de pagamento de vencimentos. Recurso provido. (TJTO AI 9645/09 1ª C.Cív. Rel. Des. Amado Cilton DJe 24.06.2010 p. 8) Cumpre salientar, ademais, na senda da observação feita por André Ramos Tavares, que "as limitações materiais referentes à reclassificação ou equiparação de servidores públicos e ao aumento ou extensão de vantagens pecuniárias, constantes da Lei 4.348/1964 e da Lei 5.021/1965, já tiveram suas constitucionalidades testadas perante a Constituição de 1988. E o STF, em diversas oportunidades, ressaltou a validade destas restrições, em razão do regime de precatório estabelecido pelo artigo 100 da CB". Dessa feita, diante do óbice legal intransponível (art. 1º da Lei n. 9.494/97, INDEFIRO a antecipação dos efeitos da tutela. Concedo os benefícios da assistência judiciária gratuita, tendo em vista a demonstração da hipossuficiência financeira do Sindicato autor. Cite-se e intime-se.


Modelo repressivo de combates às drogas se esgotou, diz presidente da Fiocruz







Diversos líderes da América Latina têm se unido para propor a descriminalização das drogas como uma política global e opção alternativa ao modelo repressivo apoiado pelas Nações Unidas.
O exemplo mais recente é o do presidente da Guatemala, Otto Pérez Molina. Ele defendeu um novo caminho em artigo no diário britânicoThe Guardian por acreditar que os mercados globais destas substâncias não podem ser erradicados.
Segundo ele, a sociedade não acredita que o álcool ou o tabaco possam ser retirados de circulação, “mas de alguma forma supomos ser uma medida correta no caso das drogas.” Molina lembra que a repressão não diminuiu o consumo – e cita o fato de a produção ter evoluído e o tráfico, se espalhado.
Em entrevista a CartaCapital, Paulo Gadelha, presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e da Comissão Brasileira sobre Drogas e Democracia (CBDD), diz acreditar que o atual posicionamento dos políticos latino-americanos sobre o tema tem origem na constatação de que a guerra às drogas é ineficaz, além de gerar problemas paralelos.
“Há um aumento impressionante de pessoas em prisão em vários países, inclusive nos EUA. Lá os volumes de recursos para o sistema prisional estão se tornando superiores aos de educação. E isso ocorre por não se reconhecer as distinções fundamentais entre o circuito do tráfico e o consumidor”, diz o médico e doutor em saúde pública.


Segundo o presidente da Fiocruz, figuras relevantes na política de guerra às drogas de Bolívia, Inglaterra e EUA estão “revendo radicalmente a estratégia e reconhecendo o seu fracasso”. “É um novo momento de possibilidade de revisão de uma medida comprovadamente incorreta. Insistir nesse processo levará apenas a mais distorções e não atacará as causas do problema.”
Gadelha ainda destaca que a CBDD defende apenas a descriminalização do usuário, com o uso das drogas ainda proibido, e o debate aberto no Brasil. “Na saúde pública, entendemos que a maneira de se preparar as pessoas não é pela repressão, porque ninguém em sã consciência imagina a existência de um mundo sem drogas, o que inclui remédios.”
Leia abaixo a íntegra da entrevista:
CartaCapital – O presidente Molina, da Guatemala, defendeu abertamente uma política global de regulamentação das drogas, pois os mercados globais destas substâncias não poderiam ser erradicados. Como o senhor analisa esse cenário?   
Paulo Gadelha – Atualmente existe muito mais vocalização e reconhecimento de que a guerra às drogas mostrou-se ineficaz. Todos os indicadores do mercado de drogas, o processo de violência e formas diferentes como se deu em espaços nacionais – na América Latina, em grande parte, associada à violência e controle de territórios-, durante esse período tiveram números crescentes do volume de droga consumida e comercializada. Há também um aumento impressionante de pessoas em prisão em vários países, inclusive os EUA, por causa das drogas. Lá os volumes de recursos para o sistema prisional estão se tornando superiores aos de educação e outros sistemas sociais. E isso ocorre por não se reconhecer as distinções fundamentais entre o circuito do tráfico e o consumidor. A repressão deveria ser substituída pelo entendimento de que essa é uma questão de saúde pública e tem que ser tratada sem estigmatização.
A discussão precisa ser acompanhada de evidências científicas e estudos que possam demonstrar as bases desse tipo de política e o posicionamento da sociedade em relação às drogas ilícitas de forma tão diferente às licitas (caso do álcool, tabaco e psicotrópicos), que também possuem um nível de impacto na saúde e gestão pública. Há uma quantidade imensa de produtos considerados legais capazes de gerar danos significativos à saúde pública e a maneira como se enfrenta esses problemas é muito distinta. Em um caso, se cria um tabu que marginaliza os necessitados de tratamento e os impede de chegar às estruturas que venham a ser disponibilizadas pelo Estado, porque a criminalização e o estigma têm um efeito nos dependentes de drogas e também atinge a estrutura e os profissionais de saúde, que muitas vezes veem essas pessoas como marginais.
CC – A regulamentação defendida pelo presidente da Guatemala é uma saída a ser considerada?   
PG – É preciso tratar de modo diferente as drogas com efeitos e repercussão distintas. Não se pode lidar da mesma forma com a maconha e o crack. A maconha é uma das drogas mais vendidas e consumidas e gera aumento de população carcerário, porque não existe regulamentação para colocar em prática o que é definido por lei: a não criminalização de usuários. Esse processo significa regular a quantidade de droga permitida por usuário e o que qualifica tráfico. A posição consensual na Comissão é fazer a despenalização do usuário, ainda a considerar o uso destas substâncias proibido. Isso significa penas mais administrativas ou formas de serem induzidos a tratamento e acompanhamento. Por uma série de situações conjunturais do Brasil e da forma como se debate timidamente o assunto, defendemos primeiro que haja uma debate aberto assim como ocorreu com a Aids e o tabaco. Quando os casos de Aids se tornaram um problema de saúde pública, o Brasil tratou o tema com toda a sociedade e não apenas junto ao público alvo da doença. Com isso veio a defesa do uso da camisinha e as políticas de redução de danos para usuários de drogas injetáveis.
CartaCapital – Segundo Molina, a sociedade não acredita ser possível extinguir álcool e tabaco, que são nocivos à saúde, mas supõe que essa política se aplique às drogas. Como o senhor analisa essa visão social tão distinta para problemas clinicamente semelhantes?
PG – O primeiro passo é se discutir o problema no âmbito das políticas públicas, sociedade e grupos jovens. Na saúde pública, o fundamental é que as pessoas desenvolvam capacidades de lidar com qualquer risco. Isso é feito com informação e promoção à saúde nos grupos sociais em que se sentem apoiados. Os riscos são de natureza muito distinta, envolvem alimentação, bebida, etc. A pessoa precisa desenvolver a capacidade de lidar com os riscos e ter flexibilidade e saber quando aquilo pode se tornar ingovernável em sua saúde. Mas para isso é preciso abrir uma discussão mais ampla. Na saúde pública entendemos que a maneira de se preparar as pessoas não é pela repressão, porque ninguém em sã consciência imagina a existência de um mundo sem drogas, o que inclui remédios. A regulação, a maneira de lidar com o comércio e produção deve ser diferente para cada droga, mas não se pode criminalizar o usuário, porque ele é vítima.
CartaCapital – O senhor acredita que os países estão dispostos a analisar o tema deixando de lado visões ideológicas?
PG – Ao longo dos trabalhos da comissão, tivemos pessoas que desempenharam papel relevante na guerra às drogas, responsáveis por essa política na Bolívia, Inglaterra e EUA, que mesmo tendo acreditado nesse processo em um devido momento, estão revendo radicalmente a estratégia e reconhecendo seu fracasso. Temos manifestações de países não produtores e não grandes consumidores, mas onde as drogas representam problemas significativos, e também a fala de países que sofreram de forma intensa as consequências do processo do tráfico no âmbito social, a pedir que essa política [de repressão] mude. É um novo momento de possibilidade de revisão de uma medida comprovadamente incorreta. Insistir nesse processo levará apenas a mais distorções e não atacará as causas do problema.
CartaCapital – Como o senhor analisa a movimentação de importantes líderes internacionais em favor de uma revisão da política de repressão às drogas?
PG – Essas manifestações são fundamentais, pois muito do enfrentamento desse tema exige um posicionamento global. Os países estão comprometidos com convenções internacionais ainda sobre a visão da guerra às drogas, e elas geram obrigações e muitas vezes inibem reforma nacionais. O sistema de circulação e produção de drogas também não é restrito a um Estado, tem um circuito internacional. O avanço deste processo de descriminalização e separação do usuário e traficante, como em Portugal, mostrou resultados positivos. A comparabilidade de mais países aderindo a isso pode ajudar no debate nacional.
CartaCapital – Como o senhor enxerga o posicionamento com maior intensidade de líderes da América Latina?
PG – Há também iniciativas importantes em outras partes do mundo. Apesar de esta manifestação estar ainda no âmbito da América Latina, está tendo ressonância em muitas questões dentro dos EUA, onde vários estados estão discutindo e revendo essas políticas, como também no âmbito da ONU. Figuras importantes estão colocando essa pauta como agenda necessária a ser enfrentada em nível internacional e na ONU. Os países latino-americanos foram objeto de experimento da guerra às drogas de maneira intensa e como uma politica externa definida pela ONU e patrocinada pelos EUA. O combate se deu nestes países com a expectativa de que o problema poderia ser resolvido pela violência. O resultado final foi tão frustrante que levou esses países a reverem suas posições.

Projeto proíbe transmissão midiática que prejudique negociações policiais em ocorrências críticas

Autora da proposta cita "Caso Eloá" como exemplo de desfecho trágico, devido à invasão de cenário por parte da imprensa.

Foto: ASCOM



A Câmara analisa o Projeto de Lei 3801/12, que inclui entre os casos de abuso do exercício de liberdade da radiodifusão o ato de “interferir em ação de autoridade policial, impedindo ou dificultando sua realização, mediante divulgação ao vivo de comunicação com suspeito, acusado ou praticante de ato ilícito”.

A proposta, da deputada Bruna Furlan (PSDB-SP), foi motivada pela cobertura do sequestro e cárcere privado da jovem Eloá Cristina Pimentel, que foi assassinada pelo ex-namorado durante tentativa de resgate pela força policial, em 2008, em Santo André (SP).

“O acesso telefônico direto de jornalistas ao sequestrador, a transmissão ao vivo das conversas e a exposição midiática da operação contribuíram para frustrar as negociações e levar ao trágico desfecho”, afirmou a deputada.

A proposta altera o Código Brasileiro de Telecomunicações (Lei 4.117/62), que já enquadra 11 condutas como abuso do exercício de liberdade da radiodifusão, entre elas: incitar a desobediência às leis ou decisões judiciárias; divulgar segredos de Estado ou assuntos que prejudiquem a defesa nacional; ultrajar a honra nacional; e fazer propaganda de guerra ou de processos de subversão da ordem política e social.

As penas previstas para as emissoras infratoras vão desde advertência e multa até suspensão e cassação da concessão de radiodifusão, dependendo da gravidade do caso.

Fonte: Agência Câmara

Sexo virtual pode dar 6 meses de cadeia



Nas Filipinas! Ficou assustado e já imaginou pra quem você ia pedir ajuda, né? Mas pode ficar tranquilo que, por enquanto, não vão conseguir trazer esse tipo de lei para o Brasil — pelo menos é o que a gente espera!


O que foi decidido nas Filipinas é que "a exposição lasciva de órgãos e atos sexuais, com auxílio de um sistema de computador" e postar imagens sexualmente SUGESTIVAS na internet são crime. Isso mesmo, se aquela sua foto de biquini deixar alguém interessado sexualmente, cadeia. Se aquela sua foto com roupa de monge deixar alguém sexualmente interessado, cadeia! Cada um se excita com uma coisa, não é?

Quem for saidinho demais para as normas morais do país pode receber uma multa em torno de US$ 6 mil e detenção por até seis meses. Tudo isso será fiscalizado por um Escritório de Cibercrime que, além de fiscalizar, vai acessar dados confidenciais das pessoas e até vender senhas de usuários. Só pra mim isso parece totalmente absurdo e invasivo?

O único senador que votou contra o projeto acredita que isso seja "legislar a moral" e a União Nacional de Jornalistas das Filipinas acha que tudo isso é "uma ameaça não apenas aos meios de comunicação, mas também ao público em geral e a qualquer pessoa com acesso a um computador e à Internet".

Vale lembrar que esse tipo de medida não faz o mínimo sentido em relação à sexualidade. Cada pessoa acha uma coisa sensual, sente tesão por determinado padrão e tem seus próprios fetiches. A proibição será feita baseada em conceitos de quem a fiscaliza, impondo a moral desse grupo de pessoas a toda a sociedade.

Pode parecer loucura, mas isso não lembra um pouquinho o que falei no último texto sobre a ideia de moldar a sexualidade das pessoas de acordo com o que um grupo de pessoas acha que é certo e aceitável?

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Claudio Vitorino em ação..

Aquele que acredita que o interesse coletivo está acima do interesse individual , que acredita que tudo e possível desde que tenha fé em Deus e coragem para superar os desafios...

Vida difícil? Ajude um estranho .

Pode parecer ilógico -no mínimo pouco prioritário- ajudar um estranho quando as coisas parecem confusas na nossa vida. Mas eu venho aprendendo que este é um poderoso antídoto para os dias em que tudo parece fora do lugar.

Como assim, pergunta o meu leitor mais cético? E eu explico:
Há duas situações clássicas onde podemos auxiliar uma pessoa que não conhecemos. A primeira é através de doações e gestos similares de caridade. Estes atos são maravilhosos e muito recomendáveis, mas não é deles que quero falar hoje.


Escolhi o segundo tipo: aquelas situações randômicas onde temos a oportunidade de fazer a diferença para uma pessoa desconhecida numa emergência qualquer. Na maioria das vezes, pessoas com quem esbarramos em locais públicos, envolvidas em situações que podem ir do estar atrapalhado até o precisar de mãos para apagar um incêndio.

E o que nós, imersos nas nossas próprias mazelas, distraídos por preocupações sem fim amontoadas no nosso tempo escasso, enfim, assoberbados como sempre... O que nós temos a ver com este ser humano que pode ser bom ou mau, pior, pode sequer apreciar ou reconhecer nosso esforço?


Eu vejo pelo menos seis motivos para ajudar um estranho:


1) Divergir o olhar de nossos próprios problemas
Por um momento, por menor que seja, teremos a chance de esquecer nossas preocupações.
Dedicados a resolver o problema do outro (SEMPRE mais fácil do que os nossos), descansamos nossa mente. Ganhamos energia para o próximo round de nossa própria luta.
Esta pausa pode nos dar novo fôlego ou simplesmente ser um descanso momentâneo.


2) Olhar por um outro ângulo
Vez ou outra, teremos a oportunidade de relativizar nossos próprios problemas á luz do que encontramos nestes momento. Afinal, alguns de nossos problemas não são tão grandes assim...
Uma vez ajudei Teresa, a senhora que vende balas na porta da escola de meu filho. A situação dela era impossível de ser resolvida sozinha, pois precisava “estacionar” o carrinho que havia quebrado no meio de uma rua deserta. Jamais esquecerei o olhar desesperado, a preocupação com o patrimônio em risco, com o dia de by Savings Sidekick">trabalho desperdiçado, com as providências inevitáveis e caras. E jamais me esquecerei do olhar úmido e agradecido, apesar de eu jamais ter comprado nada dela. Nem antes nem depois.
Olhei com distanciamento o problema de Teresa. E fiquei grata por não ter que trabalhar na rua, por ter tantos recursos e by Savings Sidekick">oportunidades. E agradeci por estar lá, naquela hora, na rua de pouco movimento, e poder oferecer meus braços para ela.


3) Não há antes, nem depois ...
Na intricada teia de nossos by Savings Sidekick">relacionamentos, dívidas e depósitos se amontoam. Ajudar um conhecido muitas vezes cria vínculos ou situações complexas. Ás vezes, ele espera retribuir. Outras vezes, esperamos retribuição. Se temos ressentimentos com a pessoa, ajudá-la nem sempre deixa um gosto bom na boca. Se ela tem ressentimentos conosco, fica tudo muito ruim também.
Já com estranhos são simples. É ali, naquela hora. Depois acabou. E não há antes. Que alívio!
(mas não vamos deixar de ajudar os conhecidos dentro de nossas possibilidades, hein?)


4) A gratidão pelo inesperado é deliciosa
Quem se lembra de uma vez em que recebeu uma gentileza inesperada? Não é especial? E nem sempre estamos merecendo, mal-humorados por conta do revés em questão.
Ou quando ajudamos alguém e recebemos aquele olhar espantado e feliz?
Ontem mesmo, eu estava numa fila comum de banco. Um senhor bem velhinho estava atrás de mim. Na hora em que fui chamada, pedi que ele fosse primeiro. “Mas por que, minha filha?”. “Pelos seus cabelos brancos”, respondi. Ele, agradecido, me deu uma balinha de hortelã. Tudo muito singelo, muito fácil de fazer, mas o sentimento foi boooom.


5) Quase sempre, é fácil de fazer.
Uma vez eu fiquei envolvida por uma semana com uma mãe e um bebê que vieram para São Paulo para uma cirurgia e não tinha ninguém para esperar no aeroporto. Levei para um hotel barato, acompanhei por uma semana e tive medo de estar sendo usada, reforçada pelo ceticismo de muitas pessoas ao meu redor. No final, deu tudo certo e a história era verdadeira.
Mas na maioria dos casos, não é preciso tanto risco ou tanto tempo. Uma informação; um abaixar para pegar algo que caiu; uma dica sobre um produto no supermercado. Dar o braço para um cego (nunca pegue a mão dele, deixe que ele pegue o seu braço, aprendi com meu experiente marido). Facílimo, diria o Léo. E vamos combinar, fácil é tudo que precisamos quando o dia está difícil, certo?

6) Amor, meu grande amor
Finalmente, ajudar estranhos evoca o nosso melhor eu. É comum termos sentimentos de inadequação, baixa auto-estima e insatisfação conosco quando estamos sob tempo nublado. E ajudar o outro nos lembra que somos bons e capazes. Ajudar um estranho demonstra desapego, generosidade, empatia pelo próximo. E saber que somos tudo isto quando o coração está cinza... É para olhar com orgulho no espelho, não?

Portanto, se hoje não é o seu dia... Faça o dia de alguém. E se é um dia glorioso... Vai ficar melhor!

Fonte:http://www.vivermaissimples.com/2011/03/vida-dificil-ajude-um-estranho.html

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Karoline Toledo Pinto
Karoline Agente Penitenciária a quase 10 anos , bacharelada no curso de Psicologia em uma das melhores Instituição de Ensino Superior do País , publica um importante ARTIGO SOBRE AS DOENÇAS QUE OS AGENTES PENITENCIÁRIOS DESENVOLVEM NO EXERCÍCIO DE SUAS FUNÇÕES . Aguardem em breve aqui será publicado .APESAR DAS PERSEGUIÇÕES INFUNDADAS DAS AMEAÇAS ELA VENCEU PARABÉNS KAROL SE LIBERTOU DO NOSSO MAIOR MEDO A IGNORÂNCIA CONTE COMIGO.. OBRIGADO CLAUDIO VITORINO

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